Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Diogo Nogueira em Sete Lagoas sábado

O nosso jornal SETE DIAS promove todos os anos o Festival Sabor de Bar, que envolve os melhores bares da cidade.

No próximo sábado teremos o encerramento, com o encontro de todos, no espaço de eventos do UNIFEMM, na entrada da cidade.

Com várias atrações musicais da melhor qualidade, tendo como ponto alto o sambista Diogo Nogueira, da prateleira de cima do samba brasileiro da atualidade.

Ele concedeu entrevista do Júlio Assis, do SETE DIAS, sobre este show em Sete Lagoas:

DIOGO2

“O sambista Diogo Nogueira é a grande atração do encerramento do festival gastronômico Sabor de Bar, neste sábado no estacionamento do Centro Universitário Unifemm. Na entrevista abaixo ao Jornal SETE DIAS, realizador do evento, Diogo antecipa o que vai apresentar no show, fala de sua carreira ascendente no cenário da música brasileira, de seu trabalho como apresentador do programa de televisão “Samba na Gamboa” e do trabalho de divulgação da obra de seu pai, João Nogueira.

A festa do Sabor de Bar terá os portões abertos às 17h e além de Diogo se apresentam os grupos Nós Três (samba), No Label (pop-rock) e a sambista Josi Lopes.

Os ingressos estão à venda em Sete Lagoas nas lojas Drogaria Araújo (centro e shopping) e em Belo Horizonte na Nenety Eventos (shopping 5ª Avenida).

Mais informações no site www.sabordebar.com.br

Confira a entrevista de Diogo Nogueira:

SETE DIAS – Parece que você está no clima do projeto sambabook que reúne a obra de seu pai, o João Nogueira. Você fez show recente no Rio com o repertório desse sambabook. Esse será o clima do show em Sete Lagoas ou mescla isso ao repertório ainda de divulgação do DVD “Sou Eu Ao Vivo”?

DIOGO NOGUEIRA – Vamos apresentar músicas do CD e DVD, “Sou Eu”, sucessos da minha carreira, clássicos do samba e algumas músicas que estão no meu novo DVD, “Diogo Nogueira Ao vivo em Cuba”, que trazem um tempero de salsa. Mas, como não poderia deixar de ser, vamos ter um pouco de João Nogueira, Martinho da Vila, Beth Carvalho e diversos grandes mestres do nosso samba.

SD – Você tem feito muitos shows em Minas e especialmente em Belo Horizonte. Na sua opinião há uma empatia do público mineiro com o seu trabalho? Você sente isso no palco aqui em Minas?

DIOGO – Adoro me apresentar para o público mineiro. Sempre fui muito bem recebido em Minas e também em Belo Horizonte. Para retribuir o carinho que recebo, procuro sempre fazer um show especial.

SD- Tem se falado muito no interesse do público mais jovem pelo samba, isso pode estar sendo estimulado também pelo trabalho de artistas de uma geração mais nova que se dedica ao gênero, como você, Mart´nália, Dudu Nobre, Teresa Cristina e outros?

DIOGO – Acho que o samba vive um bom momento. A renovação do ritmo está ajudando a manter o interesse dos jovens, que vêm lotando plateias em shows por todo o Brasil, além de artistas novos, que vem renovando o ritmo. Mas o que me deixa mais feliz é ver que as “Velhas Guardas” estão sendo respeitadas e tratadas como os grandes guardiões do samba. 

SD – Até que ponto sua atuação como apresentador do programa de TV “Samba no Gamboa” veio somar para a afirmação de seu trabalho musical tendo em vista o permanente contato com grandes artistas do gênero que abre novas possibilidades de parcerias?

DIOGO – Ser apresentador do “Samba na Gamboa” tem sido um grande aprendizado, que também vem me ajudando muito nos palcos, desde a primeira temporada, quando tudo era novidade, até os dias de hoje, na busca por novos formatos, novidades. Além disso, tenho tido a oportunidade de cantar e conversar com grandes nomes do samba brasileiro. E isso é um privilégio! Já fizemos mais de 150 entrevistas e pude conversar com grandes nomes da nossa música, como Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Jorge Aragão, João Bosco, Jorge Ben Jor, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, dentre outros. O programa é exibido pela TV Brasil toda 3ª feira, sempre às 23 horas.

SD- Com essa grande herança que tem por ser filho de João Nogueira, como é pra você exercer ao mesmo tempo um papel de ser um continuador da divulgação da obra de seu pai e por outro lado apresentar seu próprio trabalho como sambista?

DIOGO – Meu pai é uma grande influência na minha vida e na minha carreira. Tanto que estamos lançando o “Sambabook João Nogueira”, que é uma homenagem ao grande poeta, cantor e pai maravilhoso que foi João Nogueira. O projeto conta com a obra dele, interpretada por grandes nomes da nossa música, que traz CDs, DVD e um livro de partituras. Estamos também planejando o lançamento da biografia dele e de um filme documentário sobre sua vida e obra. Sobre o meu trabalho, venho fazendo tudo da melhor forma possível, com sinceridade e honestidade. Sinto que estou, cada vez mais, conquistando o meu próprio espaço. Quero consolidar cada vez mais o meu nome, o meu trabalho no Brasil e também ter o reconhecimento em outros países.

SD- De modo geral seu repertório tem uma abrangência ampla, de sambistas da velha guarda, passando por nomes da MPB como Chico Buarque e Ivan Lins, e chegando a compositores contemporâneos. Como se dão essas escolhas?

DIOGO – Canto músicas que eu gosto e esse é o meu principal critério. Tenho tido a oportunidade de regravar grandes clássicos da música brasileira, sucessos dos anos 70 e 80, que chegam para as novas gerações como uma novidade. Além disso, estou sempre atento aos novos compositores e sempre que eu tenho alguma nova canção, composta por mim e meus parceiros, também gravo nos meus trabalhos.

SD – O fato de ser um artista cada vez mais requisitado no samba, afeta a sua produção como compositor e te leva a se dedicar mais ao trabalho de intérprete?

DIOGO – Tenho um prazer especial em compor e faço isso de maneira natural, sem forçar barra. Gosto de registrar as melodias e ideias que tenho para depois ir desenvolvendo. Não tenho exatamente uma rotina para compor. 

SD – O que o público de Sete Lagoas e região que ainda não assistiu a uma apresentação sua ao vivo pode esperar do seu show?

DIOGO – Essa vai ser a primeira vez que me apresento em Sete Lagoas. Sei que o público gosta de samba e estou muito animado. Estamos preparando tudo com muito carinho. Vamos levar o mesmo show que temos rodado por todo o Brasil, com músicas dos meus CDs, canções de minha autoria, clássicos do samba e algumas novidades. Espero todo mundo lá.

http://www.sabordebar.com.br/


Que os exemplos do América e do Bernard sirvam para alguma coisa

Até o Bom dia Brasil se rendeu ao gol do Atlético contra o Grêmio e o mostrou nas manchetes do telejornal nesta segunda-feira de manhã.

Não era para menos. Mas não é por nada não: quem assistiu jogos do Democrata de Sete Lagoas na terceira divisão mineira em 2010, viu o Bernard fazer jogadas semelhantes e gols inacreditáveis; até de cabeça, mesmo sendo o mais baixinho do time.

E pensar que ele não era aproveitado nem como reserva do junior do Galo, porque, assim como em quase todos os grandes clubes do Brasil, os dirigentes querem jogadores altos. Os treinadores, na maioria dos casos, fazem o jogo dos chefes e entram nessa. São cúmplices de uma idiotice que arrebenta com o futebol brasileiro. Os baixinhos têm que jogar muito e se desdobrarem muito mais para conseguirem oportunidades reais.

O Atlético apostava no Wendell, grandão, que impressionava pelo físico, e pela preguiça dentro de campo. E em um outro, que agora nem me lembro o nome, que assim como o Wendell, não sei por onde anda.

Bernard é quase do tamanho do D’Alessandro, Montillo e tantos outros baixinhos que fazem sucesso mundo afora. Nem citarei Messi, porque senão, já já aparece nego dizendo que estou querendo compará-los.

Nada a ver.

BERNARD2

O que quero destacar é que Atlético, Cruzeiro e os demais grandes clubes brasileiros que gastam fortunas comprando jogadores, deixam escapar talentos que poderiam ser muito úteis e resolver problemas do time profissional.

Bernard está no Galo hoje porque jogou demais no Democrata de Sete Lagoas, onde era titular e pode mostrar o seu futebol. Como muita gente viu, eu inclusive, isso foi repassado aos companheiros de imprensa de Belo Horizonte e de tanto falarmos, o presidente Alexandre Kalil “mandou olhar” para conferir se o rapaz tinha algum potencial mesmo.

BERNARD1

Dorival Junior foi “instado” a aproveitá-lo, sem muito boa vontade. Tanto que o escalava como lateral direito.

Cuca foi quem realmente viu que ele tinha grande potencial e que, bem trabalhado, poderia até ser titular.

Passou a escalá-lo na posição original dele e o resultado está começando a aparecer.

Atlético e Cruzeiro precisam rever a política deles com esses “olheiros” vesgos e caolhos, e essa política de querer jogadores beirando dois metros de altura.

Gastam fortunas buscando “revelações” no país inteiro, com olheiros que ganham dinheiro para descobrir potencialidades, mas que muitas vezes não enxergam bem o futebol ou levam alguma vantagem para indicar pernas de pau apadrinhados de algum podero$o.

Sempre houve e continua havendo ótimos jogadores em Minas, no interior e na capital, que entretanto, não têm mais o espaço que tinham até os anos 1980 nas categorias de base dos grandes clubes.

O América revela mais na sua base, porque aposta mais em jogadores de Belo Horizonte e interior do estado. E essa aposta se deve ao fator financeiro, pois custa caro pagar “olheiros” país afora; buscar estes jogadores com os seus pais; hospedá-los e sustentá-los aqui e demais despesas decorrentes.

Dos anos 1980 para cá Atlético e Cruzeiro foram deixando a simplicidade de lado, acreditando numa teoria equivocada que “os bons estão lá fora”, entre jogadores, treinadores e até dirigentes da base.

Chegaram ao absurdo máximo de importarem dirigentes e técnicos para suas bases. Até da Bahia, veio um dirigente, que foi mandado de volta por acusação de práticas abomináveis e criminosas.

Que os exemplos do América e do Bernard sirvam para alguma coisa.DEMOCRATA

O Democrata Jacaré de 2010, no qual o Bernard (segundo da esquerda para a direita, em frente ao goleiro) foi o artilheiro da terceirona mineira de 2010.

Fotos do Rogério Borges


Os lençóis que valeram o ingresso

Para quem gosta de futebol a jogada do Bernard valeu o ingresso em Porto Alegre.

Os dois lençóis em alta velocidade e o passe perfeito para o Jô foram de uma beleza rara.

Tomara que os colegas da imprensa e parte da torcida tenha mais paciência com ele, que quando joga mal ou erra gols, enfrenta cobranças que essa turma não faz a velhos jogadores rodados, muitos, “come-dorme” que vêm apenas buscar dinheiro em Belo Horizonte.


Algumas lições do futebol ideal

A melhor definição que ouvi até agora para explicar a forma de a Espanha jogar foi do ex-lateral e hoje comentarista Junior: “quem troca passes está se divertindo, e o adversário fica louco para recuperar a bola; se cansa muito mais, além de se descontrolar emocionalmente”.

Outra lição que a Espanha está dando a todas as seleções e clubes de futebol do mundo é que o futebol é um jogo coletivo. De décadas para cá os “doutores” das táticas e estratégias foram abandonando isso em prol da condição física, da força, contando com a genialidade individual de um ou outro craque. Isso abriu espaço para o “bloco do eu sozinho” e a vaidade de muitos fez com que passassem a querer resolver na base do individualismo.

Além do impressionante índice de passes certos, os espanhóis calculam a hora certa de fazer uma enfiada de bola, sincronizando a entrada de um companheiro em condições de fazer o gol sem estar em posição de impedimento.

Todo gol é comemorado coletivamente, com a iniciativa do autor de procurar o responsável pela assistência para o primeiro abraço. Essa foi a preocupação de Davi Silva no gol inicial contra a Itália, procurando Fábregas, que fez o cruzamento.

A turma do oba-oba que defende as obras desnecessárias e caras de estádios no Brasil para 2014, manipula números para dizer que a Polônia e a Ucrânia acertaram ao gastar bilhões de euros com novos estádios para Eurocopa e que isso movimentou a economia. Nada a ver. A Polônia tem preocupações com o futuro do estádio nacional, que será usado pelo Légia Varsóvia no campeonato polonês, cuja média de público é de 14 mil pagantes.

O estádio Nacional de Varsóvia terá capacidade para 60 mil a partir de agora. Até o último jogo da Euro era de 50 mil. Menos mal que ele tenha sido projetado para receber espetáculos teatrais, musicais e de outros esportes, e deverá ter calendário para preencher a sua agenda o ano todo.

Pior é a situação do Olímpico de Kiev, 70 mil lugares, utilizado pelo Dínamo, que tem média de nove mil pagantes no campeonato ucraniano.

Fico imaginando o que será dos estádios de Brasília, Natal, Manaus e Cuiabá depois de 2014. À exceção de Natal, que tem o América brigando para subir para a Série A 2013, as demais cidades, que constroem estádios enormes, não existem no mapa do futebol brasileiro.

Dinheiro público sendo gasto para erguer obras caríssimas que vão continuar consumido dinheiro de quem paga impostos para a sua manutenção depois do mês da disputa da Copa.

– A Espanha se inspirou no vacilo alemão para não dar chances à Itália e colocá-la em seu devido lugar. Merecidos 4 a 0.

– Victor é goleiro para resolver o problema crônico do Atlético. O Grêmio estava precisando de dinheiro, mas o substituto, Marcelo Grohe, prata da casa, deve ser bom demais.

– O Cruzeiro perdeu a primeira no Brasileiro para um São Paulo, muito bom, e motivado pela saída do técnico Emerson Leão. Mérito paulista.

KIEV

Funcionou

Muita gente duvidou que a Ucrânia conseguisse realizar a parte dela da Eurocopa e a Polônia chegou a ser cogitada como sede única.

SEGURANÇA

Pois a ex-república soviética deu conta do recado, com bons estádios, excelente receptividade e segurança satisfatória.

O país fortaleceu a sua imagem positiva.


Desilusão e esperança

Mais importante que os bons jogos que assisti nos estádios da Polônia e Ucrânia nessa Eurocopa, foram as observações e comparações que pude fazer do que foi realizado por esses países, em termos de estrutura, em relação ao que o Brasil está fazendo, visando 2014.

Depois de ir de via terrestre, de Varsóvia a Kiev, quase mil quilômetros, parando em cidades sedes, como Gdansk, Poznan, Wroclav e Lviv para assistir jogos, e na cidade mais turística da Polônia, Cracóvia, cheguei à conclusão, que sinceramente eu não imaginava antes de ir: ainda temos de “comer muito chão”, para chegar perto deles, em todos os aspectos.

E vivi um bom exemplo hoje ao seguir para Ouro Preto, a cidade turística mais famosa de Minas e do Brasil, para participar do seminário “Esporte na Idade Mídia”, da UFOP, que tratou exatamente do assunto Copa do Mundo. Às vésperas da Copa das Confederações, as rodovias até lá estão piores do que anos atrás, já que têm movimento maior de veículos e as mineradoras aumentaram a sua atividade na região. 

Diferentemente de qualquer cidade do interior da Polônia ou Ucrânia, falar pelo telefone celular não é tão fácil em Ouro Preto, assim como em Belo Horizonte ou qualquer capital do Brasil. As ligações costumam não se completar e caem com facilidade. Internet; mais complicado ainda.

São itens básicos de infraestrutura, que poderiam ficar para todos nós, como o tal “legado” da Copa, que as autoridades tanto falavam quando trouxeram a Copa para o país. 

Nem daria mais tempo de construir rodovias decentes até 2014. Para 2013, nem pensar. E da forma que a Anatel se relaciona com as operadoras de telefonia, nossas comunicações continuarão precárias durante os grandes eventos que vêm aí.

Chegando em Belo Horizonte, pela BR-040, pouco depois da Ceasa, vi uma novidade: instalaram uma placa em idiomas diferentes dando “boas vindas” à capital do estado. 

Ótima intenção, mas 500 metros adiante o cartão postal não pode ser pior: mato, lixo, entulho de material de construção, carcaças de veículos e placas de sinalização aos pedaços, onde não se consegue ler coisa alguma.

A entrada da cidade para quem chega pela BR-381 é mais feia ainda. Claro, que até o início da Copa das Confederações esse tipo de detalhe deverá ser acertado, mas fica a pergunta: é preciso receber um evento internacional para cuidar de uma coisa tão simples, barata e de efeito tão positivo? 

A propaganda oficial, estadual e federal, tem exaltado muito os estádios, que ficarão excelentes e etecetera e tal. Ora, e daí? Com os que já tínhamos, já daria para fazer uma Copa melhor que a da África do Sul neste aspecto. Metade do que estão gastando com estádios poderia ter sido investida em obras que beneficiariam a toda a população. Nem entrarei no absurdo dos elefantes brancos que estão sendo erguidos, em Natal, Manaus e Cuiabá.

As frustrações que tenho são grandes e aumentaram depois que fui de metrô e ônibus para os estádios da Eurocopa, e lembro-me que nem o tão sonhado metrô de Belo Horizonte nós conseguimos com essa Copa de 2014.

Sei que estou “chorando o leite derramado”, mas entendo que 2014 deixará um legado fundamental sim: a discussão permanente das questões políticas e sociais do país, pois com esse papo de futebol, a população brasileira está sendo levada no bico por muita gente que está ganhando fortunas injusta e ilicitamente.


Avaliação do Independência e de Cruzeiro 2 x 3 São Paulo

Vale a pena conferir, direto dos Estados Unidos, Alisson Sol nos enviou a sua visão crítica da primeira derrota do Cruzeiro no Brasileiro e as impressões do Estádio Independência.

“Olá Chico,

O Independência ficou bonito de se ver na TV, vide foto anexa. Mas o fato de um bloco do gramado ter saído na hora da penalidade para o São Paulo pegou mal. Agora que a Itália vai estar no Brasil no próximo ano – já que a Espanha também vai à Copa das Confederações por ser atual campeã da Copa – vamos ver se a consultoria milionária paga ao Parreira vai atrair seleções para MG. Principalmente no caso da Itália, com longa ligação ao “Palestra Itália”, hoje Cruzeiro.

Analisando o futebol: o Cruzeiro continua sem saber o que fazer quando está com a bola no pé. E eu não acredito que alguém ainda vai insistir nesta balela de que o Celso Roth arrumou a defesa, quando o São Paulo mostrou finalmente que o segredo da defesa do Cruzeiro é simples: é só ir driblando pelo meio, que ninguém te tira a bola! Não dá para reclamar de falta de educação na defesa do Cruzeiro: os jogadores do São Paulo iam passando por um, dois, três, quatro ou até mais defensores do Cruzeiro, e todo mundo educadamente tirando o corpo da frente. Faltou oferecerem chá com torradas aos atacantes adversários, já que estavam de passagem. Enquanto isto, no lado do São Paulo, basta um defensor para marcar qualquer atacante Cruzeirense, no melhor estilo só passa um (ou a bola ou o atacante).

Por mais irritante que seja de novo perder para o São Paulo no Brasileiro, talvez esta derrota possa “baixar a bola” de alguns jogadores. Teve um que, aos 85 minutos, com o time perdendo, ainda tentou dar toque de letra. Aí, fica difícil. E não sei se ainda dá tempo, mas continuo a favor da venda do Montillo: muita firula para pouco resultado. E, antes que eu me esqueça: alguém por favor fala para o Sr. Fábio não sair do gol. Talvez um dia ele me escute por repetição. Não tivesse saído e se colocado bem mal, logo atrás de um defensor, talvez tivesse evitado o gol do Lucas.

A arbitragem brasileira continua ruim, mas neste jogo não influenciou. Foi realmente uma penalidade bem marcada para o São Paulo, enquanto houve também uma penalidade no Donato ao final do jogo que não foi marcada. Mas a penalidade do São Paulo não entrou, e o Cruzeiro talvez batesse a sua para fora. Um erro deste nível por jogo sempre vai ocorrer. Se o Sr. Tinga soubesse colocar a bola entre as traves de dentro da pequena área, ao menos daria trabalho ao goleiro adversário. Como não consegue, atribuir um mal resultado ao juiz seria ignorar a incompetência dos jogadores do time.”


Viva a posse de bola

 Participação no Intercom Sudeste, hoje, na Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP, fez com que eu voltasse antes da final da Eurocopa. A convite da coordenadora do curso de Comunicação da escola, Professora Nair Prata, vamos participar do Seminário “Esporte na Idade da Mídia”, com muito prazer.

Mas assim como telespectadores do mundo todo estarei diante da TV, amanhã às 15h45 para ver essa final que promete ser ótima do primeiro ao último minuto, ou, ao último pênalti.

Tenho visto companheiros criticando a fórmula da Espanha de ter o domínio da posse da bola, dizendo que é um jogo “chato”. Discordo totalmente. Impressiono-me a cada jogo com a capacidade dos espanhóis de acertar tantos passes e de repente, em um lance relâmpago, chegar às redes adversárias. E a cada partida a situação fica mais difícil, pois o outro time descobre fórmulas neutralizantes, o que obriga a genialidade de um ou outro espanhol entrar em cena. Quando nada dá certo e o placar fica no 0 x 0, como contra Portugal, resolve-se nos pênaltis; fórmula também criticada por muitos, para decidir quem segue adiante ou é o campeão.

Bom também

A decisão por penalidades faz parte do espetáculo e ajuda a mostrar quem tem mais competência para por a bola dentro do gol ou para evitar, além de testar a capacidade emocional de batedores e goleiros.

Também sou a favor da prorrogação antecedendo aos pênaltis, outra alternativa de desempate criticada por muitos colegas. É hora de ver quem está melhor preparado fisicamente ou se um craque fará a diferença em um lance fortuito.

Perversidade

Dias antes de começar a Eurocopa as seleções da Alemanha, Holanda e Itália, em dias diferentes, deixaram os seus hotéis e fizeram visita ao complexo dos campos de extermínio de Auschwitz-Birkenau, a 60 Km de Cracóvia. A origem dos demais e as piores experiências genéticas, torturas e matança em massa durante a Segunda Guerra, foi lá, onde morreram 1,8 milhão de homens, mulheres, crianças, velhos, deficientes físicos, judeus, ciganos, comunistas e quem mais desagradasse aos ideais nazistas.

Presente

Ano passado foram 2,4 milhões de visitantes a Auschwitz-Birkenau. Este ano entrei para essa estatística de visitas e assim como todo mundo saí chocado. É diferente quando se lê sobre o assunto e se assiste a um documentário. Entrar nas antigas celas, hoje museus que abrigam os cabelos das vítimas, seus objetos pessoais, brinquedos das crianças, óculos, roupas, enfim.

A maldade humana é infinita e infelizmente “Awschwitz” repaginados continuam existindo em várias partes do mundo.

Sem separação

Um fato marcante do futebol europeu, que merece ser destacado, é que atletas, dirigentes, torcedores e imprensa não separam o futebol do contexto social; o que não ocorre no Brasil. Nessa histórica hipocrisia verde e amarela, o futebol sempre foi usado pelo poder político. Na ditadura militar, para esconder os crimes oficiais; na democracia para angariar votos e virar trampolim para dirigentes suspeitos conseguirem mandatos e a tão almejada imunidade parlamentar.

Cidadania

Presidida por Michel Platini, que sempre se posicionou em assuntos do cotidiano da França quando era um dos melhores jogadores do mundo, a UEFA usa essa Eurocopa para levantar bandeira contra o racismo e preconceito. A palavra “respeito” está estampada em letras gigantes em todas as áreas dos estádios e material da competição espalhado pelas cidades e mídia oficial.

Lá, existe a consciência que o futebol pode levar milhões de pessoas mundo afora a aderirem a boa causas cidadãs.


Visita a Auschwitz-Birkenau e constrangimento pela impunidade no Brasil

Senhoras e senhores,

estou selecionando as fotos mais representativas que fiz durante a viagem à Polônia, Ucrânia e Rússia e no dia a dia vou publicando aqui.

Como essas, por exemplo, da visita que fiz ao complexo de campos de concentração, de Auschuitz-Birkenau, que fica a 60 Km de Cracóvia, na Polônia.

A maldade humana é inacreditável e o mais impressionante é que o que se passou durante o nazismo continua acontecendo em várias partes do mundo.

Auschwitz é o nome traduzido para o alemão da cidade polonesa de Oswiecim.

Foi a primeira experiência mortífera e de experiências genéticas dos campos de concentração nazista. O primeiro ficou pequeno e mais dois foram erguidos num raio de até cinco quilômetros.

A três Km, está o de Birkenau, o mais mortífero, de condições de vida mais insalubres e anti higiênicas, onde os presos em condições de trabalhar sobreviviam sob temperaturas até perto de 20 graus negativos, numa região pantanosa no verão; onde todo tipo de doença proliferava.

As condições de hospedagem foram inspiradas nas estrebarias da época e o objetivo era deixar os presos morrerem mesmo, mas que trabalhassem enquanto aguentassem.

Homens e mulheres, velhos, crianças, doentes e deficientes físicos que chegavam sem condições de trabalhar, iam direto para a “higienização”, nome dado às câmaras de gás e depois para os fornos crematórios.

Só aí foram mortos 1,8 milhão de judeus, comunistas, ciganos, deficientes

Numa das seções da visita, no prédio onde há fotos de alguns oficiais carrascos famosos, a guia informa o destino de alguns deles, se foram presos, julgados, condenados e a forma da morte.

Das experiências genéticas ela fala do médico Josep Mengele, um monstro que “morreu impune, de infarto, na praia de Bertioga, em São Paulo, BRASIL, em 1979, depois de viver em outros países da América do Sul.”

Todos os brasileiros que se encontravam neste grupo de visitantes, eu inclusive; se entreolharam, num sentimento de vergonha e constrangimento.

E pensar que assim continua o nosso país, paraíso da impunidade!

AuschwitzA entrada de Auschwitz, onde se lê na placa: “Arbeit macht frei” (o trabalho liberta)

Auschwitz-Birkenau

A entrada de Birkenau, onde os trens deixavam presos da Europa quase toda

CAMARADEGAS

A primeira câmara de gás, em Auschwitz,  que ficou pequena, e inspirou a contrução de outras, gigantes, no vizinho Birkenau

FUZILAMENTO

Muro onde presos eram fuzilados, em Auschwitz

LATRINAS

Latrinas coletivas em Birkenau, sem nenhuma condição de higiene e de onde doenças proliferavam

CRIANÇAS

Crianças gêmeas que passavam por todo tipo de experiência genética. Numa dessas experiências, elas eram mortas para que seus órgãos fossem examinados na tentativa de se descobrir porque nasceram gêmeas. O objetivo era desenvolver uma técnica que gerasse gêmeos em grandes quantidades, porém da raça ariana, perfeita.

MULHERES

Mulheres que eram usadas para experiências genéticas

MULHERES2

Quando não morriam, eram mortas.


Português que apitou a final da Liga dos Campeões vai apitar a final da Eurocopa

Do jornal Record, de Lisboa:

* Pedro Proença, nomeado esta sexta-feira pela UEFA para apitar a final do Euro’2012, entre Espanha e Itália, é o primeiro árbitro a dirigir, no mesmo ano, os jogos dos títulos europeus de clubes e seleções.

Em 13 edições anteriores do Europeu, nenhuma final tinha sido dirigida por um árbitro que, no mesmo ano, tinha apitado o jogo decisivo da mais importante competição europeia de clubes.

Pedro Proença, que recebeu as insígnias da FIFA em 2003, foi o árbitro da última final da Liga dos Campeões, entre o Chelsea e o Bayern de Munique, que os ingleses venceram no desempate por grandes penalidades.

Na maior prova europeia de clubes, só mais um árbitro português tinha dirigido uma final, António Garrido, em 1980, entre os ingleses do Nottingham Forest e os alemães do Hamburgo (1-0).

Nesse ano, a final do Campeonato da Europa – numa edição disputada na Itália e que a República Federal da Alemanha venceu (bateu a Bélgica por 2-1) – foi arbitrada pelo romeno Nicolae Rainea.

No histórico dos árbitros das finais do Campeonato da Europa, a Itália lidera, com três juízes nomeados: Sergio Gonella (1976), Pierluigi Pairetto (1996) e Roberto Rosetti (2008).

No Euro’2012, Pedro Proença já dirigiu três jogos da fase final, o último entre a Itália e a Inglaterra, dos quartos de final, que os italianos venceram no desempate por grandes penalidades.

O árbitro lisboeta estreou-se nesta fase final a 14 de junho, na goleada por 4-0 da Espanha, campeã europeia e mundial, sobre a República da Irlanda, na segunda jornada do Grupo C.

A 19 de julho, orientou o encontro entre a França e a Suécia, jogo da terceira e última jornada do Grupo D, que os escandinavos, já eliminados na altura, venceram por 2-0.

PEDRO

http://www.record.xl.pt/Futebol/Internacional/euro2012/interior.aspx?content_id=764918


Novo portal atleticano

Recebi e repasso, que vem aí um novo canal virtual para interagir os atleticanos.

É o Galo Forte Vingador, quase saindo do papel.

O conteúdo do portal e das redes sociais será todo escrito por atleticanos.

Portal Galo Forte Vingador – Onde a voz da Nação Atléticana fala mais alto.

Confira:

http://www.galofortevingador.com.br/