Com enorme prazer abri a caixa de mensagens hoje e deparei-me com este e-mail do meu conterrâneo Paulo Henrique, grande democratense, que mora em Montes Claros mas não se desliga em nenhum momento das coisas de Sete Lagoas e do Jacaré.

Hoje é um dia muito especial para nós da cidade e região, porque é o pontapé inicial da nova Arena do Jacaré, com este jogo/treino entre Atlético e América. Um teste geral do estádio para receber os grandes jogos que virão pelo Campeonato Brasileiro das Séries A e B, e do nosso Democrata pelo Campeonato Mineiro da terceira divisão.

Ele mandou também uma foto contendo um pedaço da história desses 96 anos de existência do Jacaré, e confesso que me emocionei ao ver o saudoso estádio José Duarte de Paiva, onde hoje está uma enorme loja dos Supermercados Bretas. Joguei muito nele, até o juvenil do Democrata, quando fiz teste no Galo e levei bomba, na época dada pelo também saudoso Dawson Laviola, que foi um grande treinador o futebol mineiro teve. Foi lá que comecei minha carreira de repórter e graças a esses contatos e oportunidades que o Democrata me deu, estou hoje aqui, cobrindo a minha sétima Copa do Mundo.

Minhas história com o Jacaré começou quando eu tinha 11 anos de idade e tinha um colega de Ginásio Industrial, Flávio Pereira Incalado, o “Toquinho”, irmão do zagueiro Fred, que jogou no Atlético nos anos 1980, que era um faz-tudo no clube. O Democrata tinha parado com o futebol profissional, e disputava apenas o Campeonato Amador da cidade. A família do Toquinho morava a dois quarteirões do estádio e ele colaborava como roupeiro, e em determinado dia chamou-me para conhecer o clube e ajudá-lo lá.

E como auxiliar de roupeiro, entrei para o mundo do futebol.

Tenho ou não tenho motivo para gostar muito desse Democrata Futebol Clube?

Nessa foto, tirada em jogo beneficente envolvendo grandes nomes do futebol mineiro, e enviada pelo Paulo Henrique, identifico quase todos. Era uma seleção de ex-jogadores de Atlético, Cruzeiro e Democrata, que enfrentou uma seleção paulista de ex-jogadores também.

De pé, da esquerda para a direita, Luciano Rocha, que acertou este amistoso, Getúlio, Antenor, Pituca (SL), Marcão (SL), Alves, Prechetes (SL), Eloy (SL), Vitor Braga, o massagista Tatá, o saudoso vice de futebol do Democrata, Paulo Oliveira e o então presidente Humberto Timo.

Agachados: o saudoso Renato Dramático, Maurício Oliveira (preparador físico, irmão do Marcelo), Humberto Ramos, Spencer, Reinaldo, Marcelo Oliveira, João Ligeiro (da Umbro) e o massagista, que na época era do Clube Náutico de Sete Lagoas.

A foto foi feita pelo gente boa Enrique Iglésias, grande arquivo vivo da imagem contemporânea de Sete Lagoas, e pertence ao acervo pessoal do Pituca, que foi um ótimo zagueiro amador da cidade e continua jogando seu futebol no Clube Náutico.

E agora o e-mail do Paulo Henrique que me fez contar toda essa história:

“Chico, boa noite!

Esta semana, interessante também foi a bela loura flagrada pelas lentes do Eugênio Sávio, no Soccer City, muito bem fantasiada de torcedora da Argentina no jogo contra o México. Nada demais, se no dia seguinte ela não estivesse no Ellis Park, novamente fantasiada, só que de torcedora do Brasil. Um mistério ainda não desvendado!

Alguns jornalistas europeus estão dizendo em tom de brincadeira que estamos vivendo agora uma “Copa América sul-africana”, por causa da classificação de todos os representantes do nosso continente para as oitavas de final.

Com a eliminação do Chile, pelo Brasil, a “Copa América” continua forte, podendo repetir a decisão da edição de 2007, na Venezuela, quando o time dirigido pelo Dunga foi campeão sobre a Argentina, vencendo por 3 x 0.

A Princesa Isabel comandava o Brasil em 1888, ano da assinatura da Lei Áurea, quando os sul-africanos importaram 80 mil mudas de jacarandá, belos e abundantes em Pretória, ameaçados de extinção em nosso país.

O jogo foi fraco no tempo normal; idem na prorrogação e com cobranças de pênaltis perfeitas dos paraguaios, que pela primeira vez chegam tão longe numa Copa do Mundo, e com todos os méritos.

Faltando o Paraguai chegar às quartas de final, fomos vê-lo contra o Japão, em Pretória, a 50 quilômetros de Johanesburgo. É a capital administrativa do país, onde estão as embaixadas, as maiores universidades e imensas áreas verdes, com um componente muito caro a todos nós brasileiros: o jacarandá, que pode ser visto em toda a cidade, principalmente nas avenidas no entorno do estádio Loftus Versfeld, onde cabem 50 mil pagantes e faz lembrar a nova Arena do Jacaré, do nosso Democrata de Sete Lagoas.

De Johanesburgo a Pretória nem parece que se está viajando. É como se fosse uma cidade só, cheia de condomínios residenciais e de empresas, dos dois lados da excelente rodovia, com suas cinco pistas de cada lado.

Quando parece que estamos pegando realmente a estrada, surgem as placas indicando o estádio, que fica no centro da capital administrativa sul-africana.

Acessos fáceis, tráfego descomplicado na maior parte do dia e sinalização perfeita.

O estádio é antigo, construído em 1903, mas reformado para a Copa das Confederações do ano passado. Em termos de infraestrutura para a Copa foram construídos alguns viadutos na chegada da cidade, e 25 hotéis. Aliás, há enormes painéis espalhados logo na chegada, manifestando o orgulho do governo da região em ter viabilizado junto com a iniciativa privada, este empreendimento que resolveu um dos problemas de hospedagem para a Copa.

Estes painéis de Pretória fizeram-me lembrar da situação de Belo Horizonte. As pessoas diretamente envolvidas com a organização da Copa de 2014 afirmam que a nossa capital vai precisar de, pelo menos, mais 15 hotéis para ter chances de receber a abertura da competição ou o principal centro mundial de imprensa.

Se for “só isso”, menos mal, mas há muito trabalho pela frente, em outras áreas, principalmente nos transportes.

Um dos mais conhecidos agentes de viagem do Estado me garantiu ano passado que se houver um “campeonato de biriba” em Belo Horizonte, não haverá vagas suficientes em nossos atuais hotéis.

Mas este é um problema vivido por qualquer cidade que recebe um evento gigante como uma Copa. Torcedores e imprensa estão procurando vagas em Port Elizabeth, local de Brasil x Holanda, sexta feira, que só são encontradas a mais ou menos 300 Km de distância.

Agentes da polícia mineira rastream as ligações do celular de Eliza

Do site da Abril.com

* Um exame feito no Land Rover do jogador Bruno apreendido no dia 8 deste mês, em Contagem, Minas Gerais, encontrou vestígios de sangue. A Polícia Civil de Minas Gerais está, neste momento, tomando o depoimento de Cleiton da Silva Gonçalves, amigo do jogador, que dirigia o carro quando o veículo foi interceptado numa blitz. Cleiton depõe na condição de testemunha no inquérito que apura o desaparecimento da jovem Eliza Samudio, 25 anos, que tentava provar na Justiça que o goleiro Bruno, do Flamengo, é pai de seu filho de quatro meses. 

Ainda hoje será ouvida outra testemunha no caso, e estão previstas novas buscas no sítio do jogador. Agentes da polícia mineira também estão, hoje, rastreando as ligações do celular de Eliza. O depoimento de Bruno, segundo o chefe do Departamengo de Investigações, Édson Moreira, deve ser o último do inquérito.