Do site do canal ESPN:
“Depois de revelar na última semana a existência de uma empresa que recebe comissão da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) em cima de um contrato de patrocínio negociado diretamente entre a entidade e o Banco do Brasil (BB) e ganhando comissão posteriormente a uma venda já realizada, a série de reportagens Dossiê Vôlei mostra agora algo ainda mais surpreendente: o mesmo patrocínio, que não prevê porcentagem a nenhuma empresa por não ter intermediários na negociação, rendia comissão também para uma segunda firma.
A mesma quantia do primeiro caso. Mais R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), totalizando R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) em comissões por uma venda feita diretamente. Não bastasse a duplicidade no pagamento de comissão para venda sem intermediação, a operação atípica tem outro ingrediente que chama atenção: a abertura da agência beneficiada se deu exatos três dias antes da assinatura do contrato. O Banco do Brasil, ao ser questionado sobre comissões para agências na primeira reportagem, foi taxativo: “o contrato é firmado diretamente”, afirmou o BB através de sua assessoria de imprensa.
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O novo caso funciona assim: dois contratos de “prestação de serviços de representação e assessoria comercial” no valor total de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) pagos pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) beneficiam a “S4G Gestão de Negócios”. Nos documentos obtidos pela reportagem no Cartório de Saquarema, a empresa consta ser de Fábio André Dias Azevedo. Homem de confiança e ligado a Ary Graça Filho, presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).
Tamanha ligação uniu Fábio Azevedo e Ary Graça em duas frentes: como pessoa jurídica, a S4G de Fábio foi para dentro da CBV. Como pessoa física, o dono da S4G consta como “Diretor Geral” no expediente da FIVB, primeiro cargo logo abaixo de Ary Graça, que assumiu a presidência da entidade mundial em setembro de 2012, sem, no entanto, deixar oficialmente a presidência da CBV. Até ser levado para a FIVB, Fábio Azevedo era superintendente da CBV. No organograma, abaixo apenas de Ary Graça.
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Fabio Azevedo (de branco, em pé) sempre foi muito ligado ao presidente da FIVB, Ary Graça Filho (de azul, em pé) . . .
http://esportes.terra.com.br/volei/apos-escandalo-cbv-audita-contratos-e-interrompe-comissoes,909f7548872b4410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html