Os jogos decisivos da decisão da Liga dos Campeões da Europa foram uma boa aula de futebol e muitos pontos para reflexão.
Considerado o melhor time do mundo o Barcelona levou de 3 x 1 em Milão e não conseguiu descontar o placar em casa, contra a Inter, mesmo tendo inacreditáveis 75% de posse da bola durante o jogo.
Ontem a Inter repetiu a estratégia e foi campeã, derrotando o Bayern de Munique, em Madri. O time alemão teve 69% da posse da bola, mas não conseguiu transpor o impecável sistema defensivo armado pelo técnico português, José Mourinho. Foi 2 x 0, nos contra ataques, o primeiro deles iniciado por um chutão do goleiro Júlio César.
Mourinho se confirma como o melhor técnico do mundo atualmente. E imaginar que o Bayern dispensou o zagueiro Lúcio, gigante da defesa italiana.
Aliás, é outro assunto interessante: um time italiano sem nenhum jogador nascido na Itália.
Os famosos “detalhes” que tornam um time campeão, ou um jogador mais valorizado que o outro: os dois goleiros não soltaram bolas. Se o fizessem, teriam levado gols, já que os atacantes adversários estavam ligadíssimos.
Já pensou se o Aranha ou tantos outros bons goleiros que temos na praça, estivesse num dos gols nessa final?
Mas para jogar num time desses lá, tem que ser excelente; bom não basta.
E o Milito? Teve pouquíssimas oportunidades. Aproveitou a primeira, depois de uma tabela perfeita, e na segunda pôs em prática a ginga que só jogadores argentinos e brasileiros costumam ter, para entortar um becão.