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Mais pano pra manga na briga judicial Atlético x Fred x Cruzeiro

Imagem/montagem: Globoesporte.com

Ano novo chegou, pendências antigas se mantêm e quando março chegar alguém vai passar muita raiva após a sentença que decidirá quem paga quem na disputa do jurídico do Galo com o do Fred e do Cruzeiro. Este e outros assuntos na como sempre ótima coluna do Fernando Rocha, hoje, no Diário do Aço, de Ipatinga:

* “No sufoco”

O torcedor cruzeirense esperava dificuldades,  mas nem de longe o que passou na sofrida a vitória de 1 x 0, sobre o modestíssimo Sampaio Corrêia, em jogo disputado na capital do Maranhão, válido  pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.

O Cruzeiro desta vez marcou um gol logo no início do jogo, através de Willian Potker, que no entanto foi expulso, infantilmente, no início do 2º tempo,  depois de receber dois cartões amarelos em menos de 3 minutos, o último por reclamação, gerando a expulsão.

A partir daí, o time comandado por Felipão tomou um grande sufoco do adversário e, não fosse a grande atuação do goleiro Fábio, fazendo pelo menos quatro defesas espetaculares, o placar certamente não teria sido favorável à Raposa.

Com os três pontos conquistados, o Cruzeiro encerra uma vergonhosa série de quatro jogos sem vencer na Série B, alcançando 44 pontos ganhos, ocupando a 11ª posição,  que praticamente afasta qualquer ameaça de rebaixamento à Série C.

Todo cuidado

O que os jogadores e o técnico Jorge Sampaoli não tem do que reclamar é da falta de tempo para treinar, já que em razão do adiamento de jogos, o Atlético teve 16 dias de intervalo, desde o último jogo oficial, que foi no dia 26/12 em casa contra o Coritiba, até este de amanhã, 20hs, em Bragança Paulista, diante do Bragantino.

Amanhã, o  Galo terá uma nova chance de diminuir a diferença para o líder São Paulo, que pode cair para quatro pontos, em caso de vitória  no interior paulista, entrando novamente na briga pelo título, mas vendo outros adversários também crescerem na disputa, como o Internacional, Gremio e Palmeiras.

O time deve sofrer mudanças, possivelmente a volta do volante Jair, pela importante do esquema de Sampaoli no meio de campo, afastado há vários jogos  por contusão.

Mas, o que preocupa mesmo é a estratégia a ser empregada neste jogo  pelo técnico argentino, que assistiu de camarote no meio da semana, o “sapeca-iá-iá” que levou o São Paulo do seu adversário de amanhã.

O São Paulo, que tem um estilo  ofensivo parecido com o de Sampaoli no Galo,  não respeitou o Bragantino e  acabou surpreendido por contra-ataques certeiros, sofrendo três gols em 17 minutos e, a goleada de 4 x 2.

Se Sampaoli não tomar os devidos cuidados, com base no exemplo infeliz de seu colega Fernando Diniz, periga o Galo se tornar outra vítima, o que seria uma pá de cal na pretensão de conquistar o título este ano.

FIM DE PAPO

  • Vem aí mais um caso polêmico, o processo do Atlético na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) contra o jogador Fred, de quem cobra o pagamento de uma multa no valor de R$10 milhões, que corrigido já passa de R$ 14 milhões. O julgamento final está previsto para  março próximo, com tendência de vitória do Atlético. Se isso ocorrer, Fred vai cobrar o prejuízo  do Cruzeiro, pois no contrato que assinou com a Raposa assim que deixou o Galo, existe cláusula onde o clube celeste se compromete a pagar esta multa caso viesse a ser aplicada.
  • Por sua vez, a atual direção do Cruzeiro já firmou uma posição, que também será motivo de polêmica. O clube já acionou a Justiça para que, em caso de triunfo atleticano na CNRD e possível cobrança de Fred à Raposa, a dívida seja transferida para outros donos, neste caso os ex-dirigentes Wagner Pires de Sá e Itair Machado, responsáveis pela contratação de Fred.
  • Muito estranha essa Lei 23.772, que trata sobre a disponibilização de setores sem cadeiras em estádios de futebol no Estado de Minas Gerais, espaços limitados à 20% da capacidade total das praças esportivas, sancionada na última semana pelo governador do estado. Não pelo seu fundamento e propósito, ótimo por sinal, pois os ingressos serão cobrados mais baratos nestes setores, possibilitando o acesso de quem não possui condições financeiras, para arcar com o os preços bastante salgados dos ingressos praticados atualmente.
  • O detalhe é que a lei só se aplica a estádios privados lou particulares, deixando inexplicávelmente de fora, os que são de propriedade pública, como é o caso do Ipatingão, que pertence à Prefeitura de Ipatinga, além daqueles gerenciados sob regime de concessão para contratos vigentes, que são os casos do Mineirão, administrado pela Minas Arena, e do Independência, gerenciado pela Luarenas. O plano de negócios da “Arena MRV”, previsto para ser inaugurado até outubro de 2022, prevê setores populares atrás dos gols, onde ficarão as torcidas organizadas, como já existe nas arenas do Gremio e do Corínthians. “Omnis enim lex”, a lei é para todos, ou não? (Fecha o pano!)
  • * Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga

Presidente do Cruzeiro animado com permanência na Série B. Diz que a próxima será mais valorizada

Foto: twitter.com/SergioSRoficial

Expectativa para o jogo desta noite contra o Sampaio Correia em São Luiz, às 21h30. O Cruzeiro é o 13o colocado, 41 pontos, e o dono da casa 8o, com 45. Até a bola rolar, vamos ao que mais me chamou a atenção no noticiário da Raposa, hoje, que foi a entrevista do presidente à TV Mirante, do Maranhão.

Em princípio pensei que fosse alguma montagem, dessas sacanagens e gozações tão comuns nas redes sociais, mas aí fui ao SuperFC e conferi. Sérgio Santos Rodrigues deu entrevista à TV Mirante (afiliada da Globo), sobre a quase permanência do Cruzeiro na segunda divisão nacional, e disse:

A Série B, no ano que vem, vai ter pelo menos dois grandes times descendo. A próxima edição, com certeza, será mais atrativa. O Cruzeiro foi um dos times teve mais jogos transmitidos em TV aberta na Série B, batendo recordes de audiência”.

Vixe. Sem dinheiro para aguentar a atual folha de pagamentos em dia, sem dinheiro para contratar, atolado em dívidas, cheio de parcelamentos a pagar, e ainda com adversários mais fortes ainda na luta por uma das quatro vagas. Complicado, hein?

Se nesta edição está difícil demais subir, imagine se tiver pela frente, além dos que estão na briga atual, o Botafogo, Vasco, Goiás, Coritiba ou Sport Recife. Mais alguns que vivem subindo e descendo, como Náutico (caso não caia para a C), Guarani de Campinas, Ponte Preta, Avaí, Vitória, Figueirense e etecetera e tal.

A reportagem do SuperFC, na íntegra:

* “Presidente do Cruzeiro prevê clube seguindo na Série B em edição mais atrativa”

Sérgio Santos Rodrigues reforçou números positivos de audiência que clube teve na atual edição da segunda divisão

O Cruzeiro está prestes a ver confirmada sua participação na Série B por mais uma temporada. A campanha oscilante na divisão de acesso deixa as chances de subir para a elite, ainda em 2021, como praticamente nulas.

Já considerando seguir na segunda divisão, o presidente Sérgio Santos Rodrigues tenta ver o lado positivo do time continuar longe dos principais times do país.

“A próxima edição da Série B, com certeza, será mais atrativa. Falo isso com base nos números. O Cruzeiro foi um dos times teve mais jogos transmitidos em TV aberta na Série B, batendo recordes de audiência. Vai ser cada vez mais disputado, as equipes se preparando cada vez mais”, afirmou o presidente em entrevista à TV Mirante, afiliada da TV Globo.
Rodrigues prevê o Cruzeiro ao lado de grandes times do futebol brasileiro que, estão disputando a Série A, A Série B, no ano que vem, vai ter pelo menos dois grandes times descendo mas que devem cair ao final do Brasileirão.  projeta. Entre os clubes com chances reais de queda na Série A, estão Coritiba, Botafogo, Goiás, Bahia, Vasco, Fortaleza e Sport. 

https://www.otempo.com.br/superfc/cruzeiro/presidente-do-cruzeiro-preve-clube-seguindo-na-serie-b-em-edicao-mais-atrativa-1.2432950


Diferenças fundamentais que fazem do América um dos clubes mais promissores do futebol brasileiro

Lisca com os jogadores em transição no América — Foto: Mourão Panda

Sucessivas diretorias competentes, discretas, que se preocuparam e se preocupam em conter gastos de verdade e aumentar as fontes de faturamento. Contratações absolutamente criteriosas, dentro das possibilidades orçamentárias, de funcionários para qualquer setor, do administrativo a jogadores e treinadores. Transparência total com todos os números.

Virou formador de executivos; Alexandre Matos, sendo o mais famoso. Semana passada o Internacional levou Paulo Bracks, também diretor de futebol. Ano passado o Cruzeiro levou Daniel Hott, gerente de Comunicação, para a área digital e o Paulo Assis, diretor administrativo.

Mas, para mim, o principal, que dá retorno dentro e fora dos gramados: competência nas categorias de base, tanto para garimpar jogadores, como para promovê-los ao departamento profissional. É ali que está a saída para qualquer clube do mundo, fora dos mercados endinheirados, como Europa, Ásia e mundo árabe. Poucos clubes brasileiros tratam com a devida atenção e seriedade este setor. O América é um dos principais, sem comparação em Minas. Todo treinador do time principal, antes de ser contratado, é informado dessa condição: trabalhar também em sintonia com a base. Lisca é um exemplo e o Globoesporte.com, de hoje, mostra isso. Só faltou dizer nos créditos da foto da reportagem, que o fotógrafo Mourão Panda, excelente por sinal, é da equipe do departamento de comunicação do Coelho, outro setor de excelência do clube.

* “América-MG amplia número de atletas da base em transição com o técnico Lisca”

Neste momento, Coelho tem, por exemplo, 10 atletas da base que estão realizando transição no time profissional” 

O América vem colhendo os louros do bom trabalho realizado em 2020 com os resultados em campo. Já praticamente garantido na Série A e semifinalista da Copa do Brasil, o Coelho vem também olhando para suas categorias de base, tentando buscar e utilizar promessas no time principal.

No plantel de 2020, 14 atletas participaram da composição do elenco e foram formados nas categorias de base do clube. O Coelho, ao mesmo tempo, também trouxe jogadores do Sub-20 para treinar com o profissional.

No início de 2020, o volante Renan Gomes, os meias Gustavinho e João Gabriel e os atacantes Carlos Alberto e Kawê foram integrados ao plantel profissional.

No segundo semestre, o técnico Lisca passou a observar mais seis atletas: o goleiro Robson, o zagueiro Heitor, os laterais Lucas Gabriel e Carlos Junio, o volante Matheus Santos e o atacante Goldeson.

O time de base encerrou a participação no Brasileiro Sub-20, mas sem ter realizado uma campanha de destaque. Foram 21 pontos em 19 jogos, terminando na 15ª colocação.

Fred Cascardo, diretor da base do América, ressaltou, no entanto, que o objetivo do clube de fornecer atletas para o técnico Lisca foi alcançado.

– O principal objetivo do ano foi alcançado, que é a transição dos atletas ao profissional. Em um primeiro momento, com participação nos treinos. Em seguida, com a oportunidade de serem convocados para partidas do profissional. Alguns desses atletas, como o Carlos Alberto e Kawê, já puderam estrear e atuar no time principal. Estamos também felizes por outros atletas, frutos da nossa captação, estarem sendo observados e integrados nesse processo de ambientação ao profissional – disse o diretor.

***

E o resultado dessa filosofia americana é outra reportagem do Globoesporte, também de hoje:

* “Na ponta do lápis! Veja meta de pontos para Chape e América-MG na luta pelo título da Série B” (mais…)


Galo caiu para terceiro na classificação do Brasileiro. Na conta do Sampaoli. Porém, agora o asterisco está a favor

Jorge Sampaoli em imagem da TV Galo

Durante várias rodadas iniciais o Atlético era líder, jogando um futebol empolgante, o que levou os precipitados da mídia a garantir que o time “impecável do Sampaoli” era o maior favorito ao título. O número de jogos era o mesmo dos demais concorrentes. Daí a pouco o futebol do Galo começou oscilar, o treinador andou testando formações estranhas, nunca repetia a mesma escalação e pontos preciosos começaram a ser perdidos, para adversários da prateleira de baixo. Num campeonato por pontos corridos, empates e derrotas altamente comprometedores. Para uma comissão técnica e elenco dos mais caros do país, situação inaceitável para quem almeja o título pra valer.

Com os adiamentos de jogos dos times que disputavam a Libertadores, Sul-americana e Copa do Brasil, a classificação do campeonato passou a adotar um asterisco (*) apontando quantos jogos a mais o líder ou vice tinha sobre os que estavam perto. O Atlético continuou líder ou vice durante algumas rodadas, com dois e até três jogos a mais que o São Paulo e Flamengo. Mas muitos atleticanos se irritavam com as críticas e cobranças ao time e à comissão técnica. Alguns chegavam a levantar velhas teorias conspiratórias e dizer que a imprensa “sempre” busca problemas, visando provocar crise no Galo, especialmente quando o time era líder, como naquele momento, ignorando o tal “asterisco”, que mostrava a liderança ou vice era relativa, ou, enganosa, já que a bola jogada pela turma do Sampaoli estava em baixa.

Com a avalanche de coronavírus que se abateu sobre o plantel e comissão técnica, a situação piorou. São Paulo, Flamengo e Internacional começaram colocar seu jogos em dia e a gordura de pontos do Galo não segurou a onda. Perdeu de vista a liderança e a vice passou a ser ameaçada, até perdê-la também. Ontem, o Inter foi a Fortaleza e venceu o Ceará por 2 a 0. Virou vice, com um ponto a mais que o Galo. Ficou a seis do líder, São Paulo. Porém, agora sim, o asterisco está a favor do Sampaoli e cia., já que os gaúchos e paulistas têm um jogo a mais.

Essa conversa toda para dizer o óbvio: se o time é bom, bem treinado e faz tudo certo, o primeiro lugar estará garantido. No presente caso, o Atlético tem bom time/elenco, muito bom treinador, que acerta mais do que erra, porém, não fez tudo certo no seu trabalho do dia a dia. Ao não acreditar na gravidade da pandemia do coronavírus, ele não tomou e nem exigiu os cuidados máximos que todos deveriam ter tomado na Cidade do Galo. Está custando caro, possivelmente custou o campeonato. Comparem com o São Paulo, o líder isolado, que não sofreu dentro de campo com essa pandemia. Que sirva de aprendizado ao treinador argentino, caso ele tenha humildade e seja desses que fazem dos próprios erros uma escola de vida.

A conta está sendo paga pelos milhões de atleticanos mundo afora.

A classificação:

P J V E D GP GC SG
1 SÃO PAULO 56 28 16 8 4 49 26 23
2 INTERNACIONAL 50 28 14 8 6 43 26 17
3 ATLÉTICO-MG 49 27 15 4 8 46 34 12
4 FLAMENGO 49 27 14 7 6 47 37 10
5 GRÊMIO 48 27 12 12 3 37 23 14
6 PALMEIRAS 44 26 12 8 6 37 25 12
7 FLUMINENSE 43 28 12 7 9 39 32 7
8 SANTOS 39 27 10 9 8 38 35 3
9 CORINTHIANS 39 27 10 9 8 30 30 0
10 ATHLETICO 37 28 11 4 13 26 28 -2
11 CEARÁ 36 28 9 9 10 38 39 -1
12 ATLÉTICO-GO 35 28 8 11 9 25 32 -7
13 BRAGANTINO 34 28 8 10 10 35 33 2
14 SPORT 32 28 9 5 14 24 36 -12
15 FORTALEZA 31 28 7 10 11 24 26 -2
16 VASCO 29 27 7 8 12 26 39 -13
17 BAHIA 28 28 8 4 16 34 50 -16
18 GOIÁS 26 28 6 8 14 29 43 -14
19 BOTAFOGO 23 28 4 11 13 25 41 -16
20 CORITIBA 21 28 5 6 17 22 39 -17

 


O novo presidente e as mudanças no futebol do Atlético

Mesmo sendo candidato único à presidência do Atlético, Sérgio Coelho visitou, se reuniu ou telefonou para antigos e novos conselheiros, para trocar ideias e buscar a união do Galo. Como neste encontro no restaurante Xico da Kafua, com o jornalista Sérgio Moreira (à esquerda dele) e Muraí Caetano. Na foto abaixo, ex-diretores da base, e conselheiros, como o Carlos Alberto Costa, Jamil Salomão, o técnico Baiano, e outros atleticanos tradicionais.  

Todo sucesso ao Sérgio Batista Coelho, novo presidente do Atlético, que já entrou promovendo mudanças no setor mais importante de qualquer grande clube, que é o futebol. Demitiu Alexandre Matos e contratou Rodrigo Caetano para o lugar.

A partir de meados dos anos 1990 a figura do diretor de futebol ganhou super poderes nos clubes. A competência ou não deles, passou a ser atrelada ao sucesso ou ao fracasso do presidente e sua diretoria.

Recém saído da presidência do Valeriodoce, de Itabira, onde fez muito boa gestão, Eduardo Maluf, foi lançado por Zezé Perrella, como o “executivo” do futebol do Cruzeiro. Deu certo.

Maluf depois foi para o Atlético, retornou ao Cruzeiro e voltou ao Galo, levado por Alexandre Kalil, para um novo período de enorme sucesso. Infelizmente um câncer o levou precocemente, na gestão do Daniel Nepomuceno, que não conseguiu um substituto à altura. De lá para cá, seis passaram pela vaga no Atlético. Rodrigo Caetano será o sétimo.

É um cargo de extrema importância e da confiança absoluta do presidente, que é quem sabe onde realmente dói o calo. O comandante maior do clube é quem enfrenta as consequências diretas do acerto ou erro da nomeação de alguém para essa função. Sérgio Coelho preferiu trocar. Se será melhor, só o futuro dirá. Alexandre Matos teve passagem rápida, ofuscada pelo treinador Jorge Sampaoli, que manda em tudo.

Estes “executivos” de futebol passaram a ter uma valorização anormal, como se fossem grandes jogadores. Eduardo Maluf foi um dos pioneiros deste novo modelo de gestão, porém, diferentemente das novas gerações, tinha ligação total com os presidentes com os quais trabalhava. Dividia as responsabilidades e dava 100% de satisfação a Zezé/Alvimar Perrela, no Cruzeiro, e a Alexandre Kalil, no Atlético. Não fechava nenhum negócio sem a autorização e supervisão dos mesmos.

Estes atuais executivos chegam com plenos poderes. Recebem as chaves das sedes administrativas e dos centros de treinamentos. Muitas vezes fazem contratos difíceis para quem conhece um mínimo de futebol entender. Tornou-se comum, pernas de pau serem dispensados ou terminar seus contratos, recorrerem à justiça e ganhar fortunas, graças a cláusulas estranhas, que geram brechas para bons advogados trabalhistas deitar e rolar. Mistérios do futebol “comercial”, moderno, que passam batidos do grande público, que só quer saber da bola rolando, no embalo dos interesses de grande parte de repórteres, comentaristas e empresas de mídia, que têm patrocinadores diretamente ligados aos clubes, dirigentes, empresários, jogadores e etecetera e tal.

Estes novos “executivos” da bola, são todos amigos entre si, com algumas exceções. Frequentam os mesmos cursos de formação existentes, têm formas de trabalho muito parecidas, trocam informações permanentemente entre eles e não deixam os amigos na mão. Raramente algum integrante deste fechado círculo fica desempregado. Raramente um fala mal do outro publicamente. Se indicam para os futuros patrões. Uma grande ação entre amigos, mudando de clubes com bastante frequência.

A maioria dos flamenguistas que conheço não sente nenhuma saudade do Rodrigo Caetano. Com dinheiro sobrando, montou um grande time e o entregou para Abel Braga dirigir. Deu com os burros n´água. Tomara que, caso o Sampaoli saia algum dia, por qualquer motivo, não traga o Abel como sucessor.


Novas mexidas no esporte da Globo Minas

Depois da saída de Márcio Rezende de Freitas, em outubro do ano passado, e do editor-chefe do Globo Esporte, Robert Wagner, o ano novo começou com mais uma mexida no esporte da emissora, conforme informam O Tempo e o Uol:

* “Carina Pereira é desligada da TV Globo Minas”

Informação foi confirmada pela apresentadora nesta segunda-feira

A jornalista Carina Pereira foi desligada nessa segunda-feira (4) da TV Globo Minas. A apresentadora era responsável pelas notícias esportivas do “Bom Dia Minas”, telejornal que abre as manhãs da emissora.

A informação foi confirmada pela apresentadora a reportagem de O TEMPO. Sem citar os motivos de sua saída da emissora, Carina exaltou que, no período que trabalhou lá, além de repórter, também foi apresentadora titular do “Globo Esporte” por quase dois anos.

A jornalista contou que, por enquanto, não tem nenhum projeto em vista. “Nada mesmo! Pelo menos hoje não (risos)”, disse. Mas após tanto tempo madrugando para participar do “Bom Dia Minas”, que começa às 6h, ela só tem uma certeza: “Por enquanto só quero acordar tarde (risos)”. https://www.otempo.com.br/diversao/carina-pereira-e-desligada-da-tv-globo-minas-1.2431425

* “Globo demite ex-apresentadora do GE Minas, que se despede com “climão” (mais…)


América de volta à Série A 2021; briga agora é pelo título de 2020

O artilheiro Rodolfo marcou o gol da vitória, mas Zé Ricardo foi o melhor em campo, eleito pela enquete das redes sociais americanas com 46%. Seguido por Rodolfo, 32,6%; Matheus Cavichioli, 17,9% e Daniel Borges, 3,6%.

A vitória sobre o Guarani em Campinas garantiu o acesso, de acordo com projeção do departamento de matemática da UFMG. Nos seis jogos que faltam para acabar a competição, o Coelho precisará de um ponto para ficar com uma das vagas. Confira a reportagem do SuperFC:

* “Para matemático, o América ‘já está na série A do Brasileirão’”

Os três pontos conquistados neste sábado (2) elevam o Coelho a 63 pontos que assume provisoriamente a liderança do campeonato

Os três pontos conquistados elevam o Coelho a 63 pontos que assume provisoriamente a liderança do campeonato. De acordo com o matemático Moacir Martinez, matematicamente, o América precisa de 64 pontos para garantir o acesso, ou seja, apenas um empate, nas próximas seis partidas, colocaria definitivamente o América na série A.

“O América tem ainda três jogos em casa. Ele pega o lanterna ainda em casa. Podemos afirmar que ele está na primeira divisão. Agora ele disputa pelo título”, afirmou.

Ainda de acordo com o matemático, América e Chapecoense estão praticamente classificados. As duas outras vagas, para Martinez, o CSA, de Alagoas, é o time com maior chance para ficar com a terceira vaga e Guaraní, Juventude, Cuiabá e Ponte Preta disputam a quarta vaga.

“Quem tem os jogos mais fáceis é CSA e não Juventude. Então, o CSA provavelmente será o terceiro, ai o pelo quarto lugar será aquela briga danada entre Juventude, Guaraní, Cuiabá e Ponte Preta”, analisou.

https://www.otempo.com.br/superfc/am%C3%A9rica/para-matematico-o-america-ja-esta-na-serie-a-do-brasileirao-1.2430908


Luto para os jornais do interior: lá se foi o Alexandre Wagner da Silva, liderança do segmento, mais uma vítima da Covid-19

Alexandre (esquerda) com o amigo e sócio Cassiano.

Que tristeza a informação que acabo de receber, da morte do Alexandre, ex-presidente da Associação dos Jornais do Interior (Adjori) e Sindicato dos Jornais do Interior (Sindijori), também da Republicar, agência de representação de jornais do interior de Minas em Belo Horizonte. Meu amigo, contemporâneo da FAFI/BH (hoje Uni/BH), parceiro comercial do SETE DIAS durante décadas, ótima prosa, uma pessoa formidável.

Mais uma vítima dessa pandemia, tratada como “gripezinha” por irresponsáveis, loucos. Neste embalo, tomei conhecimento também da morte de outro grande companheiro de muitas lutas, o Dermeval, de São João Del Rey, também forte liderança do movimento dos jornais do interior.

O Márcio, do Correio de São Lourenço, e o Paulo Coelho, do Nova Imprensa/Últimas Noticias, de formiga, foram os primeiros a se manifestar em nosso grupo, do Sindijori:

“Nossa! Muito triste.
O Sindjori e a imprensa Mineira estão duplamente em Luto.
No dia 30 liguei na Pousada de Dermeval em São João Del Rei e recebi a triste notícia do seu falecimento ocorrido no dia 11/11.
Fiquei extremamente chocado.
Agora vem a notícia do Alexandre. Não tenho palavras pra traduzir meus sentimentos. O Correio do Papagaio está de luto. Muito do que somos devemos a estes dois parceiros.
No ano de 94 participei do meu primeiro Congresso em Pirapora. Fiz muita amizade com Alexandre e Dermeval, ficamos muito amigos.
De lá pra cá participei de todos os congressos. Tenho milhares de recordações destes  dois.
Meus sentimentos a todos os familiares e a toda imprensa Mineira e principalmente a do interior de Minas, que eles tanto defendiam.
Márcio Muniz Fernandes
Jornal Correio do Papagaio
Aiuruoca e São Lourenço-MG”

***
“Alexandre foi um grande líder e incansável batalhador. Nossas condolências aos familiares e centenas de amigos, que há anos o acompanham desde a criação do Sindjori e da Febrajor.
Paulo Coelho em nome da equipe do Nova Imprensa/Últimas Noticias”

Alexandre (direita), com os amigos no bar do Walter, em Santa Teresa, Belo Horizonte.

Com os amigos Xandinho (esquerda), Djalma (Sindijori/RJ), no Rio, quando foi buscar novo visto no passaporte para os Estados Unidos

A notícia da morte do Dermeval, no jornal Mais Vertentes, de São João Del Rey, em novembro de 2020:

* “São João del-Rei: Morre o jornalista Dedé do jornal O Raio”

Faleceu na manhã desta quarta-feira (10) o jornalista Dermeval Antônio do Carmo Filho, o Dedé do Jornal O Raio, em São João del-Rei. Dedé ficou conhecido pelo seu trabalho com o jornal O Raio, que circulou pelo município entre os anos 70 e 80, recentemente tendo retornado suas atividades.

https://www.maisvertentes.com.br/noticia/1563/sao-joao-del-rei-morre-dede-do-jornal-o-raio


Parabéns Cruzeiro, um Século de páginas heroicas e imortais!

Tempos de simplicidade, em que jogadores de futebol eram tratados e agiam como seres humanos comuns, apesar de jogarem muito mais que os metidos a “pop-star” atuais. Os clubes eram acessíveis, liberavam seus vestiários e todos os jogadores davam entrevistas, sem frescura, sem chatice. Nessa foto, entrevisto o Palhinha, sentado à beira da banheira do tradicional vestiário à direita das cabines do Mineirão, na segunda fase dele no Cruzeiro, em 1984, depois de ter passado pelo Corinthians, Atlético, Santos e Vasco. Encerrou a carreira no América, um ano depois.

Wanderley Eustáquio de Oliveira, Palhinha, um dos maiores da história do Cruzeiro e do futebol brasileiro. Cria da casa, sucessor de Tostão, quando este foi vendido para o Vasco. Jogava demais e sempre foi gente boa toda vida. Fundamental na conquista da primeira Libertadores da América do Cruzeiro, em 1976. Marcou 13 gols em 10 partidas, até hoje o maior artilheiro brasileiro em uma só Libertadores.

O Cruzeiro nunca deixará de ser gigante. O momento atual é muito ruim, mas vai passar, como tudo passa na vida. Muitos dos maiores clubes do mundo beijaram a lona e retornaram, mais fortes e maiores que antes. A minha homenagem ao clube cinco estrelas e à toda a nação azul espalhada pelo mundo. Tive o prazer e honra de cobrir o dia a dia da Raposa, pela Rádio Capital, nos tempos da Toca I. O presidente era o maior da história celeste, Felício Brandi, da prateleira de cima do futebol brasileiro, uma grande figura humana.


Hoje é dia do aniversário de um dos maiores e melhores da história do rádio: parabéns Marco Antônio Bruck

Em frente ao prédio da Rádio Capital, na Avenida do Contorno 5057, quase esquina com Afonso Pena, fiz essa foto do Marco Antônio Bruck, com a filha Sara, em 1982.

Que honra e prazer ter começado minha vida de repórter com pessoas como o Marco Antônio Bruck, na Rádio Capital, em 1979. Ele era uma das feras que o Gil Costa, diretor da Capital, tirou da Itatiaia, para montar uma das melhores equipes esportivas do rádio mineiro. Fui buscado na Rádio Cultura de Sete Lagoas, para integrar o time e aprender com alguns dos melhores da história do rádio mineiro e brasileiro, como o Marco. Pena que o sonho durou apenas cinco anos. A fúria verbal do Gil e questões políticas envolvendo o então governador Tancredo Neves interromperam a trajetória da Capital, que era fantástica.

Marco Antônio Bruck, atualmente.