Blog do Chico Maia

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Um ano sem Bebeto de Freitas. E que saudade!

Que honra estar nessa foto, entre grandes personalidades em suas respectivas áreas. Foi no dia 19 de março de 2017, tendo à esquerda o músico Juarez Moreira, Bebeto (na época Secretário de Esportes e Lazer de Belo Horizonte, eu, Reinaldo e Aluizer Malab (então presidente da Belotur, hoje no Ministério do Turismo), durante o lançamento do projeto “A Savassi é da Gente”, rebatizado para “BH é da Gente”, coordenado por ele.

O tempo passa depressa. Na quarta-feira passada, 13, o apresentador do esporte do Jornal da Manhã, da TV Bahia (afiliada da Globo na “boa terra”), Gustavo Castellucci, iniciou o noticiário lembrando e homenageando o Bebeto de Freitas, cuja morte surpreendeu a todos no dia 13 de março de 2018, logo após uma solenidade na Cidade do Galo.

Grande figura humana, grande jogador e treinador de vôlei, grande dirigente de futebol, um amigo, que deixou ótimos exemplos e muita saudade.

E imaginar que seis dias antes dessa foto completar um ano o Bebeto não estaria mais entre nós. Vida que segue!


O América não é pior que Cerro do Paraguai e Nacional do Uruguai, mas o Atlético dessa vez jogou como se fosse pela Libertadores

O melhor em campo foi o Luan, que fez de tudo no clássico, mas Alerrandro se mostrou novamente grande oportunista e finalizador, marcando duas vezes. O América não é pior que Cerro do Paraguai e Nacional do Uruguai, mas o Atlético jogou este clássico como se fosse partida da Libertadores da América. Só mais raça? Claro que não. O time entrou com alterações que muitos torcedores gostariam de ver desde a estréia na competição continental: Guga na lateral direita, Alerrandro no comando de ataque e alguém no lugar do Elias. Não necessariamente o Terans, mas foi ele quem jogou e foi de razoável para bom. A gripe do Ricardo Oliveira garantiu a oportunidade do jovem artilheiro. Menos mal.

Com Patric incentivando Guga do banco, Fábio Santos foi a bola da vez de boa parte da torcida que andou vaiando-o. Ele vem alternando bons e maus jogos. Tem bola, mas lamentavelmente também tem idade avançada, o que em alguns jogos pesa.

O América fez um bom jogo, teve mais iniciativas que o Galo no primeiro tempo e voltou para o segundo como se fosse tomar conta do clássico. Pelo menos até os 15 minutos, quando o Atlético reagiu e equilibrou as ações. A expulsão do Matheusinho atrapalhou muito os planos do Givanildo Oliveira. Além de ser um dos mellhores do Coelho, jogar com um a menos é barra pesada contra qualquer adversário; ainda mais quando se fala de clássico.

Com essa vitória os comandados do Levir Culpi garantiram o primeiro lugar na fase de classificação do Mineiro, com direito à vantagem em caso de igualdade no placar nos confrontos decisivos. Outra coisa positiva esta tarde foi criança entrando de graça, o que certamente contribuiu muitíssimo para que o público presente chegasse a 43.137 torcedores. A quantidade de mascotes no gramado também deu um colorido especial à entrada dos times.


Enquanto o Cruzeiro treinava o Tupi jogava a toalha, mas Juiz de Fora continuará bem representada no campeonato 2020

Em foto do Bruno Haddad/Cruzeiro, Mano Menezes, que chegou a 100 vitórias comandando o Cruzeiro, nesta partida em Juiz de Fora.

Logo aos três minutos de jogo o zagueiro Aislan marcou contra e abriu a porteira para o Cruzeiro que marcaria novamente com Fred, de pênalti, e Egydio, cobrando falta. Interessante é que o Aislan não esboçou nenhuma reação depois da mancada que deu. Nem fez cara de assustado ou de incomodado, certamente num sentimento de “nem aí” para o Tupi, que foi o primeiro a ser rebaixado para o Mineiro de 2020.

Mereceu. Time feio, da primeira rodada até essa, a 10ª e penúltima. Apenas quatro pontos ganhos. Seu companheiro de segundona será a URT, que está com 7 ou o Guarani, 9.

Mas Juiz de Fora continuará na primeira divisão, bem representada pelo Tupynambás, que retornou e ficou. Está em sétimo lugar, com 11 pontos.


Mais uma transmissão pelo Facebook; chega o fim de semana; sai a Libertadores e entram os “emocionantes” estaduais

Os estaduais, de qualidade técnica fraca e enganadora, substituem os jogos da Libertadores, que agitaram até ontem o futebol Sul-americano. Domingo tem Atlético x América. O risco é alguém querer dizer que um outro está “evoluindo” em caso de vitória. Chegam as competições de adversários mais qualificados e volta a bater o desespero.

No twitter e em poucas palavras, o Sérgio Xavier Filho‏ avaliou os brasileiros na Libertadores até aqui: @sxavierfilho “Todo mundo enfrenta time fraco no primeiro trimestre. É uma característica do calendário brasileiro. Nem todo mundo resolve fácil esses problemas. CAP resolveu com brilho contra o Jorjão. Está no jogo. Na verdade, dos brasileiros da Liberta, já tem 3 quase lá, 3 no jogo e 1…

Palmeiras, Inter e Fla já na briga por melhores campanhas, Cruzeiro na espera do 2º jogo. CAP já encaminhou o saldo (isso tem quase o valor de um ponto a mais na última rodada), Grêmio sem pontuação, mas com time confiável. Problema brasileiro é o Galo. Em 2 rodadas, já na reza…”

***

E por falar em CAP, o jogo dele com o Jorge Wilstermann da Bolívia, também foi transmitido pelo facebook, com menos reclamações por parte dos usuários. A tecnologia vai sendo apurada a cada jogo. Na semana passada a Folha de São Paulo publicou interessante relato de um cruzeirense sobre a experiência dele como telespectador dessa nova forma de se transmitir futebol:

* “Como foi a experiência de assistir à primeira partida de um clube brasileiro na Libertadores transmitida somente pelo Facebook”

Mateus Luiz de Souza

Pela primeira vez na história um time brasileiro teve uma partida da Libertadores transmitida somente pelo Facebook.

A novidade aconteceu na noite desta quinta-feira (7), no duelo entre Huracán (ARG) e Cruzeiro, na Argentina, na estreia dos times pela competição continental.

O time mineiro venceu por 1 a 0, mas a partida em si é o que menos importa nesse texto, e sim como foi a experiência de ver o jogo pela plataforma Facebook Watch, com mais de 200 mil pessoas ao mesmo tempo.

Para começar, segui os passos iniciais que eu havia lido (Entre no aplicativo do Facebook, toque no ícone assistir. Na barra de pesquisa, procure por “Conmebol Libertadores” e siga a página. Os jogos serão adicionados à sua lista) e não consegui encontrar.

Achei mais fácil ir direto na página da Conmebol Libertadores. Desse jeito, o ícone “ao vivo” aparece na própria página e você já cai na tela com a transmissão. (mais…)


Pressão máxima sobre treinadores. Se em Minas é “fora  Levir”, na Bahia é “fora Enderson Moreira”. Sobrou até pro América!

Em foto da Gazeta Press, o mineiro Enderson Moreira tomando muita porrada da imprensa baiana com mais intensidade do que Levir Culpi em Minas, porém, com mais paciência e respeito nas coletivas  

Estou em Morro de São Paulo (bom demais da conta; indico 100%), acompanhando de longe a situação terrível do Atlético e a pancadaria no técnico Levir Culpi, cujas críticas são as mais pesadas, como por exemplo, essa do Antônio Sérgio Paiva, aqui no blog: “Levir, ex-técnico em atividade. Com ele no comando, nós Atleticanos ainda vamos ter muito pesadelo. Quem viver verá”.

Sempre gostei do trabalho do Levir, mas a reação dele nas entrevistas depois da derrota em casa para o Cerro e ontem para o Nacional em Montevidéu, faz com que me junte ao time de críticos. Ele não pode partir para cima da imprensa e dos críticos sem mais nem menos. Responder a perguntas, simples, sem nenhuma sacanagem implícita, é obrigação de qualquer figura pública. E que ninguém venha me dizer que técnico de futebol não é figura pública, com explicações a dar a milhares e milhões de pessoas. O que ele conseguiu nas duas últimas entrevistas coletivas foi passar insegurança pessoal e desconfiança aos que, como eu, ainda o defendiam.

Mas Levir pode se dar satisfeito, pelo menos por causa do respeito com o qual é tratado, criticado e perguntado. Nosso conterrâneo Enderson Moreira está sob fogo cerrado de toda a imprensa da Bahia, tomando um “pau da gota serena”, como eles dizem. Fazendo a mnha caminhada, ouvi o comentarista Raimundo Varela (de muita audiência no rádio e TV), chamando o Enderson de tudo. “Incompetente” é respeitoso, soa como elogio: “treinador de segunda divisão e olhe lá”. “A diretoria do Bahia arruma um treinador de verdade ou também pede o boné”; “este cara é treinador?”. Sobrou até para o América, no diálogo do Varela com o colega de bancada no programa, João Kalil:

__ Este sujeito veio de onde mesmo?

__ Do América Mineiro!

__ Aí, tá explicado!

E olhem que o Enderson deixou o América em boa situação no Brasileiro da Série A em 2018 e veio para o Bahia para salvar o time do rebaixamento, ganhando três vezes mais que ganhava no Coelho. E conseguiu!

Pacientemente (atributo que adquiriu com muito esforço) o Enderson responde a todas as perguntas, com a compreensão e educação que a função exige de toda liderança. Quando dão na canela dele, nas entrevistas, sobe um pouco a fala, porém no mesmo tom do perguntador, sem excesso de verborragia.

Não sei até que ponto as porradas são justas, já que só os baianos sabem aonde dói o calo e conhecem o dia a dia do time, mas o Bahia está em 5º lugar no campeonato local, correndo sério risco de ficar fora do quadrangular decisivo. Atrás de Bahia de Feira de Santana (15 pontos), Vitória da Conquista, Vitória e Atlético de Alagoinhas, todos com 13, em oito jogos. Falta uma rodada e o Bahia, que tem 12 pontos, além de ter de vencer o Jacupiense na casa do adversário, depende de outros resultados.

A imprensa baiana diz que ele teve os reforços que pediu ano passado, inclusive Guilherme, ex-Cruzeiro, Atlético e tantos clubes, que entrou no segundo tempo no zero a zero com o Vitória domingo, pesadão do mesmo jeito de sempre.

Guilherme (à frente, no site da FBF), pesadão como sempre.

Resumindo: futebol é resultado em campo e paciência tem limite. Quando não o treinador não consegue nem esboçar explicações por maus resultados é porque está na hora de passar o bastão.


Restam poucas vagas para os cursos e workshops do 9º Festival de Fotografia de Tiradentes/2019

A cidade é imperdível, o Festival, idem. Segundo amigos “tiradentinos” é o melhor evento anual de Tiradentes na relação custo/benefício. Já garanti minha presença no “Expedições fotográficas: Viagens e experiência”, em que os fotógrafos mineiros Cristiano Xavier  e João Marcos Rosa conversam sobre a vida de fotógrafo viajante, histórias e relações que transformaram suas abordagens fotográficas da paisagem, natureza, vida selvagem e cultura. Dia 29 de março, sexta-feira, às 20 horas.

A programação é intensa.

Vale a pena conferir o site e escolher o que ver e do que participar:

www.fotoempauta.com.br/festival2019

PALESTRAS: http://fotoempauta.com.br/festival2019/palestras_/

EXPOSIÇÕES: http://fotoempauta.com.br/festival2019/exposicoes/


Ao invés de mudar para reagir na Libertadores, Levir Culpi opta pela mesmice e colhe mais uma derrota

Depois da derrota para o Cerro, Levir Culpi disse que adotaria fórmula diferente para reverter a situação “já no próximo jogo”. Pensei que ele fosse mudar muito o time tanto na escalação quanto na forma de jogar. Contra o Nacional que está com um dos times mais fracos da belíssima história dele, num gramado muito bom, estádio seguro, era noite para Levir ousar e mostrar a todos que a reação atleticana começaria.

Ledo e triste engano. O mesmo do mesmo e depois que tomou o gol, pôs o Guga em campo e começou tirar os volantes, numa tentativa dessas que raramente dá certo. E não deu, mais uma vez. Patric inteiro já é contestado e hoje estava gripado. Levir Culpi surpreende negativamente. Dois jogos, duas derrotas, sem um esboço de reação que dê qualquer esperança ao mundo alvinegro.

Na coletiva após a derrota, respostas vazias, pedido para que se reconheça o mérito do adversário e culpa da “bola que não entra”, impaciência com as perguntas desagradáveis, patadas e ou ironia pra cima do repórter que pergunta. Também é triste ver que raramente um repórter dá troco à altura neste tipo de entrevistado. São outros tempos vividos pela imprensa.

Dos jogadores a mesma coisa, óbvio. Qual subordinado tem coragem de criticar o patrão publicamente?

Frustrante.


Rafael, ótimo goleiro, mas 29 anos e reserva enquanto durar a carreira do Fábio

Rafael com o presidente Wagner Pires de Sá quando foi homenageado pelos 100 jogos pelo Crueiro, em foto do Vinnícius Silva/Cruzeiro

O Fernando Rocha abordou  na coluna dele, no Diário do Aço, de Ipatinga, a situação do Rafael, que ontem voltou a mostrar que tem condição de jogar em qualquer clube do país, mas esbarra em Fábio, incontestável titular cruzeirense. Ele está feliz assim e já recusou propostas para sair e ser titular. Sou da opinião de que cada um sabe onde dói o calo. E se este é o sentimento dele, que assim seja. O Fernando Rocha pensa diferente:

“Na entrevista pós-jogo, o técnico Mano Menezes não poupou elogios a Rafael e revelou que há quinze dias, um clube grande do futebol brasileiro, onde seria titular absoluto,  quis contratatá-lo, mas não deixou. Nascido em Coronel Fabriciano, onde reside sua família, que é de classe média, não sei quem administra sua carreira, mas esta acomodação, há anos na   reserva do goleiro e ídolo da torcida cruzeirense, Fábio, me parece um erro.

  • Rafael chegou ao Cruzeiro com 13 anos de idade e já tem 29 anos, nada demais para jogadores da sua posição, desde que se cuidem bem como parece ser o seu caso. Fábio, 38 anos, continua jogando em alto nível e deve parar daqui há dois anos, passando o bastão para o seu reserva, que ainda poderá brilhar com a camisa celeste por mais alguns anos.
  • Por enquanto, Rafael vive na zona de conforto, mas ao ser efetivado sofrerá comparações e toda pressão de ser o substituto do  maior goleiro e recordista em vestir a camisa do clube. Pode sim continuar a carreira com uma trajetória brilhante, ou então se queimado, como aliás tem acontecido em situação parecida no São Paulo, desde  que Rogério Ceni pendurou as chuteiras. “O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso”. Mário Quintana”

Alerrandro seria um novo Dario? Hora de trocar Ricardo Oliveira por ele?

E Guga? Chegou a hora de efetivá-lo como titular? Não sou desses que têm birra permanente contra o Patric. Ele alterna bons e maus jogos e está longe de ser o maior problema do Atlético. Mas, talvez pela idade e força da torcida, o Guga pode ser mais regular, render mais, já que tem outras perspectivas profissionais e tecnicamente parece ser realmente melhor. No comando de ataque, Ricardo Oliveira com quase 40 anos de idade é jogador para no máximo 45 minutos em alto rendimento. E isso é um elogio sincero que faço, já que poucos jogadores conseguem chegar a essa idade, nessa posição, marcando tantos gols. Mas para uma Libertadores da América ou um Brasileirão, não aguenta 90 minutos rendendo o que é preciso para o time e o que se espera de qualquer jogador de clube que almeja coisas maiores que uma “boa campanha” na disputa em questão. Aquela cabeçada que ele errou no cruzamento do Patric, quando o jogo com o Cerro ainda estava empatado, ele não erraria se estivesse 100% dono de suas totais condições físicas para aquele momento. Quem joga até pelada sabe do que estamos falando aqui e possivelmente já passou por situação semelhante, de não conseguir fôlego ou reflexo para evitar um lance perigoso do adversário ou marcar um gol que certamente marcaria no início da partida. No cruzamento do Chará, ele marcou, mas estava impedido.

Mas, meus prezados e prezadas desculpem-me pelo sumiço daqui ontem e confesso que nem vi o 1 a 0 do Galo sobre o Patrocinense. É duro demais falar de campeonato estadual, qualquer um deles, no meio da disputa da Libertadores da América, principalmente quando os dois principais times do estado estão na disputa. Mas não foi isso que me impediu de vir aqui. É que estou de férias, uma semana, e vim conhecer Morro de São Paulo, na Bahia. Em relação à minha geração, com pelo menos duas décadas de atraso, mas valeu a pena. O lugar é espetacular, excelente estrutura, receptivo turístico acima da média baiana e muito sol. Um voo da Azul liga Confins a Valença em 1h40. De lá, uma lancha nos deixa aqui em 10 minutos. Depois escreverei mais sobre.

Vi o gol do Alerrandro e gostei demais deste comentário do Audísio, que vale a pena ser lido e pensado:

“A quem se determinou chamar de burro com sorte, uma maneira de colaborar com a sorte seria imediatamente substituir o Patrick pelo Guga que praticamente salvou o burro com um cruzamento perfeito ao 45 minutos. Outro ponto e substituir o ancião Ricardo Oliveira o artilheiro dos gols perdidos pelo Alerrandro. Alerrandro parece ser um daqueles casos raros no futebol onde a extrema falta de recursos tecnicos se ajunta com a fantastica qualidade do oportinismo e precisão quase inacreditável o que faz com que estas duas valências juntas forjam nele uma característica típica dos grandes centroavantes. A capacidade de se colocar intuitivamente excepcionalmente bem diante do gol na hora certa. Isso justifica seus numeros quase inacreditaveis no juniores. Foi isso que fez Ystrichi descobrir Dario e os torcedores nem se importavam com suas deficiencias porque sua definicao ultrapassava imensamente suas fatas.Acorda Levir Culpi. Ponha mais meias. Coloque o time para atacar e o Alerrandro para definir. Arrisque. Pare com essa coisa de insistir com Patrick. Voce na maioria das vezes deixou a burrice sobressair apesar da sorte muitas vezes tentar te ajudar.”

Audisio


O início mineiro na Libertadores, as cobranças e razões aos treinadores

Estes e outros assuntos na coluna do Fernando Rocha, que circulará amanhã, no Diário do Aço, de Ipatinga:

* “Torcida irada”

A inesperada derrota do Atlético, na sua volta ao Mineirão,  para o Cerro Porteño, do Paraguai, estreando a fase de grupos da Libertadores, continua mexendo com os nervos da torcida atleticana.

Uma ala mais radical, “p” da vida com o time, chama de “ultrapassado” o técnico Levir Culpi, detona a diretoria pedindo contratações milionárias, enfim, nada escapa da ira dos torcedores.

Compartilho a indignação da torcida alvinegra, mas prefiro ficar “nem muito ao céu, nem muito ao mar”, como diria meu saudoso bom avô, Tatão Rocha, na querida Sobrália da minha infância, aqui nos nossos grotões.

O técnico Levir Culpi a meu juízo não tem nada de ultrapassado, se tratando isto sim, de um dos melhores em atividade no futebol brasileiro, mas que comete erros como todos os outros.

Levir erra ao insistir nas escolhas de alguns  titulares, – Patric, um destes,  não dá mais! -,  como também em relação ao esquema adotado, onde seus três volantes não protegem a defesa, muito menos incomodam lá na frente os adversários.

Alguma coisa precisa ser feita, mas é preciso reconhecer as limitações do atual elenco, impostas pelo momento financeiro vivido pelo clube, cuja diretoria priorizou pagar dívidas contraídas pelos antecessores.

Estilo “Manobol”

A vitória do Cruzeiro sobre o Huracan, 1 x 0, gol de Rodriguinho, no 1º tempo, foi ao estilo “Manobol”, como bem definiu o comentarista Junior Brasil, da Itatiaia/BH.

Este é o jeitinho Mano Menezes de ver e fazer os times que dirige jogar: forte na marcação, seguro na defesa, preciso no ataque, para concluir as poucas chances criadas, enfim,  muito sofrimento para a torcida celeste,  recompensado pela vitória, onde 1 x 0 é goleada, e o mais importante é obtido, os três pontos fora de casa, ainda mais sobre um time argentino.

O que destoou foi a transmissão pelo Facebook, que  fez raiva em muita gente, sobretudo cruzeirenses espalhados pelo mundo,  que tentaram e não conseguiram ver direito as imagens do jogo.

Além de travar insistentemente, o chamado “delay” – diferença entre o tempo real da imagem para a que é entregue -, rebaixou a transmissão do Facebook ao conceito péssimo, ou impossível de assistir.

O gol do Cruzeiro marcado por Rodriguinho, demorou quase dois minutos a chegar na transmissão do Face, enquanto no rádio  foi quase simultâneo, revelando a dificuldade que este novo conceito de mídia terá em se adaptar, pois o “delay” varia de acordo com a velocidade da internet de cada um.

FIM DE PAPO

  • Vale lembrar que o Facebook comprou cerca de 60 jogos da Libertadores, que serão transmitidos às terças e quintas, sem ainda uma definição completa  de quais partidas estarão em sua grade de programação. Que todos cruzem os dedos ou se preparem para sofrer mais raiva, que pode ser amenizada através do velho e bom radinho, onde o “bate forte” Nelcy Ronmão e os demais colegas da latinha, continuam afinados e dando show de competência e criatividade.
  • A conta a ser feita pelo Atlético, após a derrota para Cerro Porteño é esta: reagir e vencer o Nacional, em Montevidéo, nesta terça-feira; ou o próprio Cerro Porteño, em Assunção, além de ganhar as duas partidas que fará contra o venezuelano Zamora. Pensando bem, se o atleticano acha mesmo que a vitória sem emoções fortes, dificuldades quase intransponíveis, não é Galo, então está no caminho certo e não há do que reclamar.   
  • A derrapada do ex-árbitro Leonardo Gaciba, na tal “Central do Apito” criada pela Globo, para auxiliar suas equipes nas transmissões, ocorrida no lance do gol anulado do Galo contra o Cerro logo no início do 1º tempo, só comprova o que todos já sabemos: nem sempre o VAR (árbitro de vídeo), irá resolver todas as questões do jogo envolvendo a arbitragem. Agora, inegável a falta que faz o VAR nesta fase da Libertadores, pois é certo  que reduziria a índices mínimos os erros e injustiças,  cometidos até aqui em grande número pelos assopradores de apito.
  • Não é possível que os clubes tenham passado batido neste detalhe e deixado de pressionar a Conmebol, para que em todos os jogos da Libertadores,  houvesse o emprego dessa tecnologia, indispensável hoje para a manutenção da lisura nos resultados. Como pode a principal competição do continente, uma verdadeira mina de dinheiro, cuja premiação pode chegar perto de R$ 100 milhões, não contar com o árbitro de vídeo em todas as partidas, que inclusive se tivesse sido adotado, na última quarta-feira no Mineirão, poderia ter evitado  a derrota do Galo, pois o gol da vitória paraguaia foi marcado em completo impedimento. (Fecha o pano!)
  • * Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga