Blog do Chico Maia

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Festa da Fiat faz Atlético e Vitória jogarem final da Copa do Brasil sub-20 em SL

Do portal Uol, informações sobre a final entre Atlético e Vitória

* “Primeira partida da final da Copa do Brasil Sub-20 será no Barradão”

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), divulgou na tarde desta quinta-feira (6), as datas, horários e os locais dos dois jogos da final da Copa do Brasil Sub-20, que será disputada por entre Vitória-BA e Atlético-MG.

O sorteio definiu que o rubro-negro baiano fará o primeiro jogo no Barradão, na próxima terça-feira (11), às 19h (horário local). O título será decidido na Arena Jacaré, em Sete Lagoas (MG), no sábado, dia 15, com a partida marcada para às 20h.

A equipe sub-20 do Vitória-BA conquistou a vaga na noite desta quarta-feira (5), contra o Grêmio, em um jogo disputado em Passo Fundo (RS). Os baianos perderam por 2×1, mas como venceram o primeiro jogo por 1×0, o gol marcado fora de casa garantiu a vaga na final.

A classificação dos juniores do galo mineiro foi conquistada após o empate contra o Bahia por 1×1, nesta terça-feira (4), no Estádio de Pituaçu, em Salvador. O clube alvinegro tinha a vantagem da primeira partida, vencida por 2×0. 

Os dois finalistas, Vitória-BA e Atlético-MG já estão garantidos na Copa Libertadores Sub-20 de 2013.

* http://ne10.uol.com.br/canal/esportes/futebol/noticia/2012/12/06/primeira-partida-da-final-da-copa-do-brasil-sub20-sera-no-barradao-385519.php


Mais uma CPI para a CBF

Em poucas horas o deputado Romário conseguiu o número mínimo de assinaturas necessárias de outros deputados para conseguir instalar uma CPI para apurar os negócios da CBF com a TAM.

Tomara que seja para valer, e não apenas um jogo de cena, para ele e outros parlamentares negociarem algum interesse localizado com a turma de Marin/Del Nero e cia.

Todo movimento, de qualquer político, precisa ser avaliado com calma em um primeiro momento, pois nunca se sabe das intenções.

A propósito, vejam que artigo interessante na página de opinião da Folha de S. Paulo de ontem:

* “Alexandre Nobeschi”

Antes da Copa

SÃO PAULO – A Confederação Brasileira de Futebol pode passar por mais um constrangimento, com direito a repercussão internacional, poucos dias após o sorteio que definiu os grupos da Copa das Confederações, evento-teste para o Mundial.

O deputado federal Romário (PSB-RJ), craque do tetra e férreo opositor à cartolagem que comanda o futebol do país, protocolou ontem, na Câmara, pedido para a instalação de uma CPI que investigue a CBF. O principal alvo é o contrato firmado entre a entidade e a empresa aérea TAM.

Reportagem do colega Sérgio Rangel nesta Folha mostrou, em outubro, que empresas de Wagner Abrahão, amigo do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, recebem dinheiro de patrocínio da TAM que deveria ir para a confederação.

O acordo prevê o pagamento de US$ 7 milhões (R$ 14,8 milhões) por ano à CBF e foi fechado ainda na época de Teixeira, que ficou 23 anos no poder e renunciou ao cargo em março, após denúncias de corrupção.

Não é a primeira vez que a CBF se vê às voltas com os parlamentares. No começo dos anos 2000, as CPIs CBF/Nike e do Futebol, na Câmara e no Senado, desnudaram as tenebrosas transações de dirigentes do futebol brasileiro. No fim, não deu em nada, e Teixeira continuou seus desmandos à frente da entidade.

Desmandos que José Maria Marin, como presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa, herdou e dos quais se beneficia. Exemplo disso foi a mudança no estatuto que adiantou as eleições na entidade para abril de 2014 (seria em setembro), antes de um possível fiasco no Mundial.

Romário, é claro, aproveita o momento e posa como arauto da moralização do futebol. A seu favor para fazer vingar a CPI CBF/TAM pesa o pouco apreço do governo federal para com Marin e seu vice, Marco Polo Del Nero.

Tirá-los da tribuna dos jogos da Copa seria o caminho ideal para Dilma livrar-se de embaraços bem no ano de sua candidatura à reeleição.


Exemplos de alto nível de discussão

Um parêntese na sequência de troca de idéias sobre a arbitragem brasileira, para destacar o nível da maioria que acessa e participa desse blog.

Ontem o Dr. Lincoln Pinheiro Costa dirigiu palavras duras ao comentário do Harley Coqueiro, que foi muito elegante em sua contestação.

E vejam a reação do Dr. Lincoln, mais tarde, em seu twitter: 

“Lincolnpinheiro Lincoln Pinheiro

@chicomaiablog obrigado pelo debate; peço desculpas aos seus leitores por meu estilo combativo ter ofendido o autor da crônica.”

 ————————————

É muito bom lidar com gente de bom senso, que sabe dialogar e reconhecer quando se excede ou erra.

Um exemplo, principalmente, para os mais exaltados que pensam que o mundo se resume a Atlético e Cruzeiro, nesse bate-boca municipal, sim municipal, menor que provinciano, enquanto os concorrentes dos outros estados, sobretudo do Rio e SP, vão lambendo os títulos, deixando os demais, brigando por “vice”, vagas em Libertadores e outras migalhas. 

Dito isso, o Júlio César Ramos e o Marcos Barbosa também comentaram sobre as arbitragens brasileiras: 

“Bom dia Chico e a todos que o seguem nesta coluna !
Certissimo: o politicamente correto ”o Fluminense foi melhor e mereceu”, e a queda de produção do Galo no segundo turno foi a unica razão pra não ser campeão, é pra mim tambem, balela. Ja postei aqui: enquanto os absurdos que ocorreram na arbitragem favorecendo Fla e Flu neste campeonato forem tratados como ”erros”, ”equivocos”, não sairemos do lugar. Não é a primeira, nem quinta vez que isso ocorre e vai continuar ocorrendo. Os arbitros so não são punidos severa e exemplarmente pq a orientação vem de outros maiores interessados.

– Belo Horizonte – Julio César Ramos

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E o Marcos Barbosa emendou outros assuntos também:

“A arbitragem brasileira é muito tendenciosa e obedece ordens do grande escalão da cbf. Só os cegos não enxergam.
O Marcelo Oliveira vai reaproveitar o Pedro Ken, tem gente no blog que vai ter um AVC.
É de impressionar como esse povo da Fifa e da cbf estão gordos de tanto coquetel, comes e bebes e farras por onde vão. Jérome Valcke e Ronaldão que o digam.
Além de craque Neymar virou lobysta, levou o André, babou no Ronaldinho, Montillo e agora é a vez do Riquelme.
Robinho quer jogar no Rio, pra se juntar a outros baladeiros. Lembrei do ditado: nascemos do pó e ao pó retornaremos.
Kalil quer time forte, mas contratar promessas de Goiás e Ponte Preta tá meio esquisito. Falar nisso, Kalil, Hulk tá em litígio com o Zenit…
O Mineirão tá prestes a virar raposa branca, digo elefante branco… Se o Galo não dar um jeito…
Marin conversou com R 49 ao pé do ouvido. Já ví que a cbf é lugar de gente fofoqueiro mesmo! De traíra também!”

Marcos Barbosa

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O Mauricio Souza fez uma boa pergunta:

“Eu vou dar um pitaco:
Perguntem ao Marcio Resende de Freitas, onde ele ganhou mais dinheiro, se foi na arbitragem ou se foi como fiscal de rendas do município de Timóteo.
É elementar; todo mundo está no futebol para ganhar dinheiro, inclusive o arbitro.
E sabendo disso, a Globo, deita e rola, na hora de fazer o Campeão.
O cruzeiro só foi campeão em 2003, porque era o primeiro campeonato de pontos corridos e ele não deu chances para tramóias fora do campo, pois os caras ainda não estavam treinados para tal.
É só ver em 2010, quando tiraram do cruzeiro o titulo em SP contra o curintia.”


Oscar Niemeyer, Belo Horizonte, Brasília e o mundo!

Com tristeza vi a notícia da morte do Oscar Niemeyer, lúcido, ainda trabalhando, entre uma internação e outra, mesmo perto de completar 105 anos de idade, que seria dia 15.

Mas fiquei feliz ao abrir a caixa de mensagens e ver uma nota oficial do prefeito Marcio Lacerda falando dessa figura genial, tão importante em nossa história.

OSCAR-~1

 

Um dos brasileiros que eu mais admiro é Oscar Niemeyer, não só por tudo que ele representa, mas principalmente pela ligação conosco, mineiros, por causa do maior político que o país já teve, Juscelino Kubitschek.

Quando prefeito, JK trouxe o recém formado arquiteto para fazer de Beagá um laboratório do que seria Brasília. Dali em diante o mundo todo passou a contratar obras do Niemeyer, sempre com referências a Belo Horizonte e Brasília.

Durante a Copa de 1998, numa livraria em Paris, peguei um livro que tinha Brasília na capa. Um senhora perguntou se eu era brasileiro e eu disse que era de Belo Horizonte, ela se empolgou e começou a falar coisas da nossa capital que nem eu sabia. Era uma professora, fã de Oscar Niemeyer e sabia tudo sobre a origem dele. E disse que passaria as próximas férias dela no Brasil, com prioridade para o Rio, Brasília e Belo Horizonte.

Ano passado, em Guadalajara, durante os jogos Pan-Americanos, ocorreu fato parecido, porém, numa loja de DVDs e artigos eletrônicos. No telão era exibido um documentário sobre arquitetura, com destaque para Niemeyer. Fui tratado como uma sub-celebridade quando as pessoas viram em minha credencial, pendurada no peito, que eu era de Belo Horizonte.

OSJK 

A nota oficial do prefeito:

* “Prefeito Marcio Lacerda lamenta morte de arquiteto Oscar Niemeyer”

  “Não há outra definição para Oscar Niemeyer senão a de que ele é, sempre será, um dos grandes gênios da humanidade. Dono de uma personalidade criativa e cativante, marcou a arquitetura brasileira do século 20, da qual é, certamente, o maior representante. Surpreendeu o mundo com as linhas curvas e ousadas dos seus projetos. Como prefeito de Belo Horizonte, só posso dizer, e afirmo com certeza, que todos os belo-horizontinos sentem-se muito honrados com o fato da nossa capital ter sido o berço do trabalho de Oscar Niemeyer, com o Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Falar da perda desse grande brasileiro é muito triste, mas ele deixou, para nós, a alegria de contemplarmos as suas obras e o privilégio de constatarmos, em cada uma delas, a marca da sua genialidade” 

Marcio Lacerda

Prefeito de Belo Horizonte

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Na primeira foto, no início deste texto, Niemeyer, Israel Pinheiro, outro grande nome da história de Minas, Lúcio Costa e JK.


A arbitragem brasileira em discussão IV

O Thomaz de Aquino dá razão ao Dr. Lincoln Pinheiro Costa que comentou sobre o assunto num dos posts anteriores:

* “Amigo, você arrasou. Esse papo de que juiz erra para todo lado é injusto diante do torcedor atleticano que sempre se manteve fiel, que tem na sua memória lambanças inimagináveis como aquela coisa medonha do Serra Dourada em 81. O adiamento do jogo contra o Flamengo é fruto da inconsciência perceptiva do torcedor atleticano? A suspensão do Ronaldinho sem cartão também? Idem a convocação do Victor e a não convocação do Cavalier – melhor goleiro do campeonato – na fase mais disputada da competição? Que diferença faz o uso ou não da tecnologia em um campeonato que há nove anos seguidos alterna a primeira colocação entre paulistas e cariocas? Resolva-se primeiro o problema democrático: igualdade de condições. Igualdade de condições! Pesquisem na net: Fluminense perderia título e Flamengo cairia se não fosse pela arbitragem.”

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E o Harley Coqueiro veio com a tréplica contestando a forma como foi contestado pelo Dr. Lincoln Pinheiro Costa e já responde também ao Thomaz de Aquino:

“Pela ordem, grande Chico.

Respeito a opinião do nobre Magistrado e sinto-me honrado por comentar a minha postagem.

Preliminarmente, não tenho a mínima pretensão de que concordem com o que eu penso, afinal, cada cabeça é uma sentença…

Entretanto, soa deselegante quando o debate parece ser direcionado para agredir quem escreveu o texto. Não precisa disso, não é mesmo, Meritíssimo?

Porque isso acaba por colocar bons debates na vala comum das discussões frívolas e pode intimidar outros leitores que tenham ideias divergentes da minha e de Vossa Excelência!

Data venia, percebo que houve uma análise simplista e radicalizada de alguns pontos do texto.

Em síntese, eu digo e repito: ainda não vi técnicos europeus “apitarem” e tumultuarem os jogos de futebol como aqui. Como deixei bem claro, tudo passa pela preparação técnica e psicológica dos árbitros e na educação, cultura e mudança de mentalidade de jogadores, técnicos e torcedores.

É claro que o tema que eu enfoquei renderia quase um tratado e não apenas dezenas de linhas, como no formato clássico das crônicas no texto utilizado.

Na minha epístola, trago apenas ponderações sobre a árdua missão da arbitragem no contexto brasileiro. Em nenhuma momento estou defendendo “erros no futebol” ou “dissimuladamente a corrupção no futebol”…

Por outro lado, eu não posso fazer afirmações de que existiu corrupção na arbitragem deste Brasileirão. Até porque, o magistrado bem sabe, eu preciso de provas e não posso apenas me limitar às ilações.

Mas pelo menos temos algo em comum: torcemos para o mesmo time que, historicamente, sempre teve problemas com arbitragem.”

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E o Thomaz de Aquino também foi à tréplica em relação ao Harley:

* “Aqui não temos “ciclo virtuoso”, mas “ciclo vicioso, viroso”. Ao contrário, que se explique como o Fluminense chegou virtuosamente na primeira divisão. No que se refere ao futebol brasileiro – e acho que é assim para tudo quanto é lado, temos a palavra mágica da virtuosidade: CAMPEÃO. É o nosso SHAZAM! O campeão é o virtuosão. Daí que aparecem um montão de baba-ovão enchendo a bola do campeão, da diretoria do campeão, da administração do campeão e quanta justificação! Já o resto… resto… que resto? Não existe passado diante do CAMPEÃO. Não sei se os métodos, os meios, os entremeios… do futebol são necessariamente latinos… nem foi a gente que inventou o “joguinho bom”. O fato certo e incontestável é que as boas lavanderias estão na Europa.”


A arbitragem brasileira em discussão III

Mesmo morando nos EUA o mineiro Alisson Sol está ligado nos debates importantes daqui.

Vejam a opinião dele sobre o que o Harley Coqueiro e o Dr. Lincoln Pinheiro escreveram em posts anteriores:

* “In medio stat virtus”

Primeiro, muita estranha a colocação do Harley Coqueiro: “E o árbitro latino, emocionalmente inconstante por natureza, neste ambiente hostil, está fadado a “amarelar” e a cometer erros comprometedores.

Que é isto? Quer dizer que a pessoa, por nascer em um país latino, tem de ser “emocionalmente inconstante”? Eu creio que há uma correlação muito maior entre o nível educacional das pessoas e sua “Inteligência Emocional” do que o lugar onde nasceram. E o árbitro não foi parar ali no meio de campo por voluntarismo. É treinado e, supostamente, preparado para isto.

Recentemente, houve uma greve dos árbitros no Futebol Americano, e os resultados passaram a ser contestados. Os “árbitros reservas” reconheceram que algumas de suas decisões tinham sido “provavelmente não as melhores possíveis”. Mas havia também a “revisão”, feita muitas vezes por árbitro nas cabines, com vídeos de diversos ângulos, e aqueles não eram “árbitros reservas”. Muitas destas decisões foram erradas (vide link com interessantes informações sobre este caso).

Agora, o Juiz Federal Lincoln Pinheiro Costa mostrou que não acompanha muito o futebol europeu ao escrever coisas como “Comparar campeonato Inglês e Espanhol, cada qual com uns 2 times que disputam o título e o restante, meramente coadjuvante ( e satisfeito com este papel) com o Brasileirão é um erro de método.“. Primeiro, porque campeonatos como o Inglês e o Espanhol, assim como o Italiano e o Alemão, tem vários times campeões. O Inglês, que acompanho mais, tem 6 campeões diferentes só na era da “Premier League”. E se engana quem pensa que é porque os outros são “coadjuvantes satisfeitos”. O Liverpool, time reconhecido mundialmente, jamais venceu a Premier League. Chamar o Liverpool de “coadjuvante satisfeito” é o cúmulo do absurdo! (e olha que, como torcedor do Chelsea, quero que o Liverpool desapareça!).

O interesse econômico no futebol tem uma grande influência: ele leva os melhores jogadores e técnicos para os times com melhor capacidade econômica, que por sua vez ganharam mais campeonatos, premiações, acesso a competições mais importantes, melhor patrocínio, etc. Deixar de reconhecer tal ciclo virtuoso e apenas achar que há times “comprando campeonatos” é absurdo. Há erros de arbitragem sim. Mas há jogador de futebol chutando a bola fora do estádio a partir da marca do penalti. Passam a mão na cabeça do jogador que ganha milhões e “teve um mal momento”, e jogam a responsabilidade em cima do árbitro não profissional apitando a partida. Talvez aí sim, tenhamos um exemplo da “cultura latina”…


No ESPN Ronaldinho renova a sua gratidão e diz que carinho da torcida pesou para ele ficar no Galo

Do site do canal ESPN:

* “Ronaldinho em 4min31s: Resposta ao Flamengo, arrepio por Cerezo e ‘fico’ pela torcida”

Por Jean Pereira Santos, de São Paulo (SP), para o ESPN.com.br

Você sabe qual foi o último jogador a ganhar a Bola de Ouro pelo Atlético-MG?

Ronaldinho Gaúcho
Não tenho nem ideia, cara.

ESPN.com.br
Toninho Cerezo, em 1980.

Ronaldinho Gaúcho
Que é isso, cara… Orra, que alegria!

ESPN.com.br
Faz só 32 anos.

Ronaldinho Gaúcho
Que é isso, cara, pô, minha idade. Quando eu estava nascendo, pô, mais uma para mim [risos]… Pô, fiquei arrepiado agora de tu falar, cara [mostrando o braço esquerdo, de fato com os pêlos ouriçados].

O diálogo acima se deu há dois dias, na sede da ESPN, na capital paulista. Boina, camiseta, calças largas. Estilo próprio. Ronaldinho Gaúcho ignorou o protocolo, abriu mão do traje mais refinado e foi à premiação do Bola de Prata na última segunda-feira à vontade, como quis. Podia. Foi eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 2012 e, por isso, recebeu a Bola de Ouro.

Algo histórico, ainda mais sendo pelo Atlético-MG, que não via um jogador seu ficar com a honraria há mais de três décadas. Além da surpresa por entender o tamanho do feito que acabara de alcançar, o jogador fez uma breve avaliação da retomada de seu futebol atuando no time mineiro. Julgou como “uma volta por cima”, em clara resposta ao Flamengo, de onde saiu no dia 31 de maio e cobrando R$ 40 milhões na Justiça.

Aos 32 anos, garante escolher onde quer jogar independentemente do lado financeiro. Diz preferir mais o “carinho”, a acolhida, coisas que segundo ele foram encontradas em Minas Gerais por meio dos atleticanos, bastante responsáveis pelo seu “fico” no Atlético-MG, com o qual renovou contrato até o final de 2013. 

“Sem dúvida, foi uma das partes que mais pesou”, afirmou.

Mesmo experiente, prefere não opinar em assuntos dos mais jovens, como no caso do companheiro Bernard, de 20 anos, já sondado por clubes europeus. “Se conselho fosse bom, a gente não dava, vendia”, falou.

Ronaldinho tem claro em sua mente os objetivos para 2013: ganhar títulos, o que ainda não conseguiu com o Atlético-MG [não estava no time quando da conquista invicta do Mineiro], e voltar à seleção brasileira, agora com Luiz Felipe Scolari, com quem foi pentacampeão mundial em 2002.

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Qual é o principal motivo de você ter resgatado o teu futebol no Atlético-MG?

Ronaldinho Gaúcho
Não, eu tive momentos maravilhosos com o Flamengo. Minha saída foi conturbada. E quando eu cheguei lá [no Atlético-MG], o grupo me abraçou, uma estrutura, uma das melhores do Brasil, te dão condições de se preparar bem para uma grande competição, acho que tudo isso foi fundamental.

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Ganhar a Bola de Ouro significa o quê?

Ronaldinho Gaúcho
Oh… É dar a volta por cima, né! Do jeito que eu saí do Flamengo, muita gente falando um montão de
coisa. E chegar aqui depois de cinco meses e conseguir comprovar depois de tantos anos de carreira que, mesmo com a idade que eu estou, nada mudou, então é muito bom.

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Você sabe qual foi o último jogador a ganhar a Bola de Ouro pelo Atlético-MG?

Ronaldinho Gaúcho
Não tenho nem ideia, cara.

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Toninho Cerezo, em 1980.

Ronaldinho Gaúcho
Que é isso, cara… Orra, que alegria.

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Faz só 32 anos.

Ronaldinho Gaúcho
Que é isso, cara, pô, minha idade. Quando eu estava nascendo, pô, mais uma para mim… Pô, fiquei arrepiado [mostrando o braço esquerdo] agora de tu falar, cara. Alegria fora do normal mesmo porque o Toninho também era um ídolo, ídolo, idolo. 

E pô, trazer o nome do Atlético-MG, conseguir levar junto com os meus companheiros, assim, no auge do futebol brasileiro é algo fora do normal porque é uma torcida muito apaixonada, é uma tocida que é sofredora e não abandona, então é muito legal poder levar o nome do Atlético assim no auge, é maravilhoso.

ESPN.com.br
Você falou da torcida. Foi preponderante para você, Ronaldinho, continuar no Galo?

Ronaldinho Gaúcho
Sem dúvida, foi uma das partes que mais que pesou. Meus companheiros, direção, tudo isso, mas a
torcida quando entra em campo foi algo que me abraçou, e é algo fora do normal, algo diferente de tudo que eu já tinha vivido. E fiquei por eles.

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Toda vez que a gente fala nessa coisa de “a torcida é importante”, surge a história: “não, mas
o que vale é o dinheiro, é a grana, tal…”. Faz diferença, sim, para o jogador ter esse carinho da torcida?

Ronaldinho Gaúcho
Faz, faz e é como em toda profissão, o cara quando é jovem tem que pensar no lado financeiro. Porque sabe que a carreira é curta, entende tudo isso, em qualquer profissão, como na tua, como na minha, como na de qualquer um outro, tem que pensar no outro lado. E depois, quando tu já tem, já está estabilizado, que dá para escolher, botar na balança aquilo que vale, não vale, aí o que mais conta é o amor da torcida.

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Para a gente fechar. 2013 tem Libertadores pela frente e Luiz Felipe Scolari agora na seleção. Dá para repetir a dobradinha do penta?

Ronaldinho Gaúcho

Oh, seria maravilhoso! Tive a felicidade de ser campeão com o professor Parreira, campeão com o professor Felipão, então eu quero fazer o meu melhor nessa Libertadores, neste início de competição para mostrar que eu estou bem. E me mostrar à disposição, este é o meu objetivo.

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Ele já falou que quer mais experiência. Você pode ser um desses caras, não é, junto com o Kaká e outros caras que ele gosta também que a gente sabe, principalmente um zagueiro, já que ele deve levar ali um cara mais velho. Você é um desses caras?

Ronaldinho Gaúcho

Não sei, né, cara. Mas eu, como eu disse, tem que estar provando a cada dia que está bem. Acho que
na seleção merece lugar aquele que está bem no momento, então, eu procuro estar mostrando que
estou bem no momento para estar sempre convocado à seleção.

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Você tem aconselhado o Bernard a ficar ou a ir [para o exterior]?

Ronaldinho Gaúcho
Não, não dou conselho. Se conselho fosse bom, a gente não dava, vendia.

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Não fala, então, sobre isso com ele?

Ronaldinho Gaúcho
Não, isso aí é uma decisão dele. É um jovem talento, tem uma carreira brilhante aí por vir, mas esse tipo de coisa a gente não pode opinar muito. É lógico que se ele tomar a decisão de ficar, do meu lado seria muito bom porque é um grande jogador. Mas isso daí ele vai decidir com a família dele, ele tem que seguir o coração dele, ver se é o momento dele, acho que isso tudo vai de cada um.

* http://espn.estadao.com.br/noticia/297135_ronaldinho-em-4min31s-resposta-ao-flamengo-arrepio-por-cerezo-e-fico-pela-torcida?timestamp=1354702677451


A arbitragem brasileira em discussão II

O Juiz Federal Lincoln Pinheiro Costa discorda da opinião do Harley Coqueiro no primeiro post sobre este assunto.

Pelo que percebo ele segue a mesma linha daqueles que acreditam na fala do Walter Klark, um dos mentores da Rede Globo, que em seu livro de memórias contou um pouco da sua experiência como vice-presidente de futebol na primeira gestão do Márcio Braga, no início dos anos 1980.

Diz o Klark que “enganam-se aqueles que pensam que não se compra mais árbitros de futebol” no Brasil.

Está no livro “O Campeão de Audiência”.

A opinião do Dr. Lincoln:

* “Chico,

Com todo respeito, essa é mais uma análise superficial, a-histórica, sem enfrentar as verdadeiras causas e contradições do fenômeno.
Comparar campeonato Inglês e Espanhol, cada qual com uns 2 times que disputam o título e o restante, meramente coadjuvante ( e satisfeito com este papel) com o Brasileirão é um erro de método.
Dizer que todos torcedores veem mais erros contra seus times e que os juízes erram contra todos é fazer vista grossa para as estatísticas.
Defender os erros de arbitragem para o futebol “não perder a graça” é chegar à raias da má-fé.
E, curiosamente, o tipo de analista que justifica isso geralmente fica indignado com a corrupção noticiada pela imprensa.
Qualquer análise sobre ‘erros de arbitragem’ que não leve em consideração os interesses políticos e econômicos envolvidos no futebol; que não enxergue a supremacia política e econômica do eixo RJ-SP e, consequentemente, que as entidades que controlam o futebol (CBF/STJD/mídia) têm seu arcabouço institucional desenhado para favorecer aqueles estados chega a conclusões risíveis.
Esse tipo de análise – se divulgado e não debatido – acaba se tornando mais um elemento ideológico para justificar o favorecimento aos interesses do eixo RJ-SP.
Se o autor da análise sabe o que está fazendo (justificando dissimuladamente a corrupção no futebol) está de má-fé; se não sabe, é um inocente útil.
Saudações atleticanas,
twitter.com/lincolnpinheiro


O dilema de Itair Machado que seria um bom nome para Grêmio ou Flamengo

Vejam a reportagem do Superesportes sobre a situação do Itair Machado, de mudança para Betim.

Quer transferir o Ipatinga F. Clube para lá e jogar em Sete Lagoas.

Antes, mudará o nome do clube. Qual a empatia que um time desses terá com algum torcedor?

Em Sete Lagoas não será!

E a razão de ser do futebol não é o torcedor?

Deveria ser, mas hoje, não é.

É um grande comércio e em muitos casos, oportunidade de lavagem de dinheiro.

A CBF permite que um clube deixe de existir e mude de cidade, sem ter que começar do zero, o que seria o normal, disputando acessos e etecetera e tal.

Tenho bom relacionamento com o Itair, que conheço desde os tempos em que ele jogava no juvenil do Atlético, no início dos anos 1980. É empreendedor e competente; errou muito ao não conter a vaidade e falar mais do que devia quando conseguiu a façanha de ser campeão mineiro e colocar o Ipatinga na mídia nacional com uma ótima campanha na Copa do Brasil.

Por causa da língua nervosa ganhou a antipatia gratuira de americanos, atleticanos e depois incomodou até o seu padrinho Zezé Perrella, quando achou que poderia se desgrudar dele.

Itair não assume que investe em futebol como negócio; assim como muitos empresários investem em cavalos, gado ou porcos, ele investe em jogadores de futebol.

Uma atividade empresarial a mais; nada de errado, como bem definiu o Geraldo Magela, que recentemente montou o Minas Brasil em Sete Lagoas e começou pelo caminho correto, disputando a terceira divisão mineira.

Como negócio, o Ipatinga deixou de ser interessante por uma série de motivos, e o Itair deveria assumir isso e pronto. Pelo que dfiz nessa entrevista, está mudando de freguesia sem perespectivas de sucesso , pois simplesmente não há apelo para isso.

Há muitos clubes grandes precisando de um bom diretor de futebol. O Grêmio andou falando em levar Eduardo Maluf; o novo presidente do Flamengo, já está sondando o atual dirigente atleticano também, que não sairá da Cidade do Galo.

O Itair deveria se habilitar para uma missão dessas. Não tenho dúvidas que seria um ótimo diretor e seria muitíssimo bem remunerado para tal.

* “Betim, o novo Ipatinga, busca parcerias com Atlético e Cruzeiro para crescer”

Clube manterá cores, terá mudança discreta no escudo e promete vida longa em Betim

Thiago Madureira – Superesportes

ITAIR

As ideias fervilham na cabeça do presidente do Betim, Itair Machado. Embora ainda falte aprovação da CBF para ratificar a troca de nome e de sede do Ipatinga para a cidade da Grande Belo Horizonte, o presidente já planeja montar, a médio prazo, uma equipe forte.

Para isso, parcerias com Cruzeiro e Atlético seriam fundamentais: “Já tive conversas com o Gilvan e o Kalil. Os dois se colocaram à disposição. Vamos ver se conseguimos alguns jogadores para nos ajudar”, disse Itair ao Superesportes.

A falta de apoio financeiro no Vale do Aço foi o fator preponderante para o clube deixar a cidade. “Sabe qual era a nossa arrecadação com publicidade em Ipatinga? R$ 2 mil. Não dá para fazer futebol assim”, reclama.

Confira a entrevista na integra:

Superesportes – Por que o clube mudou de sede e de nome?

Itair Machado –
Vocês (imprensa) têm que entender que fazer futebol no interior é muito complicado. Qual é o grande clube do interior que está sempre brigando na ponta? Não tem. Infelizmente, muita gente dá uma abordagem negativa a essa troca de sede, mas não é assim. A gente já não tinha mais condições de fazer futebol em Ipatinga. Tivemos que ir para Betim por causa do potencial da cidade, que tem grandes indústrias.

Quais as maiores dificuldades em Ipatinga?

A financeira. Sabe qual era a nossa arrecadação com publicidade? R$ 2 mil. Não dá para fazer futebol assim. A prefeitura ajudava, mas cancelou. A Usiminas também, mas a crise internacional afetou e muito.

O clube ainda deve salários?

Nosso grupo tinha 26 atletas. Treze deles eram pagos com parceria. Estamos devendo alguns jogadores sim, mas propomos formas de parcelamento e devemos resolver isso em pouco tempo.

Quais eram os clubes parceiros que cediam os jogadores?

Tínhamos cinco jogadores do Corinthians.

Onde o Betim jogará?

Inicialmente, será na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. A Ademg já autorizou. Em um segundo momento, o clube pensa em fazer uma parceria com a prefeitura para reformar o Estádio Capelão. Vamos ter uma reunião nesta sexta-feira. A intenção é de jogar em Betim o mais rápido possível.

E o centro de treinamentos?

Tem o próprio campo do Capelão, tem o Sesi. Vamos decidir o melhor local para os treinamentos. Temos reuniões nos próximos dias para decidir isso.

Quem serão os parceiros financeiros do clube em Betim?

Betim tem uma indústria muito grande. Estamos conversando com várias indústrias da cidade. Já temos algumas coisas em mente.

E a prefeitura?

Vamos conversar com o prefeito (Carleile Pedrosa). Acredito que vamos fazer sim uma boa parceria para o clube crescer.

Cruzeiro e Atlético podem ajudar?

Já tive conversas com o Gilvan (Cruzeiro) e o Kalil (Atlético). Os dois se colocaram à disposição. Vamos ver se conseguimos alguns jogadores para nos ajudar. Mas o problema é que estamos no Módulo II do Mineiro e na Série C. A visibilidade é mínima. Por isso, temos que ver se os jogadores se interessam.

Quais serão as novas cores do clube?

Por enquanto vão continuar as mesmas. O fornecedor de material esportivo será a Ditz.

E como será o novo escudo?

A novidade será uma engrenagem para representar o poder da indústria da cidade.

Quantos jogadores do ano passado devem ser usados na próxima temporada?

Acho que podemos ficar com 40% do elenco. Temos reuniões para definir isso.

Se o clube não tiver sucesso na cidade, pode trocar de sede novamente?

Não. Estamos firmando um compromisso com a população de Betim. Escolhemos a cidade pelo gosto do público com o esporte. Já fui a várias partidas da várzea e vi como o povo gosta. Fora o poder econômico que o município tem.

Vai ficar à frente do clube por mais quantos anos?

Penso em fazer um sucessor em Betim. Vamos montar nossa comissão com pessoas da terra. Acredito que lá tenham pessoas interessadas e preparadas. Esse era um dos problemas de Ipatinga.

* http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/ipatinga/2012/12/04/noticia_ipatinga,236376/betim-o-novo-ipatinga-busca-parcerias-com-atletico-e-cruzeiro-para-crescer.shtml


Os clubes itinerantes em discussão: o Ipatinga que está virando Betim!

O Clauber, sempre presente no blog, escreveu:

* “… temos uma entrevista curiosa de um time sem casa.

http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/ipatinga/2012/12/04/noticia_ipatinga,236376/betim-o-novo-ipatinga-busca-parcerias-com-atletico-e-cruzeiro-para-crescer.shtml

Nada como um dia após o outro. Esse sr que da a reportagem teve a audácia de dizer que o Clube Atlético Mineiro era a 3ª força de Minas, o tempo passou tão rápido que já se vai uns 5 anos essa declaração. Hoje teve que sair corrido da cidade que acolheu o projeto dele e vem para Betim, espero que o povo de Betim não caia na loreta desse “projeto”.

Sabemos que futebol é business mas espero que nosso presidente Alexandre Kalil não faça nenhum tipo de parceria com esse “novo” clube e que não ceda jogadores gratuitamente para o mesmo.

Espero que esse novo projeto fracasse e que time tradicionais de minas tenha melhor sorte, se for para ajudar ou fazer parceria que seja com Valério Doce, com os Democratas, Fabril de lavras enfim, clubes que enriqueceram dignamente o futebol mineiro e hoje se encontram em dificuldade ou talvez até com as atividades paralisadas.”