Apesar de ser um dos poucos clubes do Brasil a ter um belo e confortável estádio, o América mandará seu jogo contra o líder do Brasileiro no Estádio do Café, que também é bom, mas fica no Paraná.
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O Júlio César Ramos, comentou aqui no blog: “Chico, voce ta fazendo media com a diretoria do America ! Não é não ?!? Isso é mais ou menos como “esfregar a pimenta no olho do outro e depois assoprar”.
Ô meu caro Júlio, você (a quem sou muito grato, mesmo sem conhece-lo pessoalmente) é participante antigo do blog e sabe que não faço média nem com a diretoria do Galo, o meu time. Frisei que não entraria no mérito das justificativas do América à Carta do Márcio Amorim, porque não era o caso naquele momento, mas fui dos primeiros (e quase único) da imprensa a criticar essa e as possíveis outras vendas de mando. O que elogiei foi o rápido retorno e o próprio ato de retornar, coisa raríssima de um clube de futebol a seus torcedores, principalmente em Minas. Experimente escrever ao seu clube do coração e me diga se terá retorno e quanto tempo depois!
E,como previu o Edson Dias em seu comentário “…e eu duvido que ela (a resposta da diretoria) vá convencer ao Márcio Amorim…”. Não convenceu, e ele foi à “réplica”, como sempre, educadamente, como deveriam ser as relações entre as pessoas e instituições, mesmo nas divergências. O que é esperar demais no Brasil, principalmente no futebol, né não?
Vejam aí a reação do Márcio:
* “Caro Chico!
Você tem razão em se surpreender com a delicadeza do Conselho, ao responder a um simples torcedor. Eu também fiquei surpreso, gratificado e agradecido. Definitivamente, como você disse, não é o que se espera, principalmente nos meios esportivos.
Entendo todas as colocações que foram feitas e, antes de redigir a minha carta, eu já tinha em mãos um levantamento detalhado de cada jogo no Independência. Poucos, pouquíssimos, não operaram no vermelho.
Entendo que fica muito difícil fazer futebol profissional, acumulando prejuízos.
Continuo ao lado do América, o que não me impede de discordar de tudo que foi feito na Série A.
Desde o início, no jogo contra o Fluminense. Por se tratar de uma estreia em casa, contra um grande time, comemorando o acesso e o título mineiro, a diretoria falhou ao não praticar preços promocionais para encher o campo.
Foram dois mil e poucos pagantes por causa de um preço exorbitante. Entendo que, com preços populares, dez mil pessoas dariam um lucro razoável para a estreia. Some-se a isto uma derrota!
Infelizmente, quem escreveu a carta não foi somente o torcedor fanático que existe em mim. Foi o torcedor que se sentiu enganado e não vale a pena repetir tudo de novo.
Eu entendo todas as explicações, agradeço a atenção inesperada, mas o torcedor enganado continua reclamando o direito adquirido de ver os grandes times brasileiros em nossa casa.
Não jogo a toalha, mas fui tomado pela mesma apatia do time em campo contra o Coritiba. Talvez eles próprios estivessem sonhando com uma reação contra o líder na nossa casa cheia.
Agradeço todas as tentativas absurdas de se levar o torcedor a Londrina. Londrina não é bairro de Belo Horizonte para você concordar tão somente com um “está bem! Vamos lá!”. Para um trabalhador, muitas vezes, é difícil se deslocar de Contagem, por exemplo, para o bairro do Horto, chegar tarde em casa tarde e trabalhar no dia seguinte.
Enfim: Tudo está consumado! Tudo! Tudo!”