O técnico do Raja Casablanca, Faouzi Benzarti, é tunisiano e assumiu há poucas semanas o time marroquino. Já dirigiu a seleção do seu país e da Líbia. Armou o time de tal maneira que complicou a vida do colega Cuca e por consequência do Atlético.
Mesmo com jogadores experientes o nervosismo pesou no time do Galo em sua estreia e ao mesmo tempo eliminação da final do Mundial de Clubes. A torcida apoiava, mas a do Raja, que era maioria no estádio, não dava trégua e gritava muito tentando abafá-la.
Defesa afiada
No primeiro tempo o Atlético esbarrou em esquema defensivo muitíssimo bem montado pelo treinador tunisiano que chegava a defender com os 11 jogadores e saía em contra ataques perigosíssimos levando pânico ao gol do Victor em três oportunidades, obrigando ao goleiro do Atlético a fazer a melhor defesa do jogo até então, aos 35 minutos, em chute cara a cara do Hafidi.
Antes, Jô e Fernandinho haviam desperdiçado ótimas oportunidades e Leonardo Silva foi desarmado dentro da pequena área quando preparava um chute que poderia ter sido fatal.
Reação
Até os 12 minutos o Galo errou muitos passes e os jogadores buscavam os melhores espaços para cada um em campo, especialmente Ronaldinho, Tardelli, Jô e Fernandinho.
Mas o treinador do Raja mandava seu time explorar o lado direito da defesa atleticana, onde Marcos Rocha e Leonardo Silva eram impedidos de trabalhar jogadas de ataque com os seus companheiros. E pelo setor deles o Raja fez duas jogadas de linha de fundo, também, quase fatais.
Gols
Logo aos seis do segundo tempo o eficiente contra ataque marroquino funcionou, pegou Rever voltando e Iajour fez 1 a 0.
Cuca consertou o que se mostrou um erro e pôs Leandro Donizete no lugar do Josué.
Também apostou em Luan no lugar de Marcos Rocha para buscar o empate na velocidade.
Quase ao mesmo tempo Ronaldinho, aos 16, empatou de falta, mas o Raja continuou tranquilo, com o jogo sob controle.
Fim de linha
Em mais um contra ataque do Raja o árbitro espanhol Carlos Velasco Carballo deu pênalti do Réver no atacante marroquino; lance discutível, mas o zagueiro atleticano não fez a falta. Erro de arbitragem que complicou a vida do Atlético, aos 37 do segundo tempo.
Se já tinha o jogo sob controle o Raja passou a administrar e no desespero atleticano, fez o terceiro.
Erro de cálculo
Logo que o Raja eliminou o Monterrey o técnico Cuca alertou: “vamos enfrentar o país”. Realmente a motivação foi gigante, mas o comandante alvinegro também cometeu seus erros: Josué titular ao invés de Donizete e barrar Junior César, jogador experiente, que certamente teria sido mais útil neste jogo nervoso e decisivo.
Futuro
No futebol a bola pune feio a quem erra mais e o Atlético amarga os erros cometidos pelo técnico e pelos jogadores, já que ninguém se destacou positivamente nesta noite infeliz em Marrakech.
Decidir terceiro lugar faz parte do regulamento, mas a preocupação do torcedor agora é com 2014, que será um ano diferente em função da Copa do Mundo e o calendário mais apertado.
Com data marcada na Libertadores a diretoria vai ter que trabalhar mais ainda para montar um bom grupo visando a disputa para tentar apagar a frustração do sonho marroquino.
Mais uma vez a torcida fez a parte dela!