Blog do Chico Maia

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Da coçada no saco à mágoa por se considerar vítima de preconceito. Ótima entrevista do Givanildo

Uma ótima entrevista do comandante americano à Luiza Oliveira, do Uol. É longa, mas vale a pena ler

Não sei se ele está certo nessa afirmação, pois só quem é vítima sabe onde dói o calo. Mas, pode ser sim. Afinal, é um dos treinadores mais vitoriosos do país e a sua competência é incontestável. Além de grande figura humana. Homenageado inclusive pelo jornalista Henrique André (Hoje em Dia), que vestiu essa camisa e postou em seu twitter, no dia 28 de março, quando o treinador celebrava 50 anos de futebol:

“É porque sou do lado de lá

Rei do Acesso”

Givanildo Oliveira tem mais de 40 títulos na carreira, mas nunca teve o valor que merece

Por Luiza Olveira do UOL, em Belo Horizonte

Era mais um dia comum de trabalho no Athletico-PR quando Givanildo Oliveira saiu de seu hotel e parou na banca para comprar jornal. Uma capa com a sua foto chamou a atenção: “Se Givanildo perder amanhã, vai voltar pro sertão”. É verdade que o momento do time não era bom no Brasileirão de 2006, mas só uma coisa vinha à cabeça: “Filho da mãe”. O técnico até preferiria o jornal concorrente, mas faz questão de comprar um exemplar. Ao fim do treino, interrompeu o burburinho dos jornalistas na sala de entrevistas do clube: “Hoje, o primeiro sou eu”. Antes de começar a falar, passou, de jornalista a jornalista, o jornal com sua foto. Fez questão de se certificar que todos leram – inclusive o autor – antes de dobrar o jornal. “Deixa eu falar uma coisa para vocês: se eu voltasse para o sertão, iria com a maior alegria. O sertão nosso é lugar de gente honesta, de palavra, de homem. É um lugar puro. Agora, o sertão para onde eu vou voltar sabe qual é? Primeiro que aqui vocês não têm praia, têm que ir procurar. Mas eu moro num lugar em que desço do meu apartamento, ando do elevador até o portão. Abrem o portão para mim, eu atravesso a rua, ando uns cinco metros e piso na água do mar. É esse o sertão para onde eu vou voltar. Agora, podem perguntar o que quiserem”. (mais…)


Pelo fim da idiotice e do atraso: é preciso um basta nesta fórmula e calendário de campeonatos regionais

Os estaduais sempre apresentam “novidades animadoras” nas finais: Galo x Raposa em Minas; Grêmio x Inter no Sul … No Rio, Flamengo x Vasco x Fluminense x Botafogo em São Paulo, Corinthians x SP x Santos x Palmeiras…

É desse jeito! Só espero que os cinco gols que o Atlético marcou no “temível” Boa não tenham esgotado o estoque da semana pois na quarta-feira tem Libertadores e o Cerro Porteño pela frente em Assunção. Se quiser continuar sonhando em passar da primeira fase não pode perder lá. O ideal é devolver a derrota imposta pelos paraguaios no jogo do Mineirão.

Recuso-me a entrar no oba-oba do “futebol comercial” (como diz o jornalista José Luiz Gontijo) de grande parte da imprensa que insiste em tentar jogar pra cima o Campeonato Mineiro e demais estaduais com essa fórmula e calendário retrógrados. Entendo que a competição pode e deve continuar existindo, mas em formato e calendário completamente diferentes, com os grandes clubes entrando só na reta final, com um critério simples: os quatro primeiros colocados do ano anterior só entram nas oitavas de final. Os demais clubes, todos os profissionais o interior, disputam eliminatórias durante o ano inteiro, tipo Copa do Mundo. Que se acabe com outras inutilidades e burrices como segunda e terceira divisões que são chamados imbecilmente de Módulo I e Módulo II.

Todos os clubes no bolo, sem rebaixamento, eliminatórias regionalizadas, em disputas mais baratas, sem custos absurdos com viagens e hospedagens que inviabilizam a existência de clubes e o investimento onde é necessário que é o futebol, da base ao profissional. O mundo mudou, tudo muda com o passar do tempo. Minas Gerais, por exemplo, com a sua área territorial de 586 522,122 km² é maior que países como a França (551 500), Alemanha (356 733) e Espanha (504 782 ). População de 21.119.536 milhões. Precisamos nos atualizar, modernizar, fazer contas e nos lembrarmos permanentemente que somos fortes e temos potencial para muito mais que essa insignificância que temos vivido nos últimos anos. Avançar!

O campeonato pra valer teria 32 clubes e duraria um mês, mesma fórmula da Copa. Poderia inclusive ser todo disputado numa das Macrorregiões do estado, levando integração, motivação, turismo e dinheiro para as cidades escolhidas.

Exemplos? O Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba seria a sede do primeiro estadual com essa fórmula. Uberaba, Uberlândia, Araxá, Araguari, Frutal, Ituiutuba, Patrocínio e Patos de Minas seriam as cidades. Abertura e encerramento em Uberaba e Uberlândia.

Tem que mudar leis e regulamentos? Mudem. Basta querer. O que não pode é continuar essa decadência e lenga-lenga, principalmente técnica. É muito comum o campeão estadual ser rebaixado ou passar aperto no Brasileiro meses depois.


Façanha do Jacaré na Arena: ao ver time indo para o buraco, treinador se escala e dá passe para o gol da vitória

Foto feita por mim no Mineirão em 2014 antes de Brasil 1 x 7 Alemanha: jornalista Felipe Drumond Neto (esq., filho do Ivan Drumond do Estado de Minas), o atacante Paulinho Guará e Alexandre Simões, do Hoje em Dia.

Meus prezados e prezadas do blog, aconteceu ontem, em Sete Lagoas. Desses fatos que fazem com que o futebol seja tão emocionante e que podemos continuar acreditando que ainda há muito amor à camisa, às tradições e que a persistência vale a pena. Só quem acompanha de perto sabe o que o nosso Democrata está passando para continuar existindo. O clube que completará 105 anos dia 14 de junho passa a ter mais um nome entre os seus grandes beneméritos: Paulinho Guará, que jogou na base do próprio Jacaré, depois Atlético, foi  para a Suécia, onde fez uma bela história, retornou a Sete Lagoas, onde desde 2012 colabora com o Democrata, como jogador  e treinador.

Disputa a segunda divisão mineira com todas as dificuldades financeiras possíveis, lutando para não ser rebaixado. O portal Futebol Interior registrou este ato histórico ontem, em um momento  em que o time estava a caminho da queda para a terceira divisão:

* “Treinador sai do banco, entra no jogo e dá vitória ao seu time no Módulo II Mineiro”

Com o time jogando mal e com a partida empatada em 0 a 0, o treinador Paulinho Guará simplesmente se escalou e entrou na etapa final

Por Agência Futebol Interior

Sete Lagoas, MG, 06 (AFI) – Um fato inusitado aconteceu na tarde desse sábado na nona rodada do Campeonato Mineiro do Módulo II (equivalente à Série A2 em São Paulo). Na lanterna da competição, o Democrata jogava em seu campo na cidade de Sete Lagoas contra o Ipatinga, em jogo decisivo contra o rebaixamento e precisando fazer três pontos para não ser rebaixado.

Com o time jogando mal e com a partida empatada em 0 a 0, o treinador Paulinho Guará simplesmente se escalou e entrou na etapa complementar. E, com sua entrada, o Democrata cresceu em campo e venceu por 1 a 0, com o gol de Rafinha Rodrigues, em jogada individual justamente de Paulinho Guará, que acabou sendo o melhor jogador da partida.

IGUAL EM PONTOS
Com a vitória, o Democrata chegou aos oito pontos ganhos, mesmo número de pontos que o próprio Ipatinga.

Acontece que o Democrata fará três pontos na próxima rodada já que vencerá o Tricordiano por W. O. e, a tendência é que o rebaixado para a última divisão mineira seja justamente o tradicional Ipatinga que já fez os três pontos da vitória por W. O. sobre o Tricordiano.

DUBLÊ DE TREINADOR E JOGADOR
Nascido em Sete Lagoas e com 39 anos, Paulinho Guará jogou em vários times, principalmente no interior mineiro, e esse ano assumiu o Democrata de Sete Lagoas em substituição a Thiago Henrique Felix, que comandou a equipe nas quatro primeiras rodadas do Módulo II de Minas Gerais.

Paulinho Guará, além de treinador, também foi inscrito como jogador e tem desempenhado bem as duas funções.

https://m.futebolinterior.com.br/noticias/treinador-sai-do-banco-entra-no-jogo-e-da-vitoria-a-time-no-modulo-ii”

Rafinha Rodrigues fez o gol do Jacaré aos 25 minutos do segundo tempo, após assistência de Paulinho Guará. Foto Reprodução O Centro do Esporte/http://www.setedias.com.br/noticia/destaques/treinador-paulinho-guara-sai-do-banco-e-da-a-vitoria-ao-democrata/53/20126

Conheça mais sobre Paulinho Guará nestes links do nosso próprio blog:

https://blog.chicomaia.com.br/2012/08/30/paulinho-guara-embala-o-democrata-jacare-com-100-no-mineiro/

Em foto do Anderson Magalhães, Paulinho Guará em ação contra o América-TO

https://blog.chicomaia.com.br/2018/03/11/aleluia-na-estreia-do-paulinho-guara-como-tecnico-o-nosso-democrata-jacare-conseguiu-a-primeira-vitoria-na-segunda-divisao-hoje/

https://blog.chicomaia.com.br/2014/07/05/ex-jogador-do-atletico-esta-fazendo-sucesso-como-comentarista-de-tv-da-suecia-na-copa/


Classificação do Cruzeiro foi mais fácil do que se esperava

Mas quem assistiu aos dois jogos certamente vai concordar que houve plena justiça. E que, possivelmente, o América não está mal; o Cruzeiro é que está bem.

Qualquer avaliação consciente envolvendo qualquer  campeonato estadual exige ressalvas. Tecnicamente, vivemos o pior período do calendário, em que os maiores clubes enfrentam adversários da pior qualidade mas que dão muito trabalho, pelo fato de que pode ser a grande oportunidade de um desses jogadores se destacar e ganhar um contrato minimamente interessante.


No Cruzeiro a ressurreição de Itair Machado como dirigente de futebol

Itair Machado foi o entrevistado do Bola da Vez dia 19 de janeiro no canal ESPN Brasil e no WatchESPN

Está na coluna do Fernando Rocha que estará no Diário do Aço, de Ipatinga, que irá às bancas e assinantes amanhã. Ele dedica grande parte dela a Itair Machado, que realmente superou as desconfianças que pairavam sobre ele entre os cruzeirenses quanto à competência para comandar o futebol profissional do clube.

* “O melhor time”

Muito criticado no começo, alvo de gozações, visto com  desconfiança por alguns setores da imprensa na capital, o diretor e atual homem forte do futebol no Cruzeiro, Itair Machado, ex-presidente e fundador do Ipatinga, conseguiu dar a volta por cima e vive agora seu melhor momento no clube, em lua de mel com a torcida. Com a sua experiência e capacidade de negociar, Itair obteve êxitos incontestáveis na montagem do atual elenco, como nos casos recentes das contratações de Rodriguinho e Marquinhos Gabriel, do colombiano Orejuela e o lateral Dodô. Agora também passou na frente de grandes clubes nacionais, com maior poder financeiro, ao trazer o atacante Pedro Rocha, ex-Gremio, que atuava no futebol russo.

  • Por conhecer bem a capacidade do dirigente Itair Machado, nunca tive dúvida de que faria sucesso no Cruzeiro, sobretudo pela rara virtude que possui, de identificar jogadores que se encaixam e dão certo nas suas equipes, como foi o caso do Ipatinga, campeão mineiro em 2005. Na época, foi até a base do Cruzeiro e montou o elenco do Tigre, sob o comando de um técnico jovem em busca de afirmação, Ney Franco, conquistando o título estadual e quebrando um tabu de 41 anos, sem que um clube do interior levantasse a taça de campeão.
  • No Cruzeiro, com respaldo da diretoria presidida por Wagner Pires de Sá, Itair Machado tornou-se o piloto, não de um Teco-Teco, mas de um Boeing de altíssima potencia e  valor, que pode ir muito mais longe do que ele próprio imagina. Mineiramente, Itair vê em pouco tempo, merecidamente, o seu trabalho reconhecido no futebol mineiro.
  • Ganhou respeito aqui e já está sendo visto com outros olhos também a nível nacional. O velho e bom Jair Pereira, ex-jogador e ex-técnico, campeão em vários grandes clubes nacionais, entre eles o próprio Cruzeiro, nos anos 80/90, costumava dizer que no futebol “o certo é o que dá certo”. Que continue assim, para alegria e felicidade dos milhões de cruzeirenses espalhados pelo mundo, bem como daqueles que torcem pelo seu sucesso sem nenhum outro tipo de interesse.

Melhor time

Só um desastre muito grande poderá tirar o Cruzeiro da final do Campeonato Mineiro. Além do empate pode até perder por um gol de diferença para o América, no Mineirão.

Independente disso, os números são favoráveis ao time dirigido Menezes, que a meu juizo no momento pratica o futebol mais eficiente e competitivo  do continente, superando equipes de maior poder econômico no país, como Flamengo, Palmeiras, além dos gaúchos Internacional e Grêmio, bem como os argentinos River Plate e Boca Juniors.

Os números da equipe celeste não deixam dúvidas: dos 32 clubes que disputam a fase de grupos da Libertadores, só o Cruzeiro dos times brasileiros chegou aos 9 pontos, depois de três rodadas, igualando à sua campanha de 2001.

O  Cruzeiro, além de melhor time da atual Libertadores, por conta de ter também quatro gols marcados e  nenhum sofrido,  é o único clube das Séries A e B do Brasileirão ainda invicto, sem derrotas este ano, pois em 16 partidas, sem contar o jogo de ontem contra o América, ganhou doze e empatou quatro.

Faz parte

O Atlético vive uma situação totalmente oposta, passando dificuldades e dando sustos na sua torcida, mesmo diante de adversários muito inferiores, como na  última quarta-feira, pela Libertadores, quando derrotou na bacia das almas o Zamora, da Venezuela, 3 a 2 de virada, no Mineirão, com mais de 40 mil torcedores.

Hoje, o adversário é o Boa Esporte pela semi-final do Mineiro, um time também fraco, mesmo assim  não se pode garantir que o Galo, que tem a vantagem do empate,  não irá passar  dificuldades.

“Mudar de opinião faz parte dos Direitos Humanos”, esta frase atribuída ao ex-governador Leonel Brizola, que já li algumas vezes em textos escritos pelo amigo Chico Maia, jornalista da prateleira de cima e muito gente boa, serve para ilustrar a minha atual avaliação do trabalho de Levir Culpi no Galo.

Caso continue no comando, não vejo boas chances do Atlético seguir na Libertadores, pois não existe evolução ou crescimento da equipe, que na verdade estagnou, não apresenta padrão de jogo, jogadas ensaiadas.

Além disso, nas entrevistas coletivas do técnico do Galo,  não se extrai nada que possa fazer acreditar numa melhora do futebol apresentado pelo time em campo, que é da pior qualidade, muito abaixo do que se espera para um clube da grandeza do Atlético. (Fecha o pano!)  

Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga


Lamentável: Rádio Inconfidência, fundada em 1936, será extinta

Ronan Scoralick, assumiu recentemente a presidência da rádio Inconfidência e justificou extinção da frequência AM: questões financeiras e tecnológicos – Foto de Ramon Bittencourt/O Tempo

Tive a honra de trabalhar lá e aprender muito, com alguns dos maiores nomes do nosso rádio: Vilibaldo Alves, Valdir Rodrigues, Jairo Anatólio Lima, Alair Rodrigues, Roberto Rocha e vários outros. O diretor geral era o poeta e compositor Fernando Brant. Pela Inconfidência AM, trabalhei na minha primeira Copa do Mundo, no México em 1986, ano do cinquentenário da rádio.

Mais triste é o pesadelo que estão vivendo os colegas que trabalham lá com os empregos ameaçados. Até os concursados estão com o pescoço na guilhotina, o que é altamente preocupante. Você faz um concurso público, é aprovado, presta serviço corretamente, não dá motivos para ser demitido mas mesmo assim terá de enfrentar um processo administrativo, cujo resultado você já sabe previamente: rua!

A notícia está no portal d’O Tempo:

“Rádio Inconfidência, fundada AM 1936, será extinta”

Novo presidente da emissora afirmou que funcionários devem ser demitidos; fechamento da frequência AM deve acontecer em 30 dias

A rádio Inconfidência AM, fundada em 1936 e conhecida como “O Gigante do Ar”, vai encerrar suas atividades. A extinção da rádio – que exibe o programa “A Hora do Fazendeiro”, o mais antigo do Brasil – foi confirmada nesta sexta-feira pelo presidente Ronan Scoralick.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Marcelo Matte, já havia divulgado a informação na última quinta-feira, mediante protestos. Mas, nesta sexta-feira, Scoralick detalhou as causas do fim da rádio. Alegando motivos que mesclam questões financeiras (“a rádio não se banca”) e tecnológicas (“todas as rádios AM vão acabar por imposição legal”), o presidente disse que a extinção da rádio deve acontecer em até 30 dias. Com cerca de uma centena de funcionários, a emissora também vai passar por um processo de demissão. Além de terceirizados e comissionados, até concursados devem ser exonerados. “Há uma brecha legal para isso, pois o Estado está em situação financeira complicada”, disse o presidente.

O cenário atual contrasta com o de dois anos atrás, quando os 80 anos da emissora foram celebrados com festejos. O provável futuro desolador acabou incentivando a diretora artística Brisa Marques a pedir demissão. “Cultura, cidadania e educação eram os pilares da rádio, agora os novos rumos giram em torno de uma questão financeira, mas acho que é possível equilibrar esses dois objetivos”, disse Brisa. O presidente avalia um profissional de perfil mais comercial para assumir a vaga.

Com extensa atuação na área de programação de TV, especialmente na Rede Globo, Scoralick confirmou que pretende tornar a Inconfidência mais comercial. “Mas não será a qualquer preço. Não vamos tocar axé nem pagode; sertanejo, só raiz; mas temos que atrair anunciantes. Estamos mudando, mas com critérios”, adiantou. Questionado sobre como tornar comercial uma emissora eminentemente pública e educativa, ele respondeu: “Esse é o desafio”.

Segundo Scoralick, o governo atual tem como meta tornar a rádio sustentável até o fim de 2020. Atualmente, a operação da emissora tem custo anual de R$ 3 milhões.

Apreensão (mais…)


Outra aula do Cruzeiro de como buscar três pontos fora de casa e garantir 100% na Libertadores

Mais uma vez com destaque para Rodriguinho (pela atuação e pelo gol), o Cruzeiro venceu e convenceu, jogando for de casa, na busca do objetivo de ser o primeiro lugar geral na fase de grupos da Libertadores, que vale vantagem nas fases seguintes. Uma vantagem muito interessante na corrida pelo título.

Só o Cruzeiro, no grupo B e o Cerro Porteño no E têm 100% de aproveitamento até agora, mas a Raposa tem quatro gols de saldo contra três do time paraguaio. Esta noite, outro paraguaio, o Libertad, também poderá chegar a três vitórias no complemento da rodada, em Assunção, 19 horas, contra o Rosário Central, no Grupo H. Ele também tem quatro gols de saldo.

Mas não dá para comparar o futebol jogado pelo Cruzeiro com o do Cerro, que vimos atuar contra o Atlético no Mineirão, quando venceu porque teve mais determinação e ainda contou com o desarranjo do Galo e uma força da arbitragem.

Na quarta que vem recebe o Huracán e depois encerra na venezuela contra o Deportivo Lara. Ou seja, as chances de terminar esta fase com 100% dos pontos disputados é muito grande. Até lá, pausa para o tédio do campeonato estadual, com jogo da volta contra o América, sábado, 19 horas no Mineirão.


Empurrão da torcida foi fundamental para o Atlético escapar de vexame inaceitável no Mineirão

Mesmo contra adversário muito fraco o Galo passou um dos maiores sufocos nos últimos tempos, jogando em casa. Péssimo primeiro tempo sem nenhuma alma, time apático, os dois laterais muito mal, meio e ataque horríveis. O Zamora entrou com tudo, franco atirador e parecia não acredita que vencia por 2 a 0 no primeiro tempo.

No segundo, o Galo correu mais, os venezuelanos não conseguiram manter o ritmo e a virada aconteceu com gols do Micon Bolt, aos cinco, Vinicius, aos e 26 e Fábio Santos, aos 40.

Os 40.857 presentes que vaiaram o time no primeiro tempo viram que se não apoiassem no segundo o vexame seria histórico. Passaram a apoiar e foram muito importantes nessa virada.

O mais triste de tudo é que não dá pra tentar incutir otimismo na cabeça dos atleticanos. Não se vê evolução, Levir Culpi não fala nada de interessante após os jogos e nem faz nada em relação ao jogo seguinte na perspectiva que alguma mudança surta efeito.


As situações distintas de Atlético e Cruzeiro na quarta-feira de Libertadores

Vamos ver se o Galo tem capacidade de reação ou se pode começar a dar adeus a mais uma edição da principal disputa do futebol do Continente. Prova de fogo para treinador, jogadores e por consequência diretoria, responsável pela montagem do grupo para esta temporada. Resultado negativo colocaria uma pá de cal em suas pretensões na competição. O adversário é dos mais fracos entre todos dessa Libertadores; Levir Culpi tem todos os jogadores do elenco à disposição e apoio da torcida com quase 50 mil pessoas no Mineirão. Mas essa pressão pela obrigatoriedade da vitória costuma ser difícil de se controlar.  A bola queima nos pés dos jogadores com menor controle emocional e caso a torcida comece vaiar antes da hora o drama aumenta. As derrotas para o Cerro, em casa, e Nacional em Montevidéu, apresentam a fatura contra o fraco venezuelano Zamora, às 19h15.

O Cruzeiro vive o oposto com as duas vitórias iniciais; em Buenos Aires sobre o Huracán e em casa sobre o também fraco venezuelano Deportivo Lara. Joga em Guaiaquil contra o Emelec, segundo colocado no grupo, porém, que não venceu ninguém. Dois pontos obtidos em dois empates sem gols: em casa contra o Huracán e fora contra o Deportivo. Será um jogo bem ao jeito que o técnico Mano Menezes gosta, para armar seus contra ataques e aproveitar uma ou duas oportunidades, se fechando depois.


Jornalista Paulo Celso faz alerta ao Galo: “Corinthians, Flamengo, Grêmio, Inter não são o Boa!”

Dois grandes jornalistas: Alexandre Simões, do Hoje em Dia (esquerda) e Paulo Celso Ramos, dos melhores tempos da Rádio Guarani e Estado de Minas.

Com muita honra registro o recebimento de comentário do Paulo Celso, um dos grandes jornalistas da história da imprensa mineira (Rádio Guarani e Estado de Minas principalmente). Aposentado há alguns anos, foi repórter inspirador de muitos que surgiram a partir dos anos 1980 (eu, inclusive); culto, bem informado e gente boa toda vida. Transcrevo aqui no blog o que ele escreveu em minha página do facebook na postagem sobre Boa 0 x Atlético:

Paulo Celso Ramos

“Alerta ao Galo: Corinthians, Flamengo, Grêmio, Inter não são o Boa! Com este time, com Levir Culpi, O Teimoso, o Galo que abra os olhos na Libertadores e que a diretoria pense logo em reforços – e muitos – e num técnico mais moderno e menos teimoso. E agradeça aos bons trabalhos – no passado – do treinador que já deu o que tinha que dar aí Atlético.”