Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Cruzeiro e Cuiabá é jogo de vida ou morte para as pretensões de ambos em 2021

Com 40 pontos, o Cruzeiro está há cinco pontos da zona da degola e a nove do G4. O Cuiabá está em terceiro, com 50, na briga direta por uma vaga de acesso. O jogo promete. Se houvesse torcida no estádio seria um diferencial a favor da Raposa, mas com as arquibancadas vazias, o Independência dá a impressão de campo neutro.

Depois da derrota para a Ponte Preta, Felipão deu entrevista realista, em tom de muita preocupação com o futuro, já que a situação financeira do clube anda cada dia mais delicada: Estamos trabalhando todos os dias para ter detalhes de uma equipe futura melhor do que estamos hoje. É desanimador? Claro que é desanimador. Para todo mundo. Não só para a torcida do Cruzeiro, mas para os jogadores e para o técnico, principalmente. Temos que fazer uma reflexão, em todos os sentidos, para saber o que é que realmente vamos fazer com o Cruzeiro no ano que vem. E o que é que pode ser feito, em razão de tudo que aconteceu este ano. Tenho que resolver a minha parte dentro de campo, e a minha parte nós temos conversado sobre algumas situações, mas, em primeiro lugar, precisamos conversar sobre a situação atual. A situação atual ainda nos preocupa, e vamos esperar ter uma situação definitiva de conversa, de acerto e de detalhes, quando estivermos com os pontos garantidos pelo menos para a permanência na Série B”, disse o treinador.

A classificação

P

J

V

E

D

GP

GC

SG

1

Chapecoense

62

31

17

11

3

36

14

22

2

América-MG

60

31

17

9

5

35

21

14

3

Cuiabá

50

31

14

8

9

37

31

6

4

Juventude

49

31

13

10

8

43

32

11

5

CSA

48

31

14

6

11

42

30

12

6

Guarani

47

31

13

8

10

38

35

3

7

Ponte Preta

46

30

13

7

10

38

39

-1

8

Sampaio Corrêa

45

31

13

6

12

41

31

10

9

Avaí

44

31

13

5

13

33

40

-7

10

Brasil de Pelotas

43

31

10

13

8

28

26

2

11

Cruzeiro

40

31

12

10

9

36

29

7

12

Confiança-SE

39

31

10

9

12

33

38

-5

13

Operário

38

30

9

11

10

27

28

-1

14

CRB

37

31

10

7

14

31

39

-8

15

Vitória

36

31

8

12

11

38

37

1

16

Figueirense

35

31

8

11

12

26

31

-5

17

Náutico

35

31

8

11

12

28

35

-7

18

Paraná

32

31

8

8

15

29

42

-13

19

Botafogo-SP

26

31

6

8

17

18

31

-13

20

Oeste

20

31

4

8

19

23

51

-28


De repórter esportivo a fenômeno de audiência como Tieta Presley

Reportagem publicada no jornal Sete Dias, “Retrato em Branco & Preto”: repórter Rodrigo Rocha (esq.) e Willy Fritz Gonser, durante a transmissão de Caldense 1 x 4 Atlético, em Poços de Caldas, pelo Campeonato Mineiro de 1995/Rádio Itatiaia.

***

Rodrigo é um talento da comunicação. Nascido em Sete Lagoas, filho do saudoso Tonico “Boa Fala”, também comunicador. Começou na Rádio Cultura, 1988, onde foi redator, apresentador, plantonista, e repórter. Queria mesmo é ser locutor esportivo, mas diz que nunca teve essa oportunidade lá. Assim como muitos, que tentam essa profissão, ele conta que trabalhou dois anos “sem receber um centavo, pois eu queria aprender a profissão”.

O talento de Rodrigo foi notado pela recém inaugurada Rádio Eldorado, também de Sete Lagoas. Os chefes de esporte da nova emissora, João Carlos Oliveira e João Senna, o contrataram para ser o segundo narrador (o João era o primeiro), “com a carteira assinada, recendo salários e tudo”, conta.

Em 1994, foi ouvido pelo hoje saudoso Januário Carneiro, dono da Rádio Itatiaia, durante um Democrata Jacaré x Seleção da Copa Itatiaia, no antigo Estádio José Duarte de Paiva. Recebeu o convite do próprio Januário, para trabalhar na maior emissora de Minas. Lá, Rodrigo cobriu a Federação Mineira de Futebol, foi repórter volante e cobria os clubes, quando os titulares estavam de folga: Roberto Abras no Galo, Waldir Barbosa no Cruzeiro e Mauro Neto no América. O chefe de esportes era o Osvaldo Faria, por quem ele é grato até hoje: “me ajudou muito”, diz.

Em 1998, Rodrigo deu uma guinada na carreira. Trocou a Itatiaia pela ExtraFM e foi trabalhar com o Dudu no programa Grafite, fazendo imitações e humor. O público gostou e pouco tempo depois ele ganhou o próprio programa, com a personagem “Tieta Presley”, imitando uma travesti, que se tornou fenômeno de audiência. O sucesso foi tão grande que virou tese, apresentada pela professora Nair Prata, Doutora em Lingüística (UFMG), titular do Curso de Comunicação da UFOP de Ouro Preto, no IV Encontro dos Núcleos de Pesquisa da Intercom em Porto Alegre em 2004. 

Mais um tempo e surgiu a oportunidade de ir São Paulo, onde trabalhou como músico durante um ano. Voltou para Belo Horizonte, para trabalhar na Rádio LiberdadeFM, onde ficou por 10 anos. Depois, foi para a BH FM (Sistema Globo), onde ficou sete anos, mas lá teve uma experiência triste, como ele mesmo conta: “Saí da BH porque sofri uma injúria racial, lá dentro, em 2015 e tento me recuperar desse trauma até hoje. Voltei para a LiberdadeFM em 2015 e fiquei por lá até o início da pandemia, em março deste ano, quando a direção resolveu dispensar vários funcionários e eu fui no meio”.

Atualmente, Rodrigo/Tieta está aguardando novo convite para dar sequência à carreira. Enquanto isso, faz trabalhos temporários, como narrador esportivo (no site a LBV), na equipe do Afonso Alberto, e também na rádio Transamérica FM, na equipe do Flávio Anselmo.

Rodrigo é casado, tem um filho, Igor, de 14 anos, e este ano passou por uma enorme dor, ao perder a mãe. Seu pai, Tonico “Boa Fala”, morreu em 2012.

Rodrigo Rocha como Tieta Presley, entre Lady Darley (esq.) e Cláudia Gandra, no programa Turma do Manhã Legal, na Rádio Liberdade FM.

Rodrigo, na Liberdade FM


E lá se foi o Dr. Francisco Lemos, que comandou a politica do Cruzeiro durante décadas

Em foto de Washington Alves/Light Press, Dr. Francisco Lemos em 2017, quando foi homenageado pelo Conselho Deliberativo, junto com outros ex-presidentes .

O “Dr. Lemos”, como era chamado, era uma pessoa gentil, apesar de discreta, contrária aos holofotes. Mas foi um dos homens mais importantes dos bastidores do Cruzeiro, desde 1954, quando foi presidente, o mais jovem da história do clube. Daqueles tempos, até agora, foi o maior articulador da política interna cruzeirense, uma “Raposa”, que elegia e destituía. Os companheiros mais rodados da imprensa diziam que ele era o “Golbery” do Cruzeiro, numa referência ao General Golbery do Couto e Silva, articulador político do regime militar que mandou no Brasil no último período ditatorial.

Dr. Lemos acertou mais do que errou nessas articulações, mas morreu triste com a situação em que o Cruzeiro se meteu, e que teve participação dele.

Dr. Lemos ao lado de César Masci, Alvimar Perrella e Gilvan de Pinho Tavares, em foto do Washington Alves/Light Press

Detalhes no Superesportes:

* “Morreu, aos 91 anos, na manhã desta sexta-feira (25), José Francisco Lemos Filho, ex-presidente do Cruzeiro. Ele administrou o clube no ano de 1954. Lemos faleceu em casa de causas naturais. O velório será reservado para familiares e amigos, das 15h às 17h, no Parque da Colina. O sepultamento ocorrerá às 17h. Engenheiro de carreira da Cemig, Lemos viveu a política do Cruzeiro desde muito cedo. Chegou ao cargo de presidente aos 25 anos, sendo o mais jovem a preencher o cargo.

Lemos também foi vice-presidente nas gestões de Zezé Perrella e Alvimar de Oliveira Costa, além de ter liderado o conselho deliberativo. Durante o segundo mandato de Gilvan de Pinho Tavares, mais uma vez foi vice-presidente… (mais…)


Que 2021 seja melhor para todos nós!

Meus prezados e minhas prezadas do blog, desejo a todos ótimos momentos neste período mais agradável de todos os anos, entre Natal e réveillon, entre confraternizações e reencontros, que não têm preço. Uma pena que essa descontração, relaxamento e fraternidade não prevaleçam na maior parte do ano novo que se aproxima. A partir do dia dois de janeiro de cada jornada anual, grande parte das pessoas (não sei se maioria), volta ao normal, de impaciência, arrogância, bloco do eu sozinho, cada um pra si e Deus pra todos (ou contra todos), sacanagens, safadezas e essas coisas que todo brasileiro conhece, e parece ter se acostumado. Só peço saúde para todos, pois o resto a gente dá conta. Vida que segue.

Obrigado por tudo mais uma vez e continuemos juntos em 2021, trocando ideias neste espaço. Modéstia às favas, não conheço outro espaço semelhante em que o nível dos comentaristas/debatedores seja de tão alto nível e agradável de se ler.

Não sou de reclamar da vida, nem de ficar choramingando pelas situações ruins que ocorrem. Como diria “Dom”  Julio Grondona, o todo poderoso do futebol argentino, manda chuva dos bastidores da Conmebol e FIFA durante décadas: “tudo passa!”. Acredito sempre em dias melhores. Essa pandemia avacalhou com todos nós, no mundo inteiro, mas é o curso da história. Que 2020 sirva como aprendizado e muita reflexão.

Bola pra frente!

Eu gostaria de me interagir mais com vossas excelências, mas o tempo no dia a dia é curto. Um dia chego lá!


América com personalidade, não estranhou o gramado sintético nem o time milionário do Palmeiras

Bem disse o Thiago Reis da Itatiaia “@thiagoreisbh “A maturidade do jogo do América segue surpreendendo o Brasil. Para quem acompanha, nenhuma novidade! Tirando o vacilo no último lance do primeiro tempo, Coelho faz mais um bom jogo enfrentando de igual outro gigante… #Snsb

***

É isso. O jogo foi tenso. O Palmeiras viu, de cara, que não estava diante de uma “zebra”, que eliminara por acaso concorrentes como Corinthians e Internacional. No primeiro vacilo, aos 19 minutos, o zagueiro Emerson Santos fez o que nunca se deve fazer: atravessar uma bola pela extensão de sua própria área. Deu a bola de presente para o Ademir, que abriu o placar.

O time paulista passou a pressionar mais, porém encontrou um sistema defensivo sólido e o goleiro Mateus Cavichioli em ótima noite.  O empate saiu aos 48 minutos, depois de vacilo da zaga e uma cabeçada certeira do Gustavo Gómez. O segundo tempo foi  de muito respeito mútuo, uma partida sem motivos para grandes esperanças e emoções.

O Cândido Henrique, do O Tempo, fez uma observação interessante:@candidoh : diferença de vontade do time do América versus o que apresentou o time do Galo contra o SP é abismal! O comprometimento dos jogadores do América com o clube parece ser bem maior do que o que é visto pelo Atlético.”

Falou e disse!


Com ataque novamente inofensivo, Cruzeiro perde de virada e vai se complicando na Série B

Foto: https://twitter.com/aapp_oficial

Com ataque novamente inofensivo, Cruzeiro perde de virada e vai se complicando na Série B. O time começou bem a partida, demonstrando garra, até sair o gol do zagueiro Manuel, aos 8 minutos, de cabeça. Mas a Ponte Preta que parecia estar respeitando demais a camisa cinco estrelas de tanta tradição, não tinha outra alternativa que não fosse atacar. Partiu para cima e viu que o papão não era tão feio e virou o jogo, aos 19 e 25 minutos do segundo tempo.

Observações de companheiros da imprensa que conhecem bem do assunto, como o Murilo Rocha, da Band: @EuMuriloRocha “A bola tá tomando uma surra nesse jogo entre Cruzeiro e Ponte. Tá dando dó. Que façanhas consegue o Cruzeiro nessa fraquíssima série B. A grande jogada do time do Felipão é a cobrança de escanteio. É muito pouco para o time se contentar em se acertar para o próximo ano na segundona.”

 

Jorge Luiz do Sportv @jorgeluizrod: “Ponte Preta 2 x 1 Cruzeiro: a 2ª derrota (1ª como visitante) em 15 jogos com Felipão. A Raposa cai para 11º lugar na Série B, com 40 pontos. Entrevista de Ramón é de quem jogou a toalha. A Ponte sobe para 6º (46), com 2ª vitória seguida. Cruzeiro não perdia há 6 jogos (3V e 3E).

 

Ênio Lima, da Itatiaia @eniolimamarcou “É amigos, se o Cruzeiro não mudar sua mentalidade no futebol não terá jeito! O time é limitado tecnicamente, não se impõe, não tem inspiração. Faz o gol, mas em seguida recua, acha que já venceu a partida, não tem uma jogada bem trabalhada, a torcida não merece tamanha frustração”

 

Thiago Prata, do Hoje em Dia @ThiagoPrata7: “Em noite pavorosa, @Cruzeiro perde de virada para a Ponte Preta e segue estacionada com 40 pontos, restando sete rodadas para o fim da Série B; sem Sóbis, ataque comandado por Pottker é inoperante contra a equipe de Campinas.”

 

Luciano Dias, da Band @jornlucianodias: “E teve gente que achou que no jogo contra o Cuiabá, que seria no dia do centenário, o Cruzeiro já teria subido. E é justamente a partida que pode marcar o adeus matemático pelo acesso. Será ainda mais vergonhoso ficar cinco, seis rodadas cumprindo tabela. Melancólico!”

 

Josias Pereira, O Tempo: @josiaspereira “O presente que o torcedor do Cruzeiro vai receber no centenário será permanecer na Série B. Conselheiros, diretoria, departamento de futebol, todos responsáveis. Incompetência administrativa refletida no fraquíssimo desempenho do time. Melancólico 2020 para a Raposa.”

A classificação

    P J V E D GP GC
1 Chapecoense 59 30 16 11 3 34 14 20
2 América-MG 57 30 16 9 5 34 21 13
3 Cuiabá 50 31 14 8 9 37 31 6
4 Juventude 49 31 13 10 8 43 32 11
5 CSA 48 31 14 6 11 42 30 12
6 Ponte Preta 46 30 13 7 10 38 39 -1
7 Sampaio Corrêa 45 30 13 6 11 41 30 11
8 Avaí 44 30 13 5 12 33 38 -5
9 Guarani 44 30 12 8 10 37 35 2
10 Cruzeiro 40 31 12 10 9 36 29 7
11 Brasil de Pelotas 40 30 9 13 8 27 26 1
12 Confiança-SE 39 30 10 9 11 33 37 -4
13 Operário 38 30 9 11 10 27 28 -1
14 CRB 37 30 10 7 13 31 38 -7
15 Vitória 36 31 8 12 11 38 37 1
16 Náutico 35 31 8 11 12 28 35 -7
17 Paraná 32 30 8 8 14 29 40 -11
18 Figueirense 32 30 7 11 12 24 31 -7
19 Botafogo-SP 25 30 6 7 17 17 30 -13
20 Oeste 19 30 4 7 19 22 50 -28

 


Voltas que a bola e a vida dão: ano novo vai começar com o Cruzeiro inquilino do América duas vezes

Foto: divulgação Boulevard Shopping

Num programa do nosso Minas Esporte, na Band, meados dos anos 1990, Zezé Perrella, o então poderoso presidente do Cruzeiro, disse que “se o América acabar, não fará falta nenhuma ao futebol mineiro…”. O jornalista Teodomiro Braga (chefe da Sucursal do Jornal do Brasil em Minas, na época) americano, convidado do programa, quase saiu no braço com o presidente cruzeirense, no ar.

O tempo passou, as coisas mudaram. Agora, uma nova realidade bate à porta e a diretoria do Cruzeiro luta para diminuir despesas e sobreviver. Além do estádio Independência, onde já está mandando seus jogos, o Cruzeiro vai mudar sua sede administrativa para o Boulevard Shopping, uma das maiores fontes de renda do América (veja reportagem do Globoesporte.com de 30/04/2012 no fim deste post), e deverá alugar a sua suntuosa sede, que por ironia do destino leva o nome  do Zezé Perrella, no tradicional endereço do Barro Preto.

Na prática, a Raposa vai se tornar vizinha do Coelho, já que a sede administrativa do América fica no Boulevard há quase 10 anos. Tive o prazer de conhecê-la, logo depois de inaugurada, a convite do advogado Paulo Lasmar, que era o presidente do Conselho Gestor, e cujo escritório foi um dos responsáveis diretos em resolver a montanha de pendências jurídicas, que para muitos, era intransponível. Sem isso, os investidores do Shopping desistiriam do negócio.

Aliás, essa e as diretorias anteriores do América, merecem reportagens especiais da grande mídia, com detalhes, para mostrar ao Brasil que há gente séria e competente no futebol brasileiro, que não se aproveita do clube para interesses inconfessáveis. O crescimento do Coelho dentro de campo é resultado dessa reestruturação que vem sendo feita há quase 15 anos, por gente como os Salum, Afonso Celso Raso, o saudoso Magnus Lívio de Carvalho, Antônio Baltazar, Olímpio Naves, José Flávio Lanna Drumond, Délcio Tolentino, Promotor Francisco Santiago, Deputado Alencar da Silveira, jornalista Teodomiro Braga, administrador Fernando Trivellato Andrade, o ex-vereador Hugo Thomé e outros, que ajudam e ajudaram anonimamente, sem querer aparecer, apenas pelo amor a um dos mais tradicionais clubes de futebol do Brasil.

O renascimento do América, que chegou a ser rebaixado para a segunda divisão do futebol mineiro, se deve basicamente ao fim da divisão política e à união de todos os grupos que se digladiavam internamente. Em 2005 o Coelho não conseguiu sair da Série C e isso mexeu com a cabeça dos grupos que se engalfinhavam. Foi um convite à razão: era a união ou o fim do clube.

Um fato importante, pouco ou nada falado pela imprensa, era o convívio harmonioso dentro do América entre os dois maiores partidos políticos do Brasil, do início da década dos anos 2000: PSDB e PT. O ex-governador e então Senador Eduardo Azeredo (PSDB) e o Secretário Geral da presidência da República do governo Lula, Luiz Soares Dulci, que até hoje são torcedores de arquibancada do time, e prestaram grandes serviços ao clube.

Outra coisa que a maioria dos mineiros e quase ninguém do Brasil sabe, é a força patrimonial do América, a lembrar:

“…Shopping Center

O Boulevard Shopping tem uma área construída de 156 mil m². O terreno, que era todo do América-MG, foi negociado com empreendedores. Além de ter mantido quase 50% da área construída sob seu domínio, o clube deve receber, nos próximos seis meses, cerca de R$ 300 mil mensais de toda a arrecadação do shopping. De acordo com Olímpio Naves, a negociação ainda rendeu o espaço que vai ser usado para servir de sede administrativa do clube, num prédio anexo ao shopping, e um terreno de 96 mil m² ao lado do CT Lanna Drumond.

– O valor que recebemos atualmente do shopping não é de R$ 300 mil, mas dentro de seis meses poderá chegar até a R$ 500 mil mensais. Já o terreno ao lado do CT triplicou nosso patrimônio no local, que era de 56 mil m²….)

http://globoesporte.globo.com/futebol/times/america-mg/noticia/2012/04/com-estrutura-invejavel-america-mg-espera-colher-frutos-dentro-de-campo.html

***

Em maio de 2005, escrevi uma sequência de colunas nos jornais O Tempo e Super Notícia, sobre a recuperação administrativa/financeira do América:

Antônio Baltazar era presidente do Conselho Deliberativo do América em 2005

https://blog.chicomaia.com.br/2015/05/29/valor-da-paciencia-e-da-credibilidade-na-recuperacao-do-america/


E lá se foi o nosso Sérgio Magal, o assinante número 1 do SETE DIAS

Com o único objetivo de reunir os amigos e tomar umas após os jogos, Magal fundou e jogou neste time, de nome inspirado no Estrela Vermelha, da então Yugoslávia, Campeão Mundial de Clubes em 1991depois de bater por 3 a 0 no Colo-Colo do Chile. Era o “Rodela Vermelha”, em 1992. Ele é o quinto, da direita para a esquerda. A partir da esquerda, Gilberto Bradesco, Toco, Davisson, Luciano Macaco, Lertinho, Ricardo Tavares, Miguel, Vinícius, Sérgio Magal, Troco, Rogério Cachorrão, Chico Maia e Luiz Felipe LAbbate; Lola, Nenem, Fernando Tiú, Cláudio Gariba, Léo Plotter, Júlio Sabiá (com o mascote Lucas do Magal), Paulinho Macarrão e Gutinho.

***

Antes de qualquer coisa, um grande amigo. Das pessoas mais queridas de Sete Lagoas. Foi o primeiro assinante do nosso jornal SETE DIAS, há 29 anos, no endereço da Rua Paulo Frontin – Centro. Neste ano tão difícil, hoje certamente foi o dia mais triste para mim e tantos amigos do Sérgio Geraldo Lanza Teixeira, o “Magal”, de tantas histórias e envolvimento social na cidade e região. Foi-se, aos 64 anos de idade. Do movimento estudantil dos anos 1970, ao futebol, Carnaval, ações filantrópicas, sociais, sempre pronto a colaborar e ajudar as pessoas. Foi um dos maiores incentivadores do Festival Sabor de Bar, promovido pelo SETE DIAS, do qual era jurado, que marcou época na cidade. Fundador do nosso time de futebol no campeonato do Clube Náutico, o “Rodela Vermelha”, em determinados momentos acumulava as funções de presidente, jogador e treinador. Sempre sorridente, bem humorado e uma gozação pronta para cima do primeiro que desse motivo.

De família tradicional, pais e irmãos muito queridos, a morte dele mexeu demais com todos nós, e até agora está difícil acreditar que isso é verdade. Principalmente pelas circunstâncias, já que a mãe dele, D. Teresa, faleceu quarta-feira, aos 91 anos de idade, de forma inesperada, assim como ele. Aos filhos Lucas e Marina, à companheira Sandra, aos irmãos e a tantos amigos, a nossa solidariedade e certeza de que o nosso Magal cumpriu bem demais a missão dele nesta terra. Que descanse em paz e como diz a música do Milton, “qualquer dia a gente vai se encontrar”.

A despreocupação em conquistar títulos acabou levando o time a chegar em terceiro e ganhar troféu, que o Magal ostentou com muito orgulho. Aqui ao lado do Tubé, Rogério Cachorrão e Davisson.

Grandes amigos, grandes jogadores, uma dupla de ataque literalmente de peso e que marcava gols: Laertinho e Sérgio Magal.

Mais detalhes no Sete Dias:

* “Sete Lagoas perde a alegria de Sérgio Magal, vítima da Covid-19″

Em outubro de 2014, na inauguração da portaria do Condomínio Fortuna Park, em Fortuna de Minas, o ex-goleiro Raul Plasman, entre a Andrea, Tavinho, Henrique, Luciano Macaco, Magal e William.

http://www.setedias.com.br/noticia/manchete/53/sete-lagoas-perde-a-alegria-de-sergio-magal-vitima-da-covid19/24673


Com ajuda absurda da arbitragem e erros infantis de jogadores do América, Chapecoense arranca empate no Independência, que pode valer o título

A arbitragem foi um capítulo à parte neste 2 a 2 de América x Chapecoense. Inaceitável o que este bandeirinha  paulista Anderson José de Moraes Coelho, fez com o Coelho mineiro. Pior do que o paraense Dewson Fernando Freitas da Silva fez no clássico contra o Cruzeiro, porque o lance foi mais claro, na cara dele. E justamente no desfecho de uma atuação que seria perfeita da Edina Alves Batista, certamente a melhor árbitra do futebol brasileiro na atualidade. Ela consegue se impor pela competência e obter o respeito de todos os jogadores e treinadores envolvidos nas partidas que dirige. Sem essa de se utilizar o fato de ser mulher, teoricamente mais frágil, para conseguir este respeito. É ótima de serviço e pronto. Não precisa de subterfúgios para ser respeitada.

Mas o Anderson arranhou a atuação dela.

Dito isso, palmas para os dois times, e para os dois treinadores, muito acima dos demais dessa Série B. Com os acertos e erros, deles e de seus jogadores. Neste aspecto, Lisca foi mais infeliz nesta tarde. Pôs em campo o Sabino no lugar do Rodolfo, para resolver um problema e tentar virar o jogo, mas o tiro saiu pela culatra. Sabino entrou dormindo em campo e num passe errado, armou o contra ataque que gerou o segundo gol da Chapecoense. Minutos depois, quando substituído, fez outra besteira ao sair  esbravejando e gesticulando. Precisa ser chamado às falas pela diretoria.

Mas, essa e demais novas substituições promovidas pelo Lisca, foram ótimas e o Coelho partiu pra empatar e virar o jogo. Tornou-se um monstro para cima da Chape. Além de empatar, virou o jogo, que só não valeu porque o senhor Anderson José de Moraes Coelho não quis, não se sabe movido por quais motivos.

Este tipo de lance e suposto erro deveria ser investigado, mas no futebol, fica por isso mesmo. Principalmente no Brasil. Debaixo desse angu, deve haver alguma carne, ou muita carne!

Antes, durante e depois do jogo, troquei algumas mensagens, via twitter, com alguns companheiros da prateleira de cima da imprensa, sobre vários aspectos dessa partida, que pode ter decidido o campeão brasileiro da Série B desse fatídico 2020:

@thiagonoggueira “América x Chapecoense, hoje, às 16h, na Globo Minas. Os universitários talvez saibam, mas não lembro de jogo de Série B (ou mesmo Série A) do América no horário nobre de domingo. Prioridade (estratégia) sempre foi Atlético, Cruzeiro ou time grande de RJ ou SP. Coelhão tá na moda!”

Bem lembrado, caro @thiagonoggueira. É o Coelhão crescendo, graças à bola que está jogando e o trabalho de reestruturação do clube que vem sendo feito há anos pelas sucessivas diretorias.

 

@ohenriqueandre “Edina Alves Batista é a melhor árbitra do país, entre as mulheres e os homens. Boa demais!”

 

Pois é, caro Henrique André, mas hoje, o bandeirinha, de nome Anderson, impediu que a arbitragem dela fosse perfeita. Coelho foi, de novo, prejudicado pelos donos do apito.

 

@thiagoreisbh “América assaltado de novoooooo!!! Inacreditável, revoltante, surreal e nojentoooooo… erro grosseiro do bandeira. Mais um pra conta que só mostra o quanto a campanha do @AmericaMG nessa série B é extraordinária #Snsb Meu filho de 7 anos viu que o lance era o normal… o bandeira não!!!! Isso não é erro, é agressão a quem trabalha sério durante a semana toda… #Snsb

 

E digo eu: toda vez que vejo uma sacanagem dessas da arbitragem, me lembro do saudoso grande jornalista Hércules Santos. Ele tinha ojeriza a todo árbitro de futebol, virou coisa pessoal. Se recusava a ter amizade com qualquer um do apito ou auxiliar.

 

@hevertonfutebol “Um erro da arbitragem que pode significar perda de título. América tem toda razão em reclamar, até pq tem sido muito prejudicado pelos constantes erros.”

 

Sim, caro Hérverton, mas não podemos nos esquecer também do erro absurdo do Sabino, no segundo gol da Chape, né? E da dividida frágil do Rodolfo, no 1 a 0 dos catarinenses. Mas a arbitragem realmente decidiu o jogo e talvez o título!

 

@dukechargista “E depois reclamam do VAR. OIha o que fizeram com o América!!!”

 

A famosa história, né? Ruim com ele, pior sem ele! Mas continuo com um pé atrás em relação ao Vídeo Manipulador de Resultados.

 

Para finalizar, o Adroaldo Leal, setorista do Cruzeiro pela Rádio 98FM: @AdroaldoLeal “Realmente, o

@AmericaMGe a @ChapecoenseReal são os melhores times da Série B! Vão subir com os pés nas costas, e de maneira merecida!”

Questionei: meu caro @AdroaldoLeal! Será que você consegue explicar como o Cruzeiro venceu os dois e conseguiu perder e empatar com os horrorosos da prateleira de baixo?”


Em jogo de emoções típicas do grande clássico, Atlético bate o Cruzeiro e ganha o Mineiro feminino 2020

“As jogadoras cruzeirenses até já celebravam o título no banco de reservas quando, aos 52 minutos, a volante Marcella arriscou de longe, a bola desviou na zaga e foi para o gol celeste…” Como diz o velho ditado, o “jogo só acaba quando termina”.

Foi um belo jogo, bem típico do clássico, cheio de surpresas e realizado no Mineirão. Mais detalhes no portal da Agência Brasil:

* “Atlético bate Cruzeiro nos pênaltis e conquista Mineiro Feminino”

A equipe do Atlético conquistou neste sábado (19) o título mineiro de futebol feminino de 2020. Na decisão, realizada no Mineirão, em Belo Horizonte, as Vingadoras buscaram o empate por 2 a 2 com o rival Cruzeiro nos acréscimos e garantiram a taça nos pênaltis. É a sexta vez que o Galo vence o Estadual, sendo a primeira desde a volta da modalidade no clube, em 2018. O Alvinegro disputa atualmente a Série A2 (segunda divisão) do Campeonato Brasileiro.

As atleticanas saíram na frente aos 31 minutos do primeiro tempo, com um golaço por cobertura da atacante Gabizinha. O empate do Cruzeiro saiu aos 45. A zaga alvinegra parou após lançamento do meio-campo e a atacante Vanessinha mandou para as redes. A própria camisa 7 das Cabulosas virou o marcador aos 37 da etapa final, com outro golaço por cobertura. (mais…)