Blog do Chico Maia

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Com o dever de casa cumprido, Galo seca o Flamengo para permanecer em segundo

A vitória sobre o Fortaleza foi tranquila, com destaque para Arana, que além do gol que abriu o placar, fez uma grande partida. Além de secar  o Flamengo, que enfrenta o desesperado Sport, esta noite em Recife, hoje é dia também de lamentar tantos pontos “bobos” perdidos no campeonato, contra adversários muito inferiores.

P J V E D GP GC SG
1 Internacional 65 33 19 8 6 57 31 26
2 Atlético-MG 60 33 18 6 9 58 41 17
3 Flamengo 58 32 17 7 8 57 43 14
4 São Paulo 58 33 16 10 7 53 36 17
5 Fluminense 53 33 15 8 10 48 40 8
6 Palmeiras 52 32 14 10 8 45 31 14
7 Grêmio 52 33 12 16 5 43 32 11
8 Athletico 45 33 13 6 14 31 31 0
9 Ceará 45 33 12 9 12 47 44 3
10 Corinthians 45 32 12 9 11 39 38 1
11 Santos 45 32 12 9 11 44 44 0
12 Atlético-GO 45 33 11 12 10 34 38 -4
13 Bragantino 44 33 11 11 11 46 39 7
14 Vasco 37 33 9 10 14 34 47 -13
15 Bahia 36 33 10 6 17 38 54 -16
16 Sport 35 32 10 5 17 26 41 -15
17 Fortaleza 35 33 8 11 14 28 34 -6
18 Goiás 29 33 7 8 18 33 57 -24
19 Coritiba 28 33 6 10 17 28 44 -16
20 Botafogo 23 32 4 11 17 27 51 -24

 


Esquisitices da final da Libertadores 2020 do “agónico” campeão

O jornal espanhol AS detestou a qualidade do jogo e chamou o Palmeiras de “Rei agonizante” da América do Sul. 

De cara não entendi o Santos usar aquela camisa 2, ao invés da mundialmente conhecida branca. Além da quebra da tradição, péssima para a visualização da marca dos patrocinadores, como  observou o especialista no assunto Ricardo Fort: @SportByFort “A camisa do @SantosFC foi desenhada para esconder – e não promover – as marcas dos patrocinadores. Se eu fosse um deles, pediria meu dinheiro de volta”.

No que Renato Paiva, presidente do nosso Democrata fez uma observação interessante: @renatompaiva “Pior, só a do Sampaio Corrêa”

A Conmebol distribuiu 5 mil credenciais para convidados. Em um estádio com capacidade para  78 mil pessoas, ótimo, não é?

Respeitando bem demais os cuidados recomendados contra a Covid-19. Mas aí, resolve concentrar todos os convidados num mesmo setor. Uai? Que idiotice foi essa?

E lá, no meio dessa muvuca toda, o prefeito de São Paulo, que tem a saúde debilitada, correndo risco.

Para completar, o ex-lateral esquerdo Leandro (nessa foto do grande Jorge Gontijo/ Estado de Minas), que fez sucesso no Cruzeiro e passou pelo Atlético, entrou numa  roubada e foi detido pela polícia numa das entradas do Maracanã com credencial falsa. Viu o jogo na delegacia, como conta a reportagem do Superesportes:

* “O ex-lateral de Cruzeiro e Atlético, Leandro Silva, foi detido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro ao tentar entrar no Maracanã com uma credencial falsa na final da Libertadores. O ex-jogador viu o Palmeiras ser campeão sobre o Santos de uma televisão na delegacia da 18ª DP. Leandro estava acompanhado de dois amigos, prestou depoimento e foi liberado da delegacia da Praça da Bandeira, no Centro do Rio de Janeiro, já à noite. O ex-lateral explicou que ganhou a credencial de um conhecido. (mais…)


Com religião não se brinca; respeita-se, como se deve respeitar a todos os profissionais do futebol

Tivesse conquistado a Libertadores, essa foto do Cuca rezando no gramado do Mineirão, no lado em que o Atlético foi campeão, nos pênaltis, seria capa de todos os grandes jornais.

Enrolado na bandeira de Portugal, o técnico Abel Ferreira agradeceu e dedicou o título à família, que está do outro lado do Atlântico, aos seus jogadores, ao antecessor Vanderlei Luxemburgo e até ao seu quase algoz na semifinal da Libertadores, Marcelo Gallardo, técnico do River, a quem atribui um ponto importante em seu crescimento profissional. Admiro muito a quem respeita colegas de trabalho, adversários  e concorrentes, como este português, sem hipocrisia e sem chatices.

Respeito a todos que acreditam e praticam todas as religiões, mas não acho correto o uso do futebol para a exploração midiática de qualquer uma das crenças. Dizer que Deus, Cristo ou Nossa Senhora foi responsável por uma vitória é zombar da inteligência alheia. Ainda mais nos esportes coletivos. A culpa dos eventuais fracassos teria sido de algum infiel do grupo? Ou algum líder que rezou menos do que deveria? Ou, pior: de alguém que tenha outra crença, ou que seja ateu, agnóstico e etecetera e tal?

Tenho a convicção que Deus, Jesus e Nossa Senhora estão com todos, com o adversário derrotado inclusive.

Assim como essa foto do Cruzeiro, campeão brasileiro, com todos os méritos em 2013, com essa faixa atribuindo o título a Jesus. Foi destaque em todas as mídias nacionais e internacionais.

Ora, ora, é gente demais que trabalha muito, e muito bem, para chegar a uma conquista dessas. Dos roupeiros ao presidente do clube, passando pelos porteiros e funcionários de todos os setores, chegando aos atletas, comissão técnica, médicos, fisioterapeutas e tanta gente mais. O esforço, a dedicação de tantos para superar a tantos adversários, principalmente o rival da final, que se preparou tão bem quanto. E que também tem Deus, Cristo e Nossa Senhora, ao seu lado. Se Jesus, no caso fosse o Jorge, menos mal, pois estaria unindo o útil ao agradável!

Aí, alguém aparece e diz que foi obra do além. Faça-me o favor!


Treinadores, narradores e comentaristas portugueses mandando muito bem na final da Libertadores da América

O Paulo César “Capitão” comentou sobre a transmissão pela TV da final da Libertadores. Com a Globo sem o direito de transmissão, Galvão Bueno disse esta semana que este jogo entraria para a lista dele, das partidas que ele lamentaria não ter narrado. E, como telespectador, também senti falta dele. E como faz falta!

Comecei vendo a Fox. Com o jogo bem ruim, começou dar sono. Passei pro SBT, pra curtir os comentários do Mauro Beting, mas o Téo José só acionava o Jorginho, um dos piores ex-jogadores travestidos de comentarista. Entre estes, gosto do Júnior e gostava do Falcão.

Interessante foi ver o Téo e Jorginho fazendo propaganda da Crefisa, financeira da mecenas do Palmeiras.

Numa fuçada nos canais estrangeiros, parei no Sportv2 de Portugal que estava transmitindo o jogo. Fique nele. Muito legal ver o jeito dos portugueses transmitirem e a visão deles do jogo, além das expressões diferentes: “golo”, “camisola”…

Falaram das “poucas oportunidades” de ambos os times nesta “dicisão” e que as “equipas” estavam se respeitando muito.

Não souberam explicar o “intrivero” entre o técnico Cuca e o lateral Marcos Rocha, obviamente porque nem sonham do pega entre eles, quando estavam no Atlético. (No Mundial de clubes no Marrocos em 2013. Cuca tinha combinado com a diretoria que não revelaria, até o fim do Mundial de Clubes no Marrocos, que já tinha acertado com o Shandong Luneng, da China. Abriu o bico, criou um clima ruim no grupo e por consequência, o comando. Durante a derrota para o Raja Casablanca bateu boca com o Marcos Rocha).

No fim, grande festa deles pela conquista do patrício treinador “Abel Firnando Mureira Ferreira”, 42 anos de idade, que começou nos “juniores do Sporting”, “urgulho para o futebol português. Claro que eles lembraram que dois técnicos portugueses venceram consecutivamente a Libertadores: Jorge Jesus com o Flamengo em 2019 e agora o Abel em 2020.

Merecido. Num jogo ruim, venceu quem aproveitou melhor uma das poucas oportunidades de todo o jogo.

E encerraram a transmissão bradando: “O Virdão vence mais uma Libertadores. Festa portuguesa no Maracanã”!


Pior do que uma arbitragem ruim ou suspeita é um jogo de futebol sem público

Foto, twitter @gustavohofman

Triste demais. Quando as autoridades do futebol puniam algum time determinando que ele jogasse com portões fechados eu considerava um crime contra o futebol. Punição mais idiota, que não atinge o objetivo, já que poderiam ser adotadas outras sanções, que não punissem o espetáculo, que sem público, é pobre, desinteressante.

Aí vem essa Covid-19. PQP! Que estrago na vida de todos nós, em todo o planeta.

E hoje, quem diria, assistimos uma final de Libertadores, sem o público. Justamente em um dos maiores templos do futebol mundial, no Rio, onde era para ter acontecido uma festa fantástica, dentro e fora do Maracanã, numa final entre brasileiros.

Que pena!


Hulk é mais uma aposta alta do Atlético. Que dê mais retorno que Robinho, Fred e Tardelli versão 2020

Foto: reprodução/Instagram

Há tempos o Atlético precisa de um atacante “referência”. O último, que deu certo, foi Jô, naquele time inesquecível, campeão da Libertadores. Depois investiu alto em Robinho, Fred e no retorno de Tardelli, que se machucou de cara e foi para o estaleiro. Fracassos. Agora vem o Hulk, que já marcou muitos gols por times portugueses, japoneses, russos e recentemente estava na China. Está com 34 anos, e é uma aposta. Se estiver bem fisicamente poderá ser de grande utilidade, caso se encaixe nos planos do Sampaoli. Aguardemos.

O site do Atlético divulgou o histórico dele:

* “Hulk reforça o ataque atleticano”

Potência e precisão na perna esquerda são marcas do novo atacante atleticano, que foi revelado por Vitória (BA) e fez sucesso no Japão, em Portugal, na Rússia e na China. Com mais de 50 convocações para a Seleção Brasileira, Hulk vestiu a camisa amarela pela última vez na Copa América Centenário, em 2016. Pelo Brasil, o atleta foi campeão da Copa das Confederações de 2013 e disputou a Copa do Mundo de 2014.

Campeão da Liga Europa da UEFA na temporada 2010-11, pelo Porto, o atacante conquistou vários títulos por onde passou, tendo sido campeão português, campeão russo e campeão chinês.

Hulk estava no Shanghai SIPG, da China, onde foi campeão nacional e também conquistou a Supercopa da China, além de ter feito parte da seleção do Campeonato Chinês em 2017 e 2018 e da seleção da Liga dos Campeões da Ásia, em 2017.

FICHA DO ATLETA

Nome: Givanildo Vieira de Souza

Apelido: Hulk

Posição: Atacante

Dados de nascimento: 25/07/86 (34 anos)

Naturalidade: Campina Grande – PB

Carreira

2004-2005: Vitória-BA

2006-2008: Kawasaki Frontale (JAP)

2006: Consadole Sapporo (JAP)

2007-2008: Tóquio Verdy

(JAP) 2008-2012: Porto (POR)

2012-2016: Zenit (RÚS)

2016-2020: Shanghai SIPG (CHI)

2021: ATLÉTICO

Títulos

2005: Campeonato Baiano

2008-09, 2010-11, 2011-12, 2012-13 – Campeonato Português

2008-09, 2009-10, 2010-11: Taça de Portugal

2008-09, 2009-10, 2010-11: Supertaça de Portugal

2010-11: Liga Europa da UEFA

2014-15: Campeonato Russo

2015-16: Copa da Rússia

2015: Supercopa da Rússia

2018: Campeonato Chinês

2019: Supercopa da China

Título pela Seleção Brasileira

2013: Campeão da Copa das Confederações FIFA

Prêmios Individuais

Artilheiro do Campeonato Português: 2010-11 (23 gols)

Revelação da Ano do Campeonato Português: 2008-09

Futebolista do Ano do Campeonato Português: 2010-11

Seleção da Super Liga Chinesa: 2017, 2018

Seleção da Liga dos Campeões da AFC: 2017


Nunca vou deixar de gostar de futebol, mas já gostei mais do que gosto atualmente

Em foto do Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press, o paraense Dewson Freitas, um dos árbitros que erraram feios contra o América no campeonato 2020.

Seu time perder ou ganhar, faz parte. Você vibra, morre de raiva ou até fica indiferente ao resultado, dependendo das circunstâncias. Horas depois aquele sentimento se vai e é substituído por outro. Bola pra frente!

Mas quando um árbitro de futebol interfere decisivamente no placar e até em uma perda de título, aí não. Quando o fato se repete várias vezes, com o seu time e com outros, a raiva vai dando lugar à revolta e na sequência ao desânimo. O futebol perde a graça; deixa de ser diversão e passa a ser um incômodo a mais na vida, já naturalmente cheia de problemas para se resolver.

Ao ver a chocante entrevista do Lisca  e do Marcus Salum depois do jogo contra o Avaí, me lembrei de inúmeros jogos em que vi o apito interferindo decisivamente no resultado de jogos e campeonatos, verdadeiros escândalos. Clubes e seleções, em campeonatos locais, nacionais e em Copas do Mundo.  O América cometeu seus erros durante a disputa, sim; porém, os apitadores e seus auxiliares foram escandalosos nos prejuízos que acabaram tirando a conquista do Coelho. Com regulamento por pontos corridos, todo jogo é decisivo. Campeonatos costumam ser decididos por um gol a mais ou a menos, como foi esta Série B 2020. Como não dar razão ao treinador, diretoria e jogadores do América?

E a pergunta que nunca vai se calar: a maioria desses erros foi erro mesmo ou o infeliz já entrou em campo encomendado, com o resultado no bolso? Nunca haverá resposta, principalmente no Brasil. Inventaram o VAR para evitar injustiças, mas a engenhoca gerou foi novos problemas. E não é utilizada em todos os jogos, nem em todas as competições. Mais uma esquisitice implantada no futebol.

O saudoso jornalista Hércules Santos se recusava a fazer amizade com qualquer árbitro ou ex-árbitro, por não confiar na categoria.  Muitos achavam que era exagero da parte dele, eu inclusive, mas, como tirar a razão dele, se nunca saberemos se o apitador fulano, beltrano ou cicrano errou de verdade ou premeditado?

Ainda mais depois que o Walter Clark, ex-todo poderoso da Globo, escreveu o livro “O Campeão de audiência”, falando da sua experiência como vice-presidente do Flamengo nos anos 1980, soltou essa: “quem pensa que não se compram mais árbitros no futebol está redondamente enganado”.


Felipe Conceição é ótima aposta do Cruzeiro para tentar retornar à Série A

Fez ótimo trabalho no América e no Guarani de Campinas, contando com jogadores das prateleiras do meio e de baixo. O Bragantino apostou nele e o tirou do Coelho, mas lá não deu liga, por motivos que desconheço. Conhece bem o caminho das pedras da disputa da Série B e tem tudo para da certo no Cruzeiro.

Mais informações no SuperFC:

* “Cruzeiro fecha com o técnico Felipe Conceição, que se despede do Guarani”

Treinador vai dirigir a equipe de Campinas nesta sexta-feira (29), pela última vez, antes de assumir o time celeste para a próxima temporada

O técnico Felipe Conceição fará nesta sexta-feira (29), contra o Juventude, em Campinas, seu último jogo no comando do Guarani. O treinador está apalavrado para assumir o Cruzeiro na próxima temporada, que se inicia no fim de fevereiro. O Cruzeiro ainda não confirma a contratação oficialmente. O Super FC procurou a diretoria celeste e o próprio treinador, mas não obteve retorno. O Guarani informou que não vai se pronunciar.

O treinador chegou ao Guarani com o time na zona de rebaixamento e foi um dos grandes responsáveis por uma campanha que colocou a equipe em outro patamar da tabela. Até essa sexta-feira, ele tem aproveitamento de 53,6% com 11 vitórias, quatro empates e oito derrotas.

Felipe chegou ao Bugre em outubro e tinha contrato até o final de 2021. Nesta quinta-feira, ele acertou sua rescisão em encontro com o presidente do time paulista. Em 2019, Felipe também fez campanha de recuperação com o América, chegando ao Coelho com a equipe na última posição da Série B e não conseguindo o acesso, na última rodada, por um ponto.

A notícia pegou a diretoria do Guarani de surpresa, uma vez que o planejamento para a próxima temporada já estava sendo feito, contando com o aval do treinador em relação à montagem do elenco.

https://www.otempo.com.br/superfc/cruzeiro/cruzeiro-fecha-com-o-tecnico-felipe-conceicao-que-se-despede-do-guarani-1.2441058


De contrato renovado e na expectativa de ser campeão, ótima entrevista do Lisca

Foto: Mourão Panda/América

Que o ataque volte a fazer gols, que o time todo volte a jogar determinado e solidário esta noite, 21h30, contra o Avaí, no Independência. Precisa vencer bem, por placar que o mantenha na frente em número de gols que a Chapecoense, que jogará em casa, no mesmo horário, contra o Confiança. Em caso de empate em todos os primeiros critérios, o título vai para quem tiver menos cartões vermelhos, depois amarelos e até sorteio.

O técnico Lisca bateu um papo muito legal com o Guilherme Frossard, no Globoesporte.com. Entrevista longa, mas vale demais a pena ler ou assistir:

* “Muito Lisca, pouco Doido”

Técnico supera personagem e alcança novo patamar com o América-MG: “Chegou a hora de ganhar seis dígitos”

Era um sábado de lazer na casa da família De Lorenzi, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Como um bom gaúcho, Lisca assava uma carne na companhia da esposa Danielle, das filhas Giovanna e Antônia, da mãe Ana Maria, do irmão Jorge, do sobrinho Matheus e do auxiliar Márcio Hann. Recebeu o ge para um bate-papo, não sem antes oferecer o churrasco que comprou após indicação do goleiro Everson, do Atlético-MG, um dos vários amigos que fez no futebol.

Na televisão, duelo de dois times de meio de tabela no Campeonato Inglês, sucedido por um jogo de mesmo nível do Espanhol. Quando questionado sobre quanto acompanha futebol, Lisca diz que assiste oito jogos por semana. Minutos depois, informalmente, Dani denuncia: o marido fez conta errada, e, às vezes, são oito em um só dia.

Carne de primeira na churrasqueira, piscina grande para as crianças, campinho para bater bola, conforto para a família. A casa é de alto padrão, mas não foi esse o padrão de sempre. Apesar de vir de família “abastada”, como ele mesmo define, Lisca faz questão de destacar que nunca morou em um lugar assim.

Saiu de casa muito cedo, aos 17, e nunca teve dinheiro fácil dado pelos pais – Paulo Roberto, o pai, veterinário; Ana Maria, a mãe, cerimonialista. Teve que correr atrás. E, após trinta anos de futebol, entende que está pronto para alcançar um novo patamar. “Chegou a hora de ganhar seis dígitos”, brinca.

Na temporada em que chegou à semifinal da Copa do Brasil, o América-MG anunciou na última quarta-feira a renovação com o treinador até o fim de 2021. Se cumprir todo o contrato, Lisca alcançará o trabalho mais longevo de sua carreira. Antes de pensar no futuro, porém, o técnico pode “encerrar 2020” nesta sexta com o título mais importante da vida dele no futebol, a Série B pelo Coelho.

No passado, centroavante

Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi tem o esporte no DNA. Lisca é bisneto de Carlos de Lorenzi e neto de Jorge de Lorenzi – ambos foram goleiros do Internacional. Na infância e adolescência, era esportista convicto. Jogou vôlei, basquete, nadou, foi surfista e, claro, jogou futebol. Chegou até os juniores do Colorado.

– Eu era um jogador bem cerebral. Aquele centroavante que saía para articular, organizar, eu já tinha essa compreensão tática do jogo. Acho que se tivesse investido um pouco mais eu teria condição de ter feito uma boa carreira.

Não investiu tanto. Aos 17, ao terminar o segundo grau, optou pela faculdade de educação física. E teve o privilégio que pouquíssimos estudantes têm: conseguiu um estágio, já no futebol, antes mesmo de pisar na sala de aula pela primeira vez.

– Meu ex-treinador de natação dava aula nas escolinhas do Inter. E ele ficou sabendo, através do meu pai (que eu faria Educação Física). Ele me ligou e perguntou: “Você não quer fazer um estágio aqui?”. Isso antes de eu começar a faculdade. Eu tinha 17 anos.

Depois do estágio, foi contratado pelo Inter em 1989, quando já cursava Educação Física. Foi monitor das escolinhas de futebol do clube, começando a trabalhar com garotos de 11 anos. (mais…)


Os seis pontos que a FIFA tirou do Cruzeiro vão continuar rendendo

Na última rodada da Série B, o Cruzeiro joga nesta sexta-feira em Curitiba, sem chance matemática de retornar à Série A. Um jogo melancólico, pois enfrenta o Paraná, já rebaixado para a Série C. É claro que esta situação é consequência de uma série de erros cometidos dentro e fora de campo. No âmbito esportivo, nas quatro linhas, um time de futebol depende de vários fatores, muitas vezes imprevisíveis. Porém, fora, alguns erros são imperdoáveis, como a punição imposta pela FIFA, que tirou seis pontos da Raposa, por causa de uma dívida de seis milhões. Ora, ora, este valor é uma “mixaria”, quando se fala de um dos maiores clubes do país, que movimenta fortunas em seu dia a dia.

Na época, o Conselho de “notáveis” que administrava o clube chegou a dizer que tinha o dinheiro garantido, para quitar essa dívida. Vieram as eleições, nova diretoria assumiu e daí a pouco a notícia de que a dívida não tinha sido paga e o Cruzeiro começaria a disputa da Série B com menos seis pontos.

Dentro de campo o início foi até promissor, já que, sob comando do Enderson Moreira, venceu os três primeiros jogos, sendo dois fora de casa, contra o Guarani e Figueirense. A estreia foi no Mineirão, vitória de 2 a 1 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto. Arrancada comemorada por todos, sob a falácia de que “os seis pontos estavam recuperados, com sobras”.

Só que o futebol não é tão simples assim. Na sequência, derrota fora para a Chapecoense, empate fora com o Confiança, derrota no clássico para o América, derrota fora para o Brasil de Pelotas, empate em casa com o CRB e demissão do treinador. Aí começou o sufoco, com Ney Franco, entrada na zona de degola para a Série C, desespero, chegada do Felipão e fuga do Z4.

Em determinados momentos do campeonato, não tivesse começado sem seis pontos na classificação, o time estaria firme na briga pelo acesso e em momento algum entraria em desespero.

O resultado está aí: permanência na segunda divisão, o que compromete mais ainda as contas do clube, com as fontes de arrecadação menores que na temporada que está terminando.

E quem pensou que esta punição pela FIFA seria esquecida, errou. Ramon Salgado, experiente repórter, com quem tive o prazer de trabalhar na Rádio Inconfidência e TV Bandeirantes, entrou de sola no assunto, em seu programa Horizonte Esportes, na TV Horizonte.

Iniciou uma série de entrevistas com conselheiros que têm revelado histórias cabulosas dos negócios e tratativas que fizeram com que o Cruzeiro chegasse a este ponto. Um dos questionamentos do Ramon: “será que o torcedor merece continuar sem saber de 10% do que acontece no clube?”
Ramon Salgado continua com o slogan dos tempos da Rádio Inconfidência, “O repórter temperado”, e receberá no programa dele o ex-presidente do Conselho Gestor, Saulo Froes, que quer falar sobre todos os assuntos envolvendo essa crise pela qual passa o Cruzeiro.

O Horizonte Esporte vai ao ar de 19 às 20 horas, na TV Horizonte, canal 30,1 em HD, e nas redes sociais.

O twitter do Ramon é: @Rtemperado

Da TV é: @tvhorizonteoficial