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De Felipão a Jorge Sampaoli, passando por Pep Guardiola e a previsão das oito rodadas fatais

Zoação do Olé do Brasil, depois da derrota do Cruzeiro para o Oeste no Mineirão, quarta-feira.

Os técnicos do Atlético e do Cruzeiro estiveram entre as zoações mais vistas e comentadas na internet esta semana. Felipão pela situação do Cruzeiro e a derrota em casa para o Oeste, lanterna da segunda divisão. Sampaoli por deixar o Santos no fim de 2019, rejeitar o Palmeiras no início de 2020 e assistir os dois decidindo a Libertadores da América agora. Pep Guardiola foi lembrado pelo Fernando Rocha, na coluna dele, em que lembra frase do catalão: “ Campeonatos de pontos corridos, com 20 times na disputa, se perde nas oito primeiras rodadas e se ganha nas oito últimas”.

Sobre Felipão, admiro o tanto que ele gosta de futebol e da profissão que exerce. Sujeito realizado dentro e fora das quatro linhas, rico, poderia estar vivendo em qualquer lugar do mundo, curtindo a vida, com ótima saúde, aos 72 anos de idade, mas preferiu aceitar encarar a barra do Cruzeiro, nesta situação. Encarar viagens desgastantes, de ônibus, elenco fraco, salários atrasados, cobranças de todo lado, críticas, incompreensões…enfim. Tem que gostar mesmo do que faz. Admirável.

Sobre Sampaoli, considero-o um dos melhores que o Atlético já teve na história, porém, comete seus erros, normais, como qualquer treinador comete. O que não dá para engolir é essa condição que foi dada a ele no Galo, de “semideus”, dono de tudo, que não presta contas de nada a ninguém. Se estivesse dando o retorno que se esperava, com o título no papo, vá lá, fazer o quê? Poderia alegar que assim é que dá certo, e todos teríamos que aceitar. Mas não! Ele montou este grupo. Exigiu contratações, foi atendido, teve tempo de sobra para treinar, mas a campanha no Brasileiro está muito aquém do alto investimento feito nele e na montagem do elenco. Ele é o futebolista mais bem pago do Brasil, R$ 2,2 milhões, por mês, de acordo com o bem informado jornalista Jorge Nicola.

Em sua coluna “Bola na Área”, do Diário do Aço, de Ipatinga Fernando Rocha fala destes e outros assuntos, com a competência que lhe é habitual. Confira:

Ainda briga”

O  técnico catalão, Pep Guardiola, considerado por muitos colegas e por mim também, o melhor do mundo na sua profissão, escreveu que campeonatos de pontos corridos, com 20 times na disputa, com é o nosso caso, se “perde nas oito primeiras rodadas e se ganha nas oito últimas”. Com base neste raciocínio do Guardiola, teremos neste fim de semana a 30ª e última rodada, antes do início  do “sprint” ou a reta final da disputa, onde quem tiver mais lenha para queimar vai conquistar o título.

·       Na última semana, o bem informado jornalista Jorge Nicola, divulgou em seu blog números do custo Sampaoli e sua comissão técnica para o Atlético. O salário do técnico seria hoje R$ 2,2 milhões mensais, o maior de todos os profissionais do futebol em atividade no país e no continente . Os demais componentes da sua comissão técnica custariam algo em torno de R$ 800 mil, totalizando R$ 3 milhões pagos  mensalmente pelo clube, com a ajuda dos investidores conhecidos. O trabalho de Sampaoli é muito bom, mas precisa ser questionado, cobrado por alguém da diretoria, pois a relação custo-benefício obviamente não está sendo positiva.  

·        Este jogo de amanhã, contra o Juventude,  em Caxias do Sul-RS, pode ter sido o último de Luiz Felipe Scolari à frente do Cruzeiro. O veterano treinador não esconde sua insatisfação com os três meses de  salários atrasados dos jogadores e funcionários, além do 13º que também não foi pago. Pesa também para um possível pedido de demissão do treinador, as promessas  de contratações feitas e não cumpridas pela diretoria, que já estaria estudando nomes para substituí-lo.

·        A torcida celeste, em sua maioria reconhece os méritos de Felipão, sobretudo por salvar o clube de outro vexame ainda maior, que seria o rebaixamento à Série C. Como existe no contrato entre as partes, uma absurda multa unilateral de R$ 10 milhões, caso o clube  demita o técnico, a estratégia da diretoria parece ser forçar pelo cansaço, Felipão pedir o boné para sair. Eita!

O Atlético entra em campo, domingo, no Mineirão, às 18:15hs, como franco favorito contra o seu xará goiano, ainda em condições de brigar pelo título, mas com a desconfiança da torcida pelas oscilações constantes vividas na disputa.

O time comandado por Sampaoli segue na terceira colocação, com três pontos a menos que o Internacional e seis do líder São Paulo, mas com um jogo a menos, a ser cumprido contra o Santos dia 27 próximo, no Mineirão.

Enquanto cronista esportivo, com muitos anos de janela, sempre  vou torcer e  desejar sucesso ao Galo, Cruzeiro, Ipatinga, América, mas, o que nunca fiz e  jamais farei, é passar pano ou acreditar nessas falácias e desculpas de dirigentes, jogadores, técnicos, para encobrir maus desempenhos ou deficiências das suas equipes.

Time inconfiável

A realidade é que este time do Atlético, dirigido por Jorge Sampaoli, tornou-se inconfiável, uma autêntica   caixinha de surpresas.

Os problemas começam no sistema defensivo, mais específicamente no goleiro Éverson, que não passa segurança alguma, um autêntico   “chama gol”, como bem definiu em seu blog, o jornalista Chico Maia.

Mesmo com semanas e semanas para treinamentos, o técnico argentino não consegue mudar o quadro atual da equipe, que é de estagnação , ou de regressão em se tratando da defesa, sobretudo o miolo da zaga totalmente vulnerável nas bolas altas.

Pior, ainda, o ataque mostra um repertório fraco, limitando-se em circular a bola de um lado ao outro, sem nenhuma objetividade, abusando do velho “chuveirinho”, o que facilita o trabalho dos zagueiros adversários.

Fora de campo, Sampaoli segue o mesmo marrento e complicado de sempre, levando cartões desnecessários, por discordar exacerbadamente das marcações dos árbitros, além de não fazer o  o mínimo esforço para aprender o básico da língua portuguesa, a fim de se comunicar melhor com a torcida e imprensa.

(Fecha o pano!)

* Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga


E lá se foi o Antônio Carlos, um grande nome da comunicação de Poços de Caldas

Com que tristeza ouvi na manhã de hoje o Eduardo Costa informando, na Itatiaia, a morte do Antônio Carlos, repórter de rádio e âncora de TV, dos mais conhecidos e dos mais queridos do Sul de Minas. Nos conhecemos no início de nossas carreiras, em 1979, nos preparativos para transmissões de grandes jogos do Atlético, Cruzeiro e América contra a Caldense ou Rio Branco de Andradas, pelo Campeonato Mineiro, em Poços, Andradas e em Belo Horizonte.  Sempre prestativo, era dos primeiros a oferecer ajuda na instalação de equipamentos no Estádio Ronaldo Junqueira, na busca por um hotel ou em alguma dificuldade que tínhamos com algum equipamento. Normalmente eram quatro rádios de Belo Horizonte cujas equipes se deslocavam para acompanhar os times: Capital, Itatiaia, Guarani e Inconfidência. Assim como eu, o Antônio Carlos era repórter, queria saber tudo do adversário da Caldense, e eu tudo da “Veterana”. O tempo passou, crescemos profissionalmente, ele se enveredou pela política, eleito vereador em Poços de Caldas, e teve uma carreira de sucesso, em todos os veículos em que trabalhou. E na política também. Uma grande figura humana.

Infelizmente, hoje, ele se foi! Mais uma vítima da Covid. Descanse em paz, amigo! Como diz o Milton, “um dia a gente se encontra…”.

A Caldense prestou uma bela homenagem a ele em seu site. Confira:

* “Morre Antônio Carlos Pereira, vítima da COVID-19”

Faleceu na madrugada desta quinta-feira (14) Antônio Carlos Pereira, aos 65 anos, em decorrência da COVID-19. O ex-vereador e apresentador de TV sempre foi um grande torcedor da Caldense e inclusive cobriu partidas da equipe como repórter de campo para a rádio Cultura no final dos anos 70 e início dos anos 80.

Antônio Carlos nasceu em Palmeiral, distrito de Botelhos-MG. Em 1979, já morando em Poços de Caldas, começou a trabalhar no jornal Diário de Poços. No mesmo ano foi contratado pela Rádio Difusora e depois mudou para a Cultura, época em que cobriu momentos marcantes da Veterana, como a participação no Campeonato Brasileiro de 1979 e a passagem de Casagrande pelo time em 1981.

Em 1983 Antônio Carlos voltou para a Difusora, onde permaneceu até 2011. Depois passou a apresentar o programa Canal Aberto e o Tempo de Esporte na TV Poços. Tanto no rádio, quanto na TV, levava diariamente ao público as notícias da Caldense e comparecia aos jogos para apoiar o time. Durante muitos anos, narrou partidas da Veterana pela TV Poços, inclusive na campanha do título de campeã mineira de 2002. Os gols de Gustavinho e Carioca na partida decisiva contra o Nacional ficaram eternizados em sua voz. Na política Antônio Carlos ocupou o cargo de vereador pela primeira vez em 1988 e deixou a Câmara Municipal no final de 2020. Foi ainda secretário municipal de esportes. No último dia 06 de janeiro, foi diagnosticado com COVID-19 e chegou a divulgar um comunicado em suas redes sociais dizendo que estava assintomático. Entretanto, alguns dias depois, sua situação se agravou, teve de ser internado na UTI e não resistiu.

Em entrevista gravada antes da pandemia, o radialista e apresentador Antônio Carlos Pereira relembrou sua carreira de décadas cobrindo a Caldense, se emocionou com as lembranças e deu muitas risadas ao contar histórias engraçadas.

Pela Rádio Cultura de Poços, entrevistando Natal, que jogou na Caldense em 1979.

A Associação Atlética Caldense manifesta os mais sinceros sentimentos de pesar a familiares e amigos e agradece toda a divulgação da Veterana feita por Antônio Carlos ao longo de décadas.

http://caldense.com.br/wordpress/index.php/2021/01/14/morre-antonio-carlos-pereira-vitima-da-covid-19/


E o Cruzeiro conseguiu perder para o lanterna Oeste, em clima de melancolia no Estádio Independência

A imagem da TV mostrava o Felipão com cara de quem estava pensando: “Como fui entrar nessa barca?”.

Clima de melancolia no Estádio Independência, da chegada dos ônibus dos dois times ao fim da partida, quando o lanterna do campeonato, já rebaixado para a Série C, venceu o Cruzeiro por 1 a 0. O Oeste naturalmente cabisbaixo em função da péssima campanha, o Cruzeiro, com três meses de salários atrasados e o treinador reclamando de promessas não cumpridas pela diretoria.

O primeiro tempo foi sofrível, de dar sono, mas o Oeste conseguiu se aproveitar da ruindade da defesa cruzeirense e fazer 1 a 0, aos 41, numa cabeçada do atacante Fábio.

O segundo tempo foi melhor, e tivemos uma partida de ataque contra defesa. O time paulista não atacava de jeito nenhum; só rebatia as bolas que chegavam perto da sua área. Mas ao ver que os atacantes do Cruzeiro não eram tão perigosos assim, resolveu se arriscar e quase conseguiu marcar o segundo gol, aos 40, por meio do Pedrinho.

A classificação

P   P J V E D GP
1 América-MG 67 34 19 10 5 40 21 19
2 Chapecoense 66 34 18 12 4 38 18 20
3 Cuiabá 55 34 15 10 9 40 33 7
4 Juventude 52 34 14 10 10 46 36 10
5 CSA 49 33 14 7 12 42 32 10
6 Avaí 48 34 14 6 14 36 43 -7
7 Guarani 48 34 13 9 12 39 39 0
8 Ponte Preta 48 33 13 9 11 42 44 -2
9 Brasil de Pelotas 47 34 11 14 9 30 28 2
10 CRB 46 34 13 7 14 36 39 -3
11 Sampaio Corrêa 45 33 13 6 14 42 34 8
12 Operário 45 33 11 12 10 32 30 2
13 Cruzeiro 44 34 13 11 10 37 30 7
14 Confiança-SE 42 34 11 9 14 36 42 -6
15 Náutico 39 34 9 12 13 30 38 -8
16 Vitória 38 34 8 14 12 41 44 -3
17 Paraná 36 34 9 9 16 33 45 -12
18 Figueirense 36 34 8 12 14 28 35 -7
19 Botafogo-SP 33 34 8 9 17 24 33 -9
20 Oeste 26 34 6 8 20 26 54 -28

Cruzeiro enfrenta o Oeste, à noite, mas atraso de pagamentos é a notícia do dia, já que os jogadores se recusaram a se concentrar

Em 24 de junho o presidente Sérgio S. Rodrigues retwittou entrevista que concedeu ao jornal Tutto Sport, da Itália: ““Modello Cruzeiro”. Il presidente@SergioSRoficial, intervistato da @ntomc su@tuttosport di oggi, parla delle origini italiane che nobilitano la storia del club @Cruzeiro. Legame con l’Italia vivissimo ancora oggi. #Cruzeiro #PalestraItalia @ItalyMFA @ItalyinBrazil

***

Nos primeiros meses de 2020 o Conselho Gestor ainda dava as cartas e a campanha eleitoral interna comia solta no Cruzeiro. Sergio Santos Rodrigues era presença diária, de manhã, à tarde e à noite nos noticiários esportivos, dando entrevistas, jurando que tinha as melhores propostas e soluções para o clube, e o mais importante: parceiros já acertados para tirar a Raposa do atoleiro. Uma eleição desgastante, dura, para apenas 8 meses, de um mandato tampão. No dia 21 de maio, venceu e desandou a aparecer nas redes sociais, em imagens e cenas que ninguém conseguia entender, mas, que deveria ter algum fundamento. Não é possível que um presidente recém eleito sob a bandeira da modernidade, apareceria daquela forma, sem que houvesse uma estratégia para aquilo.

O tempo passou, os problemas continuaram se avolumando. Ele e companheiros de diretoria continuaram jogando toda a culpa no Wagner Pires e cia., como se eles fossem o únicos culpados, e, nada de soluções. O campeonato começou, dinheiro continuou faltando e as contas continuaram chegando. No dia 7 de outubro Sérgio Rodrigues foi reeleito, aí, sem oposição, mas em um ambiente complicado, sob a óbvia pressão da torcida, conforme mostrava esta chamada do SuperFC: “Presidente Sérgio Santos Rodrigues é reeleito no Cruzeiro para o triênio 2021/2023, em chapa única; dia foi tenso com invasão de torcedores a Toca da Raposa II e mais protestos no Barro Preto”.

Agora, faltando cinco rodadas para acabar a Série B 2020, Felipão ameaça ir embora e os jogadores se recusam a concentrar, em forma de protesto, contra os salários atrasados.

Um grande advogado de Belo Horizonte, profundo conhecedor dos bastidores do futebol, cujo nome preservarei, porque não pedi a autorização dele para revelar, escreveu-me o seguinte, ontem à noite:

* “Eu comentei ano passado que o Cruzeiro não conseguiria chegar no final da B. O Cruzeiro tem que entender que faliu! Tem que aprender a fazer time de 1.000,00 por mês para disputar a série B novamente, ou então deixar cair para a C e lá ficar pelo menos 3 anos jogando com time da base, folha de 200 mil/mês. Se não fizer isso vai fechar as portas em junho. A diretoria tem que ter coragem de encarar a torcida e dizer a verdade.  O Sérgio foi burro pois deveria ter feito isso quando entrou na Presidência, no primeiro dia.  Agora ele será responsabilizado pela péssima campanha na B, que foi + um desastre para o clube.”

Aqui no blog, um dos mais tradicionais participantes, Juca Rodrigues, (da Floresta), escreveu hoje:

* “Bom dia Chico,
Depois de uma administração de seis anos totalmente catastrófica (Gilvan Pinho Tavares) e uma Quadrilha que durou dois anos, o Cruzeiro vive o pior momento de sua história. Fui Conselheiro do Cruzeiro por 15 anos, de 1996 até 2011, saí justamente quando o Gilvan assumiu a presidência em 2011. Saí porque sabia que a turma que iria chegar no Conselho era a famosa família união, um bando de puxa-sacos que vivia às custas de viagens, ingressos, farras com churrasco e outras coisas patrocinadas com o $$$ do clube. Gilvan, na minha opinião, foi o grande causador disto que está acontecendo com o Cruzeiro: contratou a rodo e não pagou ninguém, além disso não soube conduzir sua sucessão, apoiando um bêbado contumaz para assumir a presidência que foi terceirizada para um bandido.
O Cruzeiro acabou Chico, penso que não dura mais dois anos antes de falir. Muito triste para uma torcida apaixonada.”


Palmeiras terá que ser grato ao VAR durante muitos anos; talvez, para o resto da vida

O olho eletrônico do VAR vê tudo o que quer. Este soco do goleiro do Palmeiras, por exemplo, ele não viu, muito menos o árbitro, que estava em cima do lance, na cara dele. (Foto: @gambetas)

É muito bom poder assistir a um jogo de futebol sem grande envolvimento emocional, quando não há muito interesse na vitória de um ou de outro, quando o que importa é o espetáculo. Depois da grande vitória do Palmeiras sobre o River Plate em Buenos Alves, a habitual arrogância de muitos da imprensa paulista voltou a se aflorar, o que poderia atrapalhar ao time deles, já que mexia com os brios dos argentinos. No próprio Palmeiras, havia respeito o tempo todo, por parte de jogadores, diretoria e comissão técnica. Nenhuma declaração prepotente, de “já ganhou” ou coisa assim. Mas, na imprensa, estava de lascar.

Ontem pela manhã, o ex-lateral do Cruzeiro, Sorin, twittou uma frase de incentivo ao River, o clube das raízes mais profundas dele: Juan Pablo Sorin @jpsorin6: Los hinchas d@RiverPlate desde todas partes del mundo, creen agradecen, alientan y pasan su energía para los jugadores y el cuerpo técnico ! Que lindo es el fútbol! Se viene la semifinal de vuelta @Libertadores y será un partidazo ! https://youtu.be/wkpCfj7jIsc

Lembrei-me de um amigo, grande jornalista, fã do River e o copiei com esta mensagem: @chicomaiablog: Nunca se deve duvidar da capacidade de reação de qualquer time argentino, principalmente de um River Plate, não é, caro @gambebas?

Pois, à noite, não deu outra. À moda típica argentina, o River só não saiu do estádio com um placar de 4 ou 5 a zero, porque o VAR não deixou. E com grande dose de razão, diga-se, já que pelo olho mecânico, dúvidas gigantes permanecem até agora. E, seguindo os preceitos jurídicos, “in dubio pro reo”. Então, na dúvida, derrota só de 2 a 0 do Palmeiras, que, com isso, foi para a final da Libertadores. Não existisse VAR, não haveria gol anulado nem pênalti desmarcado a favor do River.

No mais, um jogo ótimo, dois grandes times em campo, dois treinadores brilhantes, com destaque para o Marcelo Gallardo, um dos melhores do mundo. E destaque também para o árbitro uruguaio Esteban Ostojich, corajoso e seguidor das regras, bem acobertado pelas leis da bola, VAR principalmente, para justificar suas decisões.

O futuro do Palmeiras na competição, ninguém sabe dizer o que será, mas pode ser até campeão do continente e do mundo, dentro da imprevisibilidade que é o futebol. Se isso ocorrer, a gratidão ao VAR terá que ser eterna. Este instrumento, que considero suspeito, prejudica seriamente a uns, mas ajuda de forma gigante a outros, como nesta decisão entre River e Palmeiras. Depende do jogo, depende das circunstâncias, depende de muitos fatores, inclusive extracampo.

O VAR dá oportunidade a criações engraçadas como essa, mesmo com toda a maldade que ela sugere.


Com cinco rodadas de antecedência, América oficializa retorno à Série A, agora pra ficar

O site oficial da CBF deu as boas vindas ao Coelhão para a temporada 2021 na Série A

Empate sem gols com o Naútico em Recife, comemorado com todo o merecimento.

No site do Globoesporte.com: “Comissão e elenco do América-MG comemoram acesso à Série A no campo dos Aflitos”

https://globoesporte.globo.com/futebol/video/comissao-e-elenco-do-america-mg-comemoram-acesso-a-serie-a-no-campo-dos-aflitos-9173229.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=share-player-desktop


Notícia e diálogo sobre o sai, não sai, do Felipão do Cruzeiro

O jornalista Pedro Rocha twittou a manchete da reportagem que fez para o Globoesporte.com

Pedro Rocha – @novaesrocha1 “Insatisfeito com salários atrasados e incertezas sobre o futuro, Felipão pode deixar o Cruzeiro. Irritado com extracampo, Felipão avalia deixar o Cruzeiro, que monitora nomes no mercado – Promessas feitas ao técnico no momento da contratação não estão sendo cumpridas; contrato vai até o fim de 2022, mas não tem multa em caso de rescisão pedida por Scolari ( https://globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro/noticia/irritado-com-extracampo-felipao-pode-deixar-o-cruzeiro-que-monitora-nomes-no-mercado.ghtml )

Comentei lá: Chico Maia – @chicomaiablog

Como diria o Albertinho – @maisvibrante: “terrível, terrível!..”

Edu Panzi, da Itatiaia, também comentou lá: @edupanzi

Clube tbm parece insatisfeito com o trabalho do Felipão, mas não pode demiti-lo, por conta de uma multa unilateral e surreal. A saída seria deixar de cumprir promessas q não estão no papel, minar a paciência do técnico, até q ele pegue o boné e saia por vontade própria? Será?

Seguidor do Pedro Rocha, João Vitor Viana, chiou, @jvviana,“Em resposta a @edupanziÉ só o time da imprensa tropeçar que lá vem notícia ruim do Cruzeiro”

Aí o Edu emendou:@edupanzi

Se fosse assim então “o time da imprensa” já estaria matematicamente rebaixado, pq o Cruzeiro se transformou numa enorme fábrica de notícias ruins… é todo dia, fera! Impressionante é q ainda tem quem ache q a culpa seja da imprensa!”


Um Galo inconfiável. Só falta aparecer alguém para resgatar aquele surrado bordão: vaga direta na Libertadores é obrigação!

Foto: twitter.com/RedBullBraga

Existem diferenças absurdas entre querer, poder e torcer. Toda vez que questiono a qualidade ou competência do Atlético surgem os mais apaixonados para reclamar de “pessimismo”, “jogar pra baixo”, “conspiração” e etecetera e tal.  Muito contrariado, aprendi no início da minha vida de repórter que querer nem sempre é poder, e torcer não pode ser confundido com a realidade dos fatos. Eu sempre quero ver o Galo vencer, mas jamais posso embarcar no “eu acredito”, pois estaria enganando a mim e aos que me honram com a leitura ou com o que falo.

O time é inconfiável, o trabalho do treinador precisa ser cobrado. A relação custo/benefício não está correspondendo e mais um campeonato está indo para o brejo. Só falta aparecer um dirigente para resgatar aquele bordão que tanta raiva fez à massa em passado recente: “vaga direta na Libertadores é obrigação!”.

Zaga desatenta, goleiro inseguro, desses conhecidos como “chama gol”. Até parece que Junior Alonso e principalmente Rever são dois jovens, recém promovidos dos juniores do clube. Um 2 a 2 horroroso, em todos os aspectos. De novo, São Paulo e Flamengo perdem feio na rodada, zebras inacreditáveis, colocando faca e queijo nas mãos e pés do Galo, que entrou em campo sabendo de todos os resultados. Mas, conseguiu jogar nada, de novo contra um time que luta contra o rebaixamento, desfalcado de nove jogadores.

Depois do jogo, o treinador diz: “Seguramente, há correções a se fazer, mas hoje, o time foi extremamente superior como visitante contra um rival que, sem dúvidas, era muito perigoso. Valorizo isso. Foi um crescimento muito claro em relação aos jogos anteriores”.

Durma-se com uma falácia dessas!


Galo chora as pitangas na A, o América briga pelo título da B e Cruzeiro feliz com o não rebaixamento para a C

Foto: twitter.com/Atletico

Na virada 2020/2021, a rigor (ave Brizola), comemorar mesmo, só o torcedor do América. Subiu, com louvor, para a Série A, jogando o futebol mais bonito entre os mineiros e os maiores brasileiros, incluindo os da Série A. O 4 a 0 sobre o Vitória, foi um prêmio ao conjunto da obra americana. Que venha o título, que seria o tricampeonato, porém, o mais importante já foi conquistado. A missão mais difícil agora será a manutenção do treinador e da maioria dos jogadores. Depois, a aquisição de peças que completem o grupo, para tentar se manter na Série A 2021. Eu acredito!

O Cruzeiro ganhou a duras penas do Sampaio Correa e se garantiu na próxima edição da segundona. Quem diria! Inacreditável. Mas, foi este o discurso do Felipão o tempo todo, desde que chegou. Evitar o rebaixamento para a C era o “objetivo”. Claro que isso é captado pelo grupo, que jogou só para este gasto até aqui. E “fecha do pano”, como diz o Fernando Rocha de Ipatinga.

O Atlético assistiu e até comemora a mais uma rodada de tropeços dos seus principais concorrentes na parte de cima da classificação. Comemorar para quê? Afinal, o problema maior do time do Atlético é ele mesmo, capaz de entregar a rapadura para quem está vendendo o almoço para comprar a janta. Encerra a rodada nesta segunda-feira contra o Bragantino, que, em 13º lugar, 34 pontos, luta para não entrar na zona da degola.


Rodolfo, o artilheiro do América. Um exemplo de diretoria competente e contratação acertada

Em foto do João Zebral/América, Rodolfo com Paulo Bracks; adquirido em definitivo pelo Coelho até dezembro de 2023

A foto que ilustra este post, mostra um dos exemplos de competência deste América. Paulo Bracks, o executivo do futebol, recém ido embora para o Internacional, com o artilheiro Rodolfo, na assinatura de contrato em janeiro do ano passado. Em outubro, o Coelho adquiriu os 50% restantes do Capivariano, seu clube anterior. A diretoria americana descobriu um “matador”, de 28 anos de idade, que já tinha passado por 19 clubes; nenhum da prateleira de cima. Atlético e Cruzeiro gastaram fortunas nos últimos anos e não conseguiram um sequer com a mesma produtividade. Jô foi o último, até 2013. Fred faturou alto e enganou a ambos, com direito a briga na justiça que não deverá acabar tão cedo.