Blog do Chico Maia

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Estamos mal, com tendência a piorar: emboscada que matou um é apenas um item da violência fora de controle no Brasil

Foto: reprodução/vídeos/whatsapp

A emboscada na Fernão Dias: impotência e incompetência do Estado e instituições, futebolísticas inclusive. Se não houver uma reação oficial, geral, que se decrete que somos um país de merda.

A violência no Brasil está fora de controle. O que ocorre no Rio de Janeiro, de gente morrendo por bala perdida em plena Avenida Brasil, ocorre de norte a sul, leste a oeste, em maior ou menor intensidade. Como o Rio é a “cidade maravilhosa”, vitrine do país, o que acontece lá é mais noticiado e vai para o mundo inteiro.

Moro em Belo Horizonte há quase 40 anos e nunca tive problemas, até abril deste ano, quando estouraram um vidro traseiro do meu carro e levaram mochila com notebook e acessórios, em frente à portaria de um hotel teoricamente cheio de segurança. Não entrei para as estatísticas, pois não perdi tempo em procurar uma delegacia de polícia. Reconheço que errei ao não fazê-lo, mas orientado por um delegado amigo, vou registrar sim, pois ainda dá tempo. É preciso botar a boca no mundo e fazer com que essas estatísticas valham alguma coisa. Nem que seja para esfregar nas fuças dos candidatos eleitos que têm a segurança pública como a sua principal plataforma eleitoral.

E essa violência está em todo lugar, em todos os segmentos. Como não há a devida repressão e punição, a coisa se alastra. Estamos muito mal.


Há tempos eu não me abalava com cenas de violência no Brasil, mas hoje foi pesado demais e a sensação continua a pior possível. Principalmente por envolver a minha profissão e o futebol, que teoricamente, é pra entretenimento, lazer, diversão.

Os vídeos que chegaram nas primeiras horas da manhã deste domingo de eleições municipais, são da mais pura barbárie, coisa de cinema, de filmes da Guerra do Vietnam. Segunda Guerra Mundial ou documentários sobre carnificinas que entraram para a história.

A emboscada de marginais que usam a imagem do Palmeiras, contra similares que usam a imagem do Cruzeiro gerou cenas que não podem ser ignoradas, principalmente pelas autoridades dos três poderes do país.

Extrapola o futebol, nada a ver com o futebol. Crime bárbaro praticado numa das rodovias mais movimentadas do Brasil, no nosso estado mais rico.

Um morto e 19 hospitalizados. O espancamento ao qual os de azul foram submetidos me fizeram lembrar o que alguns líderes políticos mundiais passaram, tipo Muamar Kadafi na Líbia e Mohammad Najibullah no Afeganistão.


Essas cenas estão rodando em whatsapp e em alguns sites e redes sociais que postam qualquer coisa que gere milhares de cliques.


Governo Federal, governos estaduais e o judiciário têm obrigação de entrar de sola neste assunto, que é nacional. Nessa madrugada foi numa rodovia em São Paulo, vingança do que ocorreu perto de Carmópolis (a 122 Km de Belo Horizonte), em 2022. Daqui alguns dias haverá troco. outra vingança em algum outro lugar, levando risco a quem não tem nada a ver com essa guerra imbecil.


É gente que usa o futebol para atingir seus propósitos que envolvem o que há de pior para um ser humano normal, independentemente das cores do clube que usam. Preto, branco, vermelho, amarelo, azul, verde, não importa. São criminosos e precisam ser tratados como tal, com o maior rigor que a lei pode prever.

O Cruzeiro soltou uma nota, lamentando. Tudo bem, mas e daí? Precisa agir pra valer, impor a sua força institucional e não se deixar usar por esses grupos organizados que são semelhantes aos assassinos desta madrugada, dessa emboscada em Mairiporã, interior de São Paulo. Chamar o Atlético, Palmeiras, Flamengo, São Paulo, Corinthians, Grêmio, Inter, Sport, Bahia e demais grandes clubes que têm organizadas semelhantes. Convocar a CBF; sim, convocar; porque ela só existe por causa da existência dos clubes, e pensar soluções. Acabar com este jogo de faz de contas, do qual a maioria dos clubes e dirigentes faz parte, cada um por um tipo de interesse.

O Brasil que adora copiar tanta coisa ruim do primeiro mundo, que se inspire numa coisa boa e recorra à experiência da Inglaterra, mais precisamente da época da “Dama de ferro”, Margaret Thatcher (1975/1990), que deu um murro na mesa e criou condições para que o parlamento criasse uma dura legislação para acabar com essa bandidagem.

De vez em quando alguém da imprensa usa o chato e surrado jargão: “até quando”? Simples: enquanto você morar no Brasil, porque quem deveria agir, não age, e isso envolve os três poderes, em todas as instâncias: municípios, estados e união. Isso é Brasil!


Lembrando dos “Perigosos e aposentados”, nomes icônicos da nossa imprensa

Obrigado ao Leo Perez, que esta semana nos enviou essa foto e o texto:

“TBT do tradicional encontro dos “Perigosos e Aposentados” onde ocorre a melhor resenha da imprensa mineira de todos os tempos. Nesta foto temos os jornalistas: Arnaldo Viana, Ivan Drummond, Luiz Fernando Perez, Sérgio Augusto, Paulo Celso, Rogério Perez, Melane, Helos Porfírio e Wanderley Pantera. O encontro continua acontecendo na primeira segunda feira de cada mês, no Bar do João, na Savassi, em Belo Horizonte.”


Grandes jornalistas, gente boa demais da conta. Infelizmente os Perez já não estão conosco, os irmãos Rogério e Luiz Fernando, que nos deixaram em 2022 e 2019, respectivamente.

E o Leo (filho do Rogério), concluiu a mensagem enviando essa outra foto, que conta também com o Eduardo de Ávila (boné vermelho e a inconfundível barba) e Sílvio Scalioni, ao lado dele, de camisa escura. Também o Sérgio Moreira e o Olympio Coutinho, no lado esquerdo da mesa, lá no final, perto do Leo, de azul, cor que não é muito comum de ele usar:

“Pai e tio acompanhando lá de cima . O restante da turma encontra mensalmente no Bar do João . Sempre na primeira segunda do mês. Vamos combinar de vc ir em um dos encontros; a resenha é boa.

Detalhe interessante: cada um pede a sua cerveja e um copo. Fica um tanto de garrafa na mesa kkk

Veja a mesa deste q compareci.”


Mais uma derrota em casa no Brasileiro. Hoje, drenagem do gramado complicou a vida do Atlético

Imagem: reprodução/Premiere

A incompetência de quem projetou esse gramado do estádio do Atlético continua dando sérias dores de cabeça ao clube.

Um bom primeiro tempo e partida equilibrada, apesar do Internacional vencer por 2 x 1. No intervalo começou uma chuva pesada e o gramado alagou de tal forma que ficou impossível jogar futebol. Além do risco de contusões graves de todos que estavam em campo.

No banco, já que o Galo todo era reserva (à exceção do goleiro Everson), Scarpa berrava para o veterano árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique, parasse a partida. E ele nada. Scarpa reclamou tanto que acabou expulso.

Imagem: reprodução/Premiere


O Inter voltou a brigar por vaga direta na Libertadores e foi para a quinta posição, com 52 pontos. O Flamengo é o quarto, com 54. O Galo está em nono, com 41.

Imagem: x.com/SCInternacional


Absurda atitude e expulsão do Rafa Silva, do Cruzeiro, com 3 segundos de jogo. Será que debaixo desse angu tem carne?

Imagem: x.com/AthleticoPR

Inacreditável, inaceitável e muitíssimo estranha esta expulsão do Rafa Silva, do Cruzeiro, com 3 segundos de partida. Precisa ser investigada.


Nada justifica essa violência do atacante do Cruzeiro e a expulsão correta. Prejudicou o time, que já era todo reserva e facilitou a vida do Athlético/PR que está lutando contra o rebaixamento.


O jogador dá margens para todo tipo de especulação. Derrota de 3 a 0.

Prejudicar o técnico? Fernando Diniz está pressionado de todos os lados porque ainda não venceu comandando o Cruzeiro.

Algo a ver com apostas?

Neste complicado mundo futebolístico em que se aposta tudo, todo cuidado é pouco.


E lá se foi o Maguila, de tantas histórias do boxe e da comunicação

José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, campeão brasileiro, campeão sul-americano, campeão latino-americano, pentacampeão continental, campeão das Américas, campeão mundial pela Federação Mundial de Boxe.

“Vá em paz, LENDA!” (foto), conforme informa e deseja o Futebol Nostálgico  twitter.com/futnostalgico.

E eu também!

Com toda a humildade e simplicidade, Maguila se tornou um personagem do esporte e da mídia nacional. Que vale reflexões especialmente sobre um tema que é pouco ou nada valorizado por políticos e quem manda no país: a inserção social por meio do esporte, educação e cultura.

Só por meio do esporte, da música, das artes cênicas e etecetera a maioria absoluta dos brasileiros, jovens principalmente, têm alguma chance de conseguir ser alguém na vida. As outras opções são a marginalidade, ganhar em algum jogo de apostas ou golpe do baú.

Porém, o boxe e algumas outras modalidades esportivas são extremamente violentas e trazem danos terríveis aos praticantes.

Um grande jornalista, amigo que mora em Brasília, me enviou a seguinte mensagem, a respeito da morte do Maguila: “Internado há 7 anos, quase vegetando, por causa de doença incurável causada pelas pancadas na cabeça. Por essas e outras abomino violência como esporte”.

Pois então!

Vale demais a reflexão!


Se o Galo ficou bem na fita com 3 x 0, imagine o Botafogo que deu de 5 a 0 no Peñarol

Foto: x.com/Libertadores

No primeiro tempo o Peñarol até que deu trabalho, mas não muito.

No segundo a porteira se abriu e a goleada saiu naturalmente.

O Uruguai de tradição de tantos grandes goleiros, e o Peñarol apresenta com titular o Aguerre, ex-América, bem fraquinho, que não conseguiu se firmar como titular no Coelho.

Aguerre, ex-América, fez o que pode, mas não conseguiu evitar a goleada


Com Diniz, Cruzeiro cinco jogos sem vencer. Contra o Lanús, 1 X 1, e “culpa” da fumaça

Incontáveis treinadores tiveram começo de trabalho com desempenho muito pior. Cuca, por exemplo, em 2011 no Atlético, quando perdeu seis jogos seguidos e não foi demitido. Na sequência arrumou a casa, foi vice-campeão brasileiro em 2012 e campeão da Libertadores em 2013.

Com Fernando Diniz o Cruzeiro empatou com o Libertad (Paraguai), Vasco, Bahia e agora o Lanús, além de perder para o Fluminense.

Por enquanto, o time não mostrou nada de diferente. Neste jogo de ida contra o Lanús, outro jogo comum, sem nada que pudesse chamar a atenção para que alguém pudesse dizer que “evoluiu” em algum aspecto.

Kaio Jorge abriu o placar aos 4 minutos do segundo tempo. Esperava-se que saíssem mais gols, já que o time argentino teria que se abrir buscando o empate. Realmente se abriu, porém, o Cruzeiro não conseguiu segurar a pressão e tomou o empate aos 27 minutos.

A partir daí o Lanús esteve mais perto do segundo gol do que o time do Diniz do empate. Nas entrevistas pós-jogo, alguns repórteres quicando a bola para que jogadores e treinador culpassem a fumaça solta pelos sinalizadores que obrigaram o árbitro parar o jogo. Até o Matheus Pereira embarcou nessa.

Nada a ver!


Elias Kalil, o maior de todos, foi muito bem lembrado numa das mais importantes vitórias da história do Atlético

No dia 11 de novembro de 2017, após assembleia geral na sede de Lourdes, o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético Rodolfo Gropen, informava: “- O nome, formal, da Arena MRV, vai ser Estádio Presidente Elias Kalil. Foi uma proposta de um conselheiro, que, todos presentes, aprovaram”.

Está na memória eletrônica de incontáveis veículos de comunicação do país.

Porém, cinco anos depois, em 11 de novembro de 2022, querelas pessoais e políticas do novo comando do Galo com o filho de Elias, e também presidente fantástico, porém prefeito na época, Alexandre Kalil, fizeram com que o nome original da Arena fosse “cancelado”.

Um absurdo, inaceitável, como tantos que ocorrem em Minas e no Brasil nas mais diversas áreas, e que, lamentavelmente, nenhum mortal comum tem poder para intervir.

Vida que seguiu, e ontem o nome do saudosíssimo Elias Kalil voltou a ser o nome do estádio do Atlético.

Pelo menos nas redes oficiais do River Plate, anunciando a escalação oficial, e na flâmula do clube, que foi entregue ao capitão do Atlético antes do jogo.

Um feliz equívoco do clube argentino, que não sabia que atualmente o estádio tem apenas o nome do patrocinador que comprou o direito de uso, a MRV.

Elias Kalil merece ser bem lembrado eternamente não só pela massa atleticana, mas por todo o mundo que gosta de futebol. Foi um dos maiores dirigentes a história do futebol, no conjunto da obra. Pensava à frente, pensava grande e desconhecia a mediocridade.

Este 3 x 0, uma das vitórias mais importantes da história do Atlético, foi no Estádio Presidente Elias Kalil

E o tempo passa depressa demais. Em dezembro vão se completar 40 anos que ele deixou a presidência do Galo, depois de dois mandatos consecutivos.

Em dezembro de 2020, o ótimo repórter Henrique André, atualmente na Itatiaia, fez uma reportagem sobre essa data, para o jornal Hoje em Dia:

Em 1985: há exatos 35 anos, Elias Kalil cumpria último dia como presidente do Atlético”

Elias Kalil, em seu discurso de despedida. Foto: Centro Atleticano de Memória

Henrique André

@ohenriqueandre

30/12/2020 às 12:20.

Há exatos 35 anos, chegava ao fim o mandato de Elias Kalil, um dos presidentes mais icônicos da história do Alvinegro…

https://www.hojeemdia.com.br/esportes/em-1985-h%C3%A1-exatos-35-anos-elias-kalil-cumpria-%C3%BAltimo-dia-como-presidente-do-atl%C3%A9tico-1.818311

Na posse, em 1980, Elias Kalil (esq.) tomava posse, sucedendo a Walmir Pereira, que também foi um dos maiores presidentes do Galo. Entre eles o governador Francelino Pereira. Ao fundo, o saudoso repórter Paulo Rodrigues, na época, da Rádio Capital. Foto: Centro Atleticano de Memória


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Do princípio ao fim, o Atlético massacrou o River Plate

Foto: x.com/Atletico

Mais um jogo desses que nunca saem da memória de quem gosta de futebol, em especial de todo atleticano.

O Galo deu um show de bola no River Plate, que ficou sem reação a partir do segundo gol.

O time todo foi muito bem, mas o mais interessante é que a cada partida jogadores diferentes fazem diferença neste conjunto de obra que tem sido o time do Gabriel Milito. Esta noite, Lyanco e Alan Franco, mas Deyverson destoando novamente: dois gols e uma ajeitada para que Paulinho marcasse do dele.

Que descoberta do Atlético nesta reta final de temporada, superando todas as expectativas, até do mais otimista.

Se ganhar de 1 a 0 já teria sido ótimo, estes 3 gols sem tomar nenhum foi um cenário espetacular. Afinal, o Galo detonou o time de melhor campanha da fase de grupos da Libertadores.

Para o jogo da volta, em Buenos Aires, o maior trabalho do técnico Gallardo vai ser o emocional dos jogadores dele. Administrar isso em casa, precisando marcar três gols, sem tomar nenhum, é muito difícil. E o Galo não pode baixar a guarda.  

Próximo jogo, terça-feira que vem, no Monumental de Nuñes (Foto: x.com/Libertadores)