Enquanto aguardo Atlético x Vasco, rendo minhas homenagens a esse ícone mundial. Minha aplicação ao rock “estrangeiro” foi com ela, Beatles e Elvis. Depois vieram os brasileiros, Paralamas, Biquini Cavadão, Titãs, Capital Inicial, Ultraje a Rigor, os nossos fantásticos mineiros do Skank e etecetera e tal. Hoje cedo ouvi o Osvaldo Diniz, no jornal da Itatiaia, lembrando que neste dia 4 completamos meio século da morte dela. O dia passou e foi a única referência que vi na imprensa. Ainda bem que temos o Osvaldo, excelente repórter policial, que gosta e conhece tudo de rock. Graças à lembrança dele, não perdi a oportunidade de homenagear a este fenômeno musical, que nos deixou quando tinha apenas 27 anos.
O não menos excelente jornal espanhol, El País, publicou um ótimo perfil dela em sua edição digital brasileira. Vale demais a pena:
* “50 anos sem Janis Joplin, a crônica de um grito de ajuda que ninguém escutou”
Em 4 de outubro de 1970, morreu de overdose a primeira estrela feminina do rock. Uma biografia revisa sua luta para ser mais livre do que o mundo estava disposto a permitir
Carlos Marcos – Madri
Foi o episódio que a afundou. Após uma época de excessos e vadiagem na Califórnia, Janis Joplin voltou à conservadora Port Arthur (Texas), a casa de seus pais, uma família de classe média que recebeu a filha de braços abertos, acreditando que poderiam “reconduzir” sua vida. Com o núcleo familiar apoiando-a, Janis havia combatido e vencido seu vício em speed e havia se matriculado em Belas Artes na Universidade do Texas.
A fraternidade Alpha Phi Omega havia organizado um concurso para arrecadar fundos para financiar suas atividades. Fariam a eleição do homem mais feio do campus. Um anônimo inscreveu Janis. A universidade foi coberta com fotos suas onde se lia : “Vote no homem mais feio”. Quando Joplin viu aqueles cartazes desmoronou como nunca havia acontecido. Isso lhe lembrou do assédio que sofreu quando estava no colégio. Chorou até não lhe restar lágrimas. E decidiu que aquela cidade tão hostil não era para ela. Tinha 19 anos e foi para São Francisco para iniciar um caminho de sucessos e desgraças poucas vezes visto na história do rock. (mais…)