Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Cruzeiro jogou bem e ainda contou com duas grandes colaborações do América

Um belo jogo, que justificou o ingresso dos 6.746 torcedores que pagaram para entrar no Independência esta tarde.

Thiago Nogueira, do SuperFC, lembrou alguns números que dão a entender que o América está possuido pela “síndrome do vira-latas”, como diria Nelson Rodrigues: @thiagonoggueira “Chega a 20 jogos o jejum do América sem vencer clássicos. São 7 derrotas e 3 empates contra o Cruzeiro e 8 derrotas e 2 empates contra o Atlético.”

Ou seja, complexo que inferioridade quando vai enfrentar os maiores rivais.

Dos três gols do Cruzeiro, dois nasceram de falhas gritantes americanas. Zé Ricardo, um dos melhores jogadores do campeonato, perdeu bola quando saía jogando e facilitou o segundo gol do Fred.

Aos 27 do segundo tempo, quando o Coelho pressionava para empatar, o lateral Ronaldo fez pouco caso de um chutão dado por Dedé lá da defesa cruzeirense. Mas Marquinho Gabriel acreditou, correu muito e cruzou na medida para Fred marcar seu terceiro no jogo.

O Cruzeiro ampliou a vantagem do regulamento e agora pode até perder por diferença de um gol que estará na final da competição.


Arbitragem e VAR deram oportunidade ao time do Levir Culpi desviar a atenção da impotência contra o Boa

A maioria dos comentários sobre Boa 0 x 0 Atlético fala basicamente sobre isso que escreveu o Thiago Nogueira‏, do O Tempo, um ótimo jornalista, diga-se @thiagonoggueira: “Sobre os lances de VAR de Boa x Atlético. As imagens que o árbitro de vídeo tem são as mesmas da transmissão de TV. Na minha opinião, o posicionamento da câmera não favorece uma decisão com 100% de certeza.

Não sei se notaram outro detalhe. A transmissão só mostra o replay do lance após a decisão do árbitro.”

Ele está certo no que diz, mas o futebol partiu para esse tipo de discussão nos últimos anos. O jogo em si está perdendo para o bla bla bla extracampo. A invenção do VAR é mais um ingrediente para desviar o foco e favorecer à tramoias da cartolagem. Falando de futebol, vi o Galo impotente para vencer, com as mesmas deficiências apresentadas na temporada passada e na atual.

O Frederico Ribeiro‏, ex-Hoje em Dia, agora também no O Tempo, lembrou bem: @Fredfrm: “Conmebol já arrecadou R$ 1,4 milhão na Libertadores em multas contra os clubes. Atlético foi “réu” de 17% (o mais penalizado) desta quantia. Só de cartão amarelo (400 dólares), a Conmebol receberá R$ 500 mil (323 amarelos até aqui)”.

E assim caminham o futebol e a sua cartolagem.


Aimorés, mais um clube centenário do futebol brasileiro, de Tiradentes

O auge das comemorações do primeiro século de vida do Aimorés Futebol Clube foi em 17 de janeiro, quando os masters do Atlético jogaram aqui …

… no Estádio Martin Paolucci, contra a Aimorés.

Na preliminar o infantil do Galo também marcou presença.

O clube sempre foi amador e tem um patrimônio invejável, como o estádio, na entrada da cidade e uma imponente sede social/administrativa na valorizadíssima Rua Direita no coração de Tiradentes, onde está em exposição um belo acervo…

… entre troféus, camisas, fotos e

…outros objetos que ajudam a contar a história.


Ainda dá tempo! Bom demais o 9o Festival de Fotografia de Tiradentes.

Começou quarta-feira. . .

.. a cidade está cheia…

… e como sempre, agradabilíssima.

A programação e mas detalhes nessa reportagem da Ana Clara Brant no Estado de Minas:

* “Festival de fotografia de Tiradentes flagra tragédias e belezas” Mostra vai até domingo, com 26 exposições cujos temas vão da tragédia de Brumadinho à riqueza étnica brasileira

https://www.uai.com.br/app/noticia/artes-e-livros/2019/03/27/noticias-artes-e-livros,243488/festival-de-fotografia-de-tiradentes-flagra-tragedias-e-belezas.shtml


Nana Caymmi chuta o balde: “Gil, Caetano, Chico Buarque. Tudo chupador de pau de Lula. Então, vão pro Paraná…”

Foi numa entrevista à Folha/Uol esta semana. Parece que ela entrou naquela de “ligar o fodas”. Igual a muita gente que conheço que segue a teoria de que “depois de uma certa idade a gente pode falar o que quer”.

Independentemente dessa fala, sou fã da Nana Caymmi, assim como continuo fã do Chico Buarque, Gil, Cateano e de Lobão, apoiador de Jair Bolsonaro. Gosto da música deles e respeito as opções políticas de cada. Não misturo e não me influencio pelo que eles e tantos outros artistas e intelectuais pensam e falam de política e qualquer assunto. Leio, ouço e vejo tudo que posso, converso muito, com gente de todas as posições e formo a minha própria opinião.

No tiroteio verbal das paixões políticas afloradas ano passado, consegui não brigar com ninguém. Uma das vantagens da democracia é essa: respeito ao contraditório. Quando eu tinha menos de 20 anos de idade ouvi uma frase que procuro exercer até hoje: “gosto não se discute; lamenta-se”, e respeita-se.

A entrevista da Nana Caymmi é boa demais. Vale a pen ser lida. E quem lê, sente perfeitamente que ela não fala com ódio. É uma gozadora. Amiga desses artistas todos, falou na entrevista como se estivesse numa mesa de bar. Óbvio que a frase mais pesada vira manchete, pois é assim que o mundo funciona.

O principal motivo da entrevista foi o disco que ela gravou com músicas do Tito Madi, que não coincidentemente estou ouvindo aqui em Tiradentes, agora. Muito bom, como quase toda a obra dela, porém, é música pra curtir dor de cotovelo. Dependendo do momento que o ouvinte está vivendo tem que tomar todas ou mergulhar de vez na deprê.

Confira:  * “Nana Caymmi ataca Chico, Gil e Caetano e não quer netas em show de pagode”

Cantora lança novo disco, defende Bolsonaro, reclama da Bahia e diz irritar pássaros ao cantar ópera

Luiz Fernando Vianna

RIO DE JANEIRO

​Nana Caymmi não lançava CD desde 2009. Ao completar 78 anos, em 29 de abril, terá realizado mais dois —“Nana Caymmi Canta Tito Madi”, que sai agora pela Biscoito Fino, e um com músicas de Tom Jobim, acompanhada de orquestra, que ela gravará para o Sesc a partir do próximo dia 15.

Parece o reaquecimento da carreira de uma das principais intérpretes do país, mas Nana diz que não é bem assim.

“Estou fazendo uma despedida sem ir embora. Saída à francesa. A vida que me resta, de uma senhora, quero viver em paz”, afirma. “Acordei pro mundo: não tenho muito tempo. Quero ouvir o que eu não podia ouvir. Criei três filhos sozinha. O pai ficou na Venezuela, fez outra família.”

Luiz Fernando Vianna

RIO DE JANEIRO

​Nana Caymmi não lançava CD desde 2009. Ao completar 78 anos, em 29 de abril, terá realizado mais dois —“Nana Caymmi Canta Tito Madi”, que sai agora pela Biscoito Fino, e um com músicas de Tom Jobim, acompanhada de orquestra, que ela gravará para o Sesc a partir do próximo dia 15.

Parece o reaquecimento da carreira de uma das principais intérpretes do país, mas Nana diz que não é bem assim.

“Estou fazendo uma despedida sem ir embora. Saída à francesa. A vida que me resta, de uma senhora, quero viver em paz”, afirma. “Acordei pro mundo: não tenho muito tempo. Quero ouvir o que eu não podia ouvir. Criei três filhos sozinha. O pai ficou na Venezuela, fez outra família.”

“Mostrei pra Dori [seu irmão] e ele ficou de pau na mão. Falei: isso aí é que é cantar!”, anima-se, mas sem saber para quem deixará seus discos do gênero. “Minhas filhas são ignorantes em ópera. Nunca tive um marido que gostasse. Uns merdas.” Ela não confirma se foram dez maridos. Prefere dizer que “foi uma porrada”.

Em 71 minutos de entrevista à Folha, Nana falou 89 palavrões. É o seu jeito. Não foge de nenhum assunto, nem mesmo política, em que destoa do coro dos colegas artistas. Ela votou em Jair Bolsonarono segundo turno.

“É injusto não dar a esse homem um crédito de confiança. Um homem que estava fodido, esfaqueado, correndo pra fazer um ministério, sem noção da mutreta toda… Só de tirar PMDB e PT já é uma garantia de que a vida vai melhorar. Agora vêm dizer que os militares vão tomar conta? Isso é conversa de comunista. GilCaetanoChico Buarque. Tudo chupador de pau de Lula. Então, vão pro Paraná fazer companhia a ele. Eu não me importo.”

Ela acha difícil voltar a se apresentar na Bahia, e isso também tem a ver com política. “Bahia não tem nada, é PT”. O partido está no governo do Estado há 12 anos. O pai, que morreu em 2008 aos 94 anos, já não tinha mais saudade da Bahia. “Ele ficou muito triste na última vez em que foi lá. E isso porque ainda era a época do capo, Antonio Carlos Magalhães [1927-2007]”. Nana diz que “toda a família se dava” com o ex-governador. (mais…)


Com 46.924 pessoas no Mineirão, Atlético ficou com menos dinheiro que a FMF

Twittada do repórter Frederico Ribeiro‏ do jornal O Tempo @Fredfrm: “Borderô de Atlético x Tupynambás, no Mineirão apresenta FMF lucrando mais que o Galo: (R$ 51.314 x R$ 50.954). Foram 31.089 torcedores pagantes. A renda bruta de R$ 513.148 tem 10% pra FMF. Galo pegou somente 9,92% da renda bruta”.

***

E tem a parte técnica, né? Na derrota para o Cerro Ponteño na estreia da Libertadores foram três lances de gol duvidosos, inclusive o da vitória paraguaia. Na dúvida a arbitragem decidiu três vezes contra o Galo. Se fosse no Independência, pelo menos em um dos lances árbitro e bandeirinhas decidiriam a favor do mandante, não?

***

O borderô do jogo


Lá os clubes é que mandam; enquadram até a FIFA

O ex-craque alemão Karl-Heinz Rummenigge, presidente do Bayern de Munique comandou também a Associação dos Clubes Europeu (ECA), até 2017. Substituído pelo presidente da Juventus de Turim, Andrea Agnelli

Os grandes clubes brasileiros que nunca se unem em defesa dos seus interesses comuns deveriam se inspirar no mais recente exemplo dos coirmãos europeus. A FIFA quer passar o Mundial entre eles para 24 clubes, sendo oito da Uefa (Europa), seis da Conmebol (América do Sul), três para AFC (Ásia), CAF (África) e Concacaf (América do Norte, Central e Caribe), e mais um da OFC (Oceania). Pois, os europeus, unidos por meio da Associação Europeia de Clubes (ECA) disseram “não” e estão fora. Principalmente porque a FIFA simplesmente quer impor isso, sem conversar com nenhum clube antes.

Igual a CBF faz no Brasil e a Conmebol no América do Sul. Quem faz o espetáculo são os clubes, que têm altíssimos custos para montar seus times, mas quem decide suas vidas e têm os maiores lucros são as entidades.

O assunto vai render e a dona FIFA terá de negociar tudo com essa associação europeia se quiser ter os maiores do mundo neste novo Mundial.


Morte do Rafael Hensel nos faz pensar e repensar a vida, que é curta, imprevisível

A vida e as surpresas que ela apresenta. Semana passada lembramos aqui o primeiro ano da morte do Bebeto de Freitas que na época abalou a todos, não só pela grande figura que era, mas principalmente por estar bem de saúde, e em pleno exercício das atividades profissionais.

Esta semana outra péssima surpresa com a morte por infarto do jornalista/radialista catarinense Rafael Hensel, 45 anos de idade. Foi um dos seis sobreviventes do voo da Chapecoense que matou 71 integrantes da delegação em 2016. Morreu jogando uma pelada. Socorrido na quadra, chegou sem vida ao Hospital em Chapecó.

Uma figura do bem, querida por todos do meio jornalístico, pelo público e pessoas que conviviam com ele.

Nos faz pensar e repensar a vida, que é curta, imprevisível. Que não levamos dada material para o além e que a ganância, excesso de vaidade e poder a qualquer custo não nos levam a nada. Só atrapalham e impedem que tenhamos um mundo melhor.

Hensel fez a parte dele e deixa bons exemplos e muita saudade! Que descanse em paz.


Rodriguinho vai se confirmando como a grande aquisição do ano e titular absoluto

Além de marcar o primeiro gol, aos seis minutos, Rodriguinho (foto do Vinnícius Silva/CEC) foi novamente um dos melhores em campo, no dia em que completou 31 anos de idade. Os venezuelanos correram e jogaram mais do que se esperava, por tudo que estão passando no país e pelas dificuldades de viajar até Belo Horizonte. Só tomaram o segundo gol aos 49 do segundo tempo, marcado pelo Jadson.

O Cruzeiro cumpriu bem o dever de casa ao vencer o venezuelano Deportivo Lara. Já tinha feito melhor ainda o “dever fora de casa” ao derrotar o Huracán em Buenos Aires e está em situação tranquila no Grupo B da Libertadores com vistas à classificação. Seis pontos, enquanto o Emelec tem dois, Huracán e Deportivo 1.

Pela Libertadores o time volta a campo quarta-feira que vem contra o Emelec, em Guayaquil, no Equador. Pelo Mineiro, domingo, clássico contra o América, 16 horas no Mineirão.


Condição física e muito mais dinheiro fazem diferença na hora de decidir. O América se aproveitou disso ontem; daqui em diante, Atlético e Cruzeiro

Entre os três maiores do estado o América foi o que teve a maior dificuldade de passar às semifinais do campeonato estadual. E este jogo contra a Caldense, no Independência, mostrou bem a diferença entre o “conjunto da obra” de um clube com muito mais dinheiro que o outro nos momentos decisivos: o primeiro gol do Coelho só saiu aos 37 do segundo tempo, quando o adversário já estava pondo a língua para fora, de tão cansado. E o cansaço foi o responsável pela trapalhada da defesa, quando o goleiro e mais dois defensores não conseguiram raciocinar devidamente e nem tiveram forças para sair jogando, num lance que seria absolutamente tranquilo, caso eles estivessem em condições físicas razoáveis. Viçosa se aproveitou, deu um belo chute por cobertura e Matheusinho empurrou para a rede. O segundo gol, do João Paulo, foi aos 46, para sacramentar.

A tendência é que essa diferença de milhões em investimentos faça diferença também nas semifinais. No caso do América, não na condição física em relação ao Cruzeiro, já que nisso eles se equivalem, pois têm ótimos profissionais e estruturas. Mas, na qualidade técnica, em que os melhores jogadores costumam decidir em um ou dois lances.

No Atlético x Boa, a diferença se fará sentir em todos os aspectos, a não ser que uma zebra gigante ou o “Sobrenatural de Almeida” do Nélson Rodrigues, dê as caras em Varginha.

Lembrando que a desigualdade na distribuição de verbas da TV somente no Campeonato Mineiro é impressionante: Atlético e Cruzeiro, cada um, R$ 6,15 milhões; América R$ 2,9 mi; os do interior R$ 300 mil, cada.

O jogo do Galo será sábado às 18 horas em Varginha, e o clássico, domingo, 16 horas, no Mineirão.