Blog do Chico Maia

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Muitos gols e muita festa em tarde inesquecível de entrega da taça ao Atlético no Mineirão

Keno, desconcertante, mais uma vez, em foto do: twitter.com/Mineirao

De cara, registro esta twittada do jornalista Rodrigo Freitas, âncora da Rádio Super, 91,7 FM: “@rfcomunica Antes do jogo, o @Mineirao rodou gols de Vilibaldo Alves, Willy Gonser e do meu querido @herculessantos. Todos, narradores que estão no andar de cima e profundamente identificados com o CAM. Emocionante. Um tributo a eles e ao rádio. Parabéns, @thiagonoggueira, pela iniciativa.”

Legal demais a iniciativa. Tive a honra de conviver com os três, principalmente com o Vilibaldo Alves,  com quem trabalhei nas rádios Capital e Inconfidência.

A festa foi belíssima no Mineirão, antes, durante e após o jogo. e quem pensou que fosse uma partida morna se enganou. Atlético e Bragantino buscaram a vitória o tempo todo e fizeram valer o ingresso dos 61.573 que foram lá, e que proporcionaram renda de R$ 8.818.854,25.

De novo, Keno foi o grande destaque, marcando gol, dando passe para Zaracho marcar e participando da tabela que originou o terceiro gol; aliás, uma pintura: tabela em alta velocidade envolvendo Arana, Keno, Hulk e Zaracho que cruzou para o Savarino fazer. O toque de calcanhar do Hulk para o Zaracho foi espetacular. Tipo de lance que avacalha a vida de qualquer defesa.

Outra vez a zaga cochilou num cruzamento, no segundo gol do Bragantino.

O Atlético fez seu penúltimo jogo no campeonato mostrando que está no auge da qualidade do trabalho da comissão técnica do Cuca e dos jogadores. Errando poucos passes, tabelando com facilidade, atacando e defendendo com um brilhantismo pouco comum no futebol brasileiro. Muito bom ver este time jogar.

Sem a pressão e ansiedade em que estavam até a conquista do título contra o Bahia, os jogadores ficaram mais à vontade e apesar da derrota momentânea para o Bragantino, passava segurança e deixava a torcida confiante que os gols de empate e da virada sairiam a qualquer momento. Ninguém esperava é que o Hulk fosse dar aquele show no quarto gol, de cavadinha. Pra acabar de enlouquecer a massa mundo afora.

A tão aguardada pose oficial do campeão brasileiros de 2022


O América é uma prova de que com transparência e competência um clube de futebol pode ser viável no Brasil

Conheço bem o América das últimas quatro décadas. A Rádio Capital estava chegando a Belo Horizonte e me buscou na Cultura de Sete Lagoas. Tive o prazer de ser escalado como repórter setorista do Coelho, cuja casa principal era o Vale Verde, em Contagem. Para chegar lá, era uma viagem de mais de uma hora. Uma estradinha de terra, movimentadíssima, esburacada. A hoje mais movimentada ainda Av. João César de Oliveira. O clube lutava pela sobrevivência. A convivência com torcedores, funcionários, jogadores, comissões técnicas e dirigentes me cativaram. Passei a gostar do América e admirar a sua luta de forma especial. A rádio me passou para a cobertura do Atlético depois de três meses. Meu roteiro diário passou a ser a Vila Olímpica, mas o carinho pelo Coelhão virou coisa eterna.

Um dia ainda contarei essa história com pormenores, mas, em resumo o grande problema estava no fato do Coelho ser um ex-rico, que não se conformava com a situação. Um “pobre soberbo”, que insistia em querer brigar de igual para igual com Atlético e Cruzeiro. Só se atolava mais. Dirigentes que punham dinheiro do próprio bolso ou pegavam empréstimos, para contratar jogadores e treinadores que não davam em nada. Areia movediça. Atoleiro aumentando. Faz lembrar o que o Cruzeiro está vivendo e o que o Galo viveu até fins de 2008 quando Alexandre Kalil foi eleito presidente, depois da renúncia do Ziza Valadares.

O América era assim, até que nos anos 1990 surgiu uma safra diretiva diferente. Novos de idade e ou de ideias, que apostavam em modernidade administrativa e nas categorias de base. Complicado citar todos os nomes aqui, agora, porque são vários, cada um com a sua importância estratégica, uns, inclusive, que nunca gostaram de aparecer. Outros, por estarem diretamente ligados ao futebol, o mundo americano sabe de cor e salteado, como Magnus Lívio de Carvalho, Marcus e Caio Salum, Luiz Flávio Lanna Drumond, Alencarzinho Silveira, Alexandre Mattos, que se revelou no Coelho, um grande executivo do futebol. Um grupo cuidou do futebol, em sintonia com outro, que cuidou das dívidas, do patrimônio, das negociações, renegociações, da gestão, enfim… Depois de idas e vindas, alguns tropeços feios demais, como o rebaixamento no campeonato mineiro, o América entrou nos trilhos e o trabalhando sendo sendo consagrado agora, no Brasileiro, classificado para a Sul-americana 2022, com grandes chances de chegar à Libertadores. E também na iminência de se tornar clube empresa, o que poderá ser muito bom. Importante é que a fórmula adotada pelo América foi testada e aprovada. Com poucos recursos, mas competente nas contratações, austero nas contas e acima de tudo transparente.

Um nome importante neste processo é o Dr. Paulo Lasmar,  conceituado advogado, que foi membro do Conselho Gestor durante vários anos e ativo colaborador do clube em várias frentes. Comemorando o sucesso do time, ele enviou uma carta a conselheiros e amigos americanos, que a vale ser lida por todos que gostam de futebol, especialmente do América. Confira:

* “Parabéns Marcus Salum e Euler pelo sucesso no futebol. Parabéns Alencar, o Presidente “Pé Quente”.  Parabéns Gasparini, Ricardo Raso e Glauco pela grande conquista e o grande ano do América.
Corrigindo certas distorções e menos erros básicos, certamente estamos chegando onde sempre sonhamos. Muito obrigado pela alegria que vocês estão nos proporcionando.

Pés no chão. Eficiência. Competência. Resultado alcançado. Dinheiro sempre ajuda, mas não é tudo. O próprio América é a maior prova disso. Todos os outros times da A querem fazer igual ao América- MUITO COM POUCO.
Aprendemos com a necessidade, com a escassez, enquanto os outros chafurdaram-se na lama com muito, com o excesso ($$$$).
Esta é a receita do nosso sucesso. O América é um gráfico ascendente desde 2004, com poucas oscilações, valente, resiliente e que segue sempre em frente.
Somente os cegos não enxergam e não reconhecem a nossa grande vocação e virtude, o que sempre nos perpetuará.
O América nunca sucumbiu ou foi submisso nos momentos mais dramáticos da sua existência, sempre sobreviveu, dono do seu próprio destino.
Agora que teremos cerca de 110 milhões para 2022, sejamos prudentes e cautelosos com o canto da sereia.
Que cada um de nós seja responsável por sua opinião, que deve ser externada após sincera reflexão e conhecimento de causa. Cuidado com o badalo dos sinos, para não ouvirmos, no futuro, o som dos canhões.
Que Deus abençoe o América e nos ilumine nesse momento de euforia, mantendo-nos humildes e cônscios das nossas enormes responsabilidades para com a nossa centenária paixão.”
* Paulo Ramiz Lasmar


Com os últimos resultados da rodada, o América se garantiu na Copa Sul-americana. Agora vai atrás da Libertadores, começando no Ceará

Obrigado ao americano Huener UFMG que lembrou, hoje, aqui no blog:

“Prezados, bom dia.

Diante das derrotas do Juventude e Cuiabá, o Coelhão confirmou a participação na Sulamericana, motivo de muito orgulho e festa para nós, torcida americana. É a primeira competição internacional do Coelhão. Mas, ainda não acabou, se vencer amanhã, temos chances reais de disputar a Liberta! Seria demais e merecido. “Eles estão deixando a gente sonhar!” Vamos que vamos Coelhão e que Deus abençoe os jogadores. Saudações Americanas.”

Relacionados para o jogo de amanhã, 19 horas, em Fortaleza


Galo campeão, disparado o melhor do campeonato! Valeu o conjunto da obra com destaque para Hulk e Keno

Foto:  Eugenio Savio@eusavio

Quem não é de falhar, falhou, mas o Galo tem Hulk e Keno para desequilibrar. Jogo sensacional, no segundo tempo, principalmente depois que o Atlético tomou o susto de dois gols, em duas falhas de seus zagueiros. Fez um bom primeiro tempo, porém burocrático, administrando o desespero do Bahia que luta contra o rebaixamento.

Começou o segundo pressionando mais, até que Luiz Otávio subiu mais que Nathan Silva, na marca do pênalti e cabeceou “onde a coruja dorme”. E antes de recuperar o fôlego, quatro minutos depois, outro cochilo, e justamente de quem raramente falha: Junior Alonso, que não viu Gilberto se antecipar e fazer 2 a 0.

Nacho estava mal demais. Foi o primeiro a ser sacado por Cuca para dar lugar a Sasca, junto com Vargas, que deu lugar a Nathan. A reação foi imediata e o próprio Sasha sofreu pênalti, claríssimo, cobrado com perfeição por Hulk. Um minuto depois, Keno, acreditando no chute de longe outra vez, empatou. E três minutos depois ele repetiu a dose, no gol mais bonito da partida.

Vitória do título, mais do que merecido!


Até o Aeroporto é atleticano! Galo embarca para Salvador com os votos de sucesso de Confins!

Uma força para a delegação do Atlético na ida para a capital baiana, para o jogo de amanhã, 18 horas, na Fonte Nova contra o Bahia.

Se vencer, o que não ocorre há 18 anos, voltará para Minas como campeão brasileiro. Lembrando que o time da “boa terra” foi rebaixado em 2003, justamente no ano em que perdeu para o Galo,  em casa, pela última vez. Em 2005 foi parar na Série C. Só retornou à A em 2011.

O Superesportes lembrou a última vitória atleticana em Salvador e os últimos confrontos com o Bahia, lá:

” . . .  foi no dia 19 de abril de 2003. O time do Galo era treinado por Celso Roth e jogou com a seguinte escalação: Velloso, Cicinho, André Luis, Scheidt e Marquinhos (Michel), Genalvo (Marcelo Silva), Ferrugem, Alexandre e Lúcio Flávio; Guilherme e Alessandro (Paulinho).

Naquele jogo, o Bahia abriu o placar com Jair, aos 18 minutos. O Galo empatou e virou com Guilherme, aos 20′ e 27′. Alexandre ampliou, aos 36 minutos. Nonato descontou, aos 3′ do segundo tempo. Aos 17′ da etapa final, André Luis deu números finais à partida.

Ao todo, 17.852 pessoas acompanharam a vitória do Galo por 4 a 2 na Fonte Nova, em Salvador. Naquele ano, o Atlético terminou o Campeonato Brasileiro na sétima posição, com 72 pontos. O campeão foi o Cruzeiro, com 100.

Desde então, já são nove jogos na Bahia contra o Tricolor, com sete empates e duas derrotas do Galo.

Últimos confrontos na Bahia

04/08/2021 – Bahia 2 x 1 Atlético, em Feira de Santana-BA – Copa do Brasil
19/10/2020 – Bahia 3 x 1 Atlético, em Salvador – Campeonato Brasileiro
27/11/2019 – Bahia 1 x 1 Atlético, em Salvador – Campeonato Brasileiro
30/07/2018 – Bahia 2 x 2 Atlético, em Salvador – Campeonato Brasileiro
12/11/2017 – Bahia 2 x 2 Atlético, em Salvador – Campeonato Brasileiro
21/10/2014 – Bahia 1 x 1 Atlético, em Salvador – Campeonato Brasileiro
09/11/2013 – Bahia 0 x 0 Atlético, em Salvador – Campeonato Brasileiro
05/09/2012 – Bahia 0 x 0 Atlético, em Salvador – Campeonato Brasileiro

12/06/2011 – Bahia 1 x 1 Atlético, em Salvador – Campeonato Brasileiro
19/04/2003 – Bahia 2 x 4 Atlético, em Salvador – Campeonato Brasileiro
https://www.df.superesportes.com.br/app/1,9/2021/12/01/noticia_atletico_mg,3950089/para-ser-campeao-em-salvador-atletico-precisa-quebrar-tabu-de-18-anos.shtml

Ceará deu trabalho ao Flamengo, e durante 9 minutos, a massa do Galo sentiu o gosto de ser bicampeã do Brasileiro por antecipação

O Ceará até que foi muito bem contra o Flamengo no Maracanã e chegou a dar alegria à massa do Galo, que soltou muito foguete quando empatou o jogo. Mas, é esperar demais do alvinegro de Fortaleza, que assustou o time carioca por apenas alguns minutos, como bem lembrou o jornalista Thiago Nogueira: @thiagonoggueira “9 minutos e 46 segundos. Esse foi o tempo que o atleticano sentiu o gostinho de ser campeão hoje: 2:10 => até o 1º gol do Flamengo 25:47 a 33:23 => 7:36 => intervalo entre o gol do Ceará e o 2º do Flamengo Acertei nas contas?”

Por isso é que não entro nessa de comemorar antecipadamente e me recuso, ainda que contrariado, a acatar a sugestão do Jerônimo, comentarista tradicional aqui do blog: “Off topic… Chico, faça uma enquete aqui para saber se o Galo deve colocar ou não duas estrelas amarelas em cima do escudo. Eu já adianto o meu voto: Não, eu prefiro o escudo com uma estrela só.”

Foto: Pedro Souza/@Atlético

Nem que a vaca tussa, caro Jerônimo!


E o Coelhão chegou lá: permanece na Série A e só depende dele para disputar a Libertadores 2022

Ademir foi mais uma vez  grande nome do jogo, esta noite, na vitória de 3 x 0 sobre a Chapecoense. O time chegou ao 8o lugar, com 49 pontos e está na luta para disputar sua primeira competição continental. Mandou no jogo, contra um adversário que já está rebaixado para a Série B. Ironia do destino, o lateral Alan Ruschel, cinco anos atrás (na data de ontem), estava dentro do avião da tragédia com a delegação catarinense, e hoje defendeu o América contra o ex-clube.


A língua é “o chicote do corpo”, e o pecado maior do Renato Gaúcho

Foto: twitter.com/Flamengo

Renato Gaúcho foi um grande jogador e considero-o um dos melhores técnicos do país. Mas é língua solta e ao falar demais, acaba motivando seus adversários. Seu primeiro sucesso como comandante foi no Fluminense, em 2008, quando chegou à final da Libertadores. Mas, achou que já era campeão, falou demais e se ferrou. O portal Terra lembrou esta passagem e as mais recentes falas exageradas do ex-técnico do Flamengo, demitido ontem:

Em 2008, antes da final da Libertadores, disse: “ . . . eu estou há cinco metros da próxima Libertadores do ano que vem, enquanto essas equipes que estão disputando o Campeonato Brasileiro estão há cinco mil quilômetros… Seremos campeões e depois vamos brincar no Brasileirão, a verdade é essa”.

Ao invés de o Fluminense sair do Maracanã campeão, o técnico viu o goleiro Cevallos ser herói da LDU ao defender três cobranças nas penalidades e sair do Rio de Janeiro com a taça. No Brasileiro, o tricolor carioca terminou em 14°….

“Com R$ 200 milhões a obrigação é ganhar”

… Renato exclamou, quando ainda era comandante do Grêmio, que futebol bonito tem que ser cobrado dos clubes que mais investiram, entre eles, o Flamengo.

– Futebol bonito vocês têm que cobrar do Atlético e do Flamengo. Essas são as duas equipes que têm a obrigação de apresentar futebol bonito, pelo o que gastaram. Se um dia a diretoria do Grêmio falar: ‘Olha, Renato, você tem R$ 200 milhões para contratar’. Aí pode me cobrar futebol bonito.

  • O Flamengo gastou quase R$ 200 milhões em contratações. Parabéns para a diretoria do Flamengo que tem esse dinheiro e gastaram muito bem. Armaram um time muito forte, então eles têm obrigação de ganhar, sim. E é a mesma coisa o Palmeiras.

“Até o Stevie Wonder”

Renato, em 2016, cutucou Pep Guardiola e José Mourinho.

– Tem treinadores lá fora que todo mundo elogia, por méritos. O Guardiola é um deles e o Mourinho é outro. Aí eu pergunto para você: alguém viu um dos dois em um grupo mais ou menos ou fraco? Eu queria estar no lugar deles, chegar em um clube e montar meu time, uma seleção praticamente. Aí ele é obrigado a dar resultado. Vocês veem o time do Guardiola e do Mourinho e falam ‘nossa que futebol bonito.’ Bom, ali até o Stevie Wonder. Quero ver vir trabalhar na dificuldade.

***

Pois é! Deu no que deu.


As gangues continuam cometendo crimes, impunemente: “… armam emboscada contra ônibus de atleticanos e deixam 11 feridos no Barreiro, em BH”

Na verdade, se trata de trecho da manchete do Hoje em Dia, de hoje, que na íntegra, é: “Cruzeirenses armam emboscada contra ônibus de atleticanos e deixam 11 feridos no Barreiro, em BH”.

Mas, concordo com o Procópio Cardozo, que twittou em resposta: “@procopiocardozo Não são cruzeirenses. São bandidos. Bandidos não tem time. Eles usam o futebol para cometer crimes”.

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Todos os clubes têm este tipo de gente, que usa o futebol para cometer crimes e ficar impune. A solução seria a aplicação das leis que existem para travar essa cambada, mas as autoridades competentes fingem não ver. Se a imprensa passar a pressionar mais e com mais veemência, talvez se movam e resolvam. Em 11 de fevereiro de 2015, escrevi aqui no blog sobre o assunto e peço a atenção de quem não leu na época:

* “A conivência e impunidade que sustentam a ação dos marginais nos estádios

Toda semana a mídia dedica grandes espaços à discussão sobre causas, efeitos e conseqüências da selvageria de torcidas país afora que afugentam milhões dos nossos estádios. O origem de tudo foi muito bem detalhada numa ótima reportagem do Guto Rabelo, ano passado, para a Globo Minas, que deveria ser repetida todos os dias em rede nacional para que a Justiça brasileira se tocasse e resolvesse ou diminuísse de vez o problema. As entrevistas e imagens feitas por Guto e equipe mostram a vergonhosa impunidade, a mãe dessa violência. Em Minas uma lei inspirada na Inglaterra prevê que todo marginal desses, apenado pela Justiça, tem que se apresentar a uma delegacia de polícia para aulas educativas, durante o horário dos jogos do time para o qual ele torce. Estrutura preparada, professores e monitores a postos, aguardando os “cidadãos infratores” e simplesmente ninguém aparece. Os sujeitos fazem a todos de bobos, não sofrem conseqüências e continuam aprontando. Cadê a Justiça para mandar que suas determinações sejam cumpridas?

Há muito jogo de “faz de conta” também por parte dos clubes. O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, mostrou coragem ao romper publicamente com as duas torcidas do próprio clube que brigavam entre elas. Deram grandes prejuízos financeiros e morais ao Cruzeiro. Porém, todo grande jogador contratado que chega, é recebido no Aeroporto de Confins, e já sai de lá com um boné de uma delas na cabeça, sob os olhos passivos e sorridentes de seguranças e funcionários do clube. E aí? O Dr. Gilvan dá permissão? suas ordens não são obedecidas? ou ele é conivente? O mais recente jogador a passar por isso foi o uruguaio De Arrascaeta. Ou este boné na cabeça dele é ilusão de ótica?

Foto: www.mg.superesportes.com.br

https://blog.chicomaia.com.br/2015/02/11/a-conivencia-e-impunidade-que-sustentam-a-acao-dos-marginais-nos-estadios/

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Agora a notícia completa do Hoje em Dia, sobre essa embosada absurda de ontem:

Cruzeirenses armam emboscada contra ônibus de atleticanos e deixam 11 feridos no Barreiro, em BH”

Ao menos 11 pessoas ficaram feridas depois que um grupo de torcedores do Cruzeiro atacou um ônibus Move ocupado por atleticanos nesse domingo (28). Informações da Polícia Militar indicam que os torcedores voltavam do Mineirão quando foram alvo de uma emboscada dos rivais na região do Barreiro, em BH. Segundo a PM, cerca de 30 membros de uma torcida organizada do Cruzeiro armaram a armadilha contra aproximadamente 45 atleticanos, que estavam no Move da linha 6350. Assim que os cruzeirenses fizeram o veículo parar, começaram a depredar a lataria e atirar coqueteis Molotov dentro do ônibus. Os artefatos causaram princípio de incêndio dentro do coletivo, e alguns passageiros precisaram ser socorridos pelo Samu – um homem foi levado a um hospital particular, outros dois foram levados ao HPS João XXIII, na região Leste de BH, enquanto outras oito vítimas foram encaminhadas pela PM para a UPA Barreiro. O estado de saúde das vítimas ainda não foi divulgado.

Testemunhas contaram aos militares que os autores usaram carros para cercar o ônibus. A PM localizou um dos veículos, e prendeu seis suspeitos. Com eles, foram apreendidos um soco inglês, um porrete e artefatos explosivos caseiros. Um dos presos estava ferido e também foi levado à UPA Barreiro.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH), “a empresa informou que foram quebradas várias janelas e todo o para-brisa do ônibus, além de danos sérios nas portas, que irá ficar fora de operação por vários dias. Os prejuízos foram calculados em cerca de R$ 30 mil reais”.

A reportagem do Hoje em Dia entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda retorno sobre o caso.

https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/cruzeirenses-armam-emboscada-contra-%C3%B4nibus-de-atleticanos-e-deixam-11-feridos-no-barreiro-em-bh-1.865232


Galo venceu o Fluminense e a ansiedade, em dois tempos bem distintos

Fotos: twitter.com/Mineirao

Que jogo encardido este! O time carioca começou fazendo uma marcação perfeita, Fred catimbava, tentava apitar a partida e enervava os jogadores do Galo. Queria vencer de qualquer jeito e dar um troco à torcida que pegou no pé dele o tempo todo. O zagueiro Manoel subiu bem no meio da defesa e abriu o placar. A partir daí o Galo começou acordar. Passou a correr mais, saiu da marcação ferrenha tricolor de conseguiu empatar, de pênalti, um presente do apitador baiano.

Antes o que valia era a intenção. Pênalti era quando o sujeito metia a mão na bola. Agora, se é bola na mão, independentemente do jeito que for, é pênalti. Os donos do futebol mudaram a regra para pior. Este pênalti que o senhor  Marielson Alves Silva apitou para o Galo mostra isso. O jogador do Fluminense estava de costas e a bola bateu no braço dele. Se fosse contra o Atlético eu diria que se tratava de uma “conspiração do eixo” para impedir que o Galo seja campeão. Fazer o quê? Se a nova regra é essa, bola pra frente.

No segundo tempo foi um outro Atlético. Aquele que a torcida se acostumou a ver: para cima do adversário em alta velocidade e muita troca de passes. E outra vez, Hulk um espetáculo à parte. Cobrou com perfeição o pênalti. Não fosse assim o Marcos Felipe teria defendido. Ficou no quase. Depois fez o segundo, cobrando falta. Chutaço, de longe e contou com o desvio da bola na barreira. O artilheiro do campeonato marca gols de todo jeito.

O Galo aos 78 pontos, 35 jogos. O Flamengo tem 67, um jogo a menos, que será jogado terça-feira contra o Ceará, no Maracanã.

Público: 59.896

Renda: R$7.145.226,00