O desfecho do Campeonato Mineiro começa a se desenhar com a repetição da disputa mais previsível entre todos os estaduais do país: Atlético e Cruzeiro; restando alguma curiosidade para quem serão os coadjuvantes no quadrangular decisivo. Nas duas últimas rodadas a dupla mais forte começou a deixar mais nítida a diferença entre eles e os demais integrantes da primeira divisão mineira.
O Cruzeiro que manteve o ritmo acelerado de 2013 deverá repetir a melhor campanha e levar a vantagem de jogar por empates nas partidas decisivas. Ano passado perdeu esta condição no primeiro clássico contra o Atlético, no Independência e não conseguiu igualar o placar no jogo da volta no Mineirão.
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Otimismo
O que mais agradou ao técnico Marcelo Oliveira no empate sem gols com o Atlético duas semanas atrás é que o time teria “aprendido” a lidar com a pressão do Horto e que este ano poderá ser diferente na decisão entre eles, com o segundo jogo novamente no Mineirão, onde a Raposa normalmente dá as cartas.
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Dose dupla
Os dois times comandados pelo Marcelo, titular e reserva, estão jogando muito bem, passando fácil pelos adversários, como no sábado nos 4 a 0 sobre o Minas.
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Novos rumos
O Atlético vem subindo de produção a cada partida com destaque para duas situações que o Cuca não conseguiu resolver: o sistema defensivo melhorou muito, e Guilherme está voltando a jogar o futebol que o consagrou no Cruzeiro, coincidentemente lançado lá por Autuori. É o trabalho do treinador surtindo efeito. Ele acabou também com os chutões dos zagueiros para frente na busca de Jô no ataque.
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Nova fórmula
Os balões para frente faziam parte de uma característica do time treinado pelo Cuca: Jô escorava para um companheiro que vinha de trás dar sequência ao lance. Rendeu muitos gols no início, mas depois essa jogada ficou manjada pelos adversários. Além do mais a velocidade e habilidade do Bernard faziam diferença para que tudo funcionasse. Com a venda dele, essa fonte secou e Cuca não conseguiu descobrir outra forma de sair jogando.
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Acrescentou
Tchô teve muito boa estréia jogando com a camisa nove do América. Continua sendo armador, mas Moacir Junior o escalou jogando mais avançado, tabelando com Obina, e apesar de ser o primeiro jogo houve sintonia. O time começa a ter a cara do novo treinador. Saiu da zona do rebaixamento e agora busca a classificação para o quadrangular decisivo.
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Uma vaga
O América está a cinco pontos da faixa de classificação, mas junto com o Boa tem um jogo a menos que a Caldense, Tupi, Tombense e Guarani. Briga dura por uma vaga, já que além de Atlético e Cruzeiro o Boa deverá se garantir, apesar de ter caído de produção nos dois últimos jogos.
Seria lamentável ver o Coelho fora da disputa do título.
Rebaixamento, de novo, no Mineiro, nem pensar!
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Padrão Fifa
O projeto do novo Mineirão custou tão caro que chamou a atenção do Ministério Público que entrou de sola no assunto: R$ 17,8 milhões. Mas, de novo o gramado alagou, sábado, na goleada do Cruzeiro e o vento derrubou placas que estavam na cobertura do estádio; felizmente sem vítimas.
Para se chegar até a ele é o mesmo sufoco de sempre, com trânsito caótico e sem metrô. O metrô tão sonhado, que seria o único legado de verdade para toda a população belorizontina.
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* Essas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã no jornal O Tempo, nas bancas!
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E hoje tem essa “verdade verdadeira” do Duke!
No Super Notícia!