Senhoras e senhores,
quem me dá a honra da leitura neste blog, em minhas colunas e em minhas participações no rádio e TV é testemunha de uma convicção que tenho, considerada por muitos, “teoria conspiratória”. É sobre erros de arbitragens e a teimosia da FIFA em não aceitar a tecnologia para tirar dúvidas em lances capitais dos jogos de futebol: é de interesse dos cartolas mais poderosos, que mandam e se aproveitam do futebol mundial, que essas dúvidas existam sempre, pois através delas, pode-se justificar arbitragens tendenciosas, subornadas ou não. E o esquema vai descendo da FIFA para as Confederações, Federações e até Ligas, gerando fraudes e fortunas que nunca podem ser desmascaradas porque foi um “erro” do árbitro ou auxiliar, ou uma “interpretação” se foi ou não pênalti e por aí vai.
Se o futebol adotasse a tecnologia, como tantos outros esportes já aderiram com sucesso, essa mamata acabaria e tiraria as tetas da boca de milhares de cartolas, agentes e profissionais do apito mundo afora.
Gosto sempre de citar a frase do Walter Clark, o poderoso publicitário, criador do “Padrão Globo de qualidade”, que escreveu em seu livro de memórias “O Campeão de Audiência”, sobre a experiência que teve como vice-presidente do Flamengo nos anos 1980: “Se acham que não se compra mais arbitragens de futebol, os senhores estão redondamente enganados”.
Este caso do Carlos Amarilla é apenas um e a vítima da vez foi o Corinthians. Será que ele estava mesmo comprado? Só ele ou o bandeirinha também? Ou ele e os dois bandeirinhas? Ou só um bandeirinha? Ou só os dois bandeirinhas? Ele pode ter sido “vendido” na história sem saber?
E o beneficiado foi o Boca Juniors, que entretanto parou no News Old Boys! Por quê parou?
E nas incontáveis vezes em que o Corinthians foi flagrantemente ajudado por arbitragens, principalmente no Campeonato Brasileiro?
Não vou nem citar os furtos contra o Atlético e o Cruzeiro a favor de paulistas e cariocas, para não me alongar mais do que já alonguei neste nosso papo. Além do mais, em Minas, a nossa dupla mais poderosa também já se beneficiou demais de erros absurdos de árbitros contra o América e clubes do interior. Ou não? Foram erros? Ou foram jogos comprados?
Só a tecnologia poderia acabar com essas dúvidas nos gramados e fora deles. Enquanto isso não ocorrer permanecerá a pergunta: o árbitro e ou os bandeiras estavam no bolso de alguém ou erraram porque todo humano erra?
Com estes escândalos na FIFA e Conmebol, fica cada vez mais claro porque estes manda-chuvas nunca aceitam que câmeras corrijam erros de quem dirige os espetáculos!
E a principal notícia aqui no Chile hoje foi essa:
* “Trio paraguaio fora da Copa América após caso das escutas”
A suspeita de que os árbitros assistentes Rodney Aquino e Carlos Cáceres possam ter participado de esquema de manipulação de resultado em jogo do Corinthians na Libertadores-2013 fez com que o trio de arbitragem paraguaio que participa da Copa América, e trabalhou no jogo da seleção brasileira contra a Venezuela, domingo (21), esteja provisoriamente afastado da competição. O árbitro Enrique Cáceres e os dois auxiliares já não haviam sido escalados para os jogos das quartas de final, que serão realizados de quarta (24) a sábado (27). Enrique, porém, não está envolvido na polêmica revelada nesta semana. A reportagem apurou que a comissão de arbitragem não pretende mais escalá-los no torneio mesmo se o Paraguai for eliminado pelo Brasil no sábado (27), o que abriria a possibilidade de usá-los sem conflito com partidas da seleção paraguaia. Os assistentes Aquino e Carlos Cáceres são pivôs em suspeita de esquema de manipulação de resultados, escancarada em conversas telefônicas divulgadas pela TV argentina no domingo, envolvendo o ex-presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino) Julio Grondona, morto em 2014. Grondona insinua que o árbitro paraguaio Carlos Amarilla teria ajudado o Boca Juniors contra o Corinthians, em jogo pelas oitavas de final da Libertadores.
Amarilla falhou em pelo menos três lances -dois gols mal anulados e um pênalti não marcado, todos contra o time brasileiro. O 1 a 1 eliminou o Corinthians. Aquino e Cáceres eram os auxiliares naquela noite. Amarilla nega as acusações, mas foi afastado pela Federação Paraguaia de jogos do torneio local, assim como Aquino e Cáceres, que ainda não se manifestaram sobre o assunto. Outro pivô das denúncias, o argentino Angel Gnecco, representante da AFA na Conmebol que teria pedido Amarilla no jogo do Boca contra o Corinthians, está no Chile participando da competição e das escolhas dos árbitros. Ele foi o assessor dos árbitros paraguaios na partida entre Brasil 2 x 1 Venezuela, no sábado, cargo que normalmente tem a missão de avaliar a atuação do trio e fazer um relatório para a Conmebol. Gnecco também deve ficar fora dos jogos finais da competição. Para a partida entre Brasil e Paraguai, sábado em Concepción, a comissão de arbitragem escolheu o uruguaio Andrés Cunha. O brasileiro Sandro Meira Ricci será o ábitro de Chile x Uruguai em Santiago, nesta quarta (24). O colombiano Wilmar Rodán comanda Peru x Bolívia, quinta (25), em Temuco, e o mexicano Roberto Garcia Orozco será o árbitro de Argentina x Colômbia, sexta (26), em Viña del Mar.
http://www.bemparana.com.br/noticia/392467/trio-paraguaio-fora-da-copa-america-apos-caso-das-escutas
» Comentar