Blog do Chico Maia

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Virada sobre o Santos alivia a pressão por uma vitória convincente sobre o Boca

A vitória de virada sobre o Santos passou a sensação de alívio para o técnico Mano Menezes e os jogadores. Afinal, o time não vinha vencendo seus jogos de volta do mata mata das competições em que está envolvido. E terá de passar pelo Boca, de quem perdeu pela Libertadores, em Assunção, e que estará diante do time celeste no Mineirão. Em Buenos Aires o placar foi de 2 a 0.

Mano relata o alívio que sentiu na hora da volta para Belo Horizonte. A fala do treinador cruzeirense à imprensa depois dos 2 a 1: 

– (O Cruzeiro) iniciou bem, controlando as ações, criando boas oportunidade pelo lado, mas mais uma vez escapando, como em outros jogos. Foi um jogo de boas oportunidade dos dois lados. Fizemos dois, poderíamos ter feito três ou quatro. São duas grandes equipes, e a nossa com espírito de superação. Estamos, em setembro, estreando jogador. Tivemos que fazer isso… – Tivemos um pouco de sorte em determinados momentos, sorte que faltou em outros jogos, como a do Gabriel que entrou cara a cara com o Fábio. No jogo da Copa do Brasil, que perdemos para o Santos por 2 a 1, também chutamos duas bolas no poste.


Entre erros de escalações e vacilos dentro de campo o Atlético continua marcando passo

Foto: www.atletico.com.br

Saiu a escalação do Atlético e não entendi o Adilson na reserva. Jogador quando tem algum problema físico ou de renovação de contrato não fica nem no banco. Inteiro e com o contrato em vigor, tem que ser titular, quando tem bola pra isso. É o caso do Adilson.

Também estranhei Tomás Andrade titular e jogando pela direita, supostamente para ajudar ao Emerson. Com um minuto e meio de jogo o lateral tomou um drible horroroso de um flamenguista, que cruzou e encontrou o Willian Arão, livre da silva, quase na marca do pênalti, que não perdoou: 1 a 0 pro Flamengo.

O estágio que o Thiago Larghi está fazendo no comando do Atlético está custando caro demais para a torcida, que apoia, viaja pra gritar feito louca, como hoje no Maracanã, e volta pra casa frustrada.

O elenco não é tão ruim como se fala. Faltam peças de reposição à altura para a maioria das posições, mas quando são escalados os jogadores certos nos lugares certos e com as missões táticas certas, bons resultados acontecem. Mas isso é muito pouco para as pretensões alvinegras. Thiago Larghi ainda não aprendeu a mexer este doce até que chegue ao ponto certo.

Por outro lado, que pena que o tempo não perdoe ninguém. Jogadores como Leonardo Silva deveriam ter vida útil mais longa dentro de campo para marcar gols como o do empate de hoje e dar exemplo de garra e determinação como faz em todo jogo. Há outros mais velhos no atual time do Atlético, como Vitor e Fábio Santos, que também são especiais, mas que estão sofrendo pelo fato de o time estar desajustado demais. Estamos chegando ao fim da temporada, mas a cada jogo ocorrem erros que não poderiam ocorrer mais. Já deveriam ter sido superados. Aí a bomba explode no colo dos mais famosos e experientes. O próprio Elias alterna bons e péssimos jogos, muitas vezes por estar jogando fora da posição ou com companheiros mais novos que não dão conta de acompanha-lo.

Ricardo Oliveira tem cadeira cativa, mesmo mal. Seu reserva imediato, Denilson, não inspira confiança em ninguém. Ou joga ou que seja dispensado.

Um treinador mais rodado já teria arrumado essa casa, além de ter indicado melhores opções de contratações e dispensados alguns que não tem a menor condição de jogar no Galo.


Verdades e ou cornetadas que a diretoria do Atlético deveria ler e pensar

Em foto do Bruno Cantini, no site do Galo, o apoio atleticano no Maracanã contra o Flamengo

Entre jornalistas e torcedores, alguns twitteiros que sigo e que manifestam opiniões muito interessantes. Além de informações e questionamentos valiosos: 

Victor Martins‏ @victmartins 

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Diziam que o Atlético ter apenas o Brasileiro para disputar seria uma vantagem, teria mais tempo para treinar. Mas o que vejo em campo é um time que parece pior a cada rodada. Pode até virar o jogo, mas é outra atuação pífia no Brasileirão.

Gilbert Campos‏ @GilbertFutebol 

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Como queimar um jogador!!! O técnico erra na escalação e posicionamento do time e quem paga o pato é o atleta.

Andre Pelli‏ @delegadoandre 

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O Ricardo Oliveira não disputa a bola. Não finaliza. Não incomoda a defesa… e segue intocável.

Victor Martins‏ @victmartins 

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Ricardo Oliveira não está bem. Errando demais. Mas não tem como sair. Reserva é o Denilson, aquele que custou uma grana e tem cinco anos de contrato.

Victor Martins‏ @victmartins 

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Victor Martins retweetou Fred Melo Paiva

O time está mal treinado. Isso puxa todo mundo para baixo. Tanto que recentemente não tem se salvado quase ninguém. E quem vem mal, fica ainda pior.

Igor Assunção‏ @Igortep 

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Que medo é esse de ver se o Hulk pode ou não assumir a titularidade?


América fez o jogo certo e retorna com ponto precioso de São Paulo

Ótimo resultado do América no Morumbi. Travou o líder São Paulo e deu a chance ao Internacional de assumir a liderança do campeonato novamente. Adilson Batista optou por fechar totalmente o time, acreditando num lance genial de algum de seus jogadores ou na falha de um sãopaulino. Não teve nem uma nem outra dessas situações no primeiro tempo e terminou levando um gol aos 46 minutos. É raro algum time jogar só na defesa e não tomar gols. A pressão fica insustentável, ainda mais com o estádio com muita gente, como foi nesta tarde no Morumbi.

Com o placar desfavorável, Adilson tinha que fazer alguma coisa e escalou Matheusinho e Robinho nos lugares de Ruy e Juninho. As mexidas funcionaram e o empate veio por intermédio do Matheuzinho, aos 35. Depois disso, uma nova segurada e o retorno a Belo Horizonte com um ponto precioso que deixa o Coelho em 10º lugar, com 31 pontos.

Adilson não tinha opção melhor de estratégia para conseguir um bom resultado nesta partida. O elenco sãopaulino é mais qualificado, além de estar jogando em casa.


Vale a pena ler de novo: O VAR, o efeito “manada dominante” e a omissão de setores importantes da imprensa nacional

Postagem direto de Moscou, no dia 13 de julho de 2018 às 07:48

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Polêmicas da arbitragem nunca vão acabar no futebol. Nesta foto do Globoesporte.com, o argentino Nestor Pitana, que apitará a final da Copa. Em 2013 ele expulsou Richarlyson no primeiro jogo da final da Libertadores, em Assunção, aos 44 do segundo tempo. Depois disso o Olímpia fez 2 a 0, o que fez muita gente pensar que o título estava perdido.

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Meus prezados e prezadas do blog, convido a vocês a uma discussão importante e gostaria de saber o que pensam sobre a bola da vez do futebol mundial: o Árbitro de Vídeo, que foi destaque da Copa da Rússia, tanto quanto os jogadores que mais sobressaíram, as ótimas seleções semifinalistas e o retorno da Inglaterra à prateleira de cima do futebol mundial.

Parece que veio pra ficar. Demorei pra concluir o que penso, exatamente para avaliar prós e contras, depois de uma experiência prática da novidade, consistente, como foi na Copa. Estou há décadas no futebol, como profissional da comunicação, que tem a obrigação de prestar muita atenção em tudo que envolve o mundo da bola. Conclui que, da forma que está implementado, o VAR é apenas mais um mecanismo propício à fabricação de resultados de acordo com os interesses dos eventuais donos do poder, do tal “sistema”. VAR para julgar “interpretação” é o fim da picada. Fosse apenas para esclarecer dúvidas visuais, claras, vá lá, mas dessa forma, resultados de jogos continuarão a ser decididos de forma estranha, muitas vezes em gabinetes e subterrâneos do futebol.

Um dos mais brilhantes advogados do país, Lásaro Cândido da Cunha, mineiro de Patos de Minas, escreveu um artigo no dia três de julho, que vale a pena ser lido. Ajudou-me na minha conclusão sobre o assunto:

* A instantaneidade das comunicações e os reflexos nos debates nacionais no Brasil atual

Por Lásaro Cândido da Cunha

A expansão do sistema de comunicação dos dias atuais, incrementado pela penetração das redes sociais, têm provocado efeitos diretos na atuação nos programas de debates televisivos e radiofônicos, fenômeno que ocorre inclusive em decisões até do Supremo Tribunal Federal – STF.

Com raras exceções, programas jornalísticos de opinião e esportivos, passam a trilhar consensos em interpretações pré-constituídas e acríticas relativamente a aspectos factuais do futebol, da política e até em julgamentos realizados pela Suprema Corte do país.

Nesse cenário, se o time ganha (apenas num exemplo básico), a regra universal é dar eloquência aos esquemas táticos, estratégias e destaque aos jogadores, num efeito manada dominante e arrasador.

Nesses ingredientes, novidades que transformam o torcedor num pretenso detentor do controle do espetáculo, como o VAR, por exemplo, ganha ares de supremacia incontestável, devendo por essa razão ser replicado localmente e de imediato em todos os campeonatos, sendo “irrelevantes” os procedimentos e custos dessa implantação.

Essa voz acrítica não considera que o VAR adotado na Copa do mundo tenha utilizado de pelo menos cinco árbitros para cada partida, além dos assistentes técnicos. Além valer-se de infraestrutura dos padrões impostos para a competição global.

Pouco importa para os formadores em massa da onda de utilização imediata do VAR os custos, quem os assume, os protocolos pertinentes e os modelos de transparência que seriam adequados para o funcionamento da nova tecnologia. (mais…)


Antes da Copa, vice do Atlético previu que absurdos como este contra o Cruzeiro ocorreriam

Se existisse racionalidade no futebol essa expulsão do Dedé serviria como exemplo para uma ampla discussão sobre as arbitragens e fórmulas para se diminuir injustiças. Em tempos de empolgação geral com o VAR, nem ele consegue acabar com as dúvidas, erros graves e evitar resultados com a interferência do apito.

Lembro-me da opinião do Dr. Lásaro Cândido da Cunha aqui no blog, antes da Copa do Mundo, repudiando o poder de interpretação dado pela FIFA aos árbitros também na utilização do VAR. Absurdo dos absurdos, que permite aos apitadores e às entidades controladoras do futebol mundo afora, manipularem resultados. Só que o Dr. Lásaro é vice-presidente do Atlético e tomou todo tipo de porrada, principalmente dos cruzeirenses, nesta postagem sobre o assunto.

Até não percebi má intenção desse paraguaio, Eber Aquino, na maior parte do jogo, mas o lance da expulsão do Dedé foi decisivo, em que ele errou feio e ainda usou o VAR para sacramentar a lambança.

Somado ao futebol abaixo da expectativa do time comandado pelo Mano Menezes, 2 x 0 não é um placar desesperador, já que a decisão da vaga será em Belo Horizonte, dia quatro de outubro.


Agora ex-árbitro e quase novo jornalista, Sandro Meira Ricci não reconhece que errou naquele Corinthians 1 x 0 Cruzeiro em 2010

Uma boa entrevista do Sandro Meira Ricci, árbitro que teve boas atuações na Copa da Rússia e resolveu se aposentar logo depois, aos 43 anos de idade. Foi o destaque do programa Bola da Vez, do canal ESPN, desta terça-feira, numa ótima conversa com o João “Canalha”, o também ex-árbitro Sálvio Spínola e o jornalista Paulo Cobos.

Falou que a atuação que gerou mais polêmica em sua carreira foi o lance do pênalti do zagueiro Gil (Cruzeiro), no Ronaldo (Corinthians), em 2010, mas que tem certeza que não errou na marcação. Contou que sofreu muitas ameaças na época e que até hoje o assunto rende.

Sobre o futuro, fez curso de pós-graduação em jornalismo, está se preparando para atuar na TV, redes sociais e possivelmente se tornar um “youtuber”, em projeto junto com a esposa, a também ex-árbitra Fernanda Colombo.


Mano Menezes dá entrevistas que valem a pena; as de muitos jogadores e treinadores são descartáveis

Mano Meneses e Thiago Larghi, em foto do O Tempo

Não perco tempo de ouvir entrevistas da maioria dos jogadores e de grande parte dos técnicos. De outros, faço questão. Aqueles que dizem coisa com coisa e acrescentam. Mano Menezes está neste seleto grupo de “outros”. À exceção de momentos de exageros em relação a arbitragens, toda entrevista dele vale a pena ouvir. Depois deste zero a zero insonso de hoje, por exemplo. Deu uma aula para boa parte dos companheiros jornalistas, ao afirmar que a imprensa, torcidas e quem mais quiser, pode e deve chamar o time que ele chama de “alternativo”, de reserva: “Eu é que não posso!” Claro, faz parte do trabalho dele valorizar o grupo que comanda, mas qualquer outro mortal não tem que ficar cheio de dedos em situações como essa. Outra coisa óbvia que ele disse, mas que a imprensa trata como se fosse novidade ou mistério: não tem nenhum jogo fácil no Brasileiro, principalmente em clássicos. Qualquer reserva, seja do Cruzeiro, seja do Atlético, vai “comer grama” e dar trabalho demais para o arquirrival, por mil motivos. Mano também não entrou nessa de botar pilha na rivalidade e gozar o principal rival. Perguntado pelas medidas restritivas da diretoria do Cruzeiro à torcida do Atlético, falou que não é assunto dele, porque não gosta palpites no trabalho dele e só dá palpites no trabalho da diretoria quando é chamado a opinar. Perguntado sobre 50% das torcidas nos clássicos, foi claro: “É muito bom ver a festa meio a meio nas arquibancadas”.

Já as entrevistas do Thiago Larghi são previsíveis e pouco interessantes. Ouço porque deve de ofício, porque é técnico do Atlético. Mas, defendo-o em muitas situações, como por exemplo: o atleticano Marcus Vital questionou-me via twitter: “Chico creio q vale um comentário em seu blog sobre o Thiago Largui, péssimo em suas escolhas nas últimas rodadas. Já deu a desculpa que está reconstruindo time, perdemos apenas dois titulares em relação ao 1o semestre.”

A maior crítica que faço ao técnico atleticano se refere a algumas opções equivocadas que ele adota em função da inexperiência, mas acho-o um bom treinador, que tende a se equiparar aos melhores do país, em pouco tempo. Contra o trabalho dele pesa a qualidade técnica do elenco que tem nas mãos, em função do aperto financeiro do clube e da política responsável, de equilíbrio da “água com o fubá” adotada pelo presidente Sérgio Sete Câmara.

Hoje, por exemplo: Luan tem que ser substituído, mas Larghi tem Edinho como peça de reposição. Precisa dizer mais alguma coisa?


O jogão foi um joguinho esta tarde no Mineirão

Foto do Bruno Cantini/Atlético

O empate sem gols desta tarde no Mineirão foi a cara das atitudes das diretorias dos dois clubes neste e nos clássicos anteriores: da pior qualidade. O que costumamos chamar de “jogão” foi um joguinho, frio, sem emoções. O futebol praticado pelos dois times foi sofrível. O time reserva do Cruzeiro se transformou com a entrada do Thiago Neves e passou a apertar mais a defesa atleticana. Por outro lado, quando Thiago Larghi teve que mexer no Galo, chamou Edinho para entrar no lugar no Luan. O que esperar de um Edinho num clássico como este? Ele perdeu uma bola no meio de campo que quase deu em gol cruzeirense.


Contra o Botafogo faltaram ao América um finalizador e a torcida

A gordura acumulada pelo América continua dando a ele o conforto de não entrar em desespero depois de uma derrota, como a de hoje contra o Botafogo. Perdeu jogando bem e pagando o preço de desperdiçar tantas oportunidades criadas. Falta ao Coelho o que falta a 100% dos concorrentes neste Brasileirão 2018: um finalizador implacável, que aproveite mais as chances que tem.

O jogo foi no Engenhão e até a torcida que iria apoiar o time lá no Rio, só pode fazê-lo pela metade. O ônibus quebrou na descida de Petrópolis e a Avacoelhada e cia. só chegaram ao estádio quando faltavam 10 minutos para acabar o primeiro tempo e a Botafogo já vencia por 1 a 0.

Mesmo assim o Coelho mantém a 12ª posição na classificação e terá outra parada duríssima na próxima rodada, sábado, contra o São Paulo, na capital paulista.