Para cada clássico uma desculpa esfarrapada para manter esse absurdo de “torcida única”.
Ano que vem, com o Mineirão de volta, haverá alguma outra justificativa furada. Uma vergonha!
O Cruzeiro, mandante do jogo, deveria ter batido o pé e exigido que as forças de segurança do Estado cumprissem com o seu dever constitucional, mas certamente não teve interesse, por achar que apenas a sua torcida pode dar algum ganho dentro das quatro linhas durante os 90 minutos. A experiência dos clássicos anteriores com essa idiotice já mostrou que não tem nada a ver: o Cruzeiro já ganhou do Galo só com a torcida alvinegra presente.
Lamento que a PM mineira não seja mais a que tínhamos até 2010, quando andaram com essa conversa fiada de “problemas de segurança”, e o então chefe do Comando do Policiamento da Capital – CPC – Tenente-Coronel Nilo, fez prevalecer a tradição de competência e destemor da nossa Polícia Militar. Em 2009 comandou pessoalmente as operações que garantiram a final da Libertadores da América, entre Cruzeiro e Estudiantes, da Argentina, sem nenhum problema. Arrancou elogios da imprensa nacional. Um ano depois, ele garantiu que o Atlético poderia usar o vestiário e banco de reservas do lado direito das cabines do Mineirão, debaixo da torcida do Cruzeiro; e que a Raposa, idem, no outro lado, sob a torcida atleticana.
Assim foi feito e a autoridade foi respeitada, graças à coragem e eficiência da PM. As coisas mudaram e o Cel. Nilo se aposentou, junto com outros dessa linhagem.
Lamento de novo e registro novamente a minha indignação. Por essas e outras é que a marginalidade faz aumentar a cada dia os números da violência em Belo Horizonte.
Imprevisível
O clássico, como sempre, imprevisível. O Atlético está em momento muito melhor, mas o Cruzeiro é o Cruzeiro.
Força Coelho
Entendo que o América está se virando bem para voltar a brigar na cabeça da Série B. Gostei das aquisições do Marquinhos Paraná, Ewerton e da aposta no técnico Milagres.
Sangue nos olhos
Este Leonardo, contratado ao Coritiba, tem o estilo de jogo que agrada à torcida atleticana. Guerreiro incansável na disputa pelas bolas dentro da área; não acredita em “bola perdida” e chuta a gol ao mínimo vacilo da defesa, de qualquer lugar. Pode dar certo como sombra e alternativa ao Jô, que está correspondendo plenamente, com os seus gols e funções táticas exercidas em campo.
Desilusão
Começou ontem o horário eleitoral nas rádios e TVs. Neste fim de semana começa o Campeonato Mineiro da Terceira Divisão. Uma triste semelhança entre estes dois fatos: pouca gente toma conhecimento.
No caso da política, porque centenas de cidades de Minas, em regiões até próximas da Capital, recebem o sinal das parabólicas, que trazem imagens do Rio de Janeiro, São Paulo e até do Amazonas. Nenhuma geradora do nosso Estado entra nos lares através das parabólicas; nem a Rede Minas, que existe com a finalidade de “integrar” dos mineiros.
Lamentável
A mesma Rede Minas que deveria abraçar a Segunda e Terceira Divisões do futebol mineiro e os outros esportes, já que eles não têm nenhuma visibilidade para o grande público. A população de Belo Horizonte é formada em sua maioria por pessoas do interior ou filhos e netos de gente dos mais distantes rincões mineiros; e o interior gostaria de ser visto na Rede de TV oficial do governo do estado, que deveria cumprir com essa finalidade.
Infelizmente as nossas autoridades entendem que Minas é Belo Horizonte. Aí, quando se fala em campanha presidencial, os paulistas dão as cartas, e elegem um político deles, ou alguém que atenda, prioritariamente, aos interesses deles. O resto que se dane!
Nós, quase 22 milhões de mineiros, só servimos para ajudar a eleger um deles. Em época eleitoral vêm a Minas, fazem mil promessas, colhem os votos e passam quatro anos nos empurrando com a barriga sem resolver os nossos problemas crônicos, como rodovias, anel rodoviário, saúde, segurança e por aí vai.
E vamos que vamos!
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O jornalista Wagner Álvares, comandante da comunicação do Villa Nova, enviou essa foto, do início da carreira do Leonardo, novo centroavante contratado pelo Atlético, quando ele defendia o Leão do Bonfim:
E disse o Wagner:
“… Pelo Leão, foram 14 jogos disputados e oito gols marcados.
Curiosamente, o primeiro gol dele como profissional foi marcado contra o Atlético, no Estádio Independência, no dia 12 de fevereiro de 2003, pelo Campeonato Mineiro.”