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Na hora “agá”, falam em tirar Itabirito x Atlético do Mané Garrincha

Imagem: www.metropoles.com/esportes

Minha coluna no BHAZ:

Só agora viram que o gramado do Mané Garrincha “pode” estar ruim. Viva a nossa cartolagem

O Itabirito vendeu o mando de campo para jogar contra o Atlético em Brasília e desde ontem, quinta-feira, já se encontra lá. O Galo se preparando para embarcar.

Tudo certo, ingressos sendo vendidos, muita gente se deslocando para a Capital da República.

Aí, a Federação Mineira de Futebol diz que contratou uma empresa para conferir o estado do gramado do estádio Mané Garrincha e que dependendo da situação, a partida não deverá ser lá.

Uai? Como é que é?

Em cima da hora, desse jeito?

A diretoria do Itabirito, obviamente “p” da vida, diz que a Globo é que não gostou do “visual” de um pedaço do gramado, que está “queimado”, mas com boas condições para a bola rolar.

Organização, respeito ao bom senso e ao torcedor, que é bom, nada, né?

Aguardemos os próximos capítulos, 24 horas antes de começar o jogo!

Em foto do João Zebral/Itabirito, a alegria do time no vestiário do Parque do Sabiá, após a vitória de 2 x 1 sobre o Uberlândia, quarta-feira


Ótimo jogo, grande vitória do Coelho e treinadores fazendo diferença

Foto: Mourão Panda/América

Minha coluna no BHAZ:

Cruzeiro 0 x 2 América em grande jogo. Quando treinadores fazem diferença
Senhoras e senhores, toda sexta-feira tem a minha coluna no jornal Sete Dias, de Sete Lagoas. O jornal vai para a gráfica na quinta, até às 18 horas. Hoje, escrevi o seguinte para a coluna de amanhã:

“Diferenças fundamentais”
A coluna foi escrita à tarde, antes de Cruzeiro x América, que jogariam às 20 horas, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro. Mas a curiosidade era grande para ver o estilo de jogo da Raposa e do Coelho, completamente diferente do Galo, apesar de o técnico Felipão ter um elenco muito melhor nas mãos.
O problema do Atlético está exatamente no treinador, que se mantém fiel a seus antigos esquemas táticos, ligação direta, dependente de uma jogada genial ou outra de um de seus valores individuais. Quando Hulk e Paulinho não funcionam o time perde ou empata.

Realizado x correndo atrás
Aos 75 anos de idade, Luiz Felipe Scolari é um dos treinadores mais vitoriosos do Brasil e, merecidamente, está rico, não precisa mais ralar para viver. E nem tem mais paciência para ficar estudando adversários e novidades táticas, ao contrário do Nicolás Larcamón, 39 anos, e Cauan de Almeida, 35. Estão começando a carreira, estudam muito, os adversários e o que há de novo no mundo em estratégias de jogo. Por isso os seus times são mais organizados, correm mais, buscam mais o ataque e jogam futebol mais vibrante.
E que jogo ótimo. O Coelho partiu pra cima desde o início e quase marcou em duas oportunidades. O Cruzeiro equilibrou a partir dos 25 minutos, passou a ter maior volume de jogo, mas não conseguiu levar perigo ao gol do Dalberson.

Foto: @Cruzeiro
O segundo tempo foi do América, que chegou ao primeiro gol aos 15 minutos, com Renato Marques, 20 anos, prata da casa, pegando o Rafael Cabral de surpresa. Quis cruzar e acertou o gol. O segundo gol saiu aos 41, por meio do Rodrigo Varanda, mas antes disso o Coelho teve duas grandes oportunidades.
Além da bola que jogou e da opção tática escolhida pelo Cauan de Almeida, o Coelho mostrou melhor condição física que o Cruzeiro.


E, ao contrário do que era de se imaginar, quando fez 1 a 0, ao invés de recuar para garantir resultado, o técnico americano fez mexidas que melhoraram o time, que continuou fustigando a Raposa. Substituiu jogadores que davam sinais de cansaço, trocando o lateral Marlon pelo Nicolas, Moisés por Rodriguinho e Renato Marques por Rodrigo Varanda.

Foto: twitter.com/Mineirao


Empate em casa com o Tombense. Valeu pela chance dada ao Alisson, 18 anos, mas time do Felipão continua devendo

Alisson fez uma bela partida, além do gol e uma assistência ótima pro Paulinho (Foto: twitter.com/Atletico)

Minha coluna no BHAZ:

Atlético de nova zaga e velhos erros! Campeonato de regulamento esdrúxulo

Tá, os otimistas dirão que início de temporada é “assim mesmo”, mas é difícil engolir que em cinco rodadas do Estadual o Galo com um dos elencos mais caros do país, tenha duas derrotas e um empate. Pior: nada de interessante em termos táticos, nenhuma novidade, continua dependendo da qualidade individual de seus jogadores.


Não tiro a razão de quem foi à Arena e vaiou o time neste 1 a 1 contra o Tombense, que saiu na frente aos três minutos, tomou o empate aos 11 do segundo tempo e desperdiçou duas oportunidades inacreditáveis por meio do Igor Bahia, aos 25 e 44, na cara do Everson. Paulinho também errou, cara a cara, aos 23, também do segundo tempo, quando recebeu um presente do Alisson, que retribuía a gentileza ao Paulinho, que lhe deu o passe para o empate para o Galo.


O gol do Tombense foi de bola alçada na área contando com a desatenção do Edenílson, que deixou o Ednei ficar de cara com o Everson.
Zaga diferente, diga-se, já que o Jemerson cumpria suspensão e o Maurício Lemos está machucado. Felipão testou Bruno Fuchs/Igor Rabelo. A dupla que mais me agradou até agora foi Lemos/Fuchs.
Scarpa ainda longe de estar em forma, mas Felipão quer deixa-lo jogar oi máximo possível pra entrar no ritmo. Foi substituído aos 47 do segundo tempo pelo Pedrinho. Dois minutos antes do Alan Kardec entrar no lugar do Paulinho. A propósito, o Grêmio está levando o Pavón. Ruim para o time. Enquanto isso, Vargas e Kardec, ninguém quer.


Gostei de ler a paulada que o Luciano Dias, da Band, deu no regulamento esquisito do campeonato:
@jornlucianodias “Com apenas 7 pontos, o Atlético ainda é líder do grupo dele no Mineiro. Vai ter time fazendo mais pontos nos outros grupos e sendo eliminado. Já vi fórmula péssima. Mas essa é quase insuperável.”

E concordo plenamente com o Heverton Guimarães falou sobre o time neste início de ano: @hevertonfutebol “O Atlético é um time absolutamente sem repertório com a bola. Segue um NADA coletivamente e dependendo exclusivamente de jogadas individuais dos talentos que tem no elenco. Defensivamente segue oferecendo espaços e marcando mal para um gde c@r@1#0!!!
Um horror ATÉ AQUI.”

Mas também gostei da oportunidade que o Felipão deu ao Alisson, da base, 18 anos. Entrou no intervalo, no lugar do Mariano, e fez uma bela partida, além do gol e de uma assistência ótima pro Paulinho, que não aproveitou. E recebeu o apoio de todos os colegas em campo, especialmente do Hulk.

Vale a pena rever o gol dele, mostrado pela TV Galo:

https://twitter.com/i/status/1757923187772571921

Chegando à metade, Campeonato Mineiro começa mostrar quem é quem

Com dois gols do Hulk, de falta e de pênalti, o Atlético passou sem atropelos pelo Athletic, em São João Del Rei. O dono da casa até fez uma boa partida, mas prevaleceram a melhor qualidade geral do Galo e a condição física, principalmente.


Na metade da fase de classificação, em “condições normais de temperatura e pressão”, a briga é a mesma de sempre: qual o time do interior vai chegar entre os quatro que decidirão o campeonato. E quem serão os dois rebaixados.


O América tem 10 ponntos, o Cruzeiro está com 7 e tem o Patrocinense, hoje, 16h30, fechando a rodada, e o Atlético tem seis.
O Tombense se desponta com 8, brigando com o Villa, 7 e bem atrás estão Patrocinense, Athletic e Democrata Pantera, 4.


Quem vai lutar contra o rebaixamento, só nas duas últimas rodadas, já que o equilíbrio é grande nos três grupos e tem muita gente nessa disputa.


Mineirão 50%. E o sucesso da segurança na final entre São Paulo e Palmeiras, hein!?

Minha coluna no BHAZ:

Cel. Flávio Godinho, diretor de Operações da Polícia Militar de Minas Gerais, foi coordenador-adjunto da Defesa Civil do estado. A PM e demais forças de segurança mostraram, mais uma vez, que é possível a presença de duas torcidas nos estádios (Foto: facebook.com/sicoobcoopemg)

Segurança nos estádios: quando tudo corre bem, quase ninguém fala nada

Pena que os dirigentes do Atlético e do Cruzeiro prefiram “celebrar” acordos ridículos para que só tenhamos torcida única nos clássicos.

Os dois clubes paulistas decidiram a Supercopa do Brasil no Mineirão, com 50% do estádio para cada torcida, sem nenhuma ocorrência de violência.  E olhe que era um jogo considerado explosivo, não só pelos antecedentes entre as torcidas deles, mas também porque no dia anterior houve um Atlético x Cruzeiro na cidade, e há parcerias entre “organizadas” mineiras e paulistas: alvinegros com verdes; azuis com tricolores.

Para não dizer que não houve nenhum “BO”, houve sim: uma janela do ônibus do Palmeiras foi quebrada por uma garrafa arremessada, quando a delegação chegava ao hotel, na Savassi. Mas o criminoso foi preso na hora pela PM.

Pois é! Quando os dirigentes têm interesse eles agem e evitam ou diminuem os problemas. No caso, foi só acionar as forças de segurança de Minas que elas sabem como fazer e dão conta do recado quando devidamente acionadas. Especialmente a Polícia Militar, repetiu operação semelhante a que foi feita quando Cruzeiro e Estudiantes decidiram a Libertadores de 2009 no Mineirão.

A partir de Extrema, na divisa de Minas com São Paulo, viaturas escoltaram os ônibus dos torcedores até a capital mineira.

Nenhum incidente nos postos de combustíveis e restaurantes da BR. Nada de confusão em Belo Horizonte, nem no Mineirão, onde a segurança privada foi reforçada, por iniciativa dos dirigentes.

Nota 10 para as nossas Polícias Militar e Civil. No caso da PM, saudações ao Cel. Flávio Godinho, diretor de Operações da corporação. Foi coordenador-adjunto da Defesa Civil de Minas. Já passou por todo tipo de situação complicada, sabe lidar com todo tipo de gente. Preparado, tipo os melhores zagueiros: sabe sair jogando, mas “chega junto” quando necessário.

Vale lembrar que, mesmo com torcida única na Arena MRV na noite anterior, houve incidentes de violência e vítimas da inoperância da segurança do estádio.


Daniel Alves: dos melhores estádios e gramados do mundo, para essa cena humilhante

Minha coluna no BHAZ:

O dia em que a vida de Daniel Alves começou se tornar um inferno

Dos melhores estádios e gramados do mundo, para essa cena humilhante, sendo julgado, depois de um ano de cadeia (Foto: reprodução GloboNews).

Até o dia 9 de dezembro de 2022, o lateral direito Daniel Alves se mantinha entre os jogadores de futebol mais badalados do mundo. Mesmo aos 40 anos de idade, graças à sua amizade com o técnico Tite, estava em mais uma Copa do Mundo, sem nenhuma condição física e técnica para tal. Vaidoso, guela larga, forçou a barra e conseguiu mais alguns dias de topo no futebol, engordando a sua já robusta conta bancária, avaliada em R$ 300 milhões.

No fim daquele dia nove o Brasil era eliminado nas quartas de final no Catar e a “carruagem” do jogador começava a virar abóbora como atleta. Milionário, graças ao grande futebol que jogou no passado, continuou curtindo a vida em Barcelona, onde optou por morar.

Até o dia 30 de dezembro, quando resolveu se mostrar garanhão e atacar a uma mulher de 23 anos de idade no banheiro da boate Sutton.

Aí a vida dele começou ser virada do avesso, já que os tempos mudaram e a impunidade de outrora por estupro, deixou de existir, principalmente em países onde a lei é cumprida e as autoridades não costumam amaciar para ricos e famosos.

No dia 20 de janeiro de 2023 ele foi preso preventivamente. A justiça espanhola se apressou em evitar que ele fizesse como o atacante e patrício Robinho, que se mandou para o Brasil para fugir de condenação também por estupro, na Itália.

Imagine! Sujeito rico, famoso, vaidoso, comendo mais de um ano de cadeia, preventivamente. Corre o risco de tomar de nove a 12 anos de condenação.

É triste ver alguém numa situação dessas, mas aos 40 anos de idade, o sujeito já passou muito da hora de se comportar como gente normal. Cometeu um crime absurdo, mudou de versão cinco vezes e já está pagando pelo que fez.

Sempre há esperança de que exemplos como este sirvam de alerta para tantos infelizes mundo afora, independentemente de qualquer profissão. Mas, a história se repete. O próprio Daniel Alves deveria ter tomado Robinho como exemplo. Um colega de profissão, quase da mesma idade, igualmente poderoso, que cometeu crime tão grave e há anos vive correndo da justiça italiana. Certamente não tem paz e nem terá!

Daniel Alves pode tomar de nove a 12 anos de condenação. Foto reprodução Globo News


Com raras exceções, treinadores mais velhos não têm “saco” para estudar e se atualizar

Em seu twitter, o técnico do Cruzeiro postou essa foto manifestou a sua satisfação em conhecer pessoalmente Luiz Felipe Scolari: @NLarcamon “Grande privilégio da minha profissão. Foi um prazer para mim enfrentar um CAMPEÃO MUNDIAL. Meu total respeito pra você!!”

Minha coluna no BHAZ:

Felipão, Larcamón, a queda do Mano e a diferença básica entre treinadores mais jovens e mais velhos

Neste mar de paixões que são as manifestações pós-clássico, trecho de uma opinião sensata, do atleticano Pedro Vitor que vale reflexão: “… Do jogo, Felipão, mexeu na forma do time jogar após a saída do Zaracho, e o Scarpa não estava bem pra ser utilizado, perdeu o meio de campo, Edenilson chegando atrasado, Hulk perdido. O tal Larcamon, ninguém conhecia, anulou o meio de campo do Galo, e montou uma “arapuca”, e o Felipão caiu, feito um “patinho”, em cada bicudão do Everson, a coisa se descontrolava ainda mais.
Rodrigo Caetano, vai embora, e me preocupa bastante, pois temos uns 4 ou 5 jogadores, encostados no elenco, Alan Kardec, Patrick, Pedrinho, e Vargas, somados dão 4 milhões de prejuízo ao Atlético, e ainda tem o Mariano, que fisicamente, já não suporta ser titular. Isso é um grande problema!…”


Verdades verdadeiras, com algumas considerações: os treinadores mais jovens estudam mais, são mais atualizados com este futebol de muita correria e força. Os veteranos, com raras exceções, não têm paciência para estudar, além de acharem que já sabem tudo e que o futebol é imutável.


O São Paulo está se dando bem com Thiago Carpini, 39 anos. Depois de quatro derrotas consecutivas, Mano Menezes, 61 anos, foi demitido pelo Corinthians, que tentou contratar Márcio Zanardi, 45, que se destaca no São Bernardo, mas o regulamento impede essa contratação.


Aliás, o Mano deve estar muito “chateado” com essa demissão, já que vai receber R$ 20 milhões pela rescisão do contrato, na visão dos advogados dele, ou R$ 9 milhões, na visão do jurídico do Corinthians.
Aos 75, Felipão se desaposentou para fazer o que gosta, que é estar à beira do gramado, mas já disse que em dezembro deste ano, para. Larcamón, com os seus 39, está começando uma carreira, que poderá ser brilhante.

Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians


Brasil perde para o Paraguai na disputa por Paris2024. Ramon Menezes não está emplacando

De técnico interino da seleção principal ao risco de não conseguir levar a seleção olímpica à Olimpíada de Paris, Ramon Menezes já está chamuscado com essa campanha fraca no pré-olímpico, disputado na Venezuela.

No último jogo da fase de classificação para o quadrangular decisivo, tomou de 3 a 0 dos venezuelanos. Hoje, na estreia da fase que vai definir os dois representantes da América do Sul, estreou perdendo para o Paraguai, 1 a 0, com direito a pênalti desperdiçado pelo Endrick, do Palmeiras, aos 25 do primeiro tempo quando o jogo estava 0 a 0.

John Kennedy, do Fluminense, desperdiçou oportunidade impressionante aos 43 e aos 45 os paraguaios fizeram o gol da vitória. Decepção a bola não jogada pelo atacante do Fluminense, numa preguiça danada.

Menos mal é que a Argentina empatou com a Venezuela, 2 a 2, depois de sair perdendo.

Os próximos jogos serão quinta-feira: Brasil x Venezuela, Argentina x Paraguai.

Domingo tem Brasil x Argentina; Venezuela e Paraguai.

Peralta comemora o gol da vitória do Paraguai sobre o Brasil na disputa por vaga na Olimpíadas de Paris que começa dia 26 de julho. Foto: twitter.com/CONMEBOL


Falas do Arana e do próprio Felipão mostram que o técnico do Cruzeiro, Larcamón, brilhou na estratégia

Minha coluna no BHAZ

Foto: cruzeiro.com.br

Larcamón foi mais competente que Felipão. Vitória justa do Cruzeiro

Dois clássicos na Arena MRV e duas vitórias do maior rival. Duas derrotas em três rodadas do Campeonato Mineiro. Com um dos elencos mais caros do país, o Atlético precisa corrigir rumos visando as competições mais importantes da temporada 2024.

Só palavras motivacionais não ganham jogo. As entrevistas do lateral Arana e do próprio técnico Luiz Felipe Scolari, depois da derrota, confirmam que o técnico do Cruzeiro, Nicolás Larcamón, foi melhor estrategista para que o seu time saísse vitorioso da Arena MRV:

Disse Arana: “Pelo time que a gente tem, investimento que a gente tem, a gente tem que se apresentar para jogar mais. Não adianta ficar alçando, alçando, alçando a bola, porque não é assim que se ganha um jogo”.

“É a opinião dele. Eu respeito a opinião dele, mas posso divergir em alguma coisa. Eu acredito e penso que a postura do Cruzeiro não ofereceu a saída de bola que a gente pretendia. Nós trabalhamos na semana a saída de bola. O Cruzeiro não ofereceu chances para que essa saída acontecesse normalmente. Por isso, em algumas situações, a gente alongou a bola”.

Fora de campo, outras estratégias erradas que só serviram para motivar o adversário e dar munição para gozações, como essa que o Juca da Floresta enviou aqui:

“Proibiram torcida; proibiram jornalista; não colocaram símbolo no gramado. Só faltaram combinar do Cruzeiro não ir no jogo. Toca da Raposa 4.”

Para completar os jogadores do Cruzeiro fizeram a “saudação viking” no gramado, diante dos 42.585 atleticanos presentes.

(Foto: twitter.com/Cruzeiro)


Com torcida única, dirigentes de Atlético, Cruzeiro e autoridades mostram incompetência e se rendem aos bandidos

Acordo absurdo das diretorias do Atlético e do Cruzeiro que reafirmam incompetência deles e rendição das autoridades da segurança aos marginais que atrapalham o futebol Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Minha coluna no BHAZ:

Torcida única: “celebração” da incompetência, omissão e falência das autoridades e clubes

Trecho de nota no twitter oficial Atlético: “Galo e Cruzeiro celebraram acordo para que haja torcida única nos clássicos das temporadas 2024 e 2025, válidos pelas competições organizadas pela Federação Mineira de Futebol e Confederação Brasileira de Futebol…”

Significado da palavra celebrar: “promover; fazer uma solenidade; produzir uma festividade de teor pomposo: celebrar um contrato, uma empresa. Comemorar; exaltar algo ou alguém; receber de modo festivo: o povo celebrou as eleições democráticas…”

Além do redator semialfabetizado, isso pode ser chamado também de rendição aos marginais que infernizam o futebol, falência das autoridades públicas que aceitam um absurdo desses, sem nenhuma contestação de Ministério Público, defesa do consumidor, estatuto do torcedor, Polícias, Justiça e etecetera e tal.

E essa incompetência não é de hoje. Apenas se repete. Infelizmente não temos mais nas forças de segurança profissionais como o coronel PM Nilo Sérgio da Silva, que deu grandes exemplos de como fazer a autoridade do estado ser respeitada, nos anos em que foi comandante de Policiamento da Capital.

Recorro à minha própria coluna nos jornais O Tempo e Super Notícia no dia 24 de agosto de 2012, quando o Mineirão estava em reformas e o jogo seria no Independência. De lá para cá só mudaram os nomes dos dirigentes e dos jogadores. A Polícia Militar recomendava torcida única. O Atlético não fazia questão, mas gostava da ideia. O Cruzeiro, mandante, fingia não querer, mas, queria. Confiram:

“Incompetência assumida e falência da autoridade”

Para cada clássico uma desculpa esfarrapada para manter esse absurdo de “torcida única”. Ano que vem, com o Mineirão de volta, haverá alguma outra justificativa furada. Uma vergonha!

O Cruzeiro, mandante do jogo, deveria ter batido o pé e exigido que as forças de segurança do Estado cumprissem com o seu dever constitucional, mas certamente não teve interesse, por achar que apenas a sua torcida pode dar algum ganho dentro das quatro linhas durante os 90 minutos.

A experiência dos clássicos anteriores com essa idiotice já mostrou que não tem nada a ver: o Cruzeiro já ganhou do Galo só com a torcida alvinegra presente.

Lamento que a PM mineira não seja mais a que tínhamos até 2010, quando andaram com essa conversa fiada de “problemas de segurança”, e o então chefe do Comando do Policiamento da Capital – CPC – Tenente-Coronel Nilo, fez prevalecer a tradição de competência e destemor da nossa Polícia Militar. Em 2009 comandou pessoalmente as operações que garantiram a final da Libertadores da América, entre Cruzeiro e Estudiantes, da Argentina, sem nenhum problema. Arrancou elogios da imprensa nacional.

Sem balela

Um ano depois, o Cel. Nilo garantiu que o Atlético poderia usar o vestiário e banco de reservas do lado direito das cabines do Mineirão, debaixo da torcida do Cruzeiro; e que a Raposa, idem, no outro lado, sob a torcida atleticana.

Assim foi feito e a autoridade foi respeitada, graças à coragem e eficiência da Polícia Militar.

Sob risco

As coisas mudaram; o Cel. Nilo se aposentou, junto com outros militares dessa linhagem, e o que temos visto é uma Polícia Militar acuada, diante de uma meia dúzia de marginais.

Quando o Estado abre mão do seu poder; por falta de recursos humanos ou materiais, toda a sociedade perde e fica sob risco. Por essas e outras é que os números da violência só aumentam em Belo Horizonte.

Em campo

O clássico, como sempre, imprevisível. O Atlético está em momento muito melhor, mas o Cruzeiro é o Cruzeiro.

Num jogo desses, tudo depende! Montillo estará bem? Ronaldinho Gaúcho e Cia. estarão inspirados e com a mesma garra?

Fábio e Victor fecharão o gol, ou um deles engolirá um frango, desses que acontecem com qualquer grande goleiro?

– – –

O placar foi 2 a 2, pela última rodada do turno e o Atlético mantinha a liderança do Brasileiro, com 43 pontos, um a mais que o Fluminense, que terminou campeão. O Cruzeiro estava em oitavo lugar, 28 pontos. Wallyson fez 1 a 0 para o Cruzeiro, Leonardo Silva empatou, Ronaldinho Gaúcho fez seu mais belo gol da camisa do Galo, e aos 56 do segundo tempo, Mateus empatou para o Cruzeiro.

Curtindo boa vida de aposentado, o Cel. Nilo é o penúltimo à direita, ao lado do Piu. A partir da esquerda, o ex-lateral Mancini, Antônio Carlos Chaves de Rezende (então prefeito de Lagoa Dourada e o ex-meia do Atlético, Lincoln, numa partida festiva do time do PAIA/PMMG, do Cel. Aníbal, em São João Del Rei, em 2017 (Foto: arquivo pessoal do Cel. José Aníbal Fonseca)

A ficha completa:
Data: 26 de agosto de 2012, domingo
Horário: 18h30
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (Asp. Fifa/PE)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo (Asp. Fifa/MG) e Márcio Eustáquio Santiago (Fifa/MG)
Público: 17.901 pagantes
Renda: R$ 482.270,00
Cartões amarelos: Lucas, Borges, Leandro Guerreiro, Montillo e Mateus (Cruzeiro), Pierre, Bernard e Marcos Rocha (Atlético-MG)
Cartões vermelhos: Leandro Guerreiro (Cruzeiro); Bernard e Pierre (Atlético-MG) 

Gols: Cruzeiro: Wallyson, aos 17 minutos do primeiro tempo, e Mateus, aos 56 do segundo tempo; Atlético: Leonardo Silva, aos 48 minutos do primeiro tempo, e Ronaldinho Gaúcho, aos 44 do segundo tempo.
Cruzeiro: Fábio, Léo, Mateus, Thiago Carvalho e Everton (Marcelo Oliveira); Leandro Guerreiro, Lucas Silva (Anselmo Ramon), Tinga e Montillo; Fabinho (Wallyson) e Borges
Técnico: Celso Roth

Atlético: Victor; Marcos Rocha (Rafael Marques), Réver, Leonardo Silva e Júnior César; Pierre, Leandro Donizete, Danilinho (Guilherme) e Ronaldinho (Serginho); Bernard e Jô
Técnico: Cuca

Reveja os gols, no YouTube: