Blog do Chico Maia

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Nem “reforçado” pelos campeões mundiais Adriano Gabiru e Perdigão, Inter conseguiu passar pelos reservas do Cruzeiro

Aí surgiu o Rafael, reserva do Fábio, que fechou o gol. Em mais uma ação de marketing, voltada para os sócios torcedores, o colorado levou dois jogadores das antigas para sentar na arquibancada e a ajudar levantar o astral de todos. A notícia está no portal Zero Hora:

“O Inter teve, atrás do gol, na arquibancada Sul, dois torcedores ilustres no empate em 0 a 0 com o Cruzeiro, pela terceira rodada do Brasileirão.

Campeões mundiais em 2006, Gabiru e Perdigão assistiram à partida e animaram os torcedores onde a torcida organizada Guarda Popular costuma ficar.

A dupla entoou cânticos da torcida durante a partida, atendeu fãs e tirou muitas fotos. No segundo tempo, Perdigão e Gabiru abriram espaço para um deficiente visual que sonhava em conhecê-los.

Em um camarote próximo, o também campeão mundial e atual coordenador técnico das categorias de base do Inter, Iarley, também viu o confronto…”


Atlético fez ótimo jogo e venceu, mesmo com árbitro de vídeo “fake” ajudando novamente o Corinthians

O técnico Tite estava no Independência e viu um ótimo jogo. Mais uma vez o Corinthians acusado de estar contando com o “árbitro de vídeo” em seus jogos, seu favor, como na conquista do campeonato paulista em cima do Palmeiras. O comandante da seleção brasileira deve até ter ouvido o Igor Tep Assunção, da 98FM (na foto entrevistando o Roger Guedes) gritar revoltado: “Olha esse filho da puta desse Dewson Freitas!!!”. Era contra o árbitro paraense, que confirmou o gol do Roger Guedes no primeiro tempo, deu cartão amarelo para o goleiro Cássio, por reclamação, e depois, alertado “pelo além”, voltou atrás. Anulou o gol e também o cartão. A bola realmente pegou na mão do Ricardo Oliveira, mas o atacante não teve intenção e além do mais o apitador não viu, para poder dizer que “interpretou” como intencional o toque.

Felizmente no segundo tempo o Roger Guedes voltou a marcar e a arbitragem não teve como anular. Placar magérrimo pelo que o Atlético jogou. Merecia mais que 1 a 0, mas esbarrou no sistema defensivo quase perfeito corintiano. Duas bolas na trave, grandes defesas do Cássio, um pênalti não dado no Ricardo Oliveira no primeiro tempo. O time todo foi bem, com destaque para a garra demonstrada. Certamente embalado pela torcida, que incentivou o tempo todo. Aplaudia até passe errado. Não havia bola perdida e o ritmo intenso não deu trégua ao Corinthians, que fez o seu jogo de sempre: aposta no erro do adversário, que hoje não ocorreu.

Uma vitória cuja importância vai além dos três pontos e a subida para a terceira colocação do Brasileiro. Aumenta a autoestima do time, teve a terceira boa atuação nas três rodadas iniciais do campeonato. Perdeu para o Vasco de virada, por falhas infantis, mas fez um bom jogo.


O ensinamento que o Guardiola passa no livro dele, mas que a maioria do futebol brasileiro finge não saber

Neste eterno mar de clichês e mais do mesmo que predomina na imprensa esportiva, ouço, leio e vejo companheiros falando que “tal jogo será uma decisão” para o time tal no campeonato brasileiro. Ora, ora, por pontos corridos, turno e returno, todo jogo é uma decisão. Não existe a história de recuperar os pontos perdidos no jogo anterior. Por um gol ou um ponto um time pode ser campeão, ser rebaixado ou conseguir uma vaga de consolação em algum torneio continental. Pior é ver treinadores, dirigentes e jogadores embarcando neste discurso furado.

O Fernando Rocha, do Diário do Aço, de Ipatinga, citou um ótimo exemplo na coluna dele: “… Podem ocorrer surpresas e aparecem possibilidades de brigar na parte de cima da tabela… e até mesmo flertar com a zona de rebaixamento. O que ninguém deseja é ver o seu time figurar na chamada “zona da degola”… deveria servir de alerta para todos os clubes participantes, a chamada “Lei Guardiola”,  do melhor treinador de futebol do mundo, revelada por ele no livro “Guardiola Confidencial”, publicado aqui no Brasil pela Editora Saraiva, a respeito de competições longas, por pontos corridos, que exigem regularidade, como é o caso do nosso Brasileirão: – O título se ganha nas últimas oito rodadas e se perde nas oito primeiras, disse o atual treinado do Manchester City. A frase pode ser dita dos dois modos, ou seja, até de trás prá frente, que daria na mesma coisa…”

 


Eterna hipocrisia: temos até um ex-presidente da república preso, mas nenhum cartola do futebol

Oba oba danado na repercussão do banimento do Del Nero do futebol. A imprensa solta foguetes. Mas o sujeito continua solto, curtindo a vida e não devolverá nada do que amealhou. E ainda elegeu seu afilhado para sucedê-lo no comando.

O Brasil sempre soube dessa turma, do futebol e da política brasileira. A Justiça, o Congresso, os sucessivos governos (incluindo os militares) e principalmente a grande imprensa. Ninguém nunca pôs a mão neles. Parte considerável da imprensa era aliada deles e se beneficiava das mordomias e maracutaias. Bajulando-os ou se omitindo em suas bandidagens. A Havelange a punição foi “apenas” a execração publica, já que morreu sem ir pra cadeia. Aspas no apenas, porque para ele foi uma dura punição. Uma das figuras mais vaidosas que o esporte já produziu. Doeu muito nele, aos quase 100 anos de idade, ser desmascarado, desmoralizado e passar a frequentar os noticiários policiais. Se achava o máximo e tinha certeza de que nunca seria apanhado.

O FBI cuidou de Marin, que está enjaulado nos Estados Unidos. Os demais, estão correndo o risco de pagar porque a polícia e a justiça internacionais agiram. Tanto que não saem do Brasil de jeito nenhum. O mesmo Brasil que deu e dá asilo político a famosos ditadores apeados do poder, terroristas, mega-ladrões e etecetera. Até um dos mais detestáveis carrascos nazistas (Josef Mengele) viveu e morreu aqui, sem ser incomodado por nossas autoridades. A alegação é que as nossas leis os protegem. Mas quem detém o poder não as muda de jeito nenhum. Hipocrisia e mentira verde e amarela, eternas. À direita, à esquerda e ao centro, somos o país da impunidade, No máximo, punição seletiva! Terra do “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

No futebol a impunidade é pior. Uma lei à parte, tácita, que envolve os três poderes, nas instâncias municipais, estaduais e federal. Temos um ex-presidente da república preso, mas nenhum cartola do futebol.

E não venham me dizer que “a partir de agora a coisa muda”, pois nada mudará. Ouvimos este papo enganador desde o impeachment de Collor.


Goleada valeu o segundo lugar ao Cruzeiro e jogo com o Vasco será decisivo

O Cruzeiro tornou fácil um jogo que poderia ter sido difícil, caso não marcasse um gol logo no início. O Universidade Chile é muito inferior, passa por mau momento no campeonato chileno, mas veio para se defender de qualquer jeito. Ao tomar o primeiro gol, de falta, do Thiago Neves, aos 9 minutos, foi obrigado a se abrir e não teve como fechar a porteira. Tomou mais seis, sem oferecer maiores resistências.

Com o isso o Cruzeiro assumiu a vice-liderança do grupo e jogará contra o Vasco, no Rio, quarta-feira que vem, 21h45. Universidade Chile vai à Argentina, pegar o Racing, quinta-feira.

E o Alex Souza, comentarista do blog, escreveu:

“Boa e necessária vitória para colocar o time em condições de disputar vaga na próxima fase.
Agora as coisas estão um pouco mais equilibradas no grupo. O time precisa manter a mesma disposição e foco, pois é preciso fazer resultado em duas partidas difíceis diante de Vasco da Gama (RJ) e Racing (BH).
Aguardemos para ver que time irá a campo nas partidas que faltam.O 7 a 0 não altera muita coisa; La U também tem 5 pontos e visitará o Racing, fechando contra o Vasco.
Aguardemos também para ver qual será a postura do Cruzeiro nas próximas partidas pelo Brasileiro.
Obs: Importante a vitória do Palmeiras sobre o Boca Jrs na tal La Bombonera; o time argentino é bom e, jogando bola, construiu o renome, contudo, é muito time que vai jogar lá e já entra derrotado pelo MITO que foi criado em torno daquele estádio. Libertadores é recheada dessas coisas sobre pressão de torcida, arremesso de objetos, peitada em adversário, proibição de treino de reconhecimento de gramado, catimba, espírito de Libertadores, “la copa se mira y no se toca”, fugir de argentinos no sorteio, altitude, racismo… Bom ver essas fantasias caindo por terra. Jogar bola é sempre o melhor caminho.”


Novo lateral direito já treina no Galo. Maior investimento em aquisições até agora

Thiago Nogueira‏ do SuperFC twittou esta foto e escreveu: @thiagonoggueira: “Lateral Emerson (à direita), que veio da Ponte Preta, faz o primeiro treino com os novos companheiros em campo. Clube deve confirmar a regularização ainda hoje.

O Frederico Ribeiro, do Hoje em Dia deu mais detalhes sobre essa e demais aquisições do Galo nos últimos meses. @Fredfrm: “Atlético anuncia a chegada do lateral Emerson. É o nono reforço de 2018, e o primeiro a ser transferência onerosa e definitiva.”


Horário diferente para jogo em que o Cruzeiro tem de vencer

Cruzeiro e Universidade Chile jogam às 19h15 pela Libertadores e só a vitória interessa a Mano Menezes e seus comandados. Individualmente o adversário é o mais fraco do grupo, por isso, espera-se uma retranca das mais difíceis no Mineirão. Com paciência e calma caso o gol não saia nos primeiros minutos.

O site do Cruzeiro traz informações muito interessantes dos dois times e detalhes para quem for ao estádio: Tudo que você precisa saber sobre a partida entre Cruzeiro e La U”

Press Kit do Cruzeiro sobre a partida desta noite pela Copa Libertadores da América, em português e espanhol:

https://www.cruzeiro.com.br/index.php?section=conteudo&id=14676


Na briga entre os ex-amigos Gilvan e Perrella, pode sobrar para o presidente Wagner Pires de Sá

Contas da gestão Gilvan de Pinho Tavares não foram aprovadas nem rejeitadas na reunião de ontem do Conselho Deliberativo do Cruzeiro. Troca de acusações entre os ex-presidentes do clube ganhou o noticiário nas últimas horas.

Reportagem do Superesportes: * ‘Irresponsável’: Gilvan ataca Zezé Perrella após reunião tensa no Conselho do Cruzeiro

Ex-presidente se irrita com Perrella após ter números contestados

Durante os seis anos em que presidiu o Cruzeiro, entre 2012 e 2017, Gilvan de Pinho Tavares raramente saiu do sério. Na noite dessa quarta-feira, quatro meses depois de deixar o cargo máximo do clube, ele trocou o discurso pacífico que lhe é peculiar pelo ataque. Tudo por conta da postura e de declarações do novo presidente do Conselho Deliberativo, o senador Zezé Perrella, acerca dos números da gestão de Gilvan no Barro Preto. O clima entre eles já tinha azedado na eleição presidencial de outubro passado, quando Zezé apoiou Sérgio Rodrigues e Gilvan respaldou a candidatura de Wagner Pires de Sá, que acabou eleito para a sucessão. À época, Perrella dirigia duras críticas à gestão de Pinho Tavares, principalmente por considerá-la ultrapassada. O então mandatário respondia com seus feitos: o bicampeonato brasileiro (2013/2014) e o penta da Copa do Brasil (2017). 

Nesta quarta-feira, os dois tiveram uma discussão acalorada na reunião do Conselho Deliberativo que tratava do balanço financeiro de 2017, último ano da gestão de Gilvan. Perrella alegava que seria um erro submeter os números do clube à votação pelo fato de os conselheiros não terem recebido o documento com antecedência mínima de 15 dias para apreciação. Pinho Tavares rebateu lembrando que a função de repassar os dados das finanças ao Conselho cabia justamente a Zezé, presidente do órgão. 

Por fim, a votação acabou adiada para o mês de maio. Diante disso, o balanço financeiro de 2017 será publicado oficialmente esta semana sem ser aprovado ou reprovado pelos conselheiros, algo inédito no Cruzeiro. É que a Lei Pelé exige a divulgação dos números de entidades esportivas até o fim de abril, sob pena de sanções, como o eventual afastamento do presidente executivo, no caso, Wagner Pires de Sá.  (mais…)


Saudosismo e injustiças dificultam a afirmação de jovens promessas no Atlético

Início dos anos 1970. Cerezo chegava com tudo, mas Vanderlei Paiva era titular e ídolo da torcida. Mazurkiewcz, Getúlio, Grapete, Silvestre, Cláudio Mineiro e Vanderlei Paiva; Arlem, Campos, Toninho Cerezo, Reinaldo e Nilson.

Em quase todos os grandes clubes é assim, mas no Galo, conheço bem, por ter sido repórter setorista lá durante muito tempo. Não é de hoje. Eu era criança e me lembro do Toninho Cerezzo retornando do Nacional de Manaus, jogando e correndo demais, pedindo passagem no time principal do Atlético. Mas tinha o Vanderlei Paiva no caminho. O famoso “carregador de piano” era ídolo da massa, que não gostava da ideia de vê-lo fora do time. Porém, a diferença era grande demais. O time passava aperto contra qualquer adversário com o Vanderlei e bastava o Cerezo entrar no lugar dele para tudo mudar e o time vencer sem maiores dificuldades. Até que não teve jeito. Cerezo virou titular absoluto e o Vanderlei recebeu todas as homenagens a que tinha direito e foi jogar na Ponte Preta.

E mexer com os velhos ídolos pesa também. Muita gente boa da imprensa não gosta de tocar no assunto porque envolve jogadores muito importantes da história do clube: Leonardo Silva, o capitão artilheiro, por exemplo. Dia 22 de junho fará 39 anos. Impossível um zagueiro atuar em alto rendimento nessa idade durante 90 minutos. Velocidade, reflexos, contusões, tudo contra, em comparação com atacantes jovens e velozes que vão pra cima com tudo o que têm direito.

Aí, a nova geração que está chegando paga a conta. A cobrança para cima do jovem Gabriel é exagerada e beira a covardia. Impressionante como jogadores que saem da base do Atlético não podem contar com a mesma paciência que colegas da imprensa e boa parte da torcida têm com jogadores que são contratados longe de Minas. Mesmo tendo este Bremer o Atlético foi buscar Maidana no São Paulo. Se fosse um grande zagueiro não seria cedido pelo clube paulista com a facilidade que foi. E o Felipe Santana? Até hoje não justificou o altíssimo investimento feito nele. Impossível entender essa aquisição.


Henrique tem e não tem razão de reclamar das cobranças da torcida do Cruzeiro

Incomodado com as críticas e cobranças, o volante Henrique desabafou na entrevista coletiva na Toca da Raposa: “A gente sabe que o torcedor é muito emocional e de imediatismo. Esquece muito rápido as coisas. Todos só olham para o agora, mas esquecem o que já foi feito… Isso infelizmente é natural no futebol”.

Henrique completará 33 anos de idade dia 16 de maio. Ele tem razão em quase tudo o que disse, mas se esquece “apenas” que o tempo passa e ninguém é eterno. O que foi feito, e bem feito por ele e demais jogadores que conquistaram títulos, passou. O torcedor que novos títulos e bola nas redes adversárias.

Não fosse isso, os cruzeirenses gostariam de ter ainda o Piazza como seu principal volante e líder. Como diz o filósofo popular diamantinense, Waldívio Marcos de Almeida, “o tempo é praga e arregaça com o sujeito”.