Blog do Chico Maia

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Números positivos da Copa

As autoridades do turismo da África do Sul estão preparando relatório sobre os ganhos do país com a promoção da Copa. Ontem houve a primeira entrevista onde apresentaram, junto com a Fifa, um quadro bastante positivo, mas os números oficiais só serão fornecidos depois da final, dia 11 de julho.

Na metade da Copa os sul-africanos já comemoram vitória e falam em se candidatar aos Jogos Olímpicos de 2020, através da cidade de Durban.


Negócios à vista

Estes números divulgados pelo turismo sul-africano interessam muito ao empresariado brasileiro, que terá muitas oportunidades de negócios visando 2013 (Copa das Confederações) e 2014. É certo que a África do Sul está recebendo menos estrangeiros do que esperava, porém, os hotéis estão sempre cheios e as locadoras de automóveis não estão conseguindo atender a demanda. Os brasileiros que querem ir à Durban estão tendo dificuldades.


Coca-Cola traz 140 e Globo proíbe Galvão de dar entrevistas

Está na coluna da Mônica Bérgamo, hoje, na Folha de S. Paulo: 

TREM DA ALEGRIA
A Coca-Cola está levando 140 pessoas, com transporte, hospedagem e alimentação bancadas pela empresa, para assistir à Copa do Mundo na África do Sul. A caravana inclui engarrafadores, fornecedores da companhia -e também jornalistas e o que a empresa chama de “formadores de opinião”. Cada convidado tem direito a um acompanhante -estão embarcando maridos, mulheres e filhos.

FAÇA O QUE EU DIGO
Frustrada com a decisão de Dunga de não permitir que jogadores deem entrevistas exclusivas para a emissora, a Globo adotou receita idêntica com Galvão Bueno. Vários veículos tentaram falar com ele depois da campanha “Cala Boca Galvão”. Nada feito. A TV argumenta que o locutor “está concentrado nas transmissões e no trabalho” e é por isso que está na Copa. Entrevista, Galvão só deu à própria Globo.


Irlandeses vibram com fracasso e escândalos da França na Copa

Da Inglaterra o Alisson Sol enviou links de jornais irlandeses gozando os francesses pelo fracasso total nesta Copa:

Nunca vi os Irlandeses onde trabalham tão felizes. Veja o que é o futebol. Estas são as 5 notícias mais populares hoje no sério jornal da Irlanda “Irish Times”:

1) O pesadelo da França na Copa do Mundo finalmente termina com uma saída inglória (link).
2) Domenech esnoba Parreira por alegado comentário negativo (link)
3) Farsantes franceses falham espetacularmente (link)
4) França “A piada do mundo” (link)
5) Evra pede perdão (link)

De novo, este é um jornal sério. Os tablóides nem dá para citar os títulos. Felizmente, os franceses estão levando tudo no bom humor…


Golpe do João Sem Braço

O Duke falou e disse, hoje, no Super Notícia, nas bancas, que tem também a minha coluna, diária, durante a Copa do Mundo

DUKEGOLDEMAO


Lamentável a saída da África do Sul

Uma pena a saída da África do Sul na primeira fase da Copa. Primeira vez que o país anfitrião sai logo de cara na história da competição. O erro foi permitir o empate do México no jogo inaugural e perderam a vaga justamente para os mexicanos.

A sequência da Copa seria melhor com eles, que mesmo eliminados, fizeram grande festa pelas ruas de Johanesburgo ontem, comemorando a vitória sobre a França. Vi o jogo numa “fan-fest” deles, montada em um dos 2300 parques espetaculares da cidade, perto da nossa casa, a 10 minutos a pé, no bairro de Kensington. Enormes telões, palco para shows, antes e depois da partida, com estrutura de bares, banheiros e segurança. Certamente haveria mais gente se as chances de classificação da seleção deles fossem maiores. Mas, ainda assim, milhares de pessoas estavam lá, numa terça-feira de trabalho normal, às 16 horas.

Tenho a convicção que essas “fan-fest” serão o diferencial da Copa de 2014 no Brasil em relação a esta e demais edições.

Ao contrário do que se esperava, as seleções africanas estão sendo as primeiras a dar Adeus à Copa delas: Camarões foi segunda feira, ontem a África do Sul. Os sul-americanos é que estão bem, com o Uruguai classificado em primeiro no seu grupo, mesmo caminho da Argentina, e possivelmente Brasil, Chile e Paraguai.

A Europa decepciona dentro e fora de campo, com destaque para a França, que além do péssimo futebol, desorganização e indisciplina, mostrou total falta de educação do seu paranoico treinador depois do jogo de ontem. Recusou-se a estender a mão a Carlos Alberto Parreira após a partida, alegando que o brasileiro teria dito que a presença da França aqui era injusta.


BBC fala de Pelé como um produto da mídia

Na TV, um dos canais da BBC de Londres sintonizados aqui mostra o ponto de vista inglês da importância da história das Copas para a humanidade. Sempre procurando valorizar o lado europeu, trata Pelé como um produto “vendido pela mídia”. Documentário que entrevista personalidades históricas dentro e fora de campo, com destaque para o ex-secretário de estado dos Estados Unidos, Henry Kissinger, apaixonado por futebol.


Manipulação inglesa

No momento de uma entrevista com o atacante Valdano, cabeça pensante em campo da Argentina campeã em 1986, ele lembrou que a imprensa transformou o jogo contra a Inglaterra numa revanche da Guerra das “Malvinas”, de 1982. Na legenda, a BBC escreveu “Falklands”. A entrevista com Maradona o mostrou no pior momento da vida dele, com cara de drogado, decadente e não falando coisa com coisa. E destaque para o gol de mão contra eles.


As legítimas Havaianas custam caro aqui e vendem adoidado

Vê-se poucos produtos brasileiros nas lojas e gôndolas de supermercados da África do Sul, mas um se destaca: as sandálias Havaianas, da Alpargatas, cujo presidente é o mineiro Márcio Utsch, de Conceição do Mato Dentro. Em modelos convencionais e cores ao estilo africano, não têm preços nada populares por aqui, variando de R$ 40 a R$ 60. Nas lojas de CDs, nenhum cantor ou músico brasileiro. Nem os clássicos de João Gilberto e Tom Jobim.


Conscientização sindical mobiliza trabalhadores

No estacionamento de um dos maiores Shoppings de Johanesburgo, dezenas de funcionários de uma das maiores redes de farmácia do país comparecem todos os dias, com seus uniformes, mas não entram para o trabalho. Organizados, cantam e dançam músicas de protestos trabalhistas, reivindicando melhorias salariais. Querem 3.500 rands (R$ 825), contra os atuais 1800 que recebem mensalmente. O salário mínimo aqui, não oficial, gira em torno de U$ 200.