Blog do Chico Maia

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Aposentado da TV, Arnaldo César Coelho fala da vida, da experiência na Globo e da tentativa do José Roberto Wright de puxar seu tapete

Foto: SuperFC

Foi em ótima entrevista ao Uol, em que ele fala sobre tudo, inclusive sobre características nada salutares do também ex-apitador, José Robertp Wright. Vale a pena ler: “Em maio de 2018, o também ex-árbitro José Roberto Wright disse ao UOL Esporte que ele era o criador da famosa expressão “a regra é clara”, e que Arnaldo havia tomado a frase “na mão grande”. Conhecidos de longa data, os dois também trabalharam juntos como comentaristas de arbitragem por mais de uma década. Apesar do convívio de anos, Arnaldo Cezar Coelho revelou que o ex-colega tentou puxar seu tapete na Globo. “Quando parei de apitar, eu já era instrutor de árbitros da Fifa, ele também se tornou instrutor. Quando passei para Globo, falei: ‘não quero mais vínculo com a Fifa, porque eticamente não posso ter’. Pedi para sair. Ele não, ficou numa comissão.Entrava mudo e saía calado. Ficava amigo dos caras de arbitragem, mas não apitava nada, ganhava a diária. E ele chegava dentro da Globo e falava para o Luiz Fernando [Lima, então diretor de esportes da emissora]: ‘Porra, eu tô por dentro de tudo da Fifa e quem faz jogo de seleção é o Arnaldo’.”… – Veja mais em https://esporte.uol.com.br/reportagens-especiais/arnaldo-cezar-coelho/index.htm?utm_source=twitter&utm_medium=social-media&utm_campaign=esporte&utm_content=geral#concorrencia-com-wright&cmpid=copiaecola


Sem choro nem velas, o triste fim de uma idéia que poderia ter melhorado o futebol brasileiro

A Primeira Liga, coitada. Surgiu para corrigir os maiores absurdos do futebol brasileiro. Daria poder aos clubes de organizar o Campeonato Brasileiro e demais competições, negociar patrocínios e vendas de direitos, enfim, seria donos dos espetáculos e arrecadariam o que têm direito, independentemente da CBF e federações. Mas o sonho durou pouco e esta semana, na sede do América, quase que despercebidamente, o fim.Por essas e tantas outras é que não se vê perspectivas de evolução do nosso futebol.

Deu no Hoje em Dia: “Em reunião realizada nesta terça-feira (25) na sede do América, em Belo Horizonte, os clubes integrantes da Primeira Liga decidiram que não mais organizarão edições da competição, como ocorreu em 2016 e 2017.”

Clubes presentes: Chapecoense, Paraná, América, Ceará, Internacional, Brasil de Pelotas, Vila Nova-GO, Criciúma, Atlético, Fluminense, Paraná, Grêmio, Corinthians, Londrina, Atlético-GO e Athletico-PR.

Pois é!


Ex-goleiro Dudamel se destaca como treinador na Copa América

A Venezuela fez uma bela campanha na Copa América, superando todas as expectativas. Perdeu de 2 a 0 para a Argentina, mas encarando de forma leal, saindo para o jogo e sem dar porrada. O técnico Dudamel mostra competência. Com um time de jogadores apenas esforçados, a Venezuela joga bonito e de forma competitiva. Tomara que o Dudamel ganhe uma oportunidade em um grande clube da América do Sul ou mesmo numa seleção do continente para que o seu trabalho apareça mesmo.


França cai contra os Estados Unidos e neste sábado saem mais duas semifinalistas

No Parque dos Príncipes a França lutou demais, porém as norte-americanas são um rolo compressor e não tiveram tanta dificuldade em fazer 2 a 0, e só no fim da partida tomar um gol. Agora os Estados Unidos pegam a Inglaterra que ontem eliminou a Noruega com vitória de 3 a 0. Placar até surpreendente, já que a Noruega também era cotada forte para o título. Em condições normais, dá Estados Unidos na final.

Neste sábado tem Itália x Holanda, às 10 horas, em Vallencienes, e às 13h30, em Rennes, Alemanha x Suécia. O primeiro jogo tende a ser muito equilibrado, imprevisível. O segundo, deverá ser duro, porém a Alemanha é favorita. A expectativa geral é que a final seja entre Estados Unidos e Alemanha, as duas principais favoritas e que mostraram melhores times na Copa até agora.


Possível futuro presidente do Cruzeiro diz que Wagner Pires está “amarrado” e que hoje haverá mais pedido de afastamento dele

Vice-presidente eleito, Ronaldo Granata tem dado entrevistas se posicionando. E atrai a curiosidade geral, já que poderá assumir o comando do clube a qualquer momento. Ontem falou à Rádio Super (https://www.otempo.com.br/superfc/cruzeiro/vice-do-cruzeiro-pede-sa%C3%ADda-imediata-de-envolvidos-em-esc%C3%A2ndalo-1.2200881), anteontem à 98FM (https://www.facebook.com/watch/?v=658689994579587).

Também ao Globoesporte.com, que voltou a ele de ontem para hoje. Vale conhecer o perfil e o que pensa o possível comandante cruzeirense em futuro breve:

* “Vice do Cruzeiro indica novo pedido de afastamento e afirma que presidente está ‘amarrado’: “Maior crise do futebol mundial””

Ronaldo Granata, segundo vice-presidente de futebol do clube e que é rompido com a atual gestão, afirma que conselheiros pedirão afastamento do presidente via Justiça

Ronaldo Granata, segundo vice-presidente do Cruzeiro, voltou a soltar o verbo sobre a atual situação administrativa pela qual passa o clube. Desta vez, em entrevista à Rádio 98FM. Ele fez duras críticas a Zezé Perrella – presidente do conselho administrativo – e a alguns conselheiros, opinou sobre o atual cenário político, esclareceu o que fez romper com a atual gestão e afirmou que ainda confia no presidente Wagner Pires de Sá. Granata ainda indicou que haverá um novo pedido de afastamento do mandatário celeste.

Segundo ele, o pedido será feito nesta quarta-feira, acompanhado de novas denúncias contra a gestão. Seria o terceiro pedido de afastamento. O primeiro foi feito por um grupo de conselheiros e osegundo pelo presidente do conselho deliberativo do clube, Zezé Perrella.

– Amanhã, por exemplo, vai ter conselheiro entrando para pedir o afastamento do presidente. Então, presidente Wagner, salve seu pescoço. Tem conselheiro entrando com pedido de afastamento do presidente, tem conselheiro se movimentando, eles estão buscando, tem gente do bem dentro do Conselho. Tem muita gente boa dentro do conselho do Cruzeiro, preocupado com a instituição. Tem mais coisas que os conselheiros estão vindo aí.

“Eu sou vice-presidente do clube, e eles me falaram que vão pedir o afastamento com mais denúncias. É o que está rolando na sede social do clube, que vão entrar com um pedido de afastamento por gestão temerária”

Apesar da má fase que o Cruzeiro vive em campo – nove jogos sem vencer –, o principal assunto na Toca da Raposa é, há quase um mês, a conturbada crise administrativa pela qual passa o clube. No dia 26 de maio, o Fantástico e o GloboEsporte.com denunciaram irregularidades na diretoria. A Polícia Civil investiga a Raposa por falsificação de documento particular, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Granata cobra celeridade no processo de investigação por parte das autoridades. (mais…)


Rodrigo Santana efetivado no comando do Galo e as inevitáveis comparações com Thiago Larghi

Fotos do Bruno Cantini/Montagem SuperFC

Desde a demonstração de personalidade, comando, boas escolhas táticas e escalações nos jogos finais do Campeonato Mineiro, defendo a efetivação do Rodrigo Santana no cargo de técnico do Atlético. Sujeito simples, faz o “feijão com o arroz”, não fala bobagens nas entrevistas depois dos jogos e assume erros.

Único defeito que via nele era o medo de tirar o Ricardo Oliveira do time, mesmo quando o atacante já estava morto em campo. Mas depois tirou. Ou seja, foi precavido, esperou a hora certa e mostrou que tem personalidade. Não se deixou levar por corneteiros, como eu aqui, e grande parte da torcida e companheiros da imprensa. Mexeu quando achou que estava na hora.

Muita gente faz comparações com a situação similar do Thiago Larghi ano passado, que depois que foi “efetivado” o time despencou na tabela de classificação do brasileiro. A favor dele, temos que lembrar que o Galo perdeu o motor da equipe na época, o Roger Guedes. Mas o estilo de comando do Larghi é bem diferente do Santana. Não vejo nele a mesma liderança e acertos na escalação e táticos do atual treinador atleticano. Aliás, os dirigentes dos clubes brasileiros também devem pensar assim, não é? Até hoje o Thiago Larghi não foi contratado por ninguém.


A Conmebol sonha ser a UEFA mas a Copa América tem sido: fracasso de público, gramados ruins e fórmula de disputa ridícula

Com a antiga cúpula quase toda enjaulada ou banida do futebol os novos dirigentes que assumiram a Confederação Sul-Americana de futebol chegaram com discurso de inovação e modernização do futebol do continente. De cara incharam a Libertadores da América e sonhando transformá-la numa “Champions” agora a final será em jogo único em país previamente definido. Não levou em consideração as distâncias, as dificuldades de mobilidade e as condições financeiras da maioria de quem vive na América do Sul. Mas para quê público no estádios? Afinal, as redes de TV e os patrocinadores bancam tudo!

Aí chega a vez da Copa América, que a Conmebol quis transformar numa Eurocopa. Para injetar dinheiro no caixa, repete a velha prática da antiga cúpula de convidar Japão e Qatar para disputar a competição. Elabora uma fórmula “interessantíssima”, em que depois de depois de muitos jogos, de 12 participantes, oito se classificam. E num país de quase 15 milhões de desempregados, economia em recessão, põe o preço médio do ingresso em mais de 400 reais. Mas, público nas arquibancadas para quê? As TVs e o patrocinadores bancam tudo. O futebol é um mero detalhe. Torcedor que se dane!

O resumo da ópera, nas informações e comentários de jornalistas, jogadores e treinadores:

Frederico Ribeiro‏ @Fredfrm, do Globoesporte.com: “Piores públicos do Mineirão: 108 pessoas para Villa 0x2 Valeriodoce em 1985.

Novo Mineirão: 2.106 pagantes para Equador 1×1 Japão na #CopaAmerica

Vinicius Grissi‏ @ViniciusGrissi, da 98FM: “Paraguai classificado com DOIS PONTOS em três jogos. Que competição…”

Renan Damasceno‏ @renan_damasceno, Estado de Minas: “Hernán Gomez, técnico do Equador, sobre públicos da Copa América: “Eu fiquei surpreso que nem nos jogos do Brasil estava cheio. Vi que tinha pouco entusiasmo. É a minha 10ª Copa América e quando a gente vai para uma Copa América vemos propaganda, motivação e não vi isso aqui.”

Ainda o Renan Damasceno: “Mineirão registra 2.106 pagantes, superando o jogo de sábado, como o pior da Copa América.”

Sérgio Xavier Filho‏, Sportv @sxavierfilho: “América do Sul tem 10 países. Aí torramos duas semanas pra recomeçar a Copa América com… oito países?”

No portal da ESPN: “Messi, após classificação da Argentina: ‘Todos os campos que jogamos são muito ruins’”

Disse depois do jogo na Arena do Grêmio, em Porto Alegre: “Todos os gramados em que jogamos são muito ruins. É muito difícil jogar, sempre necessita de algo para parar a bola”.

Antes, a Argentina tinha empatado com o Paraguai no Mineirão e perdido a Colômbia na Fonte Nova, em Salvador.

No Globoesporte.com: “Os buracos da Copa América: gramados são alvos de crítica de Messi, James, Suárez & Cia.”

– … os gramados dos estádios não estão em bom estado. Mas tem que se adaptar a essas situações – afirmou o uruguaio Luis Suárez, após o jogo contra o Japão, na Arena do Grêmio.

– Estava um pouco ruim, e para uma Copa deveria estar melhor – declarou James Rodríguez, após a vitória colombiana contra a Argentina, em Salvador.

Por duas vezes, Lionel Scaloni, técnico da Argentina, reclamou dos gramados. A Argentina passou por Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre.

– Primeiro, gostaria de fazer um comentário: é lamentável o estado do campo, principalmente depois do segundo tempo. Imaginem na segunda e terceira partida que tivermos aqui… Deixou muito a desejar para ter uma boa partida de futebol – disse, depois da partida contra a Colômbia, na Fonte Nova…”

Até o técnico da Venezuela, o ex-goleiro da seleção, Dudamel, desceu a lenha, geral:

“– Quando se fala numa Copa América no Brasil, ou numa Copa do Mundo que não tivemos o privilégio de participar, imaginamos encontrar o melhor em tudo, assim como têm o melhor futebol. Encontrar os melhores cenários para poder desfrutar da Copa América no Brasil. Estamos muito surpresos, não somente com o gramado que estava igual para ambos, e poderia estar melhor, mas a logística de hotéis e demais coisas não corresponde a uma Copa América, e muito menos ao Brasil. É uma crítica construtiva que faço. E não é desculpa, mas uma manifestação porque estamos muito surpresos. Nós viemos para jogar – afirmou.

Procurado pelo GloboEsporte.com, o Comitê Organizador Local (COL) não respondeu até a publicação desta reportagem….”

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Pois é! Brasil e Conmebol, tudo a ver. E nada vai mudar.


Essas jogadoras da seleção merecem todos os aplausos da torcida brasileira

O futebol feminino no Brasil é embrionário, começando querer se tornar profissional agora. A prática é pouco desenvolvida no país, raros incentivos e ainda enfrenta desconfianças e preconceitos. A dura realidade é que quase não há entusiasmo do torcedor brasileiro com o futebol das mulheres. Pode ser, que talvez, daqui há muitos anos o quadro mude.

Países como os Estados Unidos, Alemanha, Suécia e Noruega, que têm tradição nesta modalidade, começaram a incentivar a prática nos anos 1970, levando o futebol feminino inclusive para as escolas e universidades.

A seleção que disputou a Copa da França fez muito mais bonito do que o esperado, em função das condições físicas precárias das principais jogadoras e das dificuldades do período de preparação. E não será fácil a reposição de peças para vagas que serão deixadas por Marta e demais colegas mais veteranas, que carregaram o time nessa Copa. Vadão e qualquer treinador da seleção tem e continuará tendo as maiores dificuldades possíveis, a começar pela “conta do chá” de jogadoras de qualidade. Se no masculino não estamos vendo o surgimento de craques como em outros tempos, imagine no feminino.


Apesar de fazer a sua melhor partida na Copa, seleção brasileira ficou no “quase” e está fora das quartas de final

Há tempos a seleção feminina brasileira não fazia uma partida tão brilhante bonita de se ver jogar. Melhor atuação nessa Copa da França, sem dúvida, mas infelizmente não o suficiente para passar pelas anfitriãs e chegar às quartas a final.

Além do ótimo time francês, jogadoras fundamentais ao time do Vadão, como Formiga e Cristiane não aguentaram jogar o tempo todo e saíram nos momentos finais e tempo extra. Também contou com a infelicidade da Debinha, de perder um gol, cara a cara com a goleira da França, quase no fim da prorrogação. O surrado “quem não faz leva” prevaleceu e no início do segundo tempo da prorrogação, Henry, marcou o gol que garantiu as francesas na próxima fase. Única falha da defesa brasileira nessa partida, que não viu a atacante francesa entrando no meio da zaga para esperar o cruzamento. Gol que fez lembrar o do, também Henry, da França que eliminou o Brasil na Copa da Alemanha em 2006.


No carro, ouvindo Acyr Antão na Itatiaia, chegando em Grenoble, com gol da Cristiane

De vez em quando algum leitor reclama das comparações que faço de países por onde viajo com o Brasil. Claro que compreendo. Muita gente não tem ideia do quanto é prazeroso ter retorno do que se paga por tantos e tão caros impostos. No Brasil pagamos igual ou mais que os cidadãos na maioria dos países da Europa, sem retorno, nem parecido.

Na telefonia móvel e internet por exemplo. As muitas opções na França, com preços e qualidade de assustar a quem se utiliza desses serviços no Brasil. Cobertura em todos os locais, sem delay, nenhuma interrupção, queda de ligação ou perda de qualidade. Usando whatsapp e viva voz, fui dirigindo e ouvindo as nossas rádios de Belo Horizonte durante os quase 600 km de Paris a Grenoble.

No domingo da estreia do Brasil contra a Jamaica, saí mais tarde do que deveria de Paris e chegaria atrasado ao estádio dos Alpes. Nas imediações da cidade, acionei o aplicativo da Itatiaia para saber detalhes e o placar do jogo. Estava no ar o Acyr Antão, que no exato momento em que sintonizei, acionava a plantonista Daniele Rodrigues, que informou: “Bom Dia Acyr, o Brasil acaba de marcar o primeiro gol da partida de estreia contra a Jamaica: Cristiane, aos 15 minutos de jogo…”.

No Brasil temos dificuldade de falar ou acionar a internet até de dentro das maiores cidades, quanto mais nas estradas.

Por 39,99 euros (R$183), adquiri numa loja Relay, do Aeroporto Charles de Gaulle, um chip da operadora Bouygues Télécom que me proporcionava duas horas de chamadas internacionais, 10GB de internet, dois meses de validade dos créditos e um punhado de outras que nem tomei conhecimento porque não precisaria mais do que isso. A concorrência é grande, várias empresas no setor.

A maior operadora francesa é a Orange S.A., que oferece pacote idêntico. Optei pela Bouygues porque um brasileiro que mora em Paris me disse que ela “é mais fácil de mexer”. E valeu a pena.