Blog do Chico Maia

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Argentinos comemoram vitória sobre o México como se já tivessem ganhado a Copa

Se mesmo com a derrota para a Arábia Saudita eles não pararam de fazer festa, imagine depois desse 2 x 0 sobre os mexicanos? A festa começou no gramado do Lusail, com a interação dos jogadores, comandados por Messi, com os torcedores nas cadeiras.

Poucas vezes se viu Messi tão feliz como hoje. Ele joga tudo o que pode para conquistar essa Copa, em sua última oportunidade.

Abriu o marcador, num chutaço de longe, e depois viu o jovem Enzo Fernandez (21 anos, jogador do Benfica), fazer o segundo, em outro golaço. Na raça e na categoria, a Argentina saiu do sufoco contra um México muito bom, porém, que não resistiu a lances geniais do Messi e da promessa Fernandez.

Uma briga de foice no Grupo C, que tem Argentina, Polônia, México e Arábia Saudita, todos com chances na rodada final e cujos classificados toparão com a França, já classificada e Austrália, Polônia e Tunísia, todas também na briga pela segunda vaga do Grupo D.

Ochoa se esticou, mas não conseguiu impedir os dois gols argentinos


As maiores goleadas da história e o lado humano da Copa, com lições de humildade e generosidade

TNT Sports Brasil  O massacre da Espanha colocou a Fúria entre as maiores GOLEADAS da história da Copa! #TNTSportsNoQatar

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O Raul Otávio Pereira e outros leitores, do Instagram, lembraram que o TNT se esqueceu de incluir a goleada mais escandalosa que foi da Alemanha no Brasil, em pleno Mineirão, 7 x 1, 2014.

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Curiosidades da Copa, atuais e do passado. Lendo publicações de várias partes do mundo, principalmente de Portugal, fiz um resumo das que achei mais interessantes desta manhã, especialmente as que valorizam o lado humano de famosos e nem tanto do mundo do futebol.

Bola na Trave  ·

Quando o Uruguai saiu para aquecer, Seba Sosa estava totalmente emocionado e com o olhar perdido. Estreou-se pela seleção há apenas 6 meses, com 35 anos.

Conseguiu entrar na lista para o Qatar, mas logo depois de entrar na concentração, a mãe dele faleceu. Teve que viajar para o Uruguai para se despedir e depois voltar para o Qatar para se concentrar.

Como terceiro guarda-redes, provavelmente não vai jogar nem um minuto, mas Seba Sosa cumpriu o sonho de estar com a sua seleção num Campeonato do Mundo.

Imaginem a mistura de sentimentos!

Desporto Universal  ·

“Não acredito que passemos para a próxima ronda, mas estamos aqui para lutar contra as previsões. Adoramos quando eles esquecem de nós e consideram-nos a equipa mais pequena. No Mundial há surpresas e essa é a mentalidade que temos.”

Hervé Renard, dizia isto antes do jogo com a Argentina.

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Bola na Trave  ·

No Qatar, nenhum dos jogos teve menos de 10 minutos de compensação. Por exemplo, no Inglaterra-Irão foram adicionados 24 minutos. E no Argentina-Arábia Saudita, foram adicionados 19 minutos.

Esta é uma ordem do Chefe de Árbitros da FIFA, o grande Pierluigi Collina, que explicou no outro dia:

“Vamos aumentar o tempo de jogo efetivo. Vamos compensar todo o tempo de substituições, penalidades, festejos, assistência médica ou VAR.”

Tchau para as equipas que perdem tempo.

Assim sim é como deve ser!

Recepção Orientada

Há uns dias, Jack Grealish conheceu Finlay, um jovem com paralisia cerebral, grande adepto do City.

Grealish prometeu que lhe dedicava um golo com a comemoração que ele quisesse. Finlay propôs e Jack cumpriu ao marcar contra o Irão.

Futebol

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Bola na Trave  ·

– À esquerda: Enrique Macaya Márquez, com 23 anos, pronto para começar o seu primeiro Campeonato do Mundo da Suécia em 1958.

– À direita: Macaya, a chegar ao Qatar para começar o seu 17° Campeonato do Mundo, com 87 anos.

Não faltou nenhum desde a Suécia 58.

Haverá mais de 12.000 jornalistas no Qatar, mas nenhum como Macaya!

Remate Digital  ·

Muito respeito pela história de Andries Noppert!

Em 2019 não jogava no Foggia que desceu à Serie C de Itália.

Em 2020 foi aconselhado a terminar a carreira devido a lesões e a família incentivou-o a mudar de profissão.

Ficou 6 meses sem clube, mas não desistiu!

Na época passada ganhou vida com 20 jogos pelo Go Ahead Eagles. Mais do que em toda a sua carreira sénior até à altura!

Seguiu-se o regresso ao Heerenveen nesta temporada. O clube da sua terra e que o formou.

Ganhou um lugar na baliza com excelentes exibições e hoje, com 28 anos, estreou-se pela Holanda naquele que foi apenas o seu 50° jogo como sénior.

Além disso, ajudou na vitória(2-0) mantendo a baliza segura com boas intervenções.

A nossa admiração e respeito por Andries Noppert. Não desistiu, lutou sempre e vive agora momentos que tanto merece!

PlayMaker Sports Brasil

DO INFERNO AO CÉU !

Quem acompanha o futebol atual com regularidade, sabia que a Alemanha era favorita, mas que teria alguma dificuldade contra a seleção do Japão.

Conforme as temporadas vão passando, muitos jogadores japoneses vão fincando raízes nas equipes mais competitivas da Europa, e isso ajuda a fazer da seleção um elenco bem competitivo.

Hoje, em um pênalti infantil, feito pelo goleiro Gonda, Gundogan abriu o placar para os alemães.

Porém, os japoneses defendiam bem a entrada da área, e obrigava os alemães a chutarem de média e longa distância.

Já no segundo tempo, com a desvantagem no placar, a coragem de Hajime Moriyasu foi determinante para o Japão sair com a vitória.

A Alemanha postada em um 3-4-2-1 tinha apenas 1 jogador para pressionar a saída de bola.

Sabendo disso, Moriyasu não precisava de uma linha de 4 jogadores na saída de bola.

Por isso, sacou Kubo, colocou Tomiyasu, estabeleceu uma linha de 3 zagueiros e saiu de um 4-2-3-1 para um 3-4-3, visando melhorar a saída de bola e sobrecarregar o ponto fraco alemão, que são as laterais, e seu espaço nas costas.

Dessa forma, Mitoma, do Brighton, que entrou no lugar de Nagatomo, jogou pela extrema esquerda, e deu trabalho. Através de Mitoma, é que nasceu a jogada do gol de empate japonês.

E sem a pressão na saída de bola, o Japão teve liberdade para sair jogando, e fazer o zagueiro Itakura acertar um lindo lançamento para Asano, dominar e finalizar, dando números finais a grande partida feita pelo Japão, através da boa análise de jogo de Moriyasu.

Moriyasu foi duramente criticado por não levar Furuhashi e outros nomes, mas hoje teve seu trabalho reconhecido, pela sua visão de jogo, coragem e capacidade de mudar a história da partida com suas intervenções.

Nossa admiração e respeito pelo trabalho

do Mister Moriyasu.

Recepção Orientada 

Que grande momento na conferência de imprensa de Louis Van Gaal, selecionador dos Países Baixos.

Um jornalista do Senegal toma a palavra e diz: “Sou um jornalista que está apenas a começar. Não tenho nenhuma pergunta, só quero dizer que o admiro muito desde criança.”

Van Gaal responde: “Foste muito simpático e não ouço isto muitas vezes. Vou te dar um abraço. Estou a falar a sério.”

No final da conferência de imprensa, Van Gaal cumpriu o prometido.


Na Copa da maioria masculina, as primeiras definições e novamente os holofotes centrados no Neymar

Com duas derrotas em dois jogos, País de Gales já está fora e cumprirá tabela na última rodada dessa fase contra a Holanda.

De novo, Neymar puxa os holofotes para ele. Óbvio que involuntariamente, já que se machucou. Mas o assunto seleção brasileira virou só ele e quase todo mundo bajulando-o. Desvio de foco é um perigo e a seleção tem históricos nada positivo disso.

Fernando Rocha fez uma observação interessante na coluna dele, no Diário do Aço, de Ipatinga: “Um leitor da coluna, que está no Qatar, fez uma observação interessante e ao mesmo tempo bizarra sobre a Fan Fest oficial da Fifa. Segundo ele, o espaço é enorme e tudo muito bem organizado,  mas faltam mulheres. Nos seus cálculos, 95% dos frequentadores são homens, escancarando os extremos culturais do país escolhido como sede de forma controversa pela Fifa.”

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Não sei se exatamente nessa proporção, de 95%, porém, há muito mais homens nas arquibancadas e demais ambientes envolvendo a Copa do Mundo aqui. O bombardeio exagerado de notícias sobre tantas restrições impostas principalmente ao público feminino, certamente desencorajou muitas de encararem o Catar.

Ainda o Fernando Rocha, a quem agradeço a citação do blog coluna: “ A melhor definição que lí até agora sobre este Mundial foi no blog do jornalista Chico Maia, através da postagem de um dos participantes, Mauro Lopes, de Belo Horizonte: “Independente das delicadas questões de raça, gênero, religião e exploração trabalhista, tudo que vi desse lugar até agora é de um artificialismo que me causa mal estar. Sou daqueles que não suporta ficar muito tempo dentro de um shopping. E essa copa parece estar sendo realizada dentro de um”. (Fecha o pano!)

Domingo tem Alemanha x Espanha, mas hoje fui ao estádio assistir Iran 2 x 0 País de Gales. Uma experiência diferente optar por um jogo dos menos cotados da Copa, mas valeu demais a pena, principalmente para conferir uma facilidade impressionante que o Catar disponibilizou para torcedores e imprensa. Uma mesma linha do metrô serve a dois estádios. Facilidade tamanha, que muita gente vacila e desce antes ou depois do local em que quer chegar. Eu, por exemplo, desci no Education City, achei estranho que as proximidades estavam vazias demais, quando perguntei pelo jogo e me disseram, que seria no Al Riffa, da estação seguinte. Percorri o caminho de volta e quando cheguei na tribuna de imprensa o primeiro tempo estava quase acabando. Menos mal que a segunda etapa é que foi boa. Show de bola dos iranianos, que poderiam ter tacado quatro ou cinco, mas desperdiçaram chances demais, inclusive com duas bolas na trave. País de Gales é só Bale e o goleiro. Ficou 64 anos longe da Copa e pela bolinha que está mostrando, ficará de castigo mais umas copas futuramente.

 

Para compensar, vou testemunhar o desespero da Alemanha contra a Espanha, domingo. Se não vencer, poderá dar adeus à Copa na primeira fase, já que o Japão deverá atropelar a Costa Rica e garantir uma vaga.

Por dentro e por fora, o Al Riffa é um belíssimo estádio


Uma grande estreia da seleção brasileira. Com DNA do América, bateu um sistema defensivo terrível

Tite foi ousado e se deu bem. Encheu o time de atacantes, contando com a categoria e força física de Casemiro e Paquetá para se virarem na marcação e apoio à defesa.

Dificuldades enormes no primeiro com uma marcação implacável e zero de falha da Sérvia, que pouco se arriscou ao ataque. No segundo tempo tudo mudou. Parecia outro time, indo com tudo para cima em alta velocidade.

Richarlison, revelado pelo América, foi o nome do jogo. Pelos dois dois, pela movimentação em campo e pelo belíssimo segundo gol, que vai disputar até o fim, a condição de gol mais bonito desta Copa.

 


O pior jogo até agora e o melhor e mais emblemático aqui no Catar. Derrota alemã fez lembrar eliminação do Galo pelo Palmeiras na Libertadores 2021

Foto: www.dw.com/pt

Tecnicamente, o pior jogo que vi até agora nesta Copa foi Marrocos 0 x 0 Croácia. Nem parecia que era a Croácia, atual vice-campeã do mundo. A partida mais impressionante, foi a da virada do  Japão sobre a Alemanha, que mostra o que é o futebol, confirmando a frase do Muricy Ramalho: “a bola pune”. Jogaço.

Um único momento de desconcentração dos alemães e veio a derrota. Bola “marota” lançada em direção ao gol deles, dois defensores na jogada, porém, pensaram que o árbitro daria impedimento e diminuíram a passada. Foi o que bastou para o Asano aumentar a velocidade e acertar aquele chutaço, quase na cara do Neur.

Fez lembrar o Nathan Silva, zagueiro do Galo, que cometeu vacilo semelhante na marcação do Gabriel Veron, que tinha acabado de entrar. Perdeu a disputa na corrida e viu o palmeirense cruzar para o Dudu fazer 1 x 1, resultado que eliminou o Atlético na semifinal da Libertadores.

Impressionou também a condição física dos dois times e a frieza dos dois treinadores. O Asano, depois de tanta correria, parecia que estava pronto para começar outro jogo. Depois da partida, a TV mostrou a cara do técnico alemão, Hansi Flick, olhos esbugalhados, parecendo não acreditar no que tinha acontecido. Já o técnico japonês, Hajime Moriyasu, tranquilo, apenas sorridente, como se tive acabado de comandar mais um treino do time dele. Porém, já tinha se emocionado mais cedo, durante a execução dos hinos, quando chorou ao ouvir o hino do Japão, com a cena registrada pelas câmeras.

Interessante é que os algozes alemães jogam em clubes deles e disputam o campeonato alemão: Doan, que empatou, aos 30 do segundo tempo, é do Freiburg, e Asano, que virou, aos 38 é do Bochum.

Foto: FIFA.com

As câmeras mostraram também a Ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, usando a polêmica braçadeira multicolorida “One Love”, pró-diversidade no Catar, que o Neur foi impedido pela FIFA de usar.

Quase todas as seleções europeias prometiam usar essa braçadeira, símbolo da causa LGBTQ, porém, censurada pela FIFA, pressionada pelo governo do Catar.

A Federação Alemã de Futebol apoiou seus jogadores e soltou nota justificando:

“Com a nossa braçadeira de capitão queríamos dar o exemplo dos valores que vivemos na seleção: a diversidade e o respeito mútuo. Junto com outras nações, queríamos que nossa voz fosse ouvida. Não se trata de uma mensagem política: os direitos humanos não são negociáveis. Isso deveria ser óbvio. Infelizmente ainda não é. É por isso que esta mensagem é tão importante para nós. Banir o uso da braçadeira é como calar a nossa voz.”

Ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser – Foto: www.dw.com/pt


A tecnologia na Copa do Catar: onde havia envelopes e todo tipo de papéis, agora é tudo no QR-Code

Sem precisar de ninguém para operar, uma maquina libera ingressos para os jogos para jornalistas credenciados.

Só encostar a credencial no visor da máquina que ela imprime os bilhetes . . .

… na hora

Meus ingressos para o jogo de abertura e para Holanda x Senegal, no dia seguinte

Os ingressos na Rússia eram entregues em envelopes e o tamanho era o dobro dos atuais

Vejam as “modernidades” da Copa do México’86:

No Centro de Imprensa da Cidade do México, em 1986, eu, entre o Antônio Carlos Macedo (esq.) que está até hoje na Rádio Gaúcha de Porto Alegre (grande sucesso de audiência, agora apesentando um programa pelas manhãs) e o saudoso Luiz Carlos Alves, um dos grandes nomes da história do rádio mineiro, que infelizmente nos deixou em 24 de agosto de 2017, aos 70 anos de idade. Observem as maravilhas da tecnologia “moderníssima” da época: aparelho de telex e uma impressora matricial, que “cuspia” as listas das seleções e outras informações básicas fornecidas pela FIFA.


O avanço da tecnologia impressiona e se mostra na Copa do Catar. Adeus equipamentos pesados e muita gente para operá-los

Repórter de rádio e TV agora é solitário para fazer seus boletins ao vivo ou gravado. Ele carrega o próprio equipamento, instala o tripé, monta o celular/câmera, filma, fotografa e fala. Antes, no mínimo mais duas pessoas estariam ajudando-o.

Se a tecnologia acabou com fios, equipamentos pesados e eliminou operadores, na Copa do México em 1986 era totalmente diferente.

         

Em Guanajuato/Guadalajara. Afonso Alberto (direita), na época na Rádio Inconfidência, e o hoje saudoso José Marcelo, da Educadora, de Ipatinga, dividindo o peso da mala com os equipamentos de transmissão, antes de um treino da seleção do Telê Santana, Zico e cia., que seria eliminada na disputa por pênaltis, pela França de Michel Platini, nas quartas de final.


E a Argentina, hein!? Estava invicta há 37 jogos!

A estação Lusail, do Metrô, fica a 300 metros das entradas do estádio. Torcedores de incontáveis nacionalidades chegam aos montes, descendo pelas escadas rolantes, passando pelas esteiras móveis, cantando e se divertindo. Cadeirantes, muitos, tratados com todo o respeito e com acessos fáceis, rápidos, além de ter muita gente para dar algum apoio, caso necessário. Dentro deste e qualquer estádio da Copa, excelentes posições são reservadas para que todos possam assistir confortavelmente, com um visual privilegiado.

A bola rolou, Messi, de pênalti, aos oito minutos, abriu o placar. Todos na tribuna de imprensa começamos a “confirmar” o que se “previa”: vai ser uma goleada ao estilo Inglaterra 6 x 2 Iran.

Ledo e grosso engano!

Muita gente riu quando o técnico da Arábia Saudita, o francês Hervé Renard, disse ao chegar aqui: “Não viemos aqui apenas para participar”. E parece que ele e seu grupo farão história. Time muito aplicado, determinado e consciente do que fazer em campo. Se utilizou muito bem da linha de impedimento e escapou de três gols argentinos, cujos autores foram flagrados após empurrarem a bola para dentro.

No início do segundo tempo, aos três minutos, Saleh Al  Shehri, empatou para os sauditas, surpreendendo Messi e cia.

O time argentino passou a se comportar como s tivesse tomado uma pancada na cabeça. Aos sete, nova pancada, com gol da virada marcado por Salem Al- Dawsari.

Na tribuna de imprensa, todo mundo se olhando e buscando respostas. Várias encontradas: competência do técnico francês, de 54 anos de idade, ex-zagueiro do Cannes, que trabalhou apenas em dois clubes na Franca, quando se aposentou, em 1998. Foi rodar por clubes e seleções da África, trabalhando como técnico das seleções de Zâmbia, Angola, Costa do Marfim e Marrocos, com quem disputou a Copa da Rússia em 2018. Foi eliminado na primeira fase, porém, seu trabalho chamou a atenção dos sauditas, que o contrataram para ficar até 2027.

Outros motivos dessa virada: a determinação dos jogadores sauditas. Primeira Copa disputada no Oriente Médio, terceira maior torcida a comprar ingressos para a Copa do Catar (atrás somente dos catares e dos norte-americanos), questão de orgulho próprio, de fazer história.

E ganhou de uma argentina que estava invicta há 37 jogos!

Viva o futebol!

No Centro de Imprensa do Estádio Lusail, o goleiro da Argentina na Copa de 1990 (Itália), Goycochea, está aqui como comentarista, atividade que abraçou depois que parou. Também já atuou como ator de novelas na Argentina. Está com 59 anos de idade.

Prazer encontrar o filho do grande Gaia, em mais uma Copa: Thiago Reis, “Seu Nome Seu Bairro”, profissional e gente da prateleira de cima.

Outro grande companheiro, de longa data, sucesso no rádio esportivo brasileiro, Eraldo Leite, da Rádio Globo, Rio.  Cobrir Copa do Mundo nos dá a oportunidade de reencontrar gente especial como estes aí, e muitos outros, que vamos registrando aqui.


A Copa começou bem, com muitos gols, futebol razoável e protestos

Tudo funcionando muito bem até agora, dentro do que estava previsto pelo país anfitrião, que não abriu mão de suas tradições, como bebida alcóolica, por exemplo. Não relaxou, como queriam os patrocinadores e a FIFA. Fazer o quê? O que é combinando não sai caro.

Caro mesmo é pra quem está aqui ou que está vindo. Nos restaurantes, no comércio, nos centros de imprensa, nada é barato para brasileiro. Qualquer coisa em “rial” (o dinheiro deles), a gente multiplica por 1.5. Aí você faz conta de um pacotinho de batata chips, que custa 10 deles. Sai a R$ 15 ou treco que no Brasil não passa de R$ 3,00.

Na sequência das minhas colunas e postagens no blog vamos falando a respeito de tudo. A propósito, estou diariamente no twitter/chicomaiablog , instagram/chicomaiablog e facebook/chicomaiablog. Postando vários vídeos todos os dias.

Também no twitter/HojeemDia e na BandNews FM 89,5 às 10h10, batendo papo descontraído com os ótimos Lucas Catta Preta, Luciana Viana e Murilo Rocha.

Equivoca-se que diz que política e futebol não se misturam. Aqui, por exemplo, jogadores da Inglaterra e do Iran foram corajosos e fizeram seus protestos, em grupo, antes de a bola rolar nos 6 x 2 dos ingleses. Os do Iran não cantaram o hino do país, em solidariedade às vítimas da violenta repressão que está ocorrendo no país, pela morte

da jovem sob custódia da polícia do costumes e moralidade iraniana. Corajosos demais estes jogadores, que certamente sofrerão pesadas retaliações (e possivelmente suas famílias), quando retornarem ao Iran.

Os jogadores ingleses se ajoelharam no gramado, em protesto contra a violação de direitos humanos no Catar, tema delicado aqui e reprimido de forma dura pelo governo. Outras seleções prometem protestar no decorrer da Copa e este assunto vai continuar rendendo.

Enquanto isso vou retornando a perguntas e observações de companheiros do blog que se manifestaram aqui, como o Alysson Sol:

“Chico,

Você esteve no primeiro jogo? Estou curioso em saber como está a temperatura nos estádios. O jogo foi realmente de baixo nível técnico. Mas foi notório também que os jogadores do Equador e do Qatar estavam suando demais. Jogadores do Equador chegaram a ser substituídos com distensões musculares e sinais de exaustão. E tanto Qatar quanto Equador são países bem quentes. Acredito que ao menos parte da fraqueza técnica da partida se deva ao calor. Se isto for confirmado, podem haver problemas com os jogadores dos países menos acostumados ao calor. Vamos aguardar.”

Sim caro Alysson, estive e a temperatura não será motivo para jogador nem ninguém reclamar aqui. Além dos termômetros ficarem na faixa dos 25 graus nessa época, há ar condicionado em todos lugares, estádios inclusive.

Um professor da Universidade do Catar colocou em prática um projeto no qual trabalhou por 13 anos e foi aperfeiçoado para entrar em ação na Copa. Estádios climatizados, no gramado e cadeiras. Recomendo três sites com entrevistas e muitos detalhes.

www.fifa.com/tournaments

https://www.fifa.com/tournaments/mens/worldcup/qatar2022/news/dr-cool-the-mastermind-behind-qatar-2022-s-air-cooled-stadiums

https://engenharia360.com/ar-condicionado-estadios-copa-do-mundo/

Na tribuna de imprensa, na abertura, fiquei ao lado de companheiros de muitas outras coberturas: Cosme Rímoli, do R7 e Jaeci Carvalho, do Uai/Estado de Minas

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O Felix Batista reclamou do VAR, que teria metido a mão no Equador:

“Neste momento o Equador é garfado pelo VAR. Triste sina equatoriana, enfrentar os anfitriões na estreia. O mundo não muda, o erro tem símbolo e cor!

Novamente garfado, o goleiro do Qatar teria que ter sido expulso.”

 

Em princípio todo mundo pensou a mesma coisa no caso do primeiro gol, anulado. Mas depois apareceu uma imagem da perna de um jogador do Equador à frente, dando razão ao VAR.

O Juca da Floresta falou dos preços salgados da cerveja por aqui:

“… Cerveja a 74 reais….minha aposentadoria duraria uma semana nesse país. Eduardo Coudet para 2023……era melhor chamar um brasileiro qualquer.”

 

Pois é, com álcool, a Budweiser custa isso aqui nas Fan Fest, e só lá. Nos estádios, é a Bud também, porém sem álcool e custando 30 rial, o que equivale a R$ 44,00. Refrigerante também é “salgado”: 22 reais nos estádios. Um pacotinho, dos pequenos de batata chips, que no Brasil custa, no máximo R$ 3, aqui, nos estádios: R$ 15,00.

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Stefano Venuto Barbosa

“Esqueceu de mim, que te sugeriu beber uma cerveja na frente de uma mesquita…”

 

Esqueci não, caro conterrâneo Stefano, mas não sou doido, né? Além de não ter cerveja fácil, mexer com religião aqui é mais complicado que no Brasil, onde não dá nem pra pensar em brincar. Né não?

Teve dromedário da abertura. O Fábio Anselmo, irmão do saudoso comentarista Flávio, que mora lá em Brasília, alertou que a imprensa toda errou ao dizer que tinha camelo na cerimônia de abertura, pois no Catar tem é dromedário.

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Mauro Lopes

“Independente das delicadas questões de raça, gênero, religião e exploração trabalhista, tudo que vi desse lugar até agora é de um artificialismo que me causa mal estar. Sou daqueles que não suporta ficar muito tempo dentro de um shopping. E essa Copa parece estar sendo realizada dentro de um.

 

Realmente tudo está muito arrumado por aqui. O Catar se preparou, não economizou para fazer tudo o que tinha que ser feito e o objetivo deles é passar uma boa imagem para o mundo. Certamente vão conseguir, assim como a África do Sul passou em 2010, o Brasil em 2014 e a Rússia em 2018. Pena que o senhor Vladmir Putin, quatro anos depois, aprontou o que está aprontando com a Ucrânia e com o mundo. Jogou toda a bela imagem construída da Rússia fora.

Teve o legítimo cavalo árabe na abertura também!

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Pedro Vitor Canela

Acabei de voltar, de uma viagem á serviço, que fiz, a cidade do norte de Minas, Mato Verde, uma cidade pequena, 14 mil habitantes apenas, de lindas serras e cachoeiras, acabei dando ate sorte, pois choveu muito, aliviando o calorão que por ali é intenso…

bom, só pra comparativo, uma Heineken, geladíssima, no Bar do Maciel, tradicional por lá, 12 reais, e o churrasquinho, 6 reais, vai ser bom trem.

 

Deu vontade de conhecer Mato Verde e o Bar do Maciel. Quem sabe, na volta?

Vamos ver para quem a taça vai no final


Horas antes de começar a Copa no Catar, o que ficou faltando dizer sobre a parada em Paris I

Durante e após a Copa, mandarei aqui curiosidades da rápida, mas sempre útil, passagem pela capital francesa.

Depois de seis tentativas, finalmente os franceses conseguiram, em 2017, vencer a disputa para sediar os Jogos Olímpicos. Seria a última entrada na disputa (o que seria uma pena), como mostra reportagem da ESPN do dia 24 de janeiro daquele ano:

* “Candidatura para 2024 pode ser a última tentativa de Paris para sediar os Jogos

Se Paris não conseguir sediar os Jogos Olímpicos de 2024, terá sido a última tentativa”, afirmou o copresidente da candidatura parisiense, Tony Estanguet, em entrevista à Agência Efe, na qual também considerou que a capital francesa está “mais preparada que nunca” para ganhar…”

E eles estão se esmerando para realizar a melhor das últimas décadas. Se depender do visual, especialmente das competições ao ar livre, já conseguiram. A Torre Eiffel será moldura para o vôlei de praia. A maratona aquática no Rio Sena, ciclismo na Avenida Champs-Élysées, basquete na Place de la Concorde, tiro com arco em Les Invalides e hipismo no Palácio de Versailles.

Caminhei nessa região durante o dia em que aguardava o voo de 21h20 para Doha. Um canteiro de obras, principalmente perto da Torre. Daqui alguns dias vão anunciar que a cidade está pronta para 2024.

Vai ser um espetáculo!

Na caminhada, vi essa loja de artigos de luxo, numa rua quase esquina com a Champs-Élysées.

Pensei: será uma diversificação de negócios do excelente jornalista Breno Beretta?

Aliás, vale a pena segui-lo: twitter.com/BrennoBeretta

Sempre ótimas informações e opiniões.