Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

A cirurgia de Alexandre Kalil e o começo do Campeonato Mineiro com as mesmas mazelas de sempre

Alexandre Kalil twittou: ‏@alexandrekalil “Senhor time. Obrigado, Taís, Juliana, Dr. Rodrigo, Dr. Felipe, Dr. Bráulio, Dr.ª Daniele, Dr. Otaviano e Dr. Mateus.”

Um agradecimento à equipe médica que o operou de uma fratura no pé direito na semana passada, enquanto caminhava. Já está em casa, onde ficará uns dias de molho.

Enquanto isso começa o mais do mesmo neste fim de semana que é o Campeonato Mineiro. De cara, jogo adiado pela Federação Mineira de Futebol. A alegação é “excesso de chuvas”, mas a verdade nua e crua é a falta de estrutura do tradicionalíssimo e acanhado estádio Elias Arbex, que continua quase a mesma coisa dos tempos de sua construção, nos anos 1960, capacidade para menos de cinco mil. Um local que não seria aceito para a disputa de uma primeira divisão que primasse por condições mínimas de trabalho para atletas e demais profissionais envolvidos e o conforto mínimo para o público. É o Mineiro, com as mesmas mazelas de sempre, igual aos demais estaduais país afora.

Por mais que se queira “jogar pra cima”, não tem jeito. Mas vamos à luta porque faz parte do nosso dia a dia. Tricordiano (nova versão do Atlético de Três Corações) e Guarani de Divinópolis jogarão dia 9.

Mas há bons motivos para ficar ligado na disputa. Que bom ter o Uberlândia de volta; Juiz de Fora mais animada por ter um Tupi mais forte e integrando a Série B nacional. Expectativa em quem será a surpresa do interior dessa vez. Ano passado foi a Caldense, mas a Tombense já ocupou este espaço e o Boa Esporte também. Será que o Villa Nova vai se dar bem com esta colcha de retalhos que montou? Jogadores veteranos, jogadores que já tinham parado de jogar, um diretor de futebol que é ao mesmo tempo atacante do time (Fábio Junior)! Curiosidade em ver o novo time do América que está sendo montado pelo Givanildo pra encarar a Série A. Curiosidade em ver como se comportarão Atlético e Cruzeiro com os seus novos treinadores. O campeão deverá ser um dos dois, com a ressalva de que um deles costuma ficar fora da finalíssima. Quem ficar com o título não comemora muito porque é “obrigação”. Mas quem perde, normalmente entra em crise, demite o treinador e começa mal o Brasileiro.

Vamos à luta!


Mineirão é mais um “legado” problemático da Copa

Quando o Brasil ganhou a indicação para sede da Copa pensei: agora Belo Horizonte, finalmente terá metrô e anel rodoviário decentes, já que transporte público de qualidade é legado garantido em toda cidade que recebe competições como essa. Estádio não seria problema, já que o Mineirão precisaria apenas de uma boa reforma e adaptações específicas para receber jogos de um Mundial, nada demais.

Pois gastaram uma fortuna e construíram um novo estádio, aproveitando apenas a carcaça do antigo. Mais duas pessoas morreram esta semana em outro acidente no mesmo anel rodoviário de sempre. Metrô, nem pensar.

E o Mineirão continua dando o que falar:

Veja esta reportagem de hoje do jornal O Tempo:

Governo estadual já pagou quase meio bilhão para a Minas Arena

Gestora pode perder milhões de repasse do governo e terá que se desdobrar para manter estádio

Thiago Nogueira

Acabou o período de experiência da Minas Arena na administração do Mineirão. Se nos três primeiros anos de operação do estádio a concessionária não apresentou resultados positivos suficientes para compartilhar receitas com o Estado, agora, ela só tem três meses para atingir um desempenho satisfatório, caso contrário, poderá sofrer descontos significativos no valor da parcela variável depositada mensalmente pelo governo mineiro.

Desde 1º de janeiro deste ano está destravado o índice financeiro de avaliação da Parceria Público-Privado (PPP). Isso quer dizer que, a partir de abril, quando fecha-se o primeiro trimestre do ano, a Minas Arena corre sério risco de perder 60% do valor da contraprestação complementar que, em agosto de 2010, estava fixado em R$ 3,7 milhões (não é possível projetar os valores neste momento por causa da incidência de juros e taxas no período).

De acordo com o contrato, o governo estadual segue depositando as contraprestações mensais, tanto da parcela fixa, que se refere à remuneração pelos investimentos da empresa na reforma do estádio, quanto da parcela variável, que é calculada em função do desempenho na operação do estádio (veja abaixo como funcionam os cálculos da PPP).

Se somados os repasses feitos pelo governo do Estado à Minas Arena desde o início da PPP (2013, 2014 e 2015), o montante chega a exatos R$ 454,7 milhões, o que representa quase 70% do valor inicial da obra.

Para que o Estado não desconte os 60% no repasse mensal da parcela variável, é preciso que a concessionária apresente uma margem operacional de R$ 6,1 milhões mensais. Essa margem é calculada após a contabilização das receitas e despesas aferidas em cada mês de operação do estádio.

“É necessário esclarecer a origem do valor informado, que representaria o cenário em que haveria compartilhamento de lucros com o Estado. Isso é algo distante da realidade atual, visto que a margem operacional mensal da concessionária tem sido negativa desde o início da concessão”, explica a Secretaria de Estado de Esportes (Seesp) por nota.

Independentemente do quadro, a concessionária reitera que não pretende devolver a gestão do Mineirão ao governo. No Rio, o consórcio do Maracanã, com déficits operacionais, estuda encerrar o contrato com o Estado.

Questionada sobre como pretende melhorar seus resultados, a Minas Arena diz ter diversos acordos comerciais em andamento para 2016. “Será um ano de novidades, planejadas para o aumento de receita. Como, por exemplo, o lançamento em breve de novos produtos para as áreas de hospitalidade”, destacou a empresa, em nota.

Penalidade

Avaliação. Ao contrário de 2014, quando teve R$ 639 mil deduzidos por penalidades em índices referentes a acessos das cadeiras, estacionamento e área técnica, em 2015, a Minas Arena não sofreu qualquer punição.

Rivais seguem com opiniões diferentes

Principal parceiro da Minas Arena, o Cruzeiro se diz satisfeito com a concessionária, diferentemente do Atlético, que prefere fazer contratos jogo a jogo, já que tem o Independência como principal casa.

No lado celeste, nem mesmo uma dívida do clube com a empresa – cerca de R$ 5,5 milhões, segundo o balancete de 2014 –, tem atrapalhado a relação. “Nosso relacionamento nunca esteve desgastado. Acertamos com a Minas Arena para vendermos as cadeiras que ficavam vazias. E aquele valor, no entendimento do jurídico, não é devido”, contesta o presidente Gilvan de Pinho Tavares.

No Galo, mesmo com a diretoria planejando fazer dez jogos no Gigante neste ano, ainda não há uma perspectiva de mudança definitiva para o Mineirão, o que seria o melhor dos cenários para a Minas Arena, que chegou a pedir um aporte financeiro ao Estado pelo fato do alvinegro não ter firmado acordo com a arena.

“A relação com o Mineirão continua a mesma. Estamos discutindo contratos pontuais. Não concordamos com muitas coisas impostas. Eu esperava que a administração fosse conjunta de Atlético e Cruzeiro”, defende o presidente atleticano, Daniel Nepomuceno.

http://www.otempo.com.br/superfc/tr%C3%AAs-meses-para-operar-no-azul-1.1222417


Velhos defeitos do Galo na derrota para o Fla; dificuldade do Cruzeiro no sistema defensivo e o América esta noite

Cruzeiro e Atlético apresentaram falhas em seus jogos pela primeira rodada da Sul/Minas/Rio, competição que é para isso mesmo: observação de virtudes e defeitos contra adversários e condições que possibilitam aferir sem se iludir. Jogar em Criciúma é sempre difícil, e o Flamengo é o Flamengo, em qualquer lugar.

Mais cedo o Cruzeiro mostrou que o técnico Deivid vai ter que quebrar cabeça para encontrar um substituto à altura para o volante Willians, mandado para o Corinthians. Foi tirado do grupo por problemas fora de campo, mas lá dentro era eficiente. Fábio falhou no gol dos catarinenses, reconheceu a falha, e fez grandes defesas na sequência, evitando uma virada.

CRICRU

Foto: O Tempo

***

Nesta derrota para o Flamengo o Atlético mostrou os mesmos defeitos do ano passado: desperdício de oportunidades, quando poderia ter resolvido a parada, e Leonardo Silva correndo atrás do atacante adversário para vê-lo marcar o gol ou cometer pênalti. Dessa vez o algoz principal foi o peruano Guerrero, artilheiro implacável, que entretanto, contou com Victor mal posicionado no primeiro gol, que, em condições normais de “temperatura e pressão” não toma este tipo de gol.

Com a venda de Jemerson para o Mônaco, o equatoriano Erazo deverá ocupar a vaga, porém, Tiago dá conta do recado toda vez que entra. Problemas para Diego Aguirre resolver, tanto na defesa quanto no ataque, mas no sistema defensivo principalmente. Jemerson era o defensor mais eficiente do time. Tem tudo para se dar muito bem no futebol europeu.

Vamos ver o América, com um time todo renovado, às 19h45 no Independência, contra o Figueirense.


Na Sul/Minas/Rio a arrancada inicial dos três maiores mineiros na temporada 2016

Mesmo combalida pelas nefastas ações da CBF contra ela, a Copa Sul/Minas/Rio ocupa os maiores espaços da mídia nacional nesta primeira rodada, inclusive nos veículos de São Paulo, estado sem nenhum clube na competição. Por isso mesmo há um interesse enorme dos atuais “donos” do futebol brasileiro em detonar com ela ou organizá-la a partir de 2017, sem dar chances à criação de uma liga dos clubes na sequência. 

Atlético, Cruzeiro e América entram em campo contra adversários de muito maior peso que os do Campeonato Mineiro e terão oportunidade de testar realmente os seus times visando o Brasileiro. Além do mais, jogarão em estádios compatíveis e a maioria com grandes públicos. Só mesmo quem defende outros interesses, inconfessáveis, para não querer uma competição dessas.

Tenicamente, Galo e Raposa entram em campo nesta rodada com praticamente os mesmos times que terminaram 2015, porém, bastante mudados taticamente, já que os treinadores são outros. Veremos um Atlético mais aguerrido e solidário, possivelmente tomando menos gols, características do Diego Aguirre. O Cruzeiro de Deivid deverá ser mais ofensivo, explorando a velocidade. O América é uma incógnita, já que apresenta 12 novos jogadores, no mesmo estilo do Givanildo, o mesmo bom treinador da temporada passada.

O adversário do Galo é da prateleira de cima em qualquer circunstância, especialmente porque se trata de um dos maiores clássicos do Brasil. Apresenta um time quase todo mudado e um renovado Muricy Ramalho que ficou uns meses sem trabalhar para cuidar da saúde e fazer intercâmbio na Europa. Empatou com o Ceará em 3 a 3 no primeiro amistoso do ano, em Fortaleza e perdeu de 3 a 1 para o Santa Cruz em Recife, em outro amistoso. Entra mordido contra o Galo por causa desses seis gols em dois jogos e porque perdeu feio as últimas neste confronto direto.


Democrata e Sete Dias: latas de cerveja comemorativas dos 100 anos do Jacaré

As latas da Brahma com o escudo do nosso Democrata ficaram legais demais. O jornal Sete Dias e o Jacaré estão fazendo uma promoção conjunta.

Confira:

* “Em mais uma promoção exclusiva, o jornal SETE DIAS, em parceria com o Democrata Futebol Clube, realiza um ConcursoCultural que vai premiar seus seguidores do Facebook e os assinantes do jornal impresso com quatro fardos da lata comemorativa do centenário do clube alvi-rubro e dos cinco anos da Ambev em Sete Lagoas.

São dois fardos (24 latas) para um seguidor do Sete Dias e do Democrata no Facebook e dois fardos exclusivos para um assinante do Sete Dias.

Como participar:” (mais…)


Maior perda do Cruzeiro neste início de temporada foi fora das quatro linhas

Cruzeiro levava marca do Supermercados BH no peito e nas costas do uniforme celeste (Foto: Washington Alves / Light Press)

Os afazeres com a Primeira Liga e polêmicas envolvendo a Copa Sul/Minas/Rio, tomaram tanto o tempo do Dr. Gilvan que ele não cuidou pessoalmente de um problema que poderia ter sido evitado, que foi a perda de um dos maiores parceiros da história do clube, que o socorria financeiramente mais por paixão de torcedor do que questões de marketing: Pedrinho Lourenço, dono do Supermercados BH, que além de ligações pessoais com toda a cúpula azul e conselheiro, tinha amizade com o atual presidente e vários dirigentes e ex-dirigentes. Com a chegada da Caixa, por falta de habilidade. O antigo parceiro não gostou do tratamento dado a ele. Entende que faltou consideração.

A revista Época dá detalhes no site dela, hoje, em reportagem do Rodrigo Capelo:

* Maior mecenas em 2015, dono do Supermercados BH critica Cruzeiro após rompimento

“Fiquei revoltado”, diz empresário que socorreu clube com adiantamentos e novos aportes para cobrir salários e contratações, mas foi “rebaixado” após chegada da Caixa

A Caixa fará em 2016 pela primeira vez patrocínios a clubes de futebol mineiros. O Cruzeiro, em particular, receberá R$ 12,5 milhões para expor a marca do banco estatal na cota máster do uniforme – peito e área superior das costas. Mas perderá, em consequência, o maior patrocinador de 2015, o Supermercados BH. Aliás, mais do que um patrocinador. O desmedido investimento da rede de varejo era mais emocional do que mercadológico. E o distrato, nada amigável.

Depois que conseguiu o dinheiro do banco, o Cruzeiro propôs a Pedro Lourenço de Oliveira, conselheiro cruzeirense e dono da rede de supermercados, migrar a marca dele para a parte inferior das costas, abaixo do número. Só que sem reduzir a verba. O empresário ficou chateado depois que recebeu do clube uma fatura com a cobrança do patrocínio referente a 2016. “Eu sairia sem nenhum problema. Mas quando quiseram me dar o rodapé da camisa pelo mesmo valor, fiquei revoltado. Faltou jogo de cintura, de compromisso, na forma como me trataram”, disse Lourenço por telefone a ÉPOCA. Na nota oficial divulgada na segunda-feira (25), dia do rompimento, usou uma versão mais amena: “desalinhos comerciais e negligência“.

A participação do patrocinador no Cruzeiro em 2015 foi tamanha que ninguém, dos dois lados, sabe precisar com exatidão quantos milhões de reais foram repassados ao clube. O Supermercados BH socorreu o clube depois que o BMG deixou de patrociná-lo no fim de 2014 e tinha, oficialmente, contrato para o patrocínio máster. Mas na prática foi requisitado outras vezes para cobrir buracos nas finanças cruzeirenses. “Todo dia eles precisavam de outra coisa. Sempre adiantei dinheiro para pagar salário atrasado. Semana passada mesmo encostei dinheiro para pagar salário”, conta o empresário.

Conforme colocou mais dinheiro do que previa, o patrocinador começou a receber como garantia “cestas” de pequenas parcelas em direitos econômicos de atletas do time profissional e da base. 5% aqui, 10% ali. “Tenho lá participações, mas nunca quis ser agente de futebol. Fazia de coração. Eles quiseram R$ 6 milhões para pagar o [De] Arrascaeta [uruguaio contratado em janeiro de 2015], R$ 1 milhão e tanto para contratar um zagueiro, coisas assim. Eu recebi alguns direitos como garantia”, explica Lourenço. Nem é um negócio que faça sentido, visto que a Fifa baniu em 1º de maio de 2015 participações de terceiros em direitos econômicos. O empresário teria grandes dificuldades para enveredar por este caminho.

O Cruzeiro, procurado por ÉPOCA, afirma que houve um “mal entendido” e que não vai rebater as declarações do ex-parceiro para não polemizar. O clube ainda tem no uniforme Vilma, Cemil, TIM e Super 8, além da Penalty, fornecedora de materiais esportivos.

http://epoca.globo.com/vida/esporte/noticia/2016/01/maior-mecenas-em-2015-dono-do-supermercados-bh-critica-cruzeiro-apos-rompimento.html

 


Porta dos Fundos faz vídeo ironizando a troca sistemática de treinadores nos times brasileiros

Por Emanoel Ferreira

 

Todos já estamos cansados de saber que, no Brasil, treinador de futebol quase não tem tempo de amadurecer um trabalho. Se o resultado não vier (e, geralmente, precisa-se deles para ontem), o técnico já pode atualizar o currículo e esperar pelo pior. Claro, vez por outra, um deles dá o troco e deixa a casa muito antes de os cartolas quererem, como fez Mano Menezes com o Cruzeiro, recentemente.

O Porta dos Fundos, um dos mais famosos canais do YouTube no Brasil, fez um vídeo sensacional sobre a cultura da “dança das cadeiras” nos comandos técnicos de clubes brasileiros. O roteiro é do comediante Fábio Porchat.

 

Assista abaixo:


Só uma Lava-Jato poderia dar jeito nessa molecagem do nosso futebol, mas isso é sonhar demais!

Antes da reunião da quinta-feira passada, na sede da CBF, o presidente do que era a Primeira Liga.

DUPLA

Dr. Gilvan, ri, enquanto o presidente da Federação do Rio, principal braço da CBF para detonar com a entidade que estava sendo criada, mantém a carranca, pronto para cumprir a missão que lhe fora dada. À esquerda, ao alto, tentando sair da cena para não ser notado, Walter Feldman, o sorrateiro, a serviço de Marco Polo Del Nero. Kalil alertou, mas Gilvan e demais dirigentes não acreditaram, e deu no que deu.

Muito poder e dinheiro estão em jogo nesta briga pela realização ou não da Copa Sul/Minas/Rio. O sucesso dela seria o fim da ditadura das federações em todo o país e por consequência a colocação da CBF no devido lugar dela, que seria de formar a seleção brasileira em suas várias categorias, e fim de papo.

O fim das federações significaria o fim dos “coronelões” e “coroneizinhos” nos estados, que fazem e acontecem, ficam ricos e se perpetuam no poder. A CBF só com a eleição, não renderia fortunas aos dirigentes que a comandam e aos afilhados e aliados deles. Essas entidades arcaicas e suspeitas não entrariam mais nas negociações dos direitos de transmissão pela TV, onde está o mapa da maior minas, não ficariam com percentuais das arrecadações de todos os jogos profissionais realizados em todo o país, enfim, a fonte secaria. As tetas não ficariam mais eretas como são. Adeus mordomias, adeus manipulação de fortunas sem nenhum controle. Sim, porque do jeito que funciona, nem o governo e nem os clubes, razão de ser de tudo, não têm acesso a estes caixas e cofres abarrotados. Todos eles estão de pires na mão, atolados em dívidas, fazendo acordos para pagar ao fisco, mas fazendo o futebol encher estádios e continuar gerando arrecadação gigante às federações e CBF, que por sua vez, empresta ou adianta dinheiro aos seus aliados, controla as arbitragens, ameaça e pune aos adversários, à sua vontade. Sem nenhuma transparência.

Sempre foi assim e para acabar com essas organizações não seria fácil. Só com muita briga e união dos clubes.

Mas dividi-los e mantê-los em guerras localizadas é a coisa mais fácil do mundo, e essa cambada sabe como fazer. Aposta e acerta na inocência de uns, interesses inconfessáveis de outros e a ganância de uma outra ala, que em nome da necessidade do seu clube, abandona o grupo em função de ofertas financeiras irrecusáveis. O “resto” que se dane.

Por outro lado, a imprensa é tratada como os clubes. É mais fácil ainda manipulá-la. No atacado e no varejo, profissionais e veículos de comunicação têm os seus interesses, abertos ou não. Não são empresas de caridade nem filantrópicas e não pegam pesado contra quem lhes abre os cofres.

Se algum dia houvesse uma Operação Lava-Jato no futebol, aí sim, poderíamos acreditar que algo mudasse pra valer no futebol.

Mas isso, se ocorrer algum dia, nenhum de nós estará vivo para ver. Isso é Brasil, pô!

Vejam a “inocente” nota do que era o embrião da Primeira Liga, no dia 14, e depois a nota oficial da CBF, publicada ontem:

“… A Liga cumpre todos os processos de regularização e os requisitos do Estatuto do Torcedor, além de ter total capacidade para organizar o campeonato. Nesta quinta-feira (14.01) ocorreu uma reunião no Rio de Janeiro em que se estabeleceu uma colaboração entre Liga, Clubes e Federações para preencher todas as exigências para dias de jogo.

A CBF E OS CLUBES PARTICIPANTES ESTÃO EM MOVIMENTO HARMÔNICO para que, em 2017, o torneio esteja no calendário oficial do futebol brasileiro.

Confira a tabela oficial do campeonato…”

NOTA DA CBF NA ÍNTEGRA
O Presidente e a Diretoria da Confederação Brasileira de Futebol, no uso de suas atribuições legais e estatutárias,

I) CONSIDERANDO a realização, no dia 27/10/2015, de Assembleia Geral Extraordinária da CBF, que, por deliberação unânime das filiadas presentes, não se opôs à filiação e vinculação da Liga à CBF, nem à inclusão de sua competição no calendário oficial do futebol brasileiro, “desde que cumpridas e respeitadas todas as normas e exigências que compõem o ordenamento jurídico desportivo, compreendendo inclusive os Estatutos da FIFA, CONMEBOL, CBF e Federações” e “desde que integralmente cumpridas as exigências e requisitos contidos no Regulamento Geral das Competições da CBF, em especial o calendário anual do futebol brasileiro, assim como os Estatutos da CBF e das Federações”;

II) CONSIDERANDO os obstáculos intransponíveis de ordem técnica e das normas constantes do ordenamento jurídico desportivo estadual, nacional e internacional, para que a competição seja realizada no ano de 2016, como a não observância do prazo regulamentar para que clubes e atletas disputem partidas, a impossibilidade legal de que uma partida seja válida por duas competições distintas, além da observância de critérios técnicos de participação, bem como o respeito ao Estatuto do Torcedor; (mais…)


Filho e nora do vice-presidente do Mamoré assassinados covardemente em Araxá

Força ao Geraldo Humberto de Sousa, que está arrasado, vivendo uma tragédia que não escolhe lugar e ninguém neste país. Notícia terrível, do portal do O Tempo:

* “Em Araxá”

Filho e nora de vice-presidente do Mamoré são brutalmente assassinados 

Homem estava com o corpo coberto com fubá; a jovem estava com açúcar cristal no rosto e no tórax; ninguém foi preso

Carolina Caetano

A Polícia Civil de Araxá, no Alto Paranaíba, investiga as mortes do filho e da nora do vice-presidente do Mamoré, time de Patos de Minas, Geraldo Humberto de Sousa, na noite desse sábado (23). O casal foi torturado dentro de casa e a primeira linha de investigação é latrocínio, roubo seguido de morte.

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, Igor Humberto Fonseca Sousa, de 26, e Rafaela D’Eluz Giordani de Sousa, de 21, foram localizados em um imóvel da rua Vicente Martins de Oliveira, no bairro Veredas do Belvedere.

(mais…)


Chove chuva: o espetáculo da Cachoeira do Tabuleiro e o susto em Pirapama e Ferros

Que beleza essa chuvarada, que provoca espetáculos como este da Cachoeira do Tabuleiro, em Conceição do Mato Dentro e sustos como este na Ponte Cristal, a caminho de Fechados, em Santana do Pirapama, com a força do Rio Cipó, que nunca vi e nem nunca tive notícia de cheia tão grande.

PONTECRISTAL2

Este é o bar/restaurante do Reinaldo e D. Neide, que certamente terá muita história pra me contar esta semana, quando devo dar uma chegada lá!

PONTECRISTAL1

Esta região fica na Serra do Cipó, pelo lado menos famoso e menos explorado turisticamente que a região de Cardeal Mota em Santana do Riacho. Pirapama fica a 78 Km de Sete Lagoas.

RIOSTOANTONIO1

Aqui, o Rio Santo Antônio, na cidade de Ferros. Também não subia desse jeito há muitos anos . . .

RIOSTOANTONIO2

. . . quase levando a ponte.

Obrigado ao Zé Fernando Aparecido que nos enviou ontem a foto da Cachoeira do Tabuleiro, obrigado ao Emilio de Vasconcelos, que nos enviou a da Ponte Cristal e obrigado ao JB Lazzarini, que nos enviou essas do Rio Santo Antônio.

E viva Minas Gerais, que está voltando a ser a “caixa d’água” do Brasil!