Vale vaga na semifinal da Libertadores e o Galo tem que vencer. Além dos jogadores em campo, o mundo do futebol estará atento às manobras dos treinadores nos respectivos bancos. Todo detalhe pode ser decisivo numa jogo como este, em que o placar começa em 1 a 0 para o time carioca, conquistado a duras penas no Maracanã, quarta-feira passada.
O Fluminense tem um time mais velho, porém, jogadores muito bons, como o goleiro Fábio, que mesmo com 43 anos tem correspondido. Felipe Melo, 40, tem sido utilizado em jogos e momentos pontuais, Cano, 36, retornando de contusão, sem titularidade absoluta como antes; o lateral esquerdo Marcelo está com 35, e a contratação mais recente, Thiago Silva, 39 anos, que saiu machucado no intervalo no jogo de ida.
(Foto: Lucas Merçon/FluminenseFC)
No Atlético, o mais velho é o que mais dá retorno: Hulk, 38, de qualidade e rendimento incontestáveis. Outro que tem 38 é o Mariano, que não é titular, e nem deveria estar mais no elenco. Mas, num jogo como o desta noite, se precisar, aguenta uma meia hora em alto rendimento. Depois vem o Vargas, 35 anos.
Os times prováveis: Atlético: Everson, Bruno Fuchs (Lyanco); Battaglia e Alonso; Scarpa, Alan Franco, Fausto Vera, Bernard (Rubens) e Arana; Paulinho e Hulk.
Fluminense: Fábio, Samuel Xavier, Thiago Santos, Thiago Silva (Antônio Carlos) e Marcelo; Facundo Bernal; Lima e Paulo Henrique Ganso; Serna, Arias e Kauã Elias (Cano).
Wilmar Roldán, colombiano que apita a partida em foto do www.conmebol.com
Outro motivo de muita atenção, sempre, é a arbitragem, mas assim como na partida no Rio, os donos do apito, das bandeiras e VAR, são todos estrangeiros, e da prateleira de cima: Wilmar Alexander Roldán Pérez, auxiliado por John León e Jhon Gallego. No VAR: John Perdomo, todos da Colômbia.
Wilmar Roldán apitou quatro finais de Libertadores, presente em duas Copas do Mundo (2014/2018), dirigiu a final da Copa América de 2015, e duas finais de Sul-Americana, 2017 e 2022. Interessante é que apitou finais de clubes que saíram da fila do título da Libertadores: Corinthians em 2012; Atlético 2013 e o próprio Fluminense em 2023. Paulistas e cariocas contra o Boca Juniors e o Galo contra o Olímpia. Em 2014 apitou o jogo de ida entre Nacional do Paraguai e San Lorenzo, 1 a 1, em Assunção. Na volta, o time argentino ganhou de 1 a 0 e também foi campeão pela primeira vez.
Adyson, 19 anos, abriu o placar. Foto: bsky.app/profile/americafc.bsky.social
Belíssima e animadora partida do América no Moisés Lucarelli. Muita determinação e ligado o tempo. Adyson abriu o placar aos 35 do primeiro tempo, com frieza para marcar, quando o goleiro Pedro Rocha se agigantou diante dele. Recebeu bola enfiada pelo Brenner e mostrou que é merecida a convocação para a seleção brasileira sub-20. Rodriguinho criou excelentes oportunidades pela esquerda, com direito a todas perdidas.
A Ponte voltou com tudo no segundo tempo mas parou numa defesa consistente do Coelho e em ótimas defesas do goleiro Elias. Destaque para o pênalti defendido aos 32 minutos, de cobrança feita pelo Elias.
Aliás, tem razão a Ponte Preta estar brigando contra o rebaixamento. Elias é o camisa 10 do time, aos 34 anos. Porém, parece um ex-jogador: gordo, desses que se destacam nas peladas de fim de ano entre solteiros e casados. Em campo apenas para enfiar bolas, o que faz muito bem. Muito pouco no futebol competitivo da Série B. Incrível como um técnico experiente que é o Nelsinho Baptista, escala um jogador desses.
Passou por 14 clubes, inclusive o próprio América e Tombense: Paraná, Benfica B, Atlético Goianiense, União Leiria, Tombense (2013/2014), América (2013), Botafogo, Criciúma, Figueirense, Bragantino, CRB, Criciúma, Oeste, Cuiabá, Goiás e Ponte Preta.
Aos 40, a Ponte estava toda no ataque, no desespero para empatar. Tomou o contra-ataque que originou o belo gol do Jonatas, que matou a partida. Vitória fundamental para se manter na luta pelo acesso. Subiu para a sexta colocação, com 44 pontos. O Mirassol é o quarto, com 46.
Jonathas matou o jogo, aos 40 do segundo tempo, em contra-ataque fulminante (Foto: bsky.app/profile/americafc.bsky.social)
Perdeu tantos pontos casa, que agora tem que buscar fora. Contra a Ponte Preta em Campinas nunca é fácil, mas o América precisa vencer para ficar a dois pontos do G4.
Está na sétima posição com 41 pontos. O adversário está em 13º lugar, com 32.
Para vencer, tem que atacar muito, correndo mais riscos, mas o técnico Lisca não tem outra opção. Tipo, “tudo ou nada”.
Às 21h30, fé no Coelho em Campinas, na luta pra retornar ao G4
Perdeu tantos pontos casa, que agora tem que buscar fora. Contra a Ponte Preta em Campinas nunca é fácil, mas o América precisa vencer para ficar a dois pontos do G4.
Está na sétima posição com 41 pontos. O adversário está em 13º lugar, com 32.
Para vencer, tem que atacar muito, correndo mais riscos, mas o técnico Lisca não tem outra opção. Tipo, “tudo ou nada”.
Seabra é admirador do trabalho de Diniz e o elogiou em entrevista este ano. Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Tão logo saiu a notícia da demissão do Fernando Seabra, um amigo que acompanha de perto os bastidores do futebol me disse que o nome do Luiz Castro, português que fez sucesso danado no Botafogo ano passado, poderia estar chegando à Toca da Raposa. Largou o Bota, líder absoluto do Brasileiro, para acabar de ficar rico na Arábia. O time carioca despencou e ele também durou pouco lá, mas saiu com a “algibeira” cheia. Está livre no mercado, aguardando convites.
Cheguei a pensar que isso fosse ocorrer, mas horas depois o Cruzeiro anunciava Fernando Diniz, que assumiu hoje.
Luiz Castro seria uma novidade das melhores no futebol mineiro, mas já que a bola da vez é o ex-técnico da seleção brasileira, que seja bem vindo.
Se foi uma boa troca, só o tempo dirá. É bom treinador, de estilo arrojado, mas como qualquer técnico, depende de resultados. Se não surgirem logo, que prepare as malas.
O cruzeirense Sérgio Vargas, dos mais ligados nas coisas da Raposa, gostou: “Dentre os brasileiros, para mim, Diniz sempre esteve entre os melhores. Gosto dele e de seu trabalho. Passou meu luto pelo querido Seabra”.
Para quem gosta de listas de melhores de cada ano, independentemente da credibilidade e critérios de quem as faz, veja essa notícia do jornal Zero Hora de Porto Alegre, do dia 29 de dezembro do ano passado: “Fernando Diniz é eleito o 5º melhor técnico do mundo”
Treinador do Fluminense e da Seleção Brasileira foi contemplado pela lista da IFFHS
Comandante de Fluminense e Seleção Brasileira, Fernando Diniz foi eleito o quinto melhor treinador do mundo pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS na sigla em inglês). O vencedor do prêmio foi Pep Guardiola, do Manchester City.
Apesar de não ter rendido o esperado à frente da amarelinha, Diniz foi campeão da Libertadores com o tricolor carioca e levou o time para a final do Mundial de Clubes, o qual perdeu de goleada, mas demonstrou um futebol elogiável por intelectuais do mundo do futebol.
Diniz é o primeiro treinador que não é europeu entre os primeiros colocados da lista, além de ser o único representante de um time fora do Velho Continente. Confira o Top 10:
À frente de Xavi e Jurgen Klopp? Acredite quem quiser!
Eu recorro à frase do saudosíssimo mestre jornalista Rogério Perez: “Menos gente; muito menos”.
Interessante também é que o derrubado Seabra é fã dele, como bem lembrou o jornal O Tempo, ontem:
“Antes de ser demitido do Cruzeiro, Seabra elogiou estilo de Diniz: ‘Diferente de tudo’
Novo técnico assume a equipe celeste em meio à disputa do Campeonato Brasileiro e da Copa Sul-Americana
Conforme Seabra, Diniz é um treinador que dá trabalho aos seus adversários. “É uma pedreira. Preparar e fazer um jogo contra a equipe dele é diferente de tudo. Ele te exige muitas soluções que você nunca teve que colocar em prática”, disse ao Charla Podcast.
Até sob o comando do Cruzeiro sub-20, em 2023, o profissional conseguiu sentir na pele a filosofia de Diniz, então treinador principal do Fluminense. “Tive que enfrentar duas vezes o Fluminense sub-20 no ano passado, e eles faziam dinâmicas semelhantes no jogo. É pesado, o jogo acaba e você fica destruído”, completou.
Fernando Seabra enfrentou Fernando Diniz apenas uma vez: em junho deste ano, no jogo entre Cruzeiro e Fluminense pelo Brasileirão Série A, no Mineirão – a Raposa venceu por 2 a 0. O então comandante celeste citou um atributo que admira.
“Ele faz um jogo de sobrecarga. Sobrecarga numérica (de jogadores) de um lado do campo, e depois do outro. E você precisa fazer a leitura disso. Devido a isso, o time dele se coloca em vantagem posicional. É importante reconhecer o quanto é difícil produzir algo autêntico. O Diniz conseguiu, na trajetória dele, construir uma proposta singular”, concluiu.
Atual campeão da Copa Libertadores, Diniz foi demitido pelo Tricolor Carioca naquele mês de junho. Ele será apresentado oficialmente à torcida e à imprensa na tarde desta terça-feira (24/9), na Toca da Raposa 2.
Empatar com o Cuiabá, vice-lanterna do campeonato, em Cuiabá, não é boa coisa. Mas, também não é nenhuma tragédia, quando se valia a posição do time na classificação e o rendimento em campo na maioria dos jogos. Sétimo colocado com 42 pontos, a apenas três do Flamengo, 45, último da classificação direta da Libertadores. O elenco do Cruzeiro é apenas razoável, mas a muitos cruzeirenses entendem que é um dos melhores do país.
Dito isso, entendo que a demissão do Fernando Seabra, anunciada na manhã dessa segunda-feira, não foi das melhores decisões da diretoria.
“Ou não!”, como diria o Caetano. Quem sabe os comandantes do clube sabem alguma coisa que ninguém de fora da Toca da Raposa sabe?
Ronaldo “fenômeno” e sua turma deixaram poucas boas heranças no Cruzeiro, entre jogadores e comissão técnica. Fernando Seabra era uma delas: em 36 partidas, 17 vitórias, 10 derrotas e nove empates.
Vamos aguardar!
Ano passado o português Pepa fazia boa campanha, mas a turma do Ronaldo o demitiu. O time despencou na tabela e quase foi rebaixado.
Um mês atrás, o Sport Recife passava aperto na Série B, despencado na tabela. Contratou o mesmo Pepa, que em três jogos, recolocou o time entre os quatro primeiros.
Comemoração coletiva do primeiro gol do Deyverson com a camisa do Atlético (Foto: bsky.app/profile/atletico.bsky.social)
Quando saiu a escalação a maioria dos atleticanos pensou: precisando entrar no G6 e o técnico poupa quase todo mundo!!!
Aos 18 minutos o Deyverson sofre pênalti do goleiro Cleiton. Vai para a cobrança e erra.
Mas ele e o time estavam bem na partida e a reação da torcida foi de compreensão. Aos 37, ele mesmo marcou o seu primeiro gol com a camisa do Galo.
No segundo tempo, foi a vez de Cadu fazer as pazes com o gol. Aos seis minutos, 2 a 0.
O Bragantino tentou reagir, mas continuou sendo bem marcado e sufocado.
A partir dos 26, Gabriel Milito começou colocar titulares importante para jogar e garantir o resultado. Acabou marcando mais um, por meio do Hulk, aos 35, que entrou no lugar do Cadu, aos 29.
Destaque para Fausto Vera e Deyverson, que fizeram suas melhores partidas com a camisa do Galo.
O time: Everson, Mariano, Lyanco, Junior Alonso e Rubens; Fausto Vera, Alan Franco (Paulo Vitor), Igor Gomes (Bernard) e Palacios (Scarpa); Cadu (Hulk) e Deyverson (Alan Kardec).
Público: 24.618, renda de R$ 1.061.920,97.
Subiu uma posição, agora é o novo colocado, com 36 pontos. O Bragantino está em 14º, com 31, entrando na briga para não ser rebaixado.
Agora é o Fluminense novamente, na mesma Arena, quarta-feira, 19 horas, jogo de volta, pelas quartas de final da Libertadores.
Cadu fez as pazes com o gol, ao marcar o segundo do Galo (Foto: bsky.app/profile/atletico.bsky.social)
Com gol de Cabrera, aos 12 minutos do primeiro tempo, em pleno Maracanã, o Peñarol venceu o Flamengo pelas quartas de final da Libertadores e terá de buscar o resultado na capital uruguaia na próxima quinta-feira.
A imprensa carioca dizia do jogo que o Peñarol era “baba”. Deu n o que deu! A torcida xingou Tite com todos os impropérios conhecidos e novos.
Pela Sul-Americana, o Cruzeiro atropelou o Libertad, no Paraguai. Tudo bem que o adversário é bem fraco, mas jogando em casa, sempre dá trabalho. Foi bom ver em ação o Roque Santa Cruz, que já viveu grandes momentos no futebol sul-americano,. Mas hoje, aos 41 anos de idade, não “ofende” mais ninguém em campo. Faz lembrar o Mariano, com os seus 38, na lateral direita do Atlético.
Jogo muito bom, Galo foi bem, Fluminense venceu, mas a vaga na semifinal continua aberta. Em Belo Horizonte o jogo será melhor ainda, com todas as condições para o Atlético devolver o placar e fazer um gol a mais e se classificar.
Partida equilibradíssima, em todos os aspectos. Os dois times desperdiçaram oportunidades.
Muita gente está questionando a escalação de Bruno Fuchs na lateral direita. No papo com o Bruno Marum, hoje à tarde no jornal da BandNews FM, ele achou que o Milito optaria por Alan Franco na posição, já que ele desempenhou muito bem este papel na seleção do Equador.
Mesma opinião do comentarista do blog Marcelo Mineiro: “Milito de novo com 3 zagueiros, Alan Franco deveria ter sido improvisado na lateral, Fucks pesadão correndo atrás do Árias. Diretoria incompetente que não contratou lateral direito.”
Concordo, mas Milito deve ter as suas razões.
Bernard fez o seu melhor jogo depois de sua volta ao Atlético. Quando a dupla Paulinho/Hulk voltar a se entrosar, certamente sua movimentação e enfiadas de bola serão muito úteis. O problema é: quando Paulinho e Hulk voltarão a ter aquela sintonia fina?
Mano Menezes está feliz com essa “goleada”. Depois do jogo disse que é difícil demais evitar os contra-ataques do Atlético e que o jogo na casa do Galo será completamente diferente. E que não dá para chegar em Belo Horizonte pensando em empatar, pois é impossível só se defender durante 90 minutos sem tomar gols.
Quartas de final, às 19 horas no Maracanã, jogo de ida. Os dois times têm desfalques, mas seus principais jogadores estarão em campo. Nos bancos, as estratégias e escalações dos treinadores poderão fazer diferença.
Sabe-se lá o que Gabriel Milito vai fazer, mas Mano Menezes é garantido: regulamento debaixo do braço, aposta numa bola pra entrar, em casa e fora: 1 a 0 é goleada, e estamos conversados. Otávio, Saravia e Vargas farão mais falta ao Atlético do que o zagueiro Ignácio, o lateral-esquerdo Diogo Barbosa e o atacante Lelê ao time carioca.
Fator positivo a favor do Galo é que a arbitragem não é brasileira. Toda argentina: arbitro Facundo Tello, auxiliares Juan Belatt e Maximiliano Del Yesso. VAR: Silvio Trucco.
O Fluminense é o atual campeão da Libertadores. Ganhou ano passado de um dos piores Boca Juniors da história. Na atual edição, chegou a esta fase depois de perder para o Grêmio na ida por 2 x 1, vencer na volta pelo mesmo placar e ganhar nos pênaltis por 4 a 2. O Galo empatou em 1 a 1 com o San Lorenzo em Buenos Aires e venceu em Belo Horizonte por 1 a 0, gol do Battaglia.
O provável Galo: Everson, Bruno Fuchs, Alonso, Lyanco e Arana; Alan Franco (Fausto Vera), Battaglia, Scarpa e Bernard (Igor Gomes); Paulinho e Hulk.
O Fluminense: Fábio, Samuel Xavier (Guga), Thiago Silva, Thiago Santos e Marcelo; Bernal, Martinelli (Nonato) e Ganso; Arias, Kevin Serna e Kauã Elias.
Está no threads.net/@tocontando e nos comentários lá, há todo tipo de opinião. Gente que acha que ele deveria continuar preso e gente que entende que ele merece uma nova oportunidade e que é preciso parar de persegui-lo. Tentou voltar a jogar futebol em vários clubes pequenos que o queriam, porém a pressão de torcedores e patrocinadores sempre falou mais alto e os contratos eram rompidos.
Confira no www.threads.net/@tocontando:
“Ex-Goleiro bruno é visto trabalhando de entregador de móveis, em Rio das Ostras e divide opiniões entre internautas sobre valorizar a segunda chance!”
Chico Maia é jornalista formado pelo Uni-BH (antiga Fafi-BH) e advogado pelo Unifemm-SL. Trabalhou nas rádios Capital, Alvorada FM, América e Inconfidência. Na televisão, teve marcante passagem pela Band Minas e também RedeTV!. LEIA MAIS contato@chicomaia.com.br