Blog do Chico Maia

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Alexandre Kalil lamenta “chutes da imprensa” e considera muito difícil vinda do Fórlan

Durante homenagem ao time campeão mineiro, em recepção do governador Antônio Anastasia, no Palácio Tiradentes, esta tarde, o presidente do Atlético, desmentiu números divulgados ontem e hoje envolvendo a tentativa de contratação do uruguaio Fórlan, e afirmou que a vinda do jogador é muito pouco provável.

Do SuperFC:

* “De volta da Europa, Kalil não vê evolução no caso Forlán e mostra pessimismo: “A possibilidade é pequena”

“O que está acontecendo é uma grande covardia com a torcida. A possibilidade da vinda do Forlán é pequena. Nós estamos fazendo de tudo, todo o esforço possível dentro de um projeto mercadológico, mas a possibilidade é muito pequena. Criaram expectativa na torcida”, disse Kalil, que garante o Atlético firme na negociação.

“Não estamos desistindo do negócio, mas vamos trabalhar dentro das nossas possibilidades”, afirmou.

Apesar de alertar para a dificuldade da concretização do negócio, Alexandre Kalil reiterou que o Atlético segue em busca do acerto com Forlán. O presidente negou que o clube possa pagar, ao todo, quase 10 milhões de euros (R$ 22,4 milhões) para trazer o uruguaio, como foi especulado.

“Quem falou que a proposta é de dez milhões de euros? 10 milhões é o que ele ganha na Inter de Milão. O Atlético ofereceu seu limite e o que acha que o jogador vale, mas a chance é pequena por uma série de fatores, inclusive o dinheiro. Não tem isso de que oferecemos 10 ou seis milhões. Ninguém estava na reunião. Só se o pai ou o empresário contou. O resto é jornalista adivinhão”

* Com informações de Thiago Nogueira.

* http://www.otempo.com.br/esportes/ultimas/?IdNoticia=57518,ESP


Antigo braço direito de Ricardo Teixeira, Rodrigo Paiva saiu do COL

Dentro do processo de intervenção do governo federal no Comitê Organizador da Copa 2014, as mudanças continuam e a CBF cada vez mais afastada do comando dos preparativos.

Agora, quem foi tirado do estratégico cargo que ocupava foi o Rodrigo Paiva, ex-braço direito do Ricardo Teixeira, assessor de imprensa, que perdeu o cargo de Diretor de Comunicação do Comitê Organizador.

O Comunicado chegou agora:

* “O Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 anuncia o desligamento de Rodrigo Paiva, que exercia o cargo de diretor de Comunicação da entidade.

Agradecemos o empenho e a dedicação do Rodrigo, que prestou valiosa contribuição ao projeto da Copa do Mundo da FIFA no Brasil desde a criação deste Comitê, em 2008. Rodrigo requisitou sua saída do COL para dedicar-se integralmente ao seu trabalho como Diretor de Comunicação da Confederação Brasileira de Futebol, já que o Brasil está prestes a embarcar para uma série de amistosos internacionais na preparação para os Jogos Olímpicos de Londres. Além disso, em breve estaremos intensificando o trabalho de preparação para a Copa das Confederações da FIFA, no ano que vem, e para a Copa do Mundo da FIFA, em 2014.

Desejamos boa sorte ao Rodrigo, que continua ao nosso lado na CBF. E seguimos adiante com nosso trabalho no COL.

Ressaltamos que o atendimento a imprensa no COL permanece sendo coordenado pelo gerente geral de Comunicação, Saint-Clair Milesi.”


Guarani lança promoção para incentivar a torcida de Divinópolis na Série D

O Guarani de Divinópolis está confirmado para disputar a Série D do Campeonato Brasileiro e vai lançar 1.000 passaportes especiais, vendidos à R$ 100,00, que darão direito  de entrar nos 4 primeiros jogos  do campeonato e ainda à uma camiseta promocional.

Mais uma ação do Bugre, em parceria com a Serápis Bey Sports, especializada em marketing esportivo, comandada por  Antônio  Claret Nametala e seu sócio Carlos Humberto Guimarães. 

O primeiro jogo será dia 27 de maio em Divinópolis contra o Fribuguense.


Torcedor do Cruzeiro tem mais um canal de comunicação: Rádio GDG

O site Guerreiro dos Gramados apresenta uma novidade interessante para o torcedor cruzeirense: é a Rádio Guerreiro dos Gramados (http://radio.guerreirodosgramados.com.br), que promove o programa Guerreiros em Debate, ao vivo, pelo site e facebook; na segunda-feira, 21 horas e na quinta às 23 horas.
Um bom bate papo sobre o Cruzeiro e o mundo da bola, sempre interagindo com os ouvintes/torcedores via os canais do GDG nas redes sociais.

O programa tem duração média de 50 minutos e quem quiser conferir, é só acessar http://www.guerreirodosgramados.com.br/index.php/radio/4585-guerreiros-em-debate-17052012

No programa de ontem o convidado foi o Luiz Fernando Rocha, Chefe da Redação da Rádio Band News FM.


Il Giorno, de Milão, informa que Diego Fórlan acertou com o Atlético

Obrigado ao Fernando Rabelo, que enviou reportagem do jornal “Il Giorno”, de Milão, que dava como certa a vinda do Fórlan para Belo Horizonte.

Mas a informação é do dia 10 e muita coisa aconteceu depois, como a entrada dos petrodólares do Al Gharafa, por exemplo. O atual time do Tardelli também quer o jogador.

Uma dica para quem reclama de posts em outro idioma, é o site de tradução automática, Tradukka (http://tradukka.com/translate ), bom demais da conta:

* “Inter, bye bye Forlan Va all’Atletico Mineiro”

Commenti

L’attaccante, arrivato per sostituire Eto’o, non lascia un buon ricordo dopo una stagione vissuta da comprimario e passata più in infermeria che in campo. Lavezzi e Destro ad un passo, Nagatomo rinnova
di Luca Guazzoni 

Milano, 10 maggio 2012 – Un matrimonio nato male e finito peggio. Tra Diego Forlan e l’Inter non è mai sbocciato l’amore. Troppo imponente il peso della maglia nerazzurra numero 9, passata sulle spalle di fior fior di campioni – leggasi Ronaldo, Crespo, Eto’o -, per il buon uruguaiano, arrivato in Italia troppo tardi per potersi affermare in un campionato così particolare e tatticamente logorante. E così l’ex attaccante dell’Atletico Madrid, che a settembre era stato inserito in lista Champions dopo aver già giocato in Europa League con i ‘Colchoneros’ – scatenando polemiche a non finire – lascia l’Italia per trasferirsi in Brasile. Manca solo l’ufficialità, ma il suo passaggio all’Atletico Mineiro è cosa fatta.

A confermarlo ci ha pensato anche l’agente del giocatore, Edgar Goulart, che ha parlato con entusiasmo dell’offerta pervenuta per il suo assistito: “C’è già stato un colloquio, Forlan è insoddisfatto, vuole giocare di più, recuperare la carriera. Il colloquio è stato positivo e l’Inter potrebbe facilitare la sua fuoriuscita“. Ovvero l’Inter dovrà aprire la borsa con una bella liquidazione per coprire la differenza tra quanto percepisce l’attaccante oggi – 4 milioni netti a stagione – e quanto è disposto ad elargire la formazione brasiliana – circa 2 milioni -. “Credo comunque che a breve firmeremo con loro”.

L’addio di Forlan e la posizione incerta di Pazzini aprono la strada agli arrivi del ‘Pocho’ Lavezzi e Mattia Destro, cavallo di ritorno dopo un passato da stella assoluta nella Primavera. Per l’argentino l’Inter, tra contropartite e cash, dovrà arrivare ai 31 milioni della clausola di rescissione: De Laurentis chiede 10 milioni, Pandev e Ranocchia. Moratti preferisce inserire proprio Pazzini nella trattativa al posto di Ranocchia, ritenuto indispensabile per i successi futuri nerazzurri nonostante una stagione buia.

Per il ‘figliol prodigo’ Mattia Destro invece il presidente nerazzurro sfrutterà il canale preferenziale con il Genoa, detentrice di metà del cartellino – l’altra parte è del Siena -. Con circa una dozzina di milioncini sonanti l’attaccante ascolano tornerà ad Appiano.

Buone nuove anche sul fronte dei rinnovi: Nagatomo allungherà di un anno il suo contratto – scadenza 2016 -, adeguando il suo ingaggio. Il terzino nipponico passerà dai 700mila euro percepiti in questa stagione al milione e 200mila per le prossime 4 annate. Rinnovo al ribasso invece per Chivu: il romeno, per restare in nerazzuro, dovrà dimezzarsi lo stipendio da 4 a 2 milioni. Ma il feeling che si è creato con Stramaccioni – che vorrebbe riportarlo al centro della difesa – dovrebbe convincere il difensore, pronto a fare una scelta di cuore più che di portafoglio.

 

di Luca Guazzoni

http://www.ilgiorno.it/milano/sport/calciomercato/2012/05/10/710539-Forlan-Atletico-Mineiro-Rinnovo-Chivu-Nagatomo-Inter.shtml

FORLAN

Fórlan, na Inter


Abaixo o pessimismo e mau humor!

Está na hora de darmos um tempo no pessimismo e mau humor que tem imperado no futebol mineiro nos últimos tempos. De um ano para cá baixou uma “síndrome do cachorro vira-latas” (Ave Nelson Rodrigues!) nas maiores torcidas mineiras que dá medo.

Tudo bem que a imprensa tem boa dose de culpa nisso, mas na verdade, vivemos  uma via de mão dupla. Com o contato direto com o público, proporcionado pela facilidade de acesso aos vários meios de comunicação, redes sociais principalmente, as relações mudaram bastante entre os chamados “formadores de opinião” e os consumidores da notícia.

A via ficou com fluxo mais forte a favor dos milhares de leitores, ouvintes e telespectadores que não se intimidam e nem pensam duas vezes para escrever e manifestar a sua própria opinião, normalmente dando porrada no seu próprio time.

De repente, o Cruzeiro, vice-campeão brasileiro 2010, tornou-se o “pior dos piores”, e está brigando para “não cair”.

O Atlético, campeão invicto estadual, depois de 36 anos, vence pela primeira vez a Ponte Preta, em Campinas, um time que chegou às semifinais do Campeonato Paulista, atropelando candidatos ao título Brasileiro, mas parece que empatou ou perdeu.

Qualquer jogador contratado ou ventilado, “não vale nada”, e se o “clube tal” liberou é porque o sujeito tem algum problema.

Cuca “é burro” e deveria ter sido substituído por Levir Culpi; Celso Roth é “burro também”, além de “retranqueiro”.

Tinga, com 34 anos? Está velho, por isso o Inter o deixou sair! O uruguaio Fórlan? Se vier é porque “está bichado”, e seria uma “loucura” gastar a fortuna que estão falando!

Jô? É “cachaceiro”!

Ora, ora, senhores! Calma porque se não tivermos pensamento positivo e não fizermos força, não serão paulistas, cariocas ou gaúchos que farão por nós.

Cada Campeonato é uma história e a vida segue. Se Atlético e Cruzeiro quase foram rebaixados ano passado, não podemos, já nas primeiras rodadas, entrar nessa onda derrotista porque isso pega.

O Fluminense escapou por milagre em 2009 e foi campeão brasileiro em 2010.

A torcida do Corinthians tinha a mania de agredir jogadores depois de qualquer fracasso, mas aprendeu que aquilo só ajudava a fundar mais ainda o barco. Ano passado, com um time milionário (Ronaldo, Roberto Carlos e cia., foi eliminado da Libertadores antes da fase de grupos pela Tolima. Contrariando todas as previsões, a diretoria não demitiu o técnico Tite e ele conseguiu ser campeão brasileiro, e sem as estrelas, que se mandaram.

Está na moda dizer que time para ser campeão precisa ser “equilibrado”. Acredito nisso também. Se tiver pelo menos um craque ou quase craque, para fazer diferença, melhor ainda.

Não vejo Atlético e Cruzeiro tão inferiores aos seus concorrentes como a maioria dos que me escrevem veem. Têm deficiências sérias, como os demais também têm, e estão correndo atrás para minorar essas lacunas.

Dia desses estive com o Dario, o “Dadá – Peito de Aço”, que me contou detalhes do time campeão brasileiro de 1971, mas dá para resumir tudo numa frase: “era um time solidário, sem nenhum craque, mas de uma união fora de série”. E em esportes coletivos isso é o que conta: ambiente!

Não estou dizendo que temos times prontos para brigar na cabeça, mas torço que aconteça. Para isso, temos que ser otimistas e acreditar. Se merecem vaias, que sejam vaiados, depois do mau resultado consolidado. Até então, é preciso adotar o lema gaúcho: “desistir, nunca”.DUKE

A charge do genial Duke, hoje, no Super Notícia, expressa bem o que eu disse agora no blog. 

É a defesa mesmo! 

Ao ver o Chelsea campeão europeu, depois de retrancas memoráveis, “goleadas” de 1 x 0 ou “1 x 1” e vitória nos pênaltis, bem disse, o Luiz Neves, diretor do Dominó, o grande time da cidade de Bonfim: “o conceito de que a melhor defesa é o ataque foi pro beleléu! A melhor defesa é a defesa mesmo!”.


Acredite quem quiser!

Dá pra acreditar nessa cambada?

Brasiiiillllll!!!!!

Está na Folha de S. Paulo de hoje:

* “Presidente da CPI do Cachoeira emprega assessora fantasma

‘Minha filha não é jornalista’, diz pai de servidora

Cachoeira se recusa a falar em processo


Discriminação e preconceito: Brahma reconhece mancada e também pede desculpas

A Brahma pisou feio na bola ao permitir discriminação e preconceito em uma de suas ações publicitárias para vender mais cerveja.

O Álvaro Damião twittou e vale a pena ver o mico da poderosa marca da Ambev:

@alvarodamiao

Finalmente Brahma reconhece a burrada que fez e pede publicamente desculpas aos torcedores do Sport Recife… Veja: http://migre.me/9aHT7

Veja o vídeo e dê sua opinião… Qual seria a sua cara se fosse com seu time e, principalmente, com sua origem??? http://m.youtube.com/index?desktop_uri=%2F&gl=BR#/watch?v=yeoX3CxBG88


Repórter desrespeita jogador do Botafogo, mas depois pede desculpas

Diz o velho ditado que “nem tanto ao mar, nem tanto à terra!” A tietagem de muitos repórteres a jogadores de futebol é ridícula, mas não respeitar o direito de um jogador de não querer participar de alguma ação determinada pelo patrão, também é inaceitável.

Ainda bem que o colega reconheceu o erro e pediu desculpas.

Confira a notícia publicada pelo site Comunique-se:

* “Jogador do Botafogo se recusa a pedir música no ‘Fantástico’ e repórter da Globo o chama de babaca”

Anderson Scardoelli

O argentino do Botafogo, Gérman Herrera, fez três gols na partida desse domingo, 20, contra o São Paulo, válido pela primeira rodada do Brasileirão 2012. O feito deu ao atleta o “direito” de pedir música no ‘Fantástico’, da Globo. Porém, questionado pelo jornalista Marcelo Courrege, o atacante afirmou por duas vezes que não iria escolher nenhum hit.

A decisão de Herrera parece ter irritado outro funcionário da TV Globo, o repórter da edição paulista do ‘Globo Esporte’, Marco Aurélio Souza. Após o quadro esportivo do ‘Fantástico’ ser exibido, o jornalista elogiou a postura do programa de sua emissora e xingou o atacante botafoguense. “Tratou com normalidade e humor o babaca do Herrera”, postou em seu perfil no Twitter.

Na manhã desta segunda-feira, 21, a mensagem em que o jogador é citado já tinha sido apagada do microblog. Mesmo com a retirada do post, Souza publicou que da mesma forma que Herrera teve a liberdade de não participar da brincadeira do programa global, ele tinha o mesmo direito de escrever o que bem entendesse no Twitter.

Porém, no fim da tarde, o jornalista pediu desculpas pelo conteúdo publicado na noite anterior. “Sobre ontem: errei na escolha da palavra e peço desculpas ao Herrera e a quem se sentiu ofendido com o que escrevi. Obrigado”, postou Souza no Twitter. A mensagem está no ar desde às 17h34 desta segunda.

SOUZAMarco Aurélio Souza pediu desculpas pelo “babaca”
(Imagem: Arquivo Pessoal)

* http://portal.comunique-se.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=68658:jogador-do-botafogo-se-recusa-a-pedir-musica-no-fantastico-e-reporter-da-globo-o-chama-de-babaca&catid=17:destaque-home&Itemid=20


Drama e coincidências!

Senhores,

coincidências acontecem; envolvem a todos nós, e faço um registro de algumas coincidências muito interessantes vividas por mim de ontem para hoje.

Tenho o hábito de ligar a TV, mesmo que rápido, e dar uma passada em alguns canais que considero valer a pena, porque sempre está passando algo muito interessante em algum deles.

Se estou com tempo, paro e assisto, e quando o tempo é curto, anoto e tento encontrar futuramente em algum lugar.

Ontem cedo, apressado, vi o fim de um documentário, no ESPN, sobre o drama de um grande astro do basquete mundial e da família de outro, separados pela carnificina da guerra que acabou com a Iugoslávia, um assunto que mexe com qualquer pessoa em qualquer época.

Anotei o nome de um dos astros, tema central do documentário: Petrovic Drazen, e agora há pouco, “fuçando” na internet, encontrei a história completa e um texto da melhor qualidade da Mônica.

Outra coincidência: o texto dela é o que eu gostaria de escrever aqui no blog, e ela é de Belo Horizonte, mas viu este documentário bem antes de mim; em 2010 e postou no blog dela no dia 23 de novembro.

Pena que ela só se identifica como Mônica, porque dá para notar que é da prateleira de cima e vou me tornar adepto do “Crônicas Urbanas”, que é o excelente blog dela, a quem agradeço e tomo a liberdade de fazer das dela as minhas palavras sobre “Once Brothers”.

Confira:

http://cronicasurbanas.wordpress.com/2010/11/27/once-brothers/#comments 

* “Once Brothers”

Realmente, foi uma daquelas felizes coincidências. Porque, convenhamos, a probabilidade de estar na frente da TV numa sexta-feira à noite, no meu caso, é bem remota. Assistindo a ESPN, então, quase nula. E vendo algo relacionado com basquete, digamos que as chances se aproximariam do zero absoluto. Mas foi isso mesmo que aconteceu, pra minha sorte. Na verdade, eu parei no canal porque o sujeito que aparecia em close na tela da TV (e que eu não conhecia) tinha aquela cara simpática de gente boa, falava um inglês fluente mas claramente com sotaque e me lembrava o ator francês Jean Reno. O moço em questão era Vlade Divac, jogador de basquete sérvio de gigantescos 2,16m e não, aquele não era um documentário sobre o esporte. Quer dizer, não exatamente.

Muito mais interessante do que um filme sobre um dos maiores talentos do basquete iugoslavo/europeu/da NBA, o documentário Once Brothers coloca em destaque não apenas a carreira de Divac e a de seu melhor amigo, o croata Dražen Petrović, mas o que a guerra na ex-Iugoslávia fez com a vida desses jogadores e as de seus colegas. E como a morte prematura de Petrović, num acidente de carro na Alemanha em 93, jogou por terra a possibilidade de uma reconciliação entre os dois. Também mostra como um gesto aparentemente insignificante para um pode ser interpretado e usado de muitas maneiras por outros.

Divac e Petrović faziam parte do time da Iugoslávia que venceu o campeonato mundial de basquete em 1990. A seleção representava um país que estava a poucos meses do esfacelamento total, e os jogadores queriam reforçar em quadra a ideia de uma Iugoslávia unida. Por isso, quando um torcedor entrou em campo para comemorar a medalha de ouro agitando a bandeira da Croácia e ignorou o pedido de Divac de tirá-la dali, o jogador sérvio tirou-a das mãos do sujeito e jogou-a para um lado. Divac disse depois que teria feito o mesmo se a bandeira fosse a da Sérvia, porque não queria que um evento esportivo fosse usado com objetivos políticos. Não deu certo. O gesto foi mostrado à exaustão na mídia croata e Divac acabou saindo do episódio como ‘herói’ para os sérvios e ‘vilão’ para os croatas. E as coisas nunca mais foram as mesmas.

Dali pra frente, durante a guerra nos Bálcãs e mesmo depois dela, Divac perdeu contato com seus colegas croatas. Petrović, com quem falava ao telefone quase todos os dias, também passou a evitá-lo, embora ambos jogassem na NBA. Na Croácia, durante a filmagem do documentário, as pessoas o viam na rua e o reconheciam, mas quase ninguém vinha falar com ele. Divac esperava que o fim dos conflitos e o passar dos anos fizessem com que ele e Petrović voltassem a conversar e ser bons amigos, mas a morte do croata aos 28 anos acabou com tudo. A impressão que a gente tem assistindo ao documentário é a de que esse será um peso que o jogador sérvio vai carregar por toda a vida.

É um documentário imperdível até para quem, como eu, conhece muito pouco sobre basquete e nem se importa tanto com o esporte. As entrevistas com os familiares, o depoimento de outros jogadores da seleção iugoslava e um bate-papo descontraído na beira da piscina com o grande Earvin ‘Magic’ Johnson contrabalançam o lado ‘macro’ da guerra como pano de fundo e mostram que, no final das contas, os dramas são sobretudo pessoais, e o fim de um conflito político não significa necessariamente que tudo ficou bem.

Espero que a ESPN reprise o programa em horários alternativos. Mas se você não se importa com a ausência de legendas, o original pode ser encontrado no YouTube (onde mais?), dividido em seis partes (a primeira está aqui). Vai por mim, vale muito a pena.

vlade-divac-e-drazen-petrovic

* http://cronicasurbanas.wordpress.com/2010/11/27/once-brothers/#comments