Blog do Chico Maia

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Dúvidas do Roth; a volta do Réver; Inter de olho no Ryan e a nova prisão do Fábio Noronha

A seguir, notícias da imprensa sobre Galo, Raposa, Coelho, a nova prisão do goleiro Fábio Noronha do América-TO, mas antes alguns comentários meus:

De esperança de gols até o jogo passado, a nem relacionado para a viagem a São Paulo, para o jogo contra a Portuguesa. Fabinho já está em baixa no Cruzeiro.

E parece que Celso Roth vai repetir Borges no comando de ataque, mesmo ainda desentrosado. Anselmo Ramon está em melhor forma.

Jogador fora de forma física é um risco: para ele e para o time. Se o Ceará está dizendo que não está pronto, melhor esperar.

Ainda mais lateral, cuja função é fundamental na defesa e no ataque.

Réver finalmente está voltando ao time do Atlético para acabar com as especulações de uma possível saída.

Atravessa bom momento e vinha formando ótima zaga com o Rafael Marques.

O Inter fala em levar Bryan, o bom lateral do América, que enfrenta esta noite o Guarantinguetá e precisa vencer.

Que o Coelho não deixe mais ninguém sair e que vença bem hoje.

E o goleiro Fábio Noronha, hein!? Preso de novo; agora por falta de pagamento de pensão alimentícia.

Candidato a vereador em Teófilo Otoni, no embalo do prestígio que tem com a torcida do Dragão.

Notícia do Globoesporte.com:

– Celso Roth apressa estreia de Ceará e confirma volta de Magrão ao meio

Cruzeiro muda para enfrentar a Portuguesa nesta quarta-feira

O lateral-direito Ceará fará sua estreia pelo Cruzeiro na partida desta quarta-feira, contra a Portuguesa, às 20h30m (de Brasília), no Canindé. Essa é a intenção do técnico Celso Roth, que adiantou: ´Há coisas que não podemos esperar’’. Diante da atual situação do time, vinda de três derrotas, o treinador terá que antecipar a estreia do jogador, que chegou há pouco mais de uma semana e ainda não está na forma física ideal – quando chegou, pediu 20 dias para aprimorar a forma física.

CEARÁ

– Tem coisas que a gente faz de acordo com o tempo, se as coisas estiverem equilibradas. Há coisas que não podemos esperar. O Ceará provavelmente iniciará o jogo conta a Portuguesa. Até pela necessidade de ter um jogador especialista da posição. Já conversamos com o Ceará ontem (segunda-feira). Ele fez o trabalho coletivo contra equipe júnior, trabalhou 45 minutos, se sentiu bem. Hoje o Ceará fez o recreativo muito bem, tranquilo. A princípio, o Ceará tem grande possibilidade de iniciar o jogo.

As laterais do Cruzeiro são um drama já algum tempo. Roth tem improvisado jogadores de ambos os lados, mas poucas vezes obteve bons resultados. Contra a Portuguesa, ele pode ter pela primeira vez dois laterais de origem em campo. A intenção do treinador é utilizar Diego Renan na esquerda.

Outra volta praticamente certa é a de Willian Magrão ao meio-campo. Ele deve ficar com a vaga que foi de Marcelo Oliveira no último jogo.

– É outra probabilidade. O Willian pode volta sim, provavelmente volte, até porque contra o Inter foi muito bem. Com a probabilidade de o Ceará fazer sua estreia, pensamos, sim, no Diego Renan pelo lado esquerdo.

O provável Cruzeiro diante da Lusa terá: Fábio; Ceará, Léo, Mateus e Diego Renan; Leandro Guerreiro, Willian Magrão, Tinga e Montillo; Wellington Paulista e Borges.

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Notícia do O Tempo:

– Recuperado, Réver fala em retorno contra o Inter, prioriza o grupo e deixa a titularidade em segundo plano

Há quatro rodadas como desfalque no Atlético, o zagueiro Réver pode, finalmente, voltar a jogar nesta quarta-feira, no duelo com o Internacional, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. Para isso, no entanto, o jogador terá de vencer a disputa pela posição com Leonardo Silva, que entrou em seu lugar e, desde então, tem cumprido bem a sua missão.

REVER

A titularidade, no entanto, não é uma questão que preocupa Réver, que espera fazer o melhor pelo time, seja durante todo o jogo ou apenas em parte dele. “Voltei aos treinos, me senti bem, mas nada me foi passado. Eu disse que só voltaria quando estivesse 100% e agora estou à disposição. Não sei quem vai jogar, o time vive um momento bom e se for para ficar como opção, vou ficar, até porque os companheiros tem totais condições e estão demonstrando isso. Então, ficarei feliz do mesmo jeito que ficarei se for jogar”, disse o zagueiro.

Por causa de dores no púbis, Réver ficou fora dos últimos quatro jogos do Atlético, contra Náutico, Grêmio, Portuguesa e Figueirense. Por causa do longo período afastado, o jogador ainda não sabe se terá condições de jogar os 90 minutos, mas garante que dará o seu melhor caso seja acionado.

“Para 90 minutos, ainda mais com a intensidade que vem sendo os jogos, é difícil, mas já tem uma semana que estou me preparando e estou à disposição. Então, se tiver que jogar 90, vou jogar e, se for menos, vou procurar dar o meu melhor como sempre fiz, respeitando os companheiros que vivem um grande momento”, completou.

O jogo contra o Internacional começa às 21h50, no estádio Independência.

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Notícia do Estado de Minas:

– O goleiro Fábio Noronha do América-TO foi preso novamente nesta terça-feira. Desta vez, ele foi detido em cumprimento de um mandado de prisão expedido pela 2ª Vara da Família do Rio de Janeiro, por falta de pagamento de pensão alimentícia. O goleiro deve cerca de R$ 74 mil para ex-mulher que mora no capital fluminense.

Segundo o delegado regional de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, Alberto Tadeu Cardoso de Oliveira, os policiais chegaram na casa do goleiro por volta de 6h20 com o documento em mãos. Eles foram recebidos calmamente pelo atleta, que solicitou a presença do seu advogado. Os investigadores aguardaram a chegada do defensor e levaram Fábio para a delegacia da cidade. Segundo o delegado, o mandado estava expedido desde 2011, portanto o jogador era um foragido da Justiça.

FABIO

Fábio será encaminhado ainda nesta terça-feira para o Presídio de Teófilo Otoni. No último sábado, ele foi preso suspeito de agredir a atual esposa que está grávida de sete meses. Vizinhos escutaram gritos e acionaram a Polícia Militar (PM). O goleiro resistiu à prisão e deu muito trabalho aos policiais.

Sobre a agressão, o delegado Oliveira disse que não há inquérito instaurado porque a mulher não oficializou a denúncia de agressão e se negou a fazer exame de corpo de delito. Mesmo assim, a polícia está investigando o caso. Por enquanto, Fábio não foi autuado pela agressão à esposa.

Goleiro do América-TO é preso novamenteEle foi detido em cumprimento de um mandado de prisão porque deve cerca de R$ 74 mil para ex-mulher que mora no Rio de Janeiro

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Coluna do Marco Antônio, da Avacoelhada, no portal do O Tempo:

– América x Guaratinguetá. Pré-jogo

terça-feira, 21h50, Independência

Guaratinguetá

Provável time:

Saulo;

Marlon, Igor, Marquinhos e Renato Peixe;

Jairo, Julio César, Keninha e Marcinho;

Lenilson e Leandrinho

Técnico: Pintado.

A equipe do técnico Pintado está em 18° lugar com apenas oito pontos, duas vitórias e seis derrotas. Marcou 10 gols e sofreu 18.

Ainda assim, todo jogo é uma batalha.

América:

Provável time:

Neneca,

Boiadeiro, Gabriel, Everton Luiz (Vinícius Simon) e Bryan;

Dudu, Leandro Ferreira, Gilberto e Rodriguinho;

Alessandro e Fábio Júnior.

Técnico: Givanildo

Relacionados:

Matheus, Rodrigo Heffner, Vinícius Simon, Pará, Agenor, Thiaguinho, Timbó, Adeílson e Romão.

O Coelhão busca a quinta vitória em cinco jogos no Independência

Precisa repetir o futebol produtivo e eficiente do primeiro tempo contra o Atlético-PR. Ter postura ofensiva e atitude vencedora. Encontrar a forma ideal de jogar bem durante os 90 minutos.

A volta do Rodriguinho poderá representar aumento na qualidade do passe. Gilberto próximo aos atacantes deve priorizar a criação das jogadas. Boiadeiro e Bryan subirem pelas laterais. Os meias-ofensivos e os laterais são os principais responsáveis pela transição entre defesa e ataque sem a utilização da ligação direta.

Alessandro e principalmente Fábio Júnior avançados para finalizarem e abrirem espaços para as penetrações. Além de segurarem a defesa adversária.

A participação da torcida americana será fundamental. Concentração no Bar da Sandrinha às 20h.

BRYAN

http://www.otempo.com.br/esportes/blogs/?IdBlog=65


Informações e foto importantes sobre visibilidade e segurança no Independência

Muito interessantes as informações e foto enviadas ao blog pelo Bruno Valle, que podem ajudar na minimização dos problemas vividos pelo torcedor no Estádio Independência:

“Chico,
envio abaixo e-mail enviado por mim à SECOPA e Paulo Azeredo: em anexo envio uma foto que tirei no Independência, no jogo Cruzeiro e Grêmio.

INDEPENDENCIA
Sobre aquela luta de fazer o pessoal não ficar nas escadas, de se dirigir ao seu lugar; a BWA insiste em dizer que não poder fazer nada.

Pode, mas não quer.
Nessa foto, repare no centro. Tem um rapaz de colete laranja, funcionário do estádio, e ”assistente do torcedor”, como diz o colete.
Ele passou o jogo todo ali, em pé na escada, ao lado de vários outros torcedores, assistindo ao jogo.

No dia que acontecer uma tragédia, e a BWA se dizer isenta de responsabilidade
está aí a prova.

VÁRIOS, eu repito, VÁRIOS outros ”assistentes” estavam na mesma posição, assistindo ao jogo nas escadas, ao lado de torcedores.

Essa situação compromete a circulação,
a segurança e a visibilidade.
Repare, aquele grupo de pessoas na escada gera pontos cegos muito piores do que as grades.
Note como se destacam acima dos demais. Sai muito, muito mais barato colocar policiais ou monitores
para impedir que pessoas se concentrem em certos pontos do estádio do que a tal troca do guarda-corpo que não vai a lugar algum.
Este e-mail segue em cópia para a SECOPA-MG.
abraços,
Bruno Valle – Belo Horizonte”


A Enciclopédia do Rádio Brasileiro está precisando de fotos de nove radialistas

Amigos,

as professoras Nair Prata (UFOP) e Maria Cláudia Santos estão produzindo a Enciclopédia do Rádio Esportivo Brasileiro, que vai trazer as biografias de 230 radialistas de todos os Estados brasileiros.

No entanto, não conseguiram ainda as fotos de 9 radialistas e querem contar com o público do nosso blog para ajudar.

Precisam de uma foto das seguintes pessoas:

Adelchi Ziller – Minas Gerais

Domingos Gomes do Espírito Santo – Tocantins

Geraldo Bretas – São Paulo

Hilton Antônio Mendonça Britto – Rio Grande do Sul

Jaime Barreto – Amapá

Laércio Costa – Maranhão

Léo Almeida – Tocantins

Mário Mendonça – Mato Grosso do Sul

Waldir Rodrigues – Minas Gerais

Além do blog, os contatos delas são:

nairprata@uol.com.br

mariaclaudiasantos@yahoo.com.br


Atlético, Cruzeiro e América: nem tanto ao mar; nem tanto à terra!

Essa velha e surrada frase serve para definir a situação do Atlético no Brasileiro, e pelo que tenho visto a maioria dos atleticanos está enxergando dessa forma.

A bela campanha é conseqüência da manutenção da comissão técnica, mesmo com toda a turbulência do fim do ano passado; da aquisição pontual de bons jogadores para algumas posições, como Leandro Donizete para o meio, e Jô para o comando de ataque; de um craque especial, Ronaldinho Gaúcho, que foi um “negócio de ocasião”, e da resolução do crônico problema do gol. Para isso, primeiro foi contratado o treinador de goleiros do Grêmio, Chiquinho, que graças à sua amizade com o Victor, convenceu a ele que estava na hora de mudar de ares, e que a Cidade do Galo seria o ambiente ideal.

Com os recursos que a diretoria vinha dizendo que tinha para reforçar o time, essas aquisições foram feitas e Cuca está podendo trabalhar bem, jogo a jogo, o elenco e a estrutura que tem nas mãos.

Mesmo vencendo, como sábado, às vezes o time não faz grandes partidas, mas tem um elenco tão equilibrado que um erro é compensado por um grande acerto, e na média, a vitória sai.

Diferente de times que têm elencos comuns, como o próprio Atlético ano passado, quando jogava muito bem um tempo, ou 80 minutos, mas tomava um gol e perdia ou empatava porque não tinha forças para garantir o resultado positivo.

A diferença que Ronaldinho Gaúcho faz é clara e só não vê quem não quer enxergar. Não tem dado dribles ou arrancadas fulminantes como nos tempos do Barcelona, mas é só prestar atenção: o adversário destaca, no mínimo, dois jogadores para cuidarem dele, às vezes, três. Um no combate, um ou dois na sobra.

Quanto representa isso em um jogo, principalmente em competição acirradíssima como é o Brasileiro.

No Cruzeiro o que vejo é uma situação simples do futebol: a dificuldade de se montar um time durante a disputa do Campeonato. A começar pelo técnico e Celso Roth e os seus auxiliares diretos, passando pela maioria dos jogadores e até o diretor de futebol é novidade na Toca da Raposa para este Brasileiro.

O próprio Celso e a diretoria se surpreenderam com os ótimos resultados iniciais, pois era de se esperar mais tempo para que as vitórias convincentes começassem a chegar.

A defesa parou de tomar gols, o time voltou a vencer e chegou a liderar a competição. Mas novos jogadores continuaram chegando e os adversários mais pesados, como São Paulo, Inter e Grêmio idem. Além de serem da prateleira de cima, entraram em campo de olho no líder, que parecia ter voltado aos seus melhores momentos.

A falta de entrosamento e antigas deficiências se fizeram sentir e três derrotas consecutivas acenderam a luz amarela na Toca da Raposa. Nada de assustador, mas de atenção redobrada para nova correção de rumos.

O América está bem na busca do seu objetivo principal que é uma das quatro vagas da Série A 2013, mas a sua pretensão, mais que justa, é o título, neste ano do Centenário. Perdeu o Bruno Meneghel para o futebol chinês, mas não foi este o fator responsável pela derrota para o Goiás. O time não foi bem; o Goiás também é da prateleira de cima e jogar no Serra Dourada nunca é fácil.

Não pode vacilar é amanhã, em casa, contra o Guarantinguetá, que está lutando contra as últimas posições na tabela, e que virá babando por um início de recuperação no Independência.

Time cujo técnico é o Pintado, ex-capitão do Coelho, figura muito querida até hoje pelos americanos.


O fim da pobreza, ou: me engana que eu gosto!

Muito bom este artigo na Folha de S. Paulo de ontem:

“LEANDRO MACHADO”

De repente, classe C

Sou ex-pobre. Todos querem me vender geladeira agora. O trem ainda quebra todo dia, o bairro alaga. Mas na TV até trocaram um jornalista para me agradar

Eu me considerava um rapaz razoavelmente feliz até descobrir que não sou mais pobre e que agora faço parte da classe C.

Com a informação, percebi aos poucos que eu e minha nova classe somos as celebridades do momento. Todo mundo fala de nós e, claro, quer nos atingir de alguma forma.

Há empresas, publicações, planos de marketing e institutos de pesquisa exclusivamente dedicados a investigar as minhas preferências: se gosto de azul ou vermelho, batata ou tomate e se meus filmes favoritos são do Van Damme ou do Steven Seagal.

(Aliás, filmes dublados, por favor! Afinal, eu, como todos os membros da classe C, aparentemente tenho sérias dificuldades para ler com rapidez essas malditas legendas.)

A televisão também estudou minha nova classe e, por isso, mudou seus planos: além do aumento dos programas que relatam crimes bizarros (supostamente gosto disso), as telenovelas agora têm empregadas domésticas como protagonistas, cabeleireiras como musas e até mesmo personagens ricos que moram em bairros mais ou menos como o meu.

A diferença é que nesses bairros, os da novela, não há ônibus que demoram duas horas para passar nem buracos na rua.

Um telejornal famoso até trocou seu antigo apresentador, um homem fino e especialista em vinhos, por um âncora, digamos, mais povão, do tipo que fala alto e gosta de samba. Um sujeito mais parecido comigo, talvez. Deve estar lá para chamar a minha atenção com mais facilidade.

As empresas viram a luz em cima da minha cabeça e decidiram que minha classe é seu novo alvo de consumo. Antes, quando eu era pobre, de certo modo não existia para elas. Quer dizer, talvez existisse, mas não tinha nome nem capital razoável.

De modo que agora elas querem me vender carros, geladeiras de inox, engenhocas eletrônicas, planos de saúde e TV por assinatura. Tudo em parcelas a perder de vista e com redução do IPI.

E as universidades privadas, então, pipocam por São Paulo. Oscursos custam R$ 200 reais ao mês, e isso se eu não quiser pagar menos, estudando à distância.

Assim como toda pasta de dente é a mais recomendada entre os dentistas, essas universidades estão sempre entre as mais indicadas pelo Ministério da Educação, como elas mesmas alardeiam. Se é verdade ou não, quem pode saber?

E se eu não acreditar na educação privada, posso tentar uma universidade pública, evidentemente. Foi o que fiz: passei numafederal, fiz a matrícula e agora estou em greve porque o campus cai aos pedaços. Não tenho nem sala de aula.

Não que eu não esteja feliz com meu novo status de consumidor, não deve ser isso. (Agora mesmo escrevo em um notebook, minha TV tem cem canais de esporte e minha mãe prepara a comida num fogão novo; se isso não for felicidade, do que se trata, então?)

O problema é que me esforço, juro, mas o ceticismo ainda é minha perdição: levo 2h30 para chegar ao trabalho porque o trem quebra todos os dias, meu plano de saúde não cobre minha doença no intestino e morro de medo das enchentes do bairro.

Ou seja, ao mesmo tempo em que todos querem me atingir por meu razoável poder de consumo, passo por perrengues do século passado. Eu e mais de 30 milhões de pessoas -não somos pobres, mas classe C.

Deixa eu terminar por aqui o texto, porque daqui a pouco vão me chamar de chato ou, pior, de comunista. Logo eu, que só li Marx na versão resumida em quadrinhos. Fazer o quê, se eu gosto é de autoajuda?

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.debates@uol.com.br

LEANDRO MACHADO, 23, é estudante de letras na Universidade Federal de São Paulo, mora em Ferraz de Vasconcelos (SP) e escreve no blog Mural, da Folha


Bom dia! Com a vergonha nacional do cotidiano

O Bom dia Brasil mostrou hoje uma reportagem sobre o desrespeito aos cadeirantes pelas empresas de ônibus em Belo Horizonte, e pior, a falta de educação e solidariedade de motoristas e trocadores com as vítimas da falta de cumprimento da legislação.

Além de 25% dos ônibus em circulação não ter o elevador exigido por lei, a maioria dos que possui não funciona. Os motoristas não param no local correto para que o cadeirante alcance sozinho o equipamento e trata mal ou não dá atenção àqueles que reclamam.

O Sindicato das empresas diz que dão manutenção aos equipamentos, mas eles se desgastam rapidamente e que motoristas e trocadores passam por treinamento periódico. É pra acreditar?

Isso ocorre no Brasil inteiro, com este e em incontáveis outras prestações de serviços; não é “privilégio” da capital mineira. Mas quem financia a campanha da maior parte dos políticos eleitos são exatamente as empresas concessionárias dos serviços públicos, empreiteiras, bancos e etecetera e tal.

Por isso, especialmente em ano eleitoral, é fundamental que a população ficasse muito atenta e separasse, na urna, o joio do trigo. Sei que é querer demais, mas a esperança precisa continuar existindo, né!?

Um indicativo que estou pregando no vazio é que posts como este, têm um ou outro comentário. Se fosse alguma coisa referente ao futebol e aos interesses feridos de um dos nossos clubes, ficaria lotado.


Cruzeiro em busca de explicações para a recaída incômoda

O Cruzeiro fez o seu pior jogo neste Campeonato, e nas entrevistas depois da derrota para o Grêmio nem jogadores nem o técnico Celso Roth conseguiram explicar o que causou tanta apatia. Houve jogos em que o time não jogou bem, mas a determinação de quem estava em campo levou a vitórias surpreendentes.

Nos três primeiros jogos a defesa passou a impressão que a peneira de 2011 e do Campeonato Mineiro era coisa do passado, mas os buracos voltaram a aparecer, e o treinador terá que rever o setor.

Descontrole

Interessante é que até os 25 minutos, mesmo perdendo de 1 a 0 o Cruzeiro dominava a partida e levava mais perigo ao gol gremista. Depois do segundo gol é que o descontrole foi absoluto e nem a injusta expulsão do zagueiro Werley, fez com que o time aproveitasse a vantagem de ter um jogador a mais em campo.

Virada

Sábado o que mais chamou a atenção na vitória do Atlético foi a capacidade de reação dos comandados do Cuca, depois de estar perdendo por 3 a 1. Foi como se o time tivesse acordado de um sono profundo, caindo na realidade de que estava perdendo para um time inferior tecnicamente, porém aguerrido e motivado por sua torcida.

Os gols da virada foram saindo naturalmente e caso houvesse mais cinco minutos além do tempo extra dado pelo árbitro, a goleada seria ampliada.

Empolgação

O atacante Guilherme estava particularmente feliz pela volta ao time depois de longa inatividade por contusão. Além da boa atuação marcou o gol da vitória e ao apito final do árbitro, demonstrava a felicidade de um garoto que estreia no time profissional.

Sentindo-se seguro e curado da contusão, agradeceu em especial, a todos os médicos, fisioterapeutas e massagista com os quais já trabalhou.

Nova estreia

A estreia do atacante Borges terá que ficar para o próximo jogo, contra a Portuguesa, pois a de ontem não valeu. Isolado entre os defensores gaúchos, não recebia bolas de nenhuma forma e seu estilo de jogo exige que cruzamentos sejam feitos na área.

Na única oportunidade que teve, obrigou o goleiro Marcelo a fazer uma ótima defesa, nos primeiros minutos da partida.

Triste é a situação do Ipatinga que perdeu em casa para o Grêmio Barueri e tomou a lanterna da sua mão.

Sob risco

Dentre todos os mineiros nas divisões nacionais brasileiras a situação mais delicada é a do Ipatinga, com salários atrasados e sem perspectivas de arrecadação na cidade, o que faz o presidente Itair Machado negociar a transferência do clube para Betim.

O Boa Esporte está na 13ª posição, porém com 12 pontos, junto a vários concorrentes. O Tupi está na penúltima posição na série C, porém a competição está apenas começando.

Tradição

Sábado tive a satisfação de comparecer ao Festival de Chope do tradicional Fluminense de Mocambeiro, e entendi o motivo da força e longevidade desse clube de 96 anos de existência. As famílias se unem em torno da instituição e promovem eventos o ano todo, o que mantém a união e injeta recursos para a manutenção do bom estádio e do time oito vezes campeão nos últimos 10 campeonatos da Liga de Matozinhos.

Uma das principais lideranças é o José do Patrocínio, que há 15 dias está reforçando a diretoria do Democrata de Sete Lagoas, que inicia amanhã os preparativos visando a 3ª divisão mineira.


Quatro machadadas

O Daniel Paiva Silveira escreveu ao blog, e vale a pena conferir:

“Chico, fiz uma charge do Galo que postei no meu Blog se possível dê uma olhada”

Belo Horizonte

galo-vence-figueirense

http://www.chargedarodada.com


Enquanto isso a caixinha de maldades continua funcionando

O americano Márcio Amorim, obviamente incomodado pela segunda do derrota do Coelho no Campeonato, 2 a 0 para o Goiás, enviou-nos uma ótima reflexão sobre cidadania e às mazelas às quais somos submetidos:

“Caro Chico,
… enquanto isso, naquele paupérrimo país do futebol, anunciaram ontem que vamos pagar pedágio durante cinco anos, para trafegar nos trechos não duplicados (e cheio de buracos) da 040 e da 116.

O “objetivo” é arrecadar grana para duplicá-las daqui a cinco anos. Sabem para onde vai o dinheiro? Para as cuecas e, no futuro, a CUT vai ameaçar colocar o povo nas ruas para defender quem puser a mão nele.

Viva o tal Vereador!
Viva qualquer Deputado Estadual!
Viva qualquer Deputado Federal!
Viva qualquer Senador da republiqueta!
Viva a CUT!
Viva o Ronaldinho! O menor e o mais insignificante dos nossos problemas. Acho que ele, mesmo não jogando nada ainda – nem sei se jogará – já deu, sim, nova cara ao time do Atlético (opinião de americano).
Viva o lixo em que estão transformando este Brasil com o aplauso de quase 85% dos cidadãos!”


Ruim desse jogo só os comentários pela TV paga

Comecei ouvindo a transmissão de Figueirense 3 x 4 Atlético pela 98,3 FM, cada vez melhor. Ao imitar e sacanear todo mundo, ironizar os exageros e mesmices dos profetas do acontecido da imprensa esportiva ela se apresenta e vai se firmando como a transmissão mais séria e confiável dos jogos de futebol.

E quando é pra falar sério, as informações são 100% confiáveis e os comentários de ótima qualidade.

Porém, fui ver o jogo em Funilândia, na casa do meu cunhado Nonô.

Desci do carro e não seria interessante nem educado levar meu rádio e ficar ouvido com o fone com a TV no pay-per-view, como faço normalmente, quando estou em casa.

Mas quando o Galo tomou o terceiro gol, joguei a toalha para o som da TV. Poxa, aos 14 minutos do segundo tempo, os camaradas já davam o jogo como encerrado, que o Figueirense conseguira a sua primeira vitória, depois de sete jogos de empates e derrotas; que o Loco Abreu foi o nome do jogo e que ficava a expectativa quanto ao futuro do Atlético depois da segunda derrota no campeonato e a sua capacidade de reação.

Melhor ficar batendo papo e comentando os lances com o meu irmão Gilmar, também atleticano, e o cruzeirense Nonô, que saiu da sala para atender à minha irmã Edilse, igualmente cruzeirense, para providenciar mais cerveja.

Incrível: foi só o Nonô se levantar e o Leonardo Silva, que fazia um jogo ruim, marcar o segundo gol, que incendiou o time.

Ele que um minuto antes dera um presente para o atacante Aloísio, que entrara no lugar do Loco Abreu (que saiu sentindo cãibras). Na cara do Victor, o jogador do Figueirense errou o que seria o quarto gol.

Daí a pouco Ronaldinho, Marcos Rocha e Jô trocaram passes até encontrar Bernard que entrava pela direita na pequena área para, de cabeça, fazer 3 a 3.

Na empolgação geral do time era de se esperar que o quatro gol saísse e Guilherme cuidou de acionar Serginho na direita e correr para dentro da área e receber a bola de volta para fazer 4 a 3.

O árbitro Luiz Flávio de Oliveira deu quatro minutos de tempo extra. Aos 47, Nonô estava de volta, mas era tarde para o Figueirense empatar.

Grande vitória do Galo que agora pega o Inter, quarta-feira, no Independência.

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Foto: Lancenet