Contas da gestão Gilvan de Pinho Tavares não foram aprovadas nem rejeitadas na reunião de ontem do Conselho Deliberativo do Cruzeiro. Troca de acusações entre os ex-presidentes do clube ganhou o noticiário nas últimas horas.
Reportagem do Superesportes: * ‘Irresponsável’: Gilvan ataca Zezé Perrella após reunião tensa no Conselho do Cruzeiro
Ex-presidente se irrita com Perrella após ter números contestados
Durante os seis anos em que presidiu o Cruzeiro, entre 2012 e 2017, Gilvan de Pinho Tavares raramente saiu do sério. Na noite dessa quarta-feira, quatro meses depois de deixar o cargo máximo do clube, ele trocou o discurso pacífico que lhe é peculiar pelo ataque. Tudo por conta da postura e de declarações do novo presidente do Conselho Deliberativo, o senador Zezé Perrella, acerca dos números da gestão de Gilvan no Barro Preto. O clima entre eles já tinha azedado na eleição presidencial de outubro passado, quando Zezé apoiou Sérgio Rodrigues e Gilvan respaldou a candidatura de Wagner Pires de Sá, que acabou eleito para a sucessão. À época, Perrella dirigia duras críticas à gestão de Pinho Tavares, principalmente por considerá-la ultrapassada. O então mandatário respondia com seus feitos: o bicampeonato brasileiro (2013/2014) e o penta da Copa do Brasil (2017).
Nesta quarta-feira, os dois tiveram uma discussão acalorada na reunião do Conselho Deliberativo que tratava do balanço financeiro de 2017, último ano da gestão de Gilvan. Perrella alegava que seria um erro submeter os números do clube à votação pelo fato de os conselheiros não terem recebido o documento com antecedência mínima de 15 dias para apreciação. Pinho Tavares rebateu lembrando que a função de repassar os dados das finanças ao Conselho cabia justamente a Zezé, presidente do órgão.
Por fim, a votação acabou adiada para o mês de maio. Diante disso, o balanço financeiro de 2017 será publicado oficialmente esta semana sem ser aprovado ou reprovado pelos conselheiros, algo inédito no Cruzeiro. É que a Lei Pelé exige a divulgação dos números de entidades esportivas até o fim de abril, sob pena de sanções, como o eventual afastamento do presidente executivo, no caso, Wagner Pires de Sá. (mais…)