Tudo bem que ninguém imaginava que o futebol seria tão bonito, e o placar tão dilatado, mas, quem não foi à Arena do Jacaré por causa do ingresso a R$ 50,00 certamente se arrependeu.
Perdeu uma noite memorável, dessas onde raramente se vê um time jogar de forma tão impecável, dentro e fora das quatro linhas.
Começou com a opção de escalação do técnico Cuca, que criou coragem e deu um jeito de por os melhores em campo.
Gilberto teve que encarar a lateral esquerda, posição na qual ele ficou famoso e onde atuou em alguns dos maiores clubes do mundo, e Roger, entrou no meio, ao lado do Montillo.
Teve coragem também para tirar um dos jogadores mais regulares do time, Thiago Ribeiro, que deu lugar a Walysson, que já vinha merecendo uma oportunidade como essa.
O Cruzeiro foi arrasador, e com toda justiça, a torcida já gritava o nome do Cuca ainda no primeiro tempo, com 3 x 0, porque imaginava o que viria pela frente, com aquela formação e determinação dos jogadores em campo.
O estreante Vitorino teve ótima atuação e nem parecia que fazia seu primeiro jogo.
O Estudiantes parecia que não estava acreditando no que acontecia. Levou o primeiro gol as 54 segundos e manteve a frieza e o esquema, achando que poderia virar em questão de algum tempo, como fez na final da Libertadores em 2009.
Levou o segundo, aos 17 minutos, e continuou com o mesmo pensamento. Aí tomou o terceiro, aos 39, e tinha que partir para o desespero.
No segundo tempo, foram só mais dois, porque o Cruzeiro não precisava fazer mais.
Foi o único brasileiro a vencer até agora na Libertadores e agora pega o Guarani do Paraguai, de novo na Arena. Está com a faca e o queijo na mão para ser o primeiro classificado do grupo.
Todavia, a idiotice de grande parte da imprensa continua. Mantendo a tradição burra e de achar que o torcedor é imbecil, vejo em muitas manchetes hoje: “vingança”, e bla, bla, bla…
Que vingança? Este jogo era a final da Libertadores?
Igual a toda vez que a seleção brasileira vai enfrentar a França ou Uruguai. Lá vem os colegas muito “criativos” com a mesma lenga lenga de “vingança”, “revanche” e jargões surrados do tipo, e de sempre!
E o pior é que muitos incautos adoram ouvir e ler essas bobagens ao vento!