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Ingratidão? No futebol, idolatria é confundida com direitos, justiça, razoabilidade e bom senso

Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

Manchete do SuperFC para reportagem do Gabriel Moraes: “Goleiro Fábio concorda com torcedor que chamou Cruzeiro de ‘time ingrato’ – Torcedor celeste fazia referência ao zagueiro Léo, que rescindiu contrato com o clube após afastamento por lesão”

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Essa do Fábio foi como tentar apagar incêndio com gasolina!

O surrado (mas sempre atual) ditado serve para o Cruzeiro e para uma situação antiga do futebol: “Em casa que falta pão, todo mundo grita e ninguém tem razão”. E tudo se resume em dinheiro. Quando falta, vixe!!!

No futebol, idolatria é confundida com direitos, justiça e razoabilidade. Jogador de futebol sempre se comporta como vítima quando as relações com o clube não vão bem, ou, pior: quando a carreira chega ao fim, ou está comprometida por algum problema de saúde. Mesmo sendo bem remunerado para exercer a profissão, mesmo quando o clube cumpre com os seus compromissos e obrigações. No fim, quando a relação acaba, o clube é sempre o vilão. Quando o jogador é ídolo da torcida, ela, em grande parte, às vezes até maioria, fica a favor do jogador, por mais incrível que pareça. Como se o cidadão tivesse trabalhado de graça para a instituição. O jogador leva o clube à Justiça, ganha fortunas, em muitos casos se aproveitando de um contrato mal redigido, ou pelo que não deveria ter direito, mas que a Justiça  reconhece como tal, desconhecendo que a profissão de atleta é diferente de um trabalhador de qualquer outra categoria. Gilberto Silva, com quase 40 anos de idade, acionou o Atlético alegando, dentre outras coisas que o clube o impediu de continuar exercendo a profissão dele, que tinha uma lesão muito comum em função da idade e do desgaste natural da atividade.

É comum, ex-jogadores que não souberam tocar as suas vidas depois que pararam com a bola, chamar seu ex-clube/patrão, de “ingrato”. Querem auxílio eterno e normalmente ganham apoio de boa parte da imprensa que os trata como coitados, jogando o clube contra a torcida. Ora, ora, eu ou você que está lendo essas mal traçadas linhas, podemos ou temos o direito de agir assim em relação a uma empresa para a qual já trabalhamos ou a um ex-patrão, que nos pagou pelo nosso trabalho?

Há ações contra os clubes, de jogadores cobrando hora extra, adicional noturno, adicional de fim de semana, insalubridade e tantas outras coisas desse tipo, que costumam ser acatadas pela Justiça do Trabalho de forma absurda. Como se jogos de futebol não fossem realizados nos meios de semana à noite e nos fins de semana.

Este ano o zagueiro Dedé, num pedido de mandado de segurança contra o Cruzeiro chegou a argumentar que vivia uma situação análoga à escravidão, por ter o vínculo mantido no clube, sem que esteja recebendo salários. Uai, escravidão? Numa ação de R$ 35 milhões? Reivindicar é um direito, daí a ter direito é outra coisa. Neste caso, o desembargador Paulo Maurício Ribeiro Pires, além de negar o pedido, lamentou publicamente a postura do jogador.

Neste caso do Leo, vejo um único e grave erro do Cruzeiro, que foi expor publicamente o problema físico do jogador. Deu oportunidade a ele de entrar com uma ação por danos morais, das pesadas. No resto, fazer o quê? Pagar o que deve a ele, cumprir o contrato assinado e fim de papo.

Na sequência a notícia completa e as versões de  cada lado:

* “Goleiro Fábio concorda com torcedor que chamou Cruzeiro de ‘time ingrato’ – Torcedor celeste fazia referência ao zagueiro Léo, que rescindiu contrato com o clube após afastamento por lesão”

Foto: Washington Alves/Getty Images

O grande noticiário do Cruzeiro nesta quinta-feira (20) foi a rescisão de contrato com o zagueiro Léo, após passagem de quase 11 anos pela Raposa. Mas um fato chamou a atenção nas redes sociais: em uma publicação do jogador, o goleiro e ídolo do time, Fábio concordou com a opinião de um torcedor sobre o clube ser ingrato com os funcionários.

“É, irmão. Como sempre, a ingratidão toma conta desse time. Infelizmente, os torcedores só cobram quando a ingratidão vem do jogador para o time, porém, quando o time é ingrato com o atleta ninguém se manifesta. Deus vai te honrar como sempre”, escreveu o internauta.

Como resposta, Fábio disse: “Falou só a verdade, fera”. E palmas.

A assessoria de imprensa do Cruzeiro ainda não se posicionou sobre o caso.

Léo chegou ao clube em agosto de 2010 e disputou 401 jogos, onde conquistou dois Campeonatos Brasileiros, duas Copas do Brasil e quatro Campeonatos Mineiros. Ele é o terceiro zagueiro que mais marcou gols pelo clube (22). Veja sua postagem:

“O meu sentimento hoje… é gratidão!

Nação azul, hoje quero compartilhar com vcs sobre o encerramento do meu ciclo no cruzeiro esporte clube.

Como todos sabem, há mais de 10 anos venho me dedicando a esse time e alcançado resultados como campeonatos 2 brasileiros, 2 copa do Brasil e outros.

E quando o clube mais precisou de mim, em 2020, eu permaneci aqui…firme e decidido a trabalhar ainda mais para que o Cruzeiro voltasse para a série A.

Mas infelizmente eu não decido sozinho.

E a diretoria, decidiu de forma unilateral, que meu tempo no Cruzeiro se encerrou.

Essa não era minha vontade, pois gostaria de cumprir meu contrato que vai até 2022.

Eu fui pra Chicago nos eua, fiz um tratamento no início do ano, que me deixou completamente curado e pronto pra voltar aos gramados. E assim seguia minha intenção.

Mas de forma pacífica e respeitosa, terei que encerrar meu ciclo com o clube celeste.

São mais de 10 anos, e muitos títulos. Por isso, finalizo com vcs um ciclo, mas a minha história nesse time, vai permanecer pra sempre no meu coração, e nas páginas heroicas imortais.

Com todo meu respeito e admiração e confesso, muita gratidão pela história que construí, me despeço e sigo em frente !

Quando pensarem em mim e minha passagem pelo clube lembrem-se dessa imagem, ela representa meu sentimento: sempre tentando fazer o meu melhor !

Que Deus abençoe vocês nação azul!
O Cruzeiro precisa de vocês”

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Uol, mais detalhes de toda a situação:

https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2021/05/21/insatisfacao-comum-acordo-e-veto-no-ct-marcam-saida-de-leo-do-cruzeiro.htm#:~:text=Com%20o%20an%C3%BAncio%20pela%20imprensa,pelo%20clube%2C%20por%20essa%20torcida.


Cruzeiro fala em se tornar primeiro Clube Empresa de Minas. Vantagens e desvantagens da novidade no Brasil

O Marcio Borges tocou no assunto aqui no blog: “Chico, muito se falando em clube empresa neste momento. Você podia abordar o tema porque, quando se ouve os presidentes falando sobre parece que será a solução para todos os problemas. E nós sabemos que não será.”

Vamos lá: o presidente Sérgio Santos Rodrigues deu entrevista à TV Senado, reproduzida pelo Superesportes, dia 16: “Sérgio Rodrigues projetou que clube será a primeira SAF do Brasil – A meta do Cruzeiro é se tornar o primeiro clube-empresa do Brasil com as especificidades da Sociedade Anônima do Futebol (SAF)”.

O Vitória da Bahia passou por experiência semelhante, entre 2000 e 2004, com um grupo investidor argentino, mas não deu certo e foi parar na Série B do Brasileiro. Penso de forma bem objetiva. No Brasil, da forma como a legislação está sendo elaborada será uma boa para os clubes que conseguirem investidores que saibam contratar gestores competentes, que entendam de futebol, coisa rara. Não basta ter dinheiro e sair contratando treinadores e jogadores errados. Esculhambado e nada transparente como é o ambiente do futebol, grande parte que optar pela transformação, deve quebrar.

O portal Rede Brasil Atual, ouviu quem entende do assunto, no dia 13 de fevereiro. Vale a pena conhecer os exemplos citados por eles e as previsões nada otimistas que fazem para essa novidade no futebol brasileiro. Um desses especialistas é o Amir Somoggi, que conhece muito do assunto. Já o vi e ouvi muito no Sportv e Rádio CBN.

Confira e também dê a sua opinião:

Rede Brasil Atual

Donos para fins políticos: Sebastian Piñera comprou o Colo-Colo. Tempos depois, faliu o clube e tornou-se presidente do Chile (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Autor do Projeto de Lei (PL) 5516/2019, o Senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) promete mais investimentos privados, gestões modernas e crescimento do esporte no Brasil. O teor do PL, entretanto, é questionado por especialistas em gestão esportiva.

O PL de Rodrigo Pacheco propõe a criação de uma nova estrutura societária para o futebol, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF), que envolve um conjunto de regras específicas para o mercado do futebol. O texto, instruído pelos advogados José Francisco Manssur e Rodrigo Monteiro de Castro, tem como base os modelos de negócio da Espanha e Portugal – ambos criticados pelos especialistas ouvidos pela Rede Brasil Atual.

O jornalista e pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Irlan Simões, também organizador do livro Clube empresa: abordagens críticas globais às sociedades anônimas no futebol (Corner, 2020), afirma que o projeto pode colocar os clubes nas mãos de grupos privados “inescrupulosos”.

O consultor esportivo Amir Somoggi, diretor da Sports Value, explica que o projeto do SAF não combate os principais problemas do futebol brasileiro, como a sonegação e endividamento dos clubes. “O projeto não garante o fortalecimento do futebol. Não tem nada ali que garanta que o futebol brasileiro saia do atoleiro e tenha boas gestões. Não é uma canetada de um deputado que vai mudar 30 anos de sonegação fiscal e má administração, transformando em gestões modernas e numa economia pujante”, afirmou.

Sociedade Anônima do Futebol

O Projeto de Lei de Pacheco propõe a criação de uma estrutura societária específica para o futebol, diferente do que a legislação brasileira já prevê atualmente. Como por exemplo, as empresas de sociedade anônima, limitada ou sem fins lucrativos. A ideia da SAF é criar mecanismos e travas de segurança específicas para o futebol profissional.

A ideia é que a SAF, diferentemente da uma sociedade anônima comum, crie debêntures específicas, ou seja, títulos de dívida que o clube-empresa poderia emitir no mercado financeiro para captar investimentos com juros mais baixos.

O projeto prevê que os clubes poderão se converter em SAFs, ou criar uma SAF como subsidiária, com os ativos relacionados ao futebol. A sociedade do clube-empresa terá o capital dividido em ações e a responsabilidade dos acionistas será limitada às ações adquiridas. O PL abre a possibilidade de pessoas físicas, empresas e fundos de investimentos controlarem os times.

O PL ainda propõe um regime tributário facultativo, de natureza transitória, denominado “Re-Fut”, com o recolhimento único de 5% da receita mensal, apurada pelo regime de caixa. Essa porcentagem quitaria três tributos de uma só vez: o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), a CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) e a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). Atualmente, as demais empresas são obrigadas a recolher 25% sobre o lucro referente ao Imposto de Renda e 9% sobre a CSLL, além de 3% sobre as receitas para a Cofins.

“Tática”

Amir Somoggi aponta problemas na essência do PL 5516. Na avaliação dele, como a proposta enfatiza que os fundos de investimentos podem comprar clubes, isso mostra o espírito real por trás dele. “A lei precisa de uma base de sustentação que vai além de só pensar no dono do clube, mas como o time pode fazer parte disso sem perder o controle da entidade”, disse o especialista.

O consultor esportivo também lamenta a proposta de tributação do PL, que considera uma benesse às entidades. “Os clubes devem bilhões para o fisco e ainda querem dar essa tributação. Os grandes clubes faturam R$ 1 bilhão ao ano. Qual empresa que possui esse faturamento e paga apenas 5% de imposto? Na Alemanha, o imposto é de 30% para os clubes”, compara.

Clube-empresa tem profissionalismo?

O principal argumento de Rodrigo Pacheco é que o SAF melhoraria a gestão dos clubes, ampliaria o valor de mercado dos torneios nacionais e aumentaria as receitas dos clubes. Segundo Irlan Simões, na prática, o Projeto de Lei possui um “excesso de mentiras”.

De acordo com ele, o PL se orienta pela mesma lógica neoliberal que tenta privatizar serviços públicos, com o argumento de “melhorar a eficiência de serviços”. “Não é verdade que os clubes que viram empresas são mais bem geridos e ficam mais ricos. Os times europeus são mais ricos porque a economia de lá é melhor. No Brasil, tivemos clubes que viraram empresas e caíram nas mãos de grupos privados inescrupulosos, trazendo problemas para esses clubes. Bahia, Vitória e Figueirense são exemplos. Você vai ter o Cuiabá, agora, como um exemplo positivo, mas será um dos tantos clubes que aparecem e morrem, em pouco tempo”, afirmou.

Bola fora

Citado por Irlan, o Esporte Clube Vitória foi o primeiro clube brasileiro a adotar o modelo de sociedade anônima e vender a maioria das ações para um grupo de investimentos estrangeiro, o argentino Exxel Group, no começo dos anos 2000. Em 2004, com a crise cambial da Argentina, o grupo escolheu deixar de investir o prometido no clube baiano. Naquele mesmo ano, o Vitória caiu para a Série B do Campeonato Brasileiro. No ano seguinte foi rebaixado para a Série C e a diretoria da instituição precisou negociar o pagamento parcelado da recompra das ações.

O pesquisador acrescenta que, quando o clube se transforma em empresa, ele fica suscetível ao que ocorre com todo tipo de empresa: a falência. “Na Itália foi o que aconteceu, times fecharam as portas. Alguém refundou com cores e emblema parecidos e voltaram. Na Espanha, não aconteceu isso porque os clubes têm uma força política enorme. O que ocorreria no Brasil?“, alerta.

Somoggi afirma também que o projeto da SAF foi “escrito pelo capital, pelos donos dos interesses econômicos”, sem a participação da sociedade. “Aquilo está sendo legislado para dar certo para um fundo de investimento, empresas, não é para a sobrevivência da Ponte Preta ou XV de Jaú.”

Neoliberal em campo

Os especialistas dizem que o projeto de clube-empresa tem suas fundamentações teóricas, porém, equivocadas. Na justificativa do PL, Rodrigo Pacheco trata as experiências mercadológicas no futebol espanhol e português como “exemplos bem-sucedidos”. Na avaliação de Irlan Simões, as considerações são “absurdas e irreais”.

Ele lembra que os clubes espanhóis endividados foram transformados em sociedades anônimas, em 1990, através da Ley del Deporte. Apesar disso, em 2010, grandes clubes, como Valencia e Atlético de Madrid, possuíam dívidas de cerca 500 milhões de euros. Outro exemplo citado é o tradicional Málaga, comprado em 2010, pelo xeique do Catar Abdullah bin Nasser. Sob essa gestão, o clube conseguiu uma classificação inédita à Uefa Champions League, em 2012. Pouco depois, o Málaga passou a arcar com punições da Uefa por atrasos de salários e dívidas acumuladas e acabou banido das competições europeias. Hoje, o time disputa a segunda divisão espanhola.

Em Portugal, onde foi aplicada a lei da Sociedade Anônima Desportiva, um dos exemplos do fiasco de clube-empresa é o tradicional Belenenses. O clube português foi vendido à empresa Codecity Sports Managment, do empresário Rui Pedro Soares, em 2012. O acordo previa prioridade na recompra dessas ações, se assim o clube entendesse ser o ideal, mas a devolução dos ativos foi negada pela empresa, o que tirou o poder da associação. Sem voz ativa no clube, os sócios e torcedores tiveram que criar um novo time para disputar a última liga portuguesa.

Gol contra

Pioneira desse tipo de legislação, a Itália criou sua lei de sociedade anônima do futebol, Societá per Azioni, anos antes, em 1981, alegando alto endividamento e corrupção nos clubes. Entretanto, nos últimos 35 anos, dos 63 clubes que participaram de ao menos uma edição da Serie A, a primeira divisão italiana, 40 faliram pelo menos uma vez.

Somoggi cita o exemplo do AC Milan, um dos maiores times do mundo e que sofre nas mãos de seus proprietários. “Ele tinha como dono o (empresário e ex-primeiro ministro da Itália) Silvio Berlusconi, que cansou de brincar de dono do clube, quando viu que era um negócio deficitário. Ele vendeu o Milan para um grupo chinês que contratou um monte de jogador, pensando que teria resultado esportivo, mas quebrou. O time está na mão de um americano, que não entende nada de futebol, sem perspectiva alguma. Esse é o Milan de hoje”, citou.

“Não tinha que criar SAF nenhuma. A SAD (Sociedade Anônima Desportiva) da Espanha foi um fiasco, a lei de Portugal foi um outro fiasco. A SAF é uma baboseira”, acrescentou o diretor da Sports Value.

‘Futebol não dá dinheiro’ (mais…)


Cuca inventou, mas corrigiu a tempo e o Galo se deu bem. Vitória no Paraguai põe o time na briga para ser o melhor geral

Foto: Conmebol TV

Cuca consertou a besteira que fez na escalação inicial, já no segundo tempo, a partir dos 20 minutos, quando mexeu e pôs os melhores em campo. Zaracho, Keno, Nathan e Hulk, nos lugares de Tchê Tchê, Marrony, Sasha e Hyoran. Apostou e se deu bem. Aos 46, Keno fez o gol da vitória e pôs o Galo na briga pela condição de melhor geral da fase de grupos, que dá o privilégio de fazer a segunda partida nas próximas fases, sempre em casa. Como foi em 2013.

Ainda mais com os resultados ruins na rodada, de concorrentes de peso como o Palmeiras, São Paulo e Flamengo. Com 13 pontos, o Atlético tem a melhor campanha neste momento.

Essa charge que circulou nas redes sociais, hoje, estava prevendo que o técnico Cuca iria inventar moda esta noite contra o fraco Cerro Porteño, em Assunção. Lamentável a opção dele de entrar com um time meia boca para poupar os principais jogadores para a final do Mineiro, contra o América, sábado. Que medo horroroso do Coelhão. Preferenciar o estadual em detrimento da Libertadores da América é de doer. O que se viu foi o Vargas errando um gol, no primeiro tempo, na cara do goleiro Jean, em lance parecido com o do primeiro gol do Hulk contra o América de Cáli. E o artilheiro Hulk, no banco.


Provocação do Presidente do América desagradou até a americanos

Alencarzinho é muito bom no jogo de palavras e veemente na defesa dos interesses do América, mas incomodou até a torcedores do próprio clube, ao cutucar o Atlético, em entrevista ao Superesportes, justamente na semana do jogo que vai decidir o Campeonato Mineiro. Também entendo que ele exagerou:

* “Presidente do América: ‘Vamos ser campeões do Mineiro, me cobra na segunda’

Alencar da Silveira mostrou confiança para a final contra o Atlético: ‘Vamos conquistar o título porque temos qualidade’

https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/america-mg/2021/05/18/noticia_america_mg,3916088/presidente-do-america-vamos-ser-campeoes-do-mineiro-me-cobra-na-segunda.shtml

O atleticano João Brás não perdeu a oportunidade e esquentou o debate:

Falar em alerta, o Alencar presida do América disse que seu time será campeão; podem cobrar dele na SEGUNDA. Político só age pelo atalho, fica de olho Galo. Lisca já começou o chororô/catimba. No último clássico o árbitro amarelou meio time do Galo, o América nenhum..

Os americanos Roberto Fonseca e Huener UFMG, comentaram aqui no blog:

* Roberto: “Prezado Joao,
Ele nao fala por nos americanos. Futebol e jogado lambari e pescado.
Alencar e falastrao e sem nocao. Quem jogar melhor vai levar o caneco o Atletico tem uma imensa vantagem e o America vai ter que atacar.”

Huener

* “Caríssimos. Saúde, paz e luz! Espero que todos estejam bem.

Como vocês sabem, sou americano. Para mim, essa final serve para avaliar o time e pensar em contratação. Não concordo com as falas do Alencar. Ele prejudica o clube e o time. Vejam o caso do Ademir, essa proposta de levar gente para o estádio, e agora tem essa fala de que vai levar esse título… Vamos cair na real Presidente: nossa missão é ficar na série A. Portanto, vamos parar de polemizar, trabalhar como mineiro, em silêncio, e aproveitar para treinar com o Atlético, um dos favoritos ao título brasileiro e da Libertadores. Título Mineiro não assegura o time na série A! Espero que tenham aprendido a lição com 2016…Saudações Americanas. Cuidem-se e fiquem com Deus!”


Uma dupla brilhante: Thiago Reis e Renato Rios Neto; a boa novidade da TV Alterosa, desde ontem

Sucesso ao Thiago Reis e ao Renato Rios Neto, que estrearam ontem, na TV Alterosa, no “Alterosa Alerta”. Dois grandes comunicadores, duas figuras humanas sensacionais. Na semana passada o Renato anunciou a novidade, por meio da página dele no facebook:

* Repórter Renato Rios Neto

É gente!! Tô feliz demais!!! E quero dividir essa felicidade com vocês, meus amigos!

Um sonho que vira realidade! … um novo projeto. Alterosa Alerta na @tvalterosa ao lado do meu irmão @seunomeseubairro Thiago Reis.

Um programa voltado pro jornalismo pulsante! Notícias do mundo policial, da cidade, da comunidade, de tudo que nos cerca. Com credibilidade, disposição e também um bom humor necessário nesse mundo tão pesado!

A CASA VAI CAIR!!!

Obrigado @tvalterosa pelo convite e confiança!

E claro, continuo firme e forte no Itatiaia Patrulha! É um projeto que veio pra SOMAR!

Conto com o QAP de vocês e vamos compartilhar em peso pra todo mundo ficar ligado … ALTEROSA ALERTA com Renato Rios Neto e Thiago Reis!!”

E hoje o Thiago fez chamada, via twitter: Thiago Reis  @thiagoreisbh

“Bommmmm tttiaaaaaa galera!!! Que Deus abençoe a terça feira de todos nós. Hoje na cobertura do @AmericaMG para @radioitatiaia e logo mais ao meio dia e 45 estaremos na TV Alterosa com o @alterosaalerta_ Conto com a audiência de vocês… Pra cima pessoal #Snsb


Coisa rara numa final de Campeonato em Minas: bom senso prevalecendo e arbitragem mineira para Atlético x América

Recebi esta foto de um atleticano e um americano. O americano querendo pênalti do Everson. O atleticano dizendo que o atacante do América teria “mordido” a perna do goleiro do Galo e que deveria ter sido marcada a falta. Pelo que vi, nem uma coisa, nem outra. Lance normal. Entendo que o Wanderson Alves de Souza fez uma boa arbitragem.

Hoje a FMF divulgou os nomes dos árbitros da partida decisiva de sábado.

Mineiros na parada, como deveria ser sempre.


Zero a zero insosso entre América e Atlético. Mas, o segundo jogo de uma final é sempre melhor que o primeiro

Pela escalação inicial neste primeiro confronto, Cuca respeitou demais ao América. E fez um teste interessante, com Réver de volante, que foi até bem. O América partiu pra cima, como tinha que ser, pois precisa reverter a vantagem que o Galo tem, proporcionada pelo regulamento. Bate-bocas e confusões à parte, naturais de um clássico, uma primeira partida dentro do previsto, meio pedra, meio tijolo. O segundo e decisivo jogo é sempre muito melhor numa final em mata mata, quando é na base do tudo ou nada. Os goleiros trabalharam menos do que se esperava.

Elogiável neste campeonato, desde as semifinais foi a opção dos clubes pela arbitragem mineira, em que nem se cogitou apitadores de outros estados. E eles foram muito bem, inclusive hoje. O presidente do Atlético, Sérgio Coelho, apelou, xingou e foi para cima do Wanderson Alves de Souza. Está no papel dele, que precisa ser respeitado. Eu gostei da atuação do trio de arbitragem, até do VAR, composto por Ricardo Junio de Souza, Frederico Soares Vilarinho e Emerson de Almeida Ferreira.


Falam em David Luiz no Galo. Que o Flamengo o leve

Foto: odia.ig.com.br

Ele e Thiago Silva, certamente têm empresários bons demais de serviço. Formaram até a dupla titular da seleção brasileira em 2014. O futebol é um paraíso de enganadores  Ainda bem que o Flamengo está querendo.

*  “Silvio T alertou num comentário dele aqui no blog: “A nova agora da “imprensa atleticana” é o decrépito David Luiz no Galo…”

“… Rio – David Luiz está em fim de contrato com o Arsenal e pode pintar no Brasil, nesta temporada. O clube inglês já confirmou que não irá renovar com o zagueiro, e segundo informações do portal espanhol Fichajes.net, o Flamengo e outros clubes do país estariam interessado no defensor. …”

https://odia.ig.com.br/esporte/flamengo/2021/05/6145944-flamengo-estaria-disposto-a-contratar-david-luiz-diz-portal.html


Uma atuação animadora do Atlético, que justifica o uso do jargão: venceu e convenceu!

Num clima de Libertadores “raiz”: tensão dentro e fora de campo, bombas explodindo, confusão, interrupção da partida e fortes emoções. Lamentavelmente não foi tumulto provocado pelo futebol em si, mas por questões políticas que puseram a Colômbia em convulsão social. Uma pena. Um belíssimo país, povo ótimo,  que sofreu quase 40 anos com uma guerrilha, guerra ao tráfico de drogas e agora sob risco de nova convulsão social. Parece que a América Latina está condenada, eternamente, a situações como essa. E coloquemos as barbas de molho, pois a nossa situação é delicada. Que não precisemos usar um outro manjado jargão para a Colômbia: “eu sou você amanhã”!

A postura do time foi a característica marcante do treinador: ao ataque, desde o início, surpreendendo ao América. Contando com o empenho total do time inteiro e a genialidade de um jogador como o Nacho, que outra vez cruzou “milimetricamente”  (ao estilo Arana; até achei que tivesse sido ele), na cabeça do Hulk, que não desperdiçou a oportunidade. Os colombianos reagiram, mas o empate deles não abalou os comandados do Cuca. O segundo gol só saiu no segundo tempo, por meio do Arana, que merecia isso, para coroar o futebol que vem jogando. E no apagar daz luzes, em contra ataque se aproveitando do desespero do time da casa, Diego Tardelli, que entrara no segundo tempo, pôde mostrar um pouco do enorme talento, ajeitando para o Vargas marcar um belíssimo gol. Tardelli não foi fominha, poderia ter tentado, ele mesmo, mas viu que a situação do companheiro era bem melhor que a dele. Uma belíssima exibição, com personalidade. Difícil quem foi o melhor em campo.

Informações, e considerações que gostei de ler no twitter:

Jornalista:

Cândido Henrique – @candidoh

Guga foi muito bem na partida contra o América de Cali. Está evoluindo com o Cuca.

 

Zero Hora, de Porto Alegre:

Com protestos em volta do estádio, jogo do Atlético na Colômbia tem interrupções por gás lacrimogêneo em campo – Jogadores e árbitros precisaram se proteger dos efeitos no vestiário, mas partida da Libertadores não foi suspensa. Mineiros venceram o América de Cali por 2 a 1”

@ESPNBrasil

Cuca, após América de Cali x Atlético-MG: ‘Parabéns para a arbitragem que teve coragem de manter a partida até o final’

Victor Martins –  @victmartins

Atlético sobra no grupo, avança de fase e supera os R$ 20 milhões em prêmios na Libertadores https://victormartins.uai.com.br/opiniao/atletico-sobra-no-grupo-avanca-de-fase-e-supera-os-r-20-milhoes-em-premios-na-libertadores/… via Blog do Victão

Fred Ribeiro – @fredfrm

Jersson González, técnico do América de Cali: “Dá muita tristeza o que vem acontecendo em nosso país. Nessas condições, impossível jogar o futebol. Impossível! Muita desilusão pelo que está acontecendo”.

Lindo passe de Tardelli, e Vargas faz gol chapelando o goleiro. Atlético vence, chega a 10 pontos e garante classificação para as oitavas de final. Agora, tentará confirmar a 1ª colocação para enfrentar um segundo colocado no mata-mata. #trbarranquilla

Hulk tem 5 gols em 4 jogos e em 11 finalizações na Libertadores 2021 (números da Conmebol).


Cuca x Lisca. No confronto destes sulistas, o título deverá ficar com o melhor estrategista nos momentos cruciais da final

Foto/montagem www.esportenewsmundo.com.br

Atlético e América vão decidir o Campeonato Mineiro em dois jogos e uma disputa à parte fora das quatro linhas, entre treinadores, ambos do Sul do país, de gerações diferentes, porém da mesma escola, a gaúcha. O curitibano Cuca, 57 anos de idade, se destacou inicialmente como atacante do Grêmio e rodou o país jogando em vários estados, trabalhando com técnicos dos mais variados estilos. Como treinador, iniciou a carreira no Uberlândia, em 1998.

Lisca está com 48 anos, nasceu em Porto Alegre, nunca foi jogador, mas sempre foi um estudioso do futebol. Como técnico, começou nas categorias de base do Internacional e depois São Paulo. Nos profissionais, a primeira experiência foi comandando o Brasil de Pelotas. Rodou quase todo o país, com trabalhos mais destacados no Nordeste, até chegar ao América, onde encontrou ambiente e estrutura para desenvolver um trabalho de maior profundidade. Deu retorno ao Coelho e está obtendo um reconhecimento nacional que até então não obtivera.

Lisca e América formaram uma parceria que deu certo, tanto que ele recusou propostas de clubes mais famosos, para dar sequência ao que tem feito no Coelho. Graças ao trabalho dele e à retaguarda americana, deixou de ser tratado pela mídia nacional como “Lisca Doido”, para ser reconhecido como Lisca “estrategista”, e apenas às vezes, “doido”, quando chuta a lata das arbitragens, do VAR, dos adversários e por aí vai.

Comparando os elencos, o Atlético tem jogadores consagrados, famosos internacionalmente, porém, o América tem, além de muito bons, em quase todas as posições, uma turma mais jovem, e um banco que responde melhor, quando o treinador precisa mexer. Ambos os técnicos gostam de atacar. Acredito que o título será do melhor estrategista. O que mexer melhor nos momentos cruciais de cada jogo. Contra o Cruzeiro, Lisca pôs o Felipe Conceição no bolso. Vamos ver como será neste confronto com o Cuca.