Blog do Chico Maia

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Engenheiros de obra pronta ou profetas do acontecido?

Só depois

Tem gente que pensa que sabe de tudo, capaz inclusive de adivinhar as coisas e resolver todos os problemas táticos e técnicos dos times. O Atlético caiu de produção e de repente os “profetas do acontecido” passaram a dizer que “esse time nunca valeu nada”. O Cruzeiro perdeu a Libertadores, e quase os mesmos juravam que sabiam que isso ia acontecer por causa disso, daquilo e coisa e tal. Engenheiros de obra pronta.

Também

Também dou as minhas mancadas, mas peço desculpas quando é o caso. Não gosto é de prever nada, porque a chance de quebrar a cara é enorme. É o caso agora desses contratados pelos nossos clubes. Se o zagueiro Jorge Luiz e o volante Corrêa, vão dar certo no Galo, só depois de alguns jogos para se saber. Mesmo caso do meia Leandro Lima no Cruzeiro.

Essas e outras notas, em minha coluna de amanhã, no Super Notícias, nas bancas.


Quando a emoção bate forte!

Pouco mais de um mês atrás passei pela rua José Duarte de Paiva, quase no centro de Sete Lagoas, e a emoção bateu forte. Parei o carro e fiquei olhando para os equipamentos e operários que erguiam uma enorme obra no local.

Foi ali que comecei a minha vida de repórter, aos 11 anos de idade. Ali comecei a gostar do Democrata Futebol Clube; onde fiz as primeiras reportagens, paralelamente onde jogava no juvenil e depois júnior do Jacaré. Onde ajudei até como auxiliar de roupeiro, no time amador do clube. O roupeiro titular era o Toquinho (irmão do Fred, zagueiro do Atlético nos anos 1980), então meu colega na 5ª série do Ginásio Industrial, que levou-me a participar do mutirão de ajuda ao Democrata, que tinha saído do futebol profissional.

Ali, assisti o jogo final do campeonato mineiro de 1989, quando o Atlético foi campeão, derrotando o Democrata, com quase 10 mil pessoas se amontoando nos muros e torres dos refletores, numa noite de quarta feira.

Ali, vi o Telê Santana bravo, em 1988, depois de uma derrota de 3 x 2, na maior zebra da Loteria Esportiva daquele ano. Telê ficou furioso com o anti-jogo, quando o técnico do Jacaré, Vicente Lage, o “109”, mandava bolas da arquibancada, fazendo a partida ser paralisada a todo instante.

Pois é! O tempo passa, e aquele que foi o estádio da minha vida, o agora saudoso Duarte de Paiva, está virando um dos maiores hipermercados do interior de Minas.

Acabei de receber convite do Grupo Bretas para a inauguração, nesta sexta feiras, às 8 horas.

Aliás, foi o negócio da vida do Democrata, que com o dinheiro do Bretas, ergueu a Arena do Jacaré, que será palco do futebol mineiro em 2010.

Vida que segue!


As malas prontas do Kleber

O Renato Alexandre leu no blog do Cosme Rímoli e nos enviou. Como tudo o que o Cosme escreve, muito bom:

“Qual o sentido de Kléber continuar no Cruzeiro?

O time perdeu a Libertadores.

Luta, no máximo, para ter uma nova oportunidade em 2010.

Adílson Baptista está remontando a equipe, depois de mais um desmanche, marca registrada dos Perrella.

Quando teve todos os holofotes, na disputa das finais da Libertadores, Kléber falhou.

E enterrou o sonho de ser convocado e disputar a Copa do Mundo.

O Cruzeiro tem acertado com o empresário de Kléber o valor de 10 milhões de euros.

Quem pagar, leva.

Kléber deu uma importante entrevista na semana passada para a rádio Itatiaia.

Disse ter ficado decepcionado com a postura de alguns companheiros.

Eles não renderam na decisão da Libertadores.

Comprometeram o time.

E o próprio Kléber.

E teve de correr como um alucinado para buscar a bola, já que ela não chegava.

O atacante acredita que este foi um dos fatores que o deixara longe da Seleção.

Kléber sonhava com uma proposta de times grandes, tradicionais vencedores da Europa.

Mas os interessados foram apenas medianos.

O nome da vez é o Porto.

Há chance até o final da janela que o time lusitano chegue aos 10 milhões de euros.

A mala de Kléber, recém casado, já está pronta.

Pode até ser que ele não vá.

Mas nunca esteve tão disposto a deixar Belo Horizonte…” 

http://blogdocosmerimoli.blog.uol.com.br


Verdade verdadeira

Essa charge do Duke, no jornal O Tempo, de hoje, me fez lembrar de alguns fatos políticos:

Dentro de alguns dias os noticiários serão ocupados pelo julgamento do “Mensalão Mineiro”, lembram? Origem do Mensalão nacional, que derrubou gente graúda no governo Lula e no Congresso, mas que não deu cadeia para ninguém. Aliás, deu sim: uns dias para o Marcos Valério, porém, por outros motivos.

Por falar nele, ontem o Supremo Tribunal Federal, através do Ministro Joaquim Barbosa, recusou o pedido para que ele tivesse o passaporte de volta. Foi recolhido pela Justiça em 2005.


Consequências

A charge do Duke, no Super Notícia de hoje, mostra as consequências da incompetência e competência nos últimos jogos da nossa dupla no brasileiro

A charge do Duke, no Super Notícia de hoje, mostra as consequências da incompetência e competência nos últimos jogos da nossa dupla no brasileiro


Mineirão até junho

Se fosse o caso de um jogo de futeol, diriamos que o governo do estado está “batendo cabeça” nessa história da reforma do Mineirão para a Copa de 2014. No início do ano dizia que as obras começariam depois do atual campeonato brasileiro. Semana passada a data mudou para fevereiro de 2010, e ontem o jornal Hoje em Dia deu em primeira mão que a reforma só deve começar mesmo em junho do ano que vem.

Enquanto isso o Independência e a Arena do Jacaré, cujas obras já deveriam estar em andamento, continuam na mesma, ou, estaca zero. O desconto a ser dado é que a burocraria em torno de licitações, alteração de projetos para redução de custos e coisas tais, contribuem para essas mudanças e indefinições.

Pelo menos para quem gosta de axé, uma vantagem: com isso, o Axé Brasil 2010, que não tinha local definido, poderá ter a sua “saideira” do Mineirão, e não vai provocar a alteração de local, de nenhum jogo do Atlético ou Cruzeiro.


Ipatinga essa noite sob pressão

O comentarista mais lido e mais ouvido do Vale do Aço, Fernando Rocha, escreveu sobre o jogo do Ipatinga na noite de hoje, em sua coluna no www.jvaonline.com.br :

“Há três rodadas sem conhecer o sabor da vitória, além de pressionado pela proximidade com a turma do desespero na parte de baixo da tabela, – está apenas dois pontos na frente do Fortaleza ( 17º) -,  o Ipatinga volta a campo hoje no Ipatingão para encarar o Figueirense, dono também de uma campanha muito irregular, atualmente em sétimo com 29 pontos ganhos.

A goleada sofrida para o Vasco da Gama no último sábado, mesmo que as condições tenham sido as mais adversas, serviu para escancarar as deficiências do atual time em todos os setores, agravadas pela falta de peças de reposição à altura.

O que virá daqui prá frente vai depender de como os resultados serão administrados ou digeridos internamente, pois ainda não há motivos contundentes para ninguém sair por aí chutando o balde.

O site “Chance de Gol”, por exemplo, estima em 45 pontos, um número suficiente para escapar do rebaixamento e dá ao Ipatinga apenas 9,4% de chances para cair à Série C, mas é bom ir se acautelando e tratar logo de somar pontos, principalmente dentro de casa, o que não vem conseguindo ultimamente,  para não passar sufoco no final.”


Sementes de crise no Galo

O leitor Rodrigo Araújo de Magalhães escreveu:

“Oi Chico Maia. Leio sempre suas colunas e blog, assim como acompanho
quase diariamente o Cosme Rímoli e o Juca Kfouri. Não perco as colunas
do Tostão também. Além dessas, assisto alguns programas e presto
atenção em alguns comentários. Depois de espremer tudo, consigo
comparar situações distintas dos clubes e análises e cobranças
idênticas feitas pelas mesmas pessoas. Você é um dos poucos que
realmente observa e escreve, sem querer inventar crises para analisar
com ar de intelectual do esporte.

   Carlos Cruz, jornalista bem conceituado no meio, atleticano, disse
que o Atlético deveria levar a competição Sul Americana a sério, porque
o Galo é time grande e tem que se planejar para disputar as duas
competições com time forte, para ganhar e blá, blá, blá. Contestou o
que disse o Kalil, sobre consultar o departamento de fisiologia, para
saber se jogaria com time misto ou não e etc. Se vc pegar o que ele
disse num desses programas, vai ver como é incoerente com a realidade.
Pra que dizer isso? Será que enxergar o óbvio é tão difícil? Ou é falta
de inspiração? O cara está ao vivo e não tem nada útil para falar e vai
repetir o mesmo discurso de sempre? Porque é mais fácil decorar a
cobrança sobre o dirigente, do que pensar de forma coerente. O Galo tá
cheio de desfalques, tem que dar o máximo sempre, o Kalil tá fazendo
milagre pra pagar em dia e ainda contratar, dentro do (im)possível.
Poxa, o Carlos Cruz parece ter alguma mágoa do Kalil ou de alguém no
Galo. Ter uma posição dessa é ridículo. Até parece que a Sul-Americana
vale alguma coisa. Esse torneio é como a Conmebol e a Mercosul. Daqui a
pouco não existe mais. Ganhar tem o mesmo gosto de ir pra festa que tem
churrasco bom e comer carne de soja. Ganhar Conmebol é como ganhar a
série B. Só que é internacional.

   Todos da imprensa nacional falam que o Galo foi ao seu limite. Qual
time do mundo, incluindo São Paulo e Inter que “têm elenco”, consegue
se manter bem com 7, 8 ou 9 desfalques, entre titulares(5) e
reservas(6)? O São Paulo sem ter tantos desfalques estava mal no
campeonato, com todo seu “elenco”. Agora, que melhorou, o discurso de
todos mudou. O Palmeiras, com o Luxa, estava sob suspeita, com o
Jorginho melhorou, com o Murici caiu um pouco. Apontam-no como
favorito, mas tem “elenco”? Claro que não. Depende demais de Diego
Souza e Cleiton Xavier. O Cruzeiro desmanchou, desmanchou, ganhou do
mistinho do Flamengo e do coitado do Náutico e já é apontado como
candidato a Libertadores. Ainda está em processo de reformulação.
Diferente do Galo que está dispensando só perna-de-pau, o Cruzeiro está
perdendo os melhores. Goiás também é bom e do mesmo nível dos melhores.
Como o Avaí, que também não tem elenco e ganhou 8 e empatou 3, nas 11
últimas. O que dizer? Estão esperando a queda de rendimento pra
repetirem: “O Avaí foi ao seu limite, fez bonito, mas não tem elenco”.
Resumindo: elenco é importante, comprometimento e coletividade são
essenciais. E é isso que tá faltando pro Galo. Como vc escreveu bem,
voltem com a humildade que dá. Olha o Avaí fazendo contas pra não cair.

   Sou contra crises no Galo. Tivemos muito azar em perder Serginho
(principalmente) e Márcio Araújo. Foram erros as convocações de Renan
Oliveira, no começo do ano e Tardelli agora. Erro crasso, como gosta de
dizer o Roth, foi ainda acreditar no Édson. Deu no que deu. Esse Bruno
também não inspira confiança. Sai muito mal do gol e tomou um gol de
falta no Sul, que poderia pelo menos ter ido na bola. Estava mal
posicionado ou não conhecia o batedor. Renan Ribeiro precisa ter uma
chance, a expectativa em cima dele é grande e quem é bom entra e
corresponde. Coelho e Correia serão bons reforços e não apenas
contratações, como Júlio César, Pedro Oldoni, Alex Bruno. Então, como
diz seu amigo “menos, gente, menos”.

   Mas, se perder pro Sport eu jogo a toalha pro título.

   Um abraço, Rodrigo Araújo de Magalhães”


Mico no Mineirão II

Sobre comentário que fiz ontem sobre os apagões no Mineirão, durante Cruzeiro e Náutico, o jornalista Rivelle Nunes, que aliás tem um excelente blog, enviou o seguinte lembrete:

“Chico,
lógico que definição de tempo é bastante relativa mas, em 2007, o Mineirão ficou totalmente às escuras. Foi na partida entre Atlético x São Paulo, na noite em que se comemorava aniversário do estádio. A luz apagou, se não estou enganado, também no intervalo. Foi nessa partida que Coelho perdeu um pênalti no último minuto, defendido pelo Rogério Ceni. O jogo ficou 0 a 0.
Abraços!
Ah…mas que é uma vergonha um acabar a luz em um estádio do porte do Mineirão, isso é.”

Obrigado ao Rivelle pela lembrança desse outro apagão, recente.


Mico na Pampulha

Há muitos anos não ocorria apagões durante jogos no Mineirão, como ontem, durante Cruzeiro e Náutico.

Tudo bem, acontece! 

Mas pensei que fosse coisa do passado, e que, quando ocorresse, um gerador fosse acionado automaticamente, como em grandes empresas, hospitais, emissoras de rádio, tv e outros locais que não podem passar por isso.

Um mico que a Ademg não pode deixar se repetir.