Vejam o que escreveu o Cosme Rímoli no blog dele:
* “O Atlético Mineiro foi impedido de abrir três pontos do Fluminense. O árbitro Nielson Pereira Dias não deixou. Ele foi o responsável pelo empate do Cruzeiro…”
A santa batalha do Independência começou a ser estragada na quarta-feira.
Quano o árbitro mineiro Emerson de Almeida Ferreira foi reprovado no teste físico.
A CBF designou para Cruzeiro e Atlético Mineiro, Nielson Pereira Dias.
O pernambucano acabou por tirar dois pontos fundamentais do líder do Brasileiro.
Ao fingir não ver falta clara de Montillo em Guilherme, ele decidiu o jogo.
Permitiu que o Cruzeiro continuasse um ataque irregular.
E que Matheus fizesse 2 a 2, aos 56 minutos de jogo.
O Atlético Mineiro foi prejudicado de forma absurda.
Ao final do primeiro turno e sem o jogo estranhamente adiado contra o Flamengo, deveria abrir três pontos do Fluminense.
O juiz não permitiu uma vitória épica e justa.
Tudo começou movido pela emoção.
Em Minas Gerais a Polícia Militar assumiu sua incompetência para proteger os cidadãos.
E obriga que os clássicos tenham uma torcida só.
O Independência hoje foi todo azul.
Mais de 18 mil cruzeirenses fanáticos foram ao estádio.
Eles não queriam que o rival tivesse essa folga de três pontos.
Pelo contrário exigiam a vitória para que, primeiro prejudicasse o Atlético, e depois melhorar na tabela de classificação.
Celso Roth vinha de uma derrota por 4 a 0 para o Coritiba e já estava com o cargo ameaçado.
Com seu time em oitavo, a 15 pontos do líder e rival.
O Atlético Mineiro de Cuca estava entusiasmado com a campanha sensacional no primeiro turno.
E havia vencido por 3 a 2 o emocionante jogo contra o Botafogo.
A apaixonada torcida atleticana foi até a Cidade do Galo se despedir dos jogadores que foram para a batalha do Independência.
O jogo começou em um ritmo alucinante.
Estava claro que a partida não teria uma história normal, comum.
A raiva de cruzeirenses e atleticanos os acabou até cegando.
Houve muita correria, luta, mas técnica refinada só com o camisa 49 do Atlético Mineiro.
Ronaldinho Gaúcho se mostrava inspirado e com muita coragem, enfrentando as travas das chuteiras dos volantes e zagueiros cruzeirenses.
O plano tático de Celso Roth era simples: pressionar o Atlético no seu campo.
Montillo, voltando a sua melhor forma, foi o maestro.
Com toques curtos, envolventes, ele ditava o ritmo forte do time da casa.
Cuca armou o Atlético para contragolpes em velocidade.
E Nielson entrou no Independência para arrumar confusão.
Sem personalidade para dominar o jogo, apelou para os cartões.
Distribuiu 12 cartões na partida, dez amarelos e dois vermelhos.
O Cruzeiro abriu o placar em um gol de oportunismo de Wallyson.
O gol marcado aos 17 minutos só deixou o jogo ainda mais tenso.
Cada dividida era disputada com ódio e maldade.
Aos 35 minutos, Bernard e Matheus começaram uma confusão que contaminou os dois times.
Empurrões, safanões e ninguém expulso.
Mas um torcedor raivoso atirou um relógio para campo.
A torcida celeste comemorava quando houve um escanteio aos 48 minutos.
A bola sobrou para o zagueiro Leonardo Silva acertar ótimo chute e empatar a partida.
Dirigentes cruzeirenses ficaram revoltados com o acréscimo que Nielson deu.
E o pressionaram na saída para o intervalo.
O árbitro chegou a pedir que policiais detivessem alguns dirigentes cruzeirenses.
Nada aconteceu.
Por conta dessa tensão toda pelo gol de empate, torcedores estavam revoltados.
E aos cinco minutos houve uma cena bizarra.
Um deles jogou um pedaço de bolo tentando acertar um jogador do Atlético.
Bernard queria pegar o bolo para mostrar ao árbitro.
Leandro Guerreiro percebeu, empurrou o atacante e pisou no bolo.
Bernard o derrubou e pegou os pedaços do doce e queria entregar ao bandeira.
Os jogadores começaram a se empurrar, a se xingar novamente.
Foi quando a torcida passou a jogar copos de água em direção do árbitro.
Dois acertaram.
Um torcedor chegou a atirar seu celular no campo.
O juiz paralisou o jogo por sete minutos por conta desse absurdo vandalismo.
Expulsou Bernard e Leandro Guerreiro.
O jogo ficou truncado, ainda mais tenso.
A grande chance cruzeirense aconteceu aos 40 minutos, quando Borges chutou fraco.
A bola passou por baixo de Victor e raspou a trave.
Tudo ficaria pior para o Atlético quando Pierre deu um pontapé desnecessário em Montillo.
E foi com toda a justiça expulso.
O time de Cuca passou a ter nove atletas em campo aos 43 minutos.
Quando o Cruzeiro partia para o ataque, Ronaldinho Gaúcho viajou no tempo.
E fez um gol digno de Ronaldinho Gaúcho de 2005.
Ganhou a bola em uma dividida no meio de campo de Marcelo Oliveira.
E invadiu a intermediária cruzeirense.
Deu um corte fantástico em Lucas Silva.
Invadiu a área e iludiu outra vez Marcelo Oliveira.
E diante de Fábio, tocou a bola no seu canto esquerdo, como a convicção do gol.
Golaço.
2 a 1 Atlético Mineiro, aos 45 minutos do segundo tempo.
O time se retraiu todo atrás da linha da bola.
A ordem de Cuca era segurar a fantástica virada.
E seu time estava conseguindo.
Até que houve o lance em Guilherme.
Montilho tentou driblá-lo, mas o atleticano cortou a bola.
Ao tentar correr para dominá-la, o argentino o derrubou.
Lance claro, límpido.
Mas Nielson não quis marcar a falta.
Montillo deu sequência à jogada e Matheus empatou o jogo aos 56 minutos do segundo tempo.
Foi um revoltante.
O Atletico Mineiro perdeu dois pontos preciosos na luta pela conquista do Brasileiro depois de 41 anos.
O revoltante é que José Maria Marin mudou o comando da arbitragem no País.
Tirou Sérgio Corrêa e seus árbitros prediletos.
Colocou o coronel da Polícia Militar Aristeu Leonardo Tavares.
Ele já tem um caso exemplar para resolver.
A péssima arbitragem de Nielson.
Mas ele pode ser enviado para a Sibéria.
Para o Atlético Mineiro não vai mudar.
Os dois pontos que foram tirados hoje não voltarão mais.
Foi estragada a festa pela conquista simbólica do primeiro turno.
E assim caminha o Campeonato Brasileiro de 2012…
* http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/