Blog do Chico Maia

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Parabéns ao Clube Atlético Mineiro, 111 anos. Paixão maior de milhões mundo afora!

Homenagem do blog também ao Alexandre Kalil, que hoje chega aos 60 anos de idade; ao saudoso Vicente Mota, autor do hino, bonito demais da conta; e à massa alvinegra, fantástica, razão de ser Galo:

“Nós somos do Clube Atlético Mineiro

Jogamos com muita raça e amor

Vibramos com alegria nas vitórias

Clube Atlético Mineiro

Galo Forte Vingador

 

Vencer, vencer, vencer

Este é o nosso ideal

Honramos o nome de Minas

No cenário esportivo mundial

 

Lutar, lutar, lutar

Pelos gramados do mundo pra vencer

Clube Atlético Mineiro

Uma vez até morrer

 

Nós somos campeões do gelo

O nosso time é imortal

Nós somos campeões dos Campeões

Somos o orgulho do esporte nacional

 

Lutar, lutar, lutar

Com toda nossa raça pra vencer

Clube Atlético Mineiro

Uma vez até morrer”

Clube Atlético Mineiro

Uma vez até morrer

 

Nós somos campeões do gelo

O nosso time é imortal

Nós somos campeões dos Campeões

Somos o orgulho do esporte nacional

 

Lutar, lutar, lutar

Com toda nossa raça pra vencer

Clube Atlético Mineiro

Uma vez até morrer

Clube Atlético Mineiro

Uma vez até morrer

Clube Atlético Mineiro

Uma vez até morrer”


Valeu pela festa dos 111 anos e pela classificação mas o futebol do Galo foi aquém do esperado

Um dos grandes nome do rap nacional, o belorizontino Djonga (www.facebook.com/DjongaDV/), com o filho no Mineirão 

Não foi fácil apesar do placar de 3 a 1. O Atlético entrou pressionado pela obrigação de vencer, pela goleada que o Cruzeiro deu no Patrocinense no mesmo local 24 horas antes e o clima de “já ganhou” implantado por grande parte da imprensa e pela festa de 111 anos, cuja data oficial é a segunda-feira, 25.

A retranca era esperada e foi muito bem feita pelo Tupynambás que tomou o primeiro gol no único vacilo da marcação sobre o Cazares até então. Depois do gol o jogo deixou de ser ataque contra defesa e o time de Juiz de Fora andou levando perigo ao gol do Victor.

Time até então sem velocidade e pouco vibrante, melhorou neste aspecto com a entrada do Bolt, que deu passe para o Cazares marcar o segundo gol. Num contra ataque o Tupinambás conseguiu um pênalti. Pela TV, na repetição do lance, dá pra ver que foi fora da área, mas o árbitro não tem este recurso no momento exato da jogada e por isso, na dúvida, apitou. A partida ficou tensa depois deste gol já que um empate levaria a decisão para as penalidades. Mas Ricardo Oliveira, cobrando falta, aliviou tudo e matou o jogo com o terceiro gol.

Não destaco ninguém individualmente. Guga jogou “mais ou menos”, fazendo lembrar Patric, porém, sem correr tanto quanto ele.

Bonito mesmo fez a torcida que compareceu em 46.924 pessoas e fez festa dentro e fora de campo, pela vitória e principalmente pelos 111 anos, de amanhã.

Fotos: site do Atlético


Campeonato mineiro começou pra valer, com goleada do Cruzeiro e Boa eliminando Tombense nos pênaltis 

Foto: @Cruzeiro

O Cruzeiro jogou muito e o placar ficou até de bom tamanho para o Patrocinense, que pensou em usar uma forte retranca para apostar num contra ataque ou num empate sem gols. Sem chance, já que logo aos sete minutos Fred abriu a porteira e na sequência  Rodriguinho (dois) e Marquinhos Gabriel (dois) completaram a goleada. Aliás, como se encaixaram bem no time estas duas ótimas aquisições cruzeirenses.

Em Varginha o Boa eliminou o Tombense nos pênaltis, depois de 1 a 1 no tempo normal.

Hoje tem Galo x Tupynambás, 16 horas no Mineirão e amanhã América x Caldense fecham essa primeira rodada decisiva do campeonato que apontará os semifinalistas.


Dátolo está bem na Argentina, mas pensa no Galo todo dia

Penso que Dátolo tem muita bola e condição física para jogar no Atlético atual. Não só pelo que rende em campo, mas principalmente pela identificação dele com o clube e torcida. É um dos gringos que mais se apaixonaram pelo Galo e por Belo Horizonte que já tivemos notícia. Nas rodas particulares de conversa ele sempre fala da importância da torcida e que o Atlético deveria fazer como o Boca Juniors, com todo jogador que é contratado: uma aula sobre a história da instituição, do respeito que se deve ter pela camisa, dos grandes exemplos de dedicação de jogadores, treinadores, dirigentes e principalmente dos torcedores, que ajudaram a construir uma história tão longa, de mais de um século. E quem veste essa camisa tem a obrigação de ajudar a manter a trajetória de grandeza, além da honra que poucos têm de ter seu nome gritado nos estádios onde o time joga. Seria primeira o primeiro trabalho do recém contratado pelo clube, antes do primeiro treino.

Aliás, Dátalo é um jogador que poderia passar pelo mesmo processo que o Leonardo Silva está passando no Galo, para se tornar um executivo do clube. Tem perfil semelhante. Mas, para jogar, quem decide é o treinador. E pelo que ele disse esta semana, o Levir Culpi não acha que haja lugar no elenco para ele, conforme essa reportagem do Thales Fernandes, no Uol:

* “Dátolo se declara ao Atlético-MG e diz que Levir não quis sua volta”

Jesus Dátolo nasceu em Carlos Spegazzini, na região metropolitana de Buenos Aires. O coração, no entanto, não está nas imediações da capital argentina. Pelo contrário. O meia-atacante se apaixonou pelo Atlético-MG e sonha com uma volta ao clube, com o qual venceu Copa do Brasil e Recopa Sul-Americana. Hoje no Banfield, onde fez três gols e deu uma assistência nos últimos seis jogos, o jogador não esconde de ninguém que o seu desejo é retornar à Cidade do Galo. Nos últimos dias, inclusive, chegou a conversar com o presidente Sérgio Sette Câmara sobre um retorno, mas ouviu que Levir Culpi não tem interesse em sua contratação. A informação foi divulgada inicialmente pela Rádio 98fm (mais…)


O que se salva do Campeonato Mineiro, e de todos os estaduais?

Vitor Lima Gualberto (em primeiro plano) responsável pela comunicação e marketing do Tupynambás, em self com a diretoria, comissão técnica e o time no vestiário do Mário Helênio, após o jogo contra o Atlético

Para não ser injusto, não direi secamente, “nada”. Afinal de contas, até de tragédias aproveitamos alguma coisa, tiramos lições. Mas é muito pouco para tanto tempo consumido e tanta paciência do torcedor para aguentar. Dá até dó dos colegas jornalistas, radialistas, principalmente os da Rede Globo (dona do “espetáculo”), tirando água de pedra, se esguelando e inventando frases, reportagens e “feitos” para inventar motivações e emoções desses jogos enfadonhos, maioria de péssima qualidade técnica. Velhos ou rodados jogadores, treinadores, em estádios e ou gramados que dificultam mais ainda, sem falar na fórmula (considerada a melhor dentre todos os estaduais, pasmem!), em que 12 times jogam entre si para 8 se classificarem à fase decisiva.

Soma-se a isso a inacreditável divisão do bolo dos direitos televisivos entre os “concorrentes”: quase 10 milhões para o Atlético, para o Cruzeiro, em torno de R$ 3 mi para o América e R$ 300 mil para cada um do interior.

Tudo bem, já que todo ano reclamamos a mesma coisa e quem tem o poder não muda, falemos de alguma coisa positiva, enquanto a decadência continua, até que todos se ferrem com a chegada do fundo do poço.

Um dos jornalistas da prateleira de cima do país, Alexandre Simões @oalexsimoes, do Hoje em Dia, deu o veredito e concordo com ele: “Primeira fase do Campeonato Mineiro termina com reservas sendo os destaques de @Atletico e @Cruzeiro. Alerrrandro e David mostraram muito serviço. França, do @AmericaMG , também aproveitou as oportunidades. Concordam? Quem é o destaque de vcs?”

Entre estes três, gostei mais do França, mas o América tem também o Zé Ricardo, para mim, o melhor de todas as promessas do futebol mineiro. Importante demais no time. Acredito que tem futebol e personalidade para jogar em qualquer clube do país.

Fora das quatro linhas, efusivas palmas para todos do Tupynambás, tradicionalíssimo clube de Juiz de Fora (15 de agosto de 1911), com duas passagens anteriores pela primeira divisão mineira: 1934 e 1969.

Há quatro anos um grupo competente assumiu o clube, conseguiu colocá-lo na terceira divisão, subindo consecutivamente até chegar à primeira este ano e não cair. Pelo contrário, fez bonito, está na fase decisiva e tem boas perspectivas de futuro sustentável.

O brilhante juizforano Vitor Lima Gualberto‏ @vitorlimag, criador de um site que ficou famoso e que prestou ótimos serviços ao futebol do interior (segundonamineira.com.br), escreveu após o término da última rodada: “Março de 2016: clube sem futebol profissional e com as portas praticamente fechadas. Março de 2019: equipe na elite do #FutebolMineiro e com vaga assegurada na #SerieD2020. Nada disso seria possível sem o trabalho. Parabéns a todos: diretoria, comissão técnica e atletas.#Leão”.

Nessa carência de bons dirigentes e gestores de futebol no Brasil, principalmente em Minas, o que tem sido feito no Tupynambás precisa ser estudado. O Albertinho Simão é um dos protagonistas lá. Já falei da competência dele aqui no blog. Inquieto, fez ótimo trabalho no América, nem tanto no Villa, mas foi bem demais agora no “Baeta”.


Campeonato começa pra valer é agora!

Depois de tantos jogos entre os 12 participantes, oito (Atlético, Cruzeiro, América, Boa, Tombense, Caldense, Patrocinense e Tupynambás), estão classificados para a decisão, dois foram rebaixados (Guarani e Tupi) e dois (URT e Villa Nova) assistem a reta final de camarote.

A fase decisiva terá Atlético x Tupynambás, Boa x Tombense, Cruzeiro x Patrocinense, América x Caldense. O Galo vai com as vantagens do regulamento do campeonato por ter ficado em primeiro lugar na primeira fase.

Nesta última rodada, Alerrandro voltou a marcar para o Atlético, de pênalti, contra o Tupynambás, feliz por ter se isolado na artilharia com oito gols. Fred tem 6, Ricardo Oliveira e Gindré do Boa, 5.

O Cruzeiro não teve dificuldades no Mineirão para vencer a Caldense e o América bobeou e permitiu ao Guarani empatar, 2 a 2, também no Mineirão.


Sufoco e falta de apoio fazem clubes do interior se arriscarem em mãos estranhas

Em cinco de maio de 2018 o Guarani comemorava o acesso e o título da Segunda Divisão em Divinópolis sobre o Tupynambás. Menos de um ano depois, amarga novo rebaixamento.

No domingo, dia 10, a saída do Villa Nova do risco de rebaixamento começou no estádio Castor Cifuentes com a vitória sobre a Caldense. Nessa tarde, mesmo com os três pontos garantidos a situação ainda era de alto risco e o presidente Antônio Márcio Botelho saiu xingado de tudo o que era possível pela torcida. Um presidente não identificado com a cidade e nem com o tradicionalíssimo Villa Nova Atlético Clube.

Este “fenômeno” vem ocorrendo cada vez mais com os clubes profissionais em Minas e no Brasil. Empresários ou curiosos resolvem investir no mundo do futebol para ganhar dinheiro, usando clubes tradicionais como barrigas de aluguel abrigando jogadores, comissões técnicas e interesses localizados. Se dá certo, ótimo, ficam lá enquanto houver retorno. Se não dá, também, tudo bem. Pega-se o boné, dá um tchau, um adeus e até nunca mais. O clube, a cidade, torcida, tradição e tudo, que se danem. O sujeito vai procurar e tentar enganar outra freguesia.

Não estou afirmando que é o caso do atual comando do Villa mas a maioria absoluta dos clubes do interior vem enfrentando este problema. Sem dinheiro e sem apoiadores locais, entregam o clube ou o departamento de futebol para o primeiro que aparece. O nosso Democrata de Sete Lagoas andou sofrendo este assédio de gente que não tem nada a ver com a cidade. E nem nada a acrescentar ao clube; pelo contrário, só subtrair. Fui informado que o presidente Jaime Aleluia descartou a “parceria” com um grupo que queria se apossar do futebol lá, mas há conselheiros se mobilizando para entrar no assunto. Tomara que além do Conselho o empresariado e comércio de Sete Lagoas participe mais da vida do Jacaré que luta para não ser rebaixado para a terceira divisão estadual.

Veja a constrangedora cena da saída do presidente do Villa sob xingamentos:


Sufoco e falta de apoio fazem clubes do interior se arriscarem em mãos estranhas

Guarani com 10 pontos e Tupi com 4, rebaixados para a Segunda Divisão estadual 2020. A URT escapou na última rodada ao vencer o Tupi em Patos de Minas por 2 a 1. Teve duas vitórias no campeonato, superando o Guarani que venceu apenas uma. Com 11 pontos o Villa Nova ficou em 9º lugar.

No domingo, dia 10, a saída do Villa Nova do risco de rebaixamento começou no estádio Castor Cifuentes com a vitória sobre a Caldense. Nessa tarde, mesmo com os três pontos garantidos a situação ainda era de alto risco e o presidente Antônio Márcio Botelho saiu xingado de tudo o que era possível pela torcida. Um presidente não identificado com a cidade e nem com o tradicionalíssimo Villa Nova Atlético Clube.

Este “fenômeno” vem ocorrendo cada vez mais com os clubes profissionais em Minas e no Brasil. Empresários ou curiosos resolvem investir no mundo do futebol para ganhar dinheiro, usando clubes tradicionais como barrigas de aluguel abrigando jogadores, comissões técnicas e interesses localizados. Se dá certo, ótimo, ficam lá enquanto houver retorno. Se não dá, também, tudo bem. Pega-se o boné, dá um tchau, um adeus e até nunca mais. O clube, a cidade, torcida, tradição e tudo, que se danem. O sujeito vai procurar e tentar enganar outra freguesia.

Não estou afirmando que é o caso do atual comando do Villa mas a maioria absoluta dos clubes do interior vem enfrentando este problema. Sem dinheiro e sem apoiadores locais, entregam o clube ou o departamento de futebol para o primeiro que aparece. O nosso Democrata de Sete Lagoas andou sofrendo este assédio de gente que não tem nada a ver com a cidade. E nem nada a acrescentar ao clube; pelo contrário, só subtrair. Fui informado que o presidente Jaime Aleluia descartou a “parceria” com um grupo que queria se apossar do futebol lá, mas há conselheiros se mobilizando para entrar no assunto. Tomara que além do Conselho o empresariado e comércio de Sete Lagoas participe mais da vida do Jacaré que luta para não ser rebaixado para a terceira divisão estadual.

Veja a constrangedora cena da saída do presidente do Villa sob xingamentos:


A narração de um gol do Villa, pelo Roger Luiz, como se fosse a conquista do título

O interior de Minas sempre produziu grandes narradores de futebol. E fica a dica para as maiores emissoras de Minas e do Brasil. Recebi do jornalista e escritor Wagner Augusto Álvares da Silva, torcedor apaixonado do Villa e autor do “Almanaque do Leão do Bonfim”, que marcou o Centenário do clube em 2008, vídeo com o gol da vitória do Leão sobre a URT, narrado pelo locutor Roger Luiz, de Honório Bicalho/Nova Lima, com um entusiasmo e emoção como se fosse a conquista do título deste ano.

Ótimo narrador (foto acima), diga-se, que transmite para a TV Banqueta, tradicional na cidade. E realmente foi como um título mesmo, já que a vitória garantiu o time na primeira divisão de 2020 e ainda o manteve no páreo por uma das vagas na fase decisiva do campeonato.

Confira o gol e a TV Banqueta www.tvbanqueta.com.br


Mineirão se diz “túmulo bom”, e Kalil reafirma: “túmulo sim, mas com aquele time dava para jogar até lá”

Foto: Guilherme Frossard/Globoesporte.com

O prefeito Alexandre Kalil concedeu entrevista ao Guilherme Frossard para o Globoesporte.com que repercutiu nas primeiras horas do dia, por causa de vários temas abordados e reações de quem se sentiu atingido. A primeira delas foi do Consórcio Minas Arena, controlador do Mineirão, cujo twitter mandou bala @Mineirao: “Foi no túmulo que Ferreyra escorregou em um gol sem goleiro

Foi no túmulo que a bola de Giménez explodiu na trave

Foi no túmulo que a torcida viu duas viradas históricas

Foi no túmulo que, desde que reabri, quatro taças foram levantadas

EITA TÚMULO BOM!”

Ao tomar conhecimento, Kalil riu e disse: “Com aquele time, podia jogar até lá; num cemitério, na Praça Sete ou qualquer lugar, que ganharia do mesmo jeito”.

 

Só pra recordar: Victor, Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva e Júnior César; Pierre, Leandro Donizetti, Tardelli e Ronaldinho; Bernard e Jô.Técnico: Cuca

A entrevista completa

* “Kalil chama Mineirão de “túmulo do Atlético” e evita avaliar gestão atual: “Esperar enfileirar canecos””

Ex-presidente do Galo conversa com o GloboEsporte.com, cita que “não é uma coisa ou outra” entre austeridade e títulos, explica – e sustenta – declaração de que “estádio é para rico”

Por Guilherme Frossard — de Belo Horizonte

De manhã, reuniões sequenciais com deputados, vereadores e empresários. À tarde, compromisso oficial com o lançamento de um projeto de segurança em postos de saúde de Belo Horizonte. Na “brecha” do almoço, nessa terça-feira, Alexandre Kalil, presidente mais vitorioso da história do Atlético-MG e atual prefeito da capital mineira, recebeu o GloboEsporte.com para uma entrevista exclusiva. O tema do papo foi o Galo, que completa 111 anos na próxima segunda. A agenda é cheia, o tempo livre é quase nulo, mas para Kalil é quase regra: sempre é hora de falar do Galo.

A entrevista de Alexandre Kalil foi no perfil Alexandre Kalil: sem papas na língua, como sempre. O ex-mandatário atleticano falou, por exemplo, sobre o sonho do Atlético-MG de construir seu estádio próprio – previsto para ser inaugurado no início da próxima década. Segundo ele, a casa nova tem tudo para ser a redenção do clube. Não só pela arena, mas também por “livrar” o Galo do Mineirão, definido, por Kalil, como “o túmulo do Atlético”.

– Eu acho que o estádio do Atlético significa uma redenção, sim. Vamos sair, definitivamente, do túmulo do Atlético, que é o Mineirão. E aí é uma coisa definitiva. O Mineirão emperrou o Atlético por 44 anos, e em três anos, quando saímos do Mineirão, ganhamos tudo que o Atlético tem até hoje. A saída do túmulo, do cemitério, é uma grande vitória para o Atlético. E isso vai vir com o estádio novo.

A (forte) opinião de Kalil vai na contramão da recente postura da atual diretoria atleticana de reaproximação com o Mineirão. O Galo tem voltado a mandar jogos no Gigante da Pampulha, e Sérgio Sette Câmara já deu declarações garantindo que é a tendência é que o estádio volte a ser “a casa” do clube enquanto o estádio próprio não sai do papel. Kalil, que garante estar completamente distante da vida política do Atlético-MG e das decisões internas, prefere, também por isso, não opinar. – Isso é uma decisão do presidente. Não cabe a mim comentar.

“Não ligo para saber de nada”

O distanciamento do Galo, de acordo com Kalil, é total. O prefeito é, agora, um mero torcedor. Daqueles que xingam, reclamam e, mesmo quando acham que está tudo errado, não ligam para o presidente – mesmo tendo, ao contrário do torcedor comum, essa possibilidade. Como torcedor, Kalil evita avaliar a gestão de Sérgio Sette Câmara, que está no seu segundo ano como mandatário alvinegro.

– Eu vou ser muito franco: não tenho a menor relação com o Atlético hoje. Não por briga, por nada. Primeiro, porque sou prefeito de Belo Horizonte. Segundo, que não vou ligar para o presidente para saber se é verdade que ele está contratando fulano. Se for verdade, vai chegar. Eu sei, fui presidente. Tudo que sei é através de vocês (imprensa). Não ligo para saber de nada. Eles não me ligam para perguntar nada. Tenho uma relação de torcedor, que é muito legal, porque ela não vem do dia que você sai do Atlético. Ela volta com o tempo de afastamento. E não tem nada melhor, depois que fui presidente, do que ser só torcedor. Poder xingar, gritar, reclamar, poder achar que está tudo errado ou tudo certo. Eu adquiri esse hábito de ser só torcedor com o tempo. E isso vai me afastando do Atlético cada vez mais – disse.

– Pra mim é muito difícil opinar (sobre a atual gestão), porque sou um ex-presidente. E não sou nenhum idiota de falar que não fui um presidente vitorioso. Acho que o resultado de uma presidência vem quando você desce a rampa da sede e vai embora. O exercício da presidência não admite um ex-presidente dar opinião sobre gestão. Temos que esperar ele descer da sede e enfileirar os canecos que ele vai deixar para nós, que é o que interessa para a torcida – completou.

Leia outras respostas de Alexandre Kalil

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