O América foi outro time, principalmente até fazer 2 a 0. A partir daí se intimidou e facilitou a virada do Atlético ainda no primeiro tempo. Com 3 a 2 nas costas voltou a jogar como grande, empatou e poderia até ter vencido. Mas alguns jogadores ficam deslumbrados e não controlam suas reações. Laércio é um exemplo disso: bom jogador, importante para o time, fez o primeiro gol e tirou a camisa para comemorar. E sabia que levaria o cartão amarelo. Dá pra entender?
Bem demais
Muitos jogaram bem no 3 a 3 do clássico, mas dois merecem destaque especial: o goleiro Flávio e o volante Fabiano. Como jogaram!
Mas os times mostraram muitas deficiências também. Vanderlei Luxemburgo precisa melhorar a defesa do Atlético, que sem o Jairo Campos fica desfigurada, além do meio campo, que com a saída do Júnior, para a entrada do Ricardinho, sumiu.
O América precisa cuidar basicamente da cabeça dos seus jogadores, que só jogam bem em situações como a atual: com a corda no pescoço. Eles precisam ter em mente que jogam num dos clubes mais tradicionais do país, que só voltará a ser chamado de “time grande”, quando encarar todos os adversários como fizeram hoje.
Gramado
Outro que mereceu destaque no clássico foi o gramado do Mineirão. O “dilúvio” que caiu na Pampulha, antes, durante e depois do jogo, não chegou nem a ameaçar o andamento da partida, graças à excelente drenagem. Uma pena que daqui algumas semanas este gramado não existirá mais, com a reforma do Mineirão para a Copa de 2014.
Razão
A arbitragem do senhor Joel Tolentino da Mata Júnior receberia uma nota 10 não fossem as vistas grossas que ele fez ao lance violento do Diego Tardelli contra o Danilo, ainda no primeiro tempo. O atacante do Atlético não teve a intenção de agredir o colega de profissão, mas agrediu, e bem na cara do apitador, que poderia tê-lo expulsado. Uma jogada que fez lembrar aquela do Gilberto, do Cruzeiro, contra o Vélez, em Buenos Aires, pela Libertadores.
Problema crônico
Vamos ver se as autoridades, forçadas pela Copa de 2014, vão corrigir um problema grave de Minas Gerais: a falta de placas de sinalização indicativas nas estradas, entradas e saídas das cidades. Para chegar hoje cedo ao Circuito Trilhas da Serra, entre Santa Luzia e Jaboticatubas, foi uma luta para todos que queriam assistir à Copa Tribo/Geraldinho Starling de motocross.
Mais absurdo é que o lugar fica num dos roteiros mais importantes do turismo do estado que é a Serra do Cipó. Não há sinalização ao menos razoável. Nem parece que essas cidades têm prefeitos e vereadores, que já deveriam ter agido há tempos, resolvendo eles mesmos ou cobrando do Estado e da União.