Luiz Carlos Alves à direita, no encontro de fim de ano dos debatedores do Rádio Vivo, na residência do José Lino Souza Barros (centro) em dezembro do ano passado. À esquerda o ex-presidente da Federação Mineira de Futebol, Delegado Paulo Schetinno.
Com que tristeza volto a falar de mais um grande jornalista e amigo que se vai: morreu agora há pouco, no Hospital Felício Rocho, Luiz Carlos Alves, um dos melhores repórteres que o rádio brasileiro já teve. Comentarista afiado, bem informado, um dos pioneiros no empreendedorismo da comunicação esportiva. Se destacou nos anos 1960/70 nas rádios Itatiaia, Guarani, Inconfidência e TV Itacolomi. Nos anos 1980/90 tive a honra trabalhar com ele na Band (Minas Esporte) e ultimamente dividimos a bancada de debatedores do Rádio Vivo, do José Lino Souza Barros, na Itatiaia.
O Luiz comandou também o departamento de esportes da Rede Manchete, onde era arrendatário do setor. Depois a Manchete se tornou Rede TV. Em 1976 foi para a Alemanha, especificamente para Munique onde realizou um trabalho fantástico sobre o Bayer, de Beckembauer e cia., que decidiria o Mundial de Clubes contra o Cruzeiro. Na época, uma missão considerada impossível, em função dos custos e dificuldades técnicas. Foi pela TV Itacolomi, dos Diários Associados. Quebrou todas as barreiras, comercializou cotas e o trabalho foi mostrado para todo Brasil pela Rede Tupi, a qual pertencia a Itacolomi.
Eu era criança e uma das primeiras lembranças que tenho de uma reportagem esportiva é do bordão que o Luiz usava para abrir e encerrar os seus noticiários, pela Rádio Inconfidência: “No calor ou no frio, Café Minas-Rio…”.
De repente foi acometido por um câncer no pâncreas e em poucos dias a situação se complicou em função da metástase. Visitei-o na UTI do Felício Rocho uns dias atrás e tive o privilégio de batermos um último papo, que qualquer dia conto aqui.
Descanse em paz caro Luiz, e obrigado pelos ensinamentos! Um dia a gente se encontra!
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