Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Por isso é que não tem jeito

Vejo o ex-Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos no “Bom Dia Brasil”, contratado pelo Carlinhos Cachoeira, Demóstenes, Delta e outros para fazer a defesa deles.

Antes de se tornar Ministro do governo Lula já era um dos mais renomados advogados de defesa de gente dessa espécie.

E assim foi com os governos FHC, Itamar, Collor, Sarney e militares!

Nos estados também funciona assim: normalmente os secretários de Segurança, agora chamados de “Defesa Social”, advogam antes de assumir o cargo, também, para grandes bandidos. Depois que saem, voltam aos seus escritórios e reassumem ou dão sequência às causas de seus “clientes”.

Além de advogados brilhantes, quase todos são ou foram excelentes professores nas escolas de Direito país afora e participam ou participaram de comissões que criam e mudam as leis. Normalmente, leis que amaciam a situação dos bandidos.

Graduei-me em Direito e tive professores que servem de exemplo disso. Hoje, tenho vários colegas dos tempos de escola, que ocupam cargos de relevância nas diversas cortes do Judiciário, Legislativo e Executivo; nas cidades, no Estado e na União.

Mas ninguém precisa se tornar advogado para manjar essas coisas. É só se informar pelos noticiários dos diversos meios de comunicação.

E para não ser enganado ou manipulado, é bom ouvir, ler e ver o maior número possível de rádios, jornais, revistas, TVs, blogs, sites e portais, porque cada veículo tem os seus interesses. Muitas vezes, “inconfessáveis”, como dizia o saudoso Leonel de Moura Brizola!

E assim caminha o Brasil e a humanidade!


A incrível história de vida de um mineiro exemplo de empreendedorismo

Senhores, vejam essa história que encontrei no Diário do Nordeste, de Fortaleza!

Tão distante daqui e trazendo relatos que eu, que sou da região não conhecia e nunca li em nenhum jornal nosso. Fala de um dos pioneiros da industrialização de Minas e do Brasil, um empreendedor espetacular e a sua história de vida inacreditável: Bernardo Mascarenhas, fundador da companhia de tecidos Cedro e Cachoeira, originalmente em Paraopeba, que se chamava na época “Tabuleiro Grande”.

Confiram:

“Exposição”

Dos fios à luz em atuação pioneira

Com ações arriscadas nos negócios, o mineiro Bernardo Mascarenhas inscreveu seu nome na indústria nacional

BERNARDO2

 Antes mesmo de nascer, Bernardo Mascarenhas já contava com episódios espinhosos em sua biografia. Sua avó foi encontrada, ainda criança, nos braços da mãe índia morta, por um tropeiro que viajava pela Serra da Mantiqueira, no século XVII. Após levar consigo a menina, casou-se com ela anos depois.

Em 1811, o casal atravessava novamente a Mantiqueira quando foram atacados pela varíola e morreram em poucos dias. Seus três filhos ficaram à beira da estrada e só não morreram porque foram encontrados por outra tropa. Antonio, o mais novo, terminou casando com a filha de um fazendeiro e, após 12 anos trabalhando em um armazém, juntou dinheiro para comprar terras e construir sua fazenda. Em 1847, sua esposa deu à luz ao décimo filho, Bernardo.

A partir daí inicia-se a trajetória de um dos mais ousados e persistentes empresários do País, que teimou – e foi bem-sucedido – em instalar uma fábrica de tecelagem na parte central de uma Minas Gerais então bastante isolada do resto do território do Sudeste, alcançável somente após dias de viagens a cavalo ou carro de boi.

Não por acaso, Bernardo Mascarenhas é um dos personagens da exposição “Pioneiros e empreendedores: a saga do desenvolvimento no Brasil”, que fica em cartaz até dia 13 (domingo) no Espaço Cultural Unifor. O projeto deriva de uma série de livros homônima, escrita pelo professor Jacques Marcovitch (USP).

Após concluir os estudos em colégio interno, Bernardo optou pelas incertezas dos negócios em detrimento de um curso superior. Assim como os outros irmãos, aos 18 anos recebeu uma quantia em dinheiro para começar a vida. Junto ao irmão Caetano, investiu tudo na compra, engorda e venda de gado, obtendo lucro.

Logo em seguida, sugeriu à família montar uma fábrica de tecidos movida a energia hidráulica – ideia imediatamente criticada frente aos fracassos retumbantes em Minas Gerais na área de tecelagem industrial. No século XIX, sem abertura para o litoral, o Estado vivia uma economia muito fechada em si mesma, com produção manufaturada que servia basicamente ao mercado interno.

Bernardo, porém, enxergou a desvantagem também como possível vantagem. Ora, se os produtos mineiros (entre eles, os tecidos) não podiam ser vendidos a preços competitivos no Rio de Janeiro, a mesma distância protegia-os da concorrência carioca. Bastava observar, por exemplo, os teares manuais operados por escravas na fazenda onde passara a infância e para a qual retornara após o colégio. O resultado era um pano grosseiro, mas de bastante procura, que satisfazia não apenas as necessidades da comunidade local, mas era vendido e enviado a Diamantina e outros centros próximos.

Assim, após Bernardo juntar-se aos irmãos Antonio e Caetano para reunir capital suficiente, foi criada em Tabuleiro Grande (atual Paraopeba) a Tecidos Cedro, com maquinário todo trazido dos EUA.

A empresa mostrou-se inesperadamente lucrativa, tanto que inspirou a criação de novas tecelagens industriais em Minas Gerais – uma delas de propriedade dos outros irmãos de Bernardo, que inicialmente foram contra a construção da Cedro. Com experiência no setor, Bernardo concordou em ajudar na instalação da recém-criada empresa, aproveitando as viagens para compra de maquinário para aprofundar seus conhecimentos.

Eventualmente, porém, a quantidade excessiva de trabalho e o pouco retorno passaram a incomodar Bernardo (que, ao contrário dos irmãos, não tinha outros negócios senão a Cedro). A tensão na família foi temporariamente resolvida com a fusão das duas tecelagens, que também adiou em alguns anos o desligamento de Bernardo da companhia, em 1887. No ano seguinte, o mineiro inaugurou sua própria fábrica de tecidos em Juiz de Fora, onde também investiu no setor de iluminação pública – serviço fundamental para atender à demanda de uma cidade que atravessava um extraordinário período de crescimento e desenvolvimento.

Após exaustiva jornada com diferentes obstáculos (incluindo a inauguração do serviço, em 1889, seguido de panes e escuridão na cidade), Bernardo Mascarenhas inscreveu seu nome na história da indústria nacional com a Companhia Mineira de Eletricidade. Depois de iluminar casas e ruas de Juiz de Fora, a empresa levou luz elétrica à recém-criada capital Belo Horizonte e, depois, à tecelagem de Bernardo, em escala industrial, em um feito inédito. Em um destino quase clichê, o empresário morreu sobre a mesa de trabalho, após infarto fulminante, em 1899, aos 52 anos.

Mais informações

Pioneiros e empreendedores. Até 13 de maio, no Espaço Cultural Unifor (Av. Washington Soares, 1321, Edson Queiroz). De terça a sexta, das 8h às 18h; sábados e domingos, de 10h às 18h. Entrada e estacionamento gratuitos. Contato: (85) 3477.3319

* http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1134038#diariovirtal


Mais um morto a tiros e de novo o futebol como pano de fundo

Lamentável que o futebol continue sendo usado como pano de fundo para crimes entre gangs, assim como aquele caso do assassinato depois da luta livre no Chevrolet Hall.

Quase todo cidadão torce para um time e mesmo quando um crime não tem nada a ver com o clube do coração do sujeito, está virando normal, em Minas, dizer que foi um “atleticano” ou “cruzeirense”, que matou ou que morreu.

Como se vivêssemos num país pacífico, onde raramente haja latrocínios, vinganças, guerra de traficantes e outras tragédias sociais.

Interessante é que mais este caso, ocorrido na madrugada de quinta para sexta-feira, não está tendo grande divulgação pela mídia.

Notícia publicada hoje pelo portal do Estado de Minas:

“Integrante da Galoucura é assassinado a tiros no Santa Tereza”

Crime aconteceu na última sexta-feira no Bairro Santa Tereza e advogado da Galoucura afirma que o assassinato pode estar relacionado com briga entre torcedores, pois o atirador usava camisa da Pavilhão Independente, torcida organizada do Cruzeiro

Luana Cruz

ASSASSINADO

Um integrante da torcida organizada Galoucura foi assassinado na madrugada na última sexta-feira no Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte. O crime foi após o jogo entre Atlético e Goiás pela Copa do Brasil, que aconteceu na noite de quinta, na Arena Independência. Samir Abner Vieira da Silva, 23, foi morto a tiros na porta de um estabelecimento comercial na Rua Hermílio Alves.

Por volta de 4h, dois homens em uma moto atiraram contra o rapaz, que chegou a ser socorrido para o Hospital João XXIII, onde morreu. Ele foi atingido na cabeça. Os assassinos fugiram e não foram presos. De acordo com o advogado da Galoucura, Dino Miraglia Filho, o homicídio pode estar relacionado com briga entre torcedores, pois testemunhas informaram que o atirador usava uma camisa da Pavilhão Independente, torcida organizada do Cruzeiro, dissidente da Máfia Azul. Porém, a Polícia Militar informou que Samir Abner tem várias passagens por tráfico de drogas e outros crimes. A polícia acredita que o homicídio não tenha ligação com rivalidade de torcidas.

O advogado informou que vai exigir uma posição do Ministério Público de Minas Gerais sobre esse crime. O defensor afirma que é necessário tratamento igual para as torcidas, ele alega que os cruzeirenses nesse caso e em outros não foram devidamente tratados como criminosos. “Vou pedir ao Ministério Público tratamento igual aos integrantes de torcidas. A constituição fala que todos são iguais perante a lei”, afirma.

Miraglia lembrou o crime em que integrantes da Galoucura espancaram até a morte o cruzeirense Otávio Fernandes, em novembro de 2010, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Cinco torcedores atleticanos vão a júri popular respondendo por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha. O advogado lembrou também um encontro marcado por torcidas rivais no Bairro Padre Eustáquio, Região Noroeste, que terminou em pancadaria. Miraglia reclamou que naquela oportunidade, os cruzeirenses foram apenas penalizados com uma medida educativa sendo obrigados a doar sangue.

O em.com entrou em contato com a Polícia Civil para saber como está a investigação sobre a morte de Samir Abner e ainda aguarda retorno.

(Com informações de Guilherme Paranaíba)

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2012/05/07/interna_gerais,292847/integrante-da-galoucura-e-assassinado-a-tiros-no-santa-tereza.shtml#.T6e6vDtFJ1w.twitter


Ainda a arbitragem do clássico pelo Francisco Carlos do Nascimento

Tudo bem, concordo que exagerei ao escrever nas colunas de hoje e no blog que o árbitro alagoano foi “muito bem” no clássico.

Porém, só depois de ver e rever tantas vezes os lances polêmicos é que todos chegaram a essa conclusão. Aí fica fácil.

Até o ex-árbitro gaúcho, Leonardo Gaciba, mandou repetir várias vezes, em seu “tira-teima” no Sportv, e só com uma câmera, de outro ângulo, concluiu que não foi corner na origem do empate do América, no lance tão reclamado pelos atleticanos.

E apontou um erro mais grave, que nem o técnico Cuca reclamou, porque não percebeu na hora do lance: o Bruno Meneghel estava impedido.

Mas, só vendo, revendo e vendo de novo, pela TV.

Dessa forma, retiro o “muito boa”, e passo para “boa” a arbitragem do alagoano.


Quando uma gentileza gera mal entendido e quase provoca porrada!

O Renato Alexandre, do jornal Sete Dias, enviou-nos esta foto dos amigos da Rádio Cultura de Sete Lagoas, onde tive o prazer de começar minha vida profissional no rádio.

CULTURA

Da esquerda para a direita, Magela Ribeiro, João Carlos (que já foi da Capital e Itatiaia, nos anos 1980) e o Fernando Padrão. Na tribuna de imprensa do Independência, ontem.

O gente boa Magela passou um grande sufoco em 2010 nos primeiros jogos na reformada Arena do Jacaré. Sempre procurando ser gentil no tratamento aos clubes que se enfrentam, ele, torcendo para o América subir na época para a Série A, disse durante a transmissão que o “ameriquinha” estava muito bem no jogo e que tinha tudo para retornar à elite do futebol brasileiro.

Quase apanhou de torcedores, conselheiros e dirigentes do América que estavam perto dele. Ouviu palavrões que nunca tinha ouvido antes, “importados da capital” e por mais que explicasse que quis ser carinhoso com o Coelhão, foi xingado de tudo.

O futebol é assim! Mesmo gente educada sai do sério quando cisma que seu time está sendo menosprezado e sai do normal, sem pensar.


Cerveja vendida à vontade em frente ao Independência

A cerveja está sendo vendida normalmente, em frente ao Independência. Sou a favor da liberação até dentro, porém, o que impressiona é que as tais autoridades que vetam, não fazem nada quando a determinação é descumprida.

O único problema dessa venda só lá fora é que os consumidores querem aproveitar ao máximo e só se dirigem aos portões de acesso para entrar, quando o jogo está prestes a começar. Aí o tumulto é inevitável.

O Marcio Martins enviou link de reportagem do Globoesporte.com que mostra problemas e reclamações relacionadas ao estádio nestes primeiros jogos de utilização, mas não toca neste assunto.

* “Depois de 12 dias e três jogos, novo Independência ainda tem problemas”

Torcedores reclamam dos preços altos dos produtos e falta de papel nos banheiros

Por Lucas Catta Prêta Belo Horizonte

Inaugurado há doze dias, o estádio Independência, que já recebeu três jogos, ainda tem algumas pendências com relação à infraestrutura e serviços. A nova arena, além do jogo da reinauguração, um amistoso do América-MG, recebeu a partida do Galo contra o Goiás, pela Copa do Brasil, e o clássico entre Atlético-MG e América-MG, primeiro jogo das finais do Campeonato Mineiro. O estádio, no entanto, ainda peca em alguns detalhes, como banheiros e bares.

BANHEIROBanheiro dos deficientes físicos não tem papel toalha (Fotos: Lucas Catta Prêta / GLOBOESPORTE.COM

Esses problemas, aliás, puderam ser notados no clássico deste domingo. Em um dos banheiros masculinos, que serve à torcida adversária, os aparelhos de papel toalha não estavam instalados, e ficavam em cima da pia. Muitos, pela proximidade com a torneira, estavam molhados. Já no banheiro para deficientes físicos, não havia sequer papel.

Um ponto positivo que vale ser destacado é com relação à limpeza. Periodicamente era possível ver um funcionário limpando o chão do banheiro e recolhendo o lixo.

A gente não quer só comida

Outra situação ainda pendente é a dos bares, que gera fortes reclamações do torcedor. A começar dos preços dos produtos oferecidos, considerados caros por boa parte dos consumidores, a variedade também não agrada. Para se ter ideia, as opções de comida se resumem a diferentes salgados, todos a R$ 5. Um tipo de hambúrguer custa R$ 6. Salgadinhos são vendidos a R$ 5. Para beber, o torcedor tem que desembolsar R$ 4 por um copo de refrigerante, e R$ 3 pela água. Do lado de fora do estádio a garrafa de água custa R$ 2. Muitos consumidores reclamaram desses valores, e alguns, ao saberem do preço, até desistiram de consumir algo.

PRECOS

Torcida não gostou dos preços dos produtos no estádio (Lucas Catta Prêta/GLOBOESPORTE.COM) 

Um dos funcionários dos bares revelou que, no dia da reinauguração do estádio, alguns desses lugares não tinham energia elétrica. Segundo ele, muitos torcedores perguntam pelo famoso tropeiro, mas ainda não há previsão para que a venda comece dentro do estádio. Isso porque, ainda não há instalação de gás dentro dos bares, o que não permite o preparo da refeição. Com isso, a torcida que quer o ‘tropeirão’ tem que recorrer aos estabelecimentos no entorno do estádio

* http://globoesporte.globo.com/mg/noticia/2012/05/depois-de-12-dias-e-tres-jogos-novo-independencia-ainda-tem-problemas.html


Uma certeza e muitas dúvidas

América e Atlético fizeram um grande jogo e o título continua imprevisível. Porém, tomara que o campeão, seja quem for, não se esqueça que ainda está muito frágil para as suas pretensões nacionais. Chegamos ao fim do Campeonato Mineiro e depois de tantos jogos tenho uma certeza e várias dúvidas.

A certeza: o América é o que está mais perto do seu objetivo. Tem time quase pronto para pensar em uma das quatro vagas da Série A para 2013. Precisa reforçar o seu banco de reservas.

Atlético e Cruzeiro são incógnitas. Não sou pessimista a ponto de dizer que vão brigar de novo para não cair, e nem otimista para acreditar que disputarão na cabeça.

O Galo, por exemplo, com Guilherme e Bernard, foi um time totalmente diferente ontem, contra o América, do que foi eliminado da Copa do Brasil, quinta-feira, pelo Goiás. Richarlyson, também foi bem contra o Coelho, mas abaixo da crítica contra os goianos. O goleiro Giovani falhou no gol contra o Goiás, mas ontem fez boa defesa em lance idêntico, num chute do Alessandro. Ou seja: instabilidade e elenco insuficiente são os grandes problemas do Atlético.

Curto-circuito I 

Normalmente cobradora e crítica, a imprensa também vive seus problemas e o estádio Independência está sendo motivo de lavação de roupa suja, em público. Álvaro Damião reclamou no ar, pela Itatiaia, que a Associação Mineira de Cronistas Esportivos não está defendendo a categoria no que se refere às condições de trabalho. E com razão: internet, estacionamento, postos de trabalho…

Curto-circuito II

Álvaro Damião cobrou também o fato de o presidente da AMCE ser, ao mesmo tempo, assessor de comunicação do clube dono do Independência, o que gera conflito de interesses. Lembrei-me que Carlos Cruz teve discussões quase violentas com o Cel. Natal, então presidente da Ademg, na defesa da imprensa, quando a Arena do Jacaré estava prestes a ser lançada como a “nova casa do futebol mineiro”. 

Pré-conceito 

A indicação do árbitro alagoano Francisco Carlos do Nascimento para apitar o clássico causou estranheza geral. A dúvida quanto à competência dele para apitar esse jogo era absoluta. Um apitador “da terra do Fernando Collor de Melo?”. Pois, ele foi muito bem, assim como os auxiliares, o que comprova que competência e honestidade não têm nada a ver com origem geográfica.


Que a conquista do Campeonato não mascare as deficiências

América e Atlético farão uma final imprevisível e tomara que o campeão, seja quem for, não se esqueça que ainda está muito frágil para as suas pretensões nacionais.

Chegamos ao fim, e depois de tantos jogos meia-boca, tenho algumas certezas e dúvidas.

A certeza: o América é o que está mais perto do seu objetivo: tem time quase pronto para pensar em uma das quatro vagas da Série A para 2013. Mas ainda precisa se ajeitar em algumas posições e banco.

Atlético e Cruzeiro, do jeito que estão, só brigarão na cabeça, se tivermos uma dessas surpresas raras, mas possíveis, no mundo do futebol.

Que não nos façam passar o aperto que passamos ano passado, brigando para não cair.

O Campeonato Mineiro, assim como a maioria dos estaduais, chega ao fim com a Globo, dona do evento, tentando encontrar assunto para motivar o público.

O MG TV 2ª Edição encomendou “encontros” distintos, de torcedores do Atlético, uniformizados, em um bar; e do América, idem, porém, em uma residência.

Valeu pela tentativa, mas ficou fraquinho, fraquinho, sem nada a ver com o tradicional “padrão Globo de qualidade”.

Alguns colegas tentam encontrar motivação “especial” para o André, que tem chance de alcançar ou ultrapassar Welington Paulista na artilharia! Que motivação, hein!?

O torcedor atleticano trocaria todos estes gols dele no Mineiro por aquele que ele errou contra o Goiás, quanto o jogo estava 1 x 0.

Perguntado sobre isso, numa entrevista hoje, o André respondeu, dando de ombros: “é assim mesmo; já marquei gols que classificaram o time para a final”, do Mineiro.

A maioria dos jogadores de futebol é “assim mesmo”, de quase todos os clubes profissionais: nem aí! O que importa é que o gordo salário esteja na conta bancária no dia certo.

Vi hoje, no Canal Brasil, um documentário sobre o Paulo Francis, lembram dele? Jornalista marcado por polêmicas gigantescas com os mais variados segmentos e sempre batendo boca com “pesos pesados”, da política, da cultura e dos meios empresariais.

Mas se ferrou numa delas: no programa Manhatann Connection da Globo News/GNT, escrachou com toda a diretoria da Petrobras, dizendo com todas as letras que eles “roubavam descaradamente” e que faziam a alegria dos donos dos bancos suíços, depositando fortunas lá, maiores até que as de muitos xeiques árabes.

O então presidente da estatal, Joel Rennó botou todo o peso jurídico da empresa, no Brasil e no exterior, pedindo uma indenização de 100 milhões de dólares a ele.

Paulo Francis perdeu o rumo e como conhecia bem a justiça norte-americana, confessou a amigos que aquilo estava tirando o sono dele e que ele não agüentaria o ritual de comparecimento ao tribunal. Amigos comuns tentaram por panos quentes e até o José Serra pediu ao presidente da república da época, Fernando Henrique Cardoso, que demovesse o sujeito da Petrobras da idéia.

Mas Rennó se manteve irredutível e quando o jornalista ficou sabendo que a ação judicial teria sequência, enfartou e morreu!

Fazer o quê!? Cadê as provas do que ele havia dito?

Enfrentou as conseqüências!

Montillo passou ontem e hoje esclarecendo que não está “bichado”, já que alguém escreveu isso em um blog e alguns veículos de comunicação entraram na onda e divulgaram também.

Uma sacanagem e tanto. Mas, é lamentável que o Montillo ainda esteja pensando se vai ou não processar o autor da nota. Ainda que o cara tenha pedido desculpas, o dano está causado. Agora, toda vez que o argentino ficar de fora por causa de alguma contusão, as dúvidas voltarão e ele e médicos terão que explicar tudo de novo.

O Cruzeiro também deveria agir, já que um dos seus mais valiosos patrimônios sofreu uma grave avaria na imagem.

E breve, outros blogueiros ou jornalistas, ou veículos de comunicação cometerão erros da mesma gravidade, envolvendo outras pessoas e a vida vai seguindo.

Quem escreve ou fala publicamente precisa ser responsabilizado, e há coisas que você não escrever ou falar, porque não tem provas.

E se for argüido judicialmente vai se ferrar!

Há fatos que só se comprovam através de escutas telefônicas, mas no Brasil, nem elas costumam valer nos julgamentos, mesmo quando feitas com autorização judicial.

Um de tantos absurdos do sistema judicial verde e amarelo.

Os advogados do Carlinhos Cachoeira e do Senador Demóstenes vão tentar anular todas as provas contras elas, usando desse artifício.

O mesmo usado pelos advogados do banqueiro Daniel Dantas, que se deu bem!


Ótima transmissão pelo canal ESPN

Faço minhas as palavras do Eduardo BH, que comentou no blog:

“Ontem me agradou um fato: a transmissão do jogo pela espn Brasil.

Dois excelentes jornalistas que me fizeram lembrar as antigas transmissões.

Ótimos comentários e uma leitura precisa da partida.

Esqueci o nome deles, mas fica o meus sinceros parabéns. E ainda tem mais: – não tem um ex arbrito lambão cornetando…”

———————————————————

E emendou o Eduardo Dias:

“E não sei por que Chico, colocaram os dois em uma micro-cabine no independência.

O Leonardo Bertozzi comentarista da ESPN por sinal é daqui de BH.

Gostei muito da transmissão também. Gosto do padrão da ESPN de transmitir eventos esportivos, muito mais dinâmico.”


Tem algo muito errado quando não há gozações

O Paulo (Capitão) enviou um comentário que merece reflexão especial, pois, quando as gozações mútuas entre os maiores rivais param ou diminuem em grande intensidade é porque tem muita coisa errada.

Confira:

* “E uma situação preocupante para o FUTEBOL DE MINAS GERAIS: após o jogo, não ouvi 1 (um) mísero foguete de comemoração da “coirmandade” na região da Pampulha.

Censo de maturidade? Equilíbrio? Civilidade? Nada disto. Tanto do lado alvinegro quanto do lado celeste, as perspectivas são as piores possíveis.

Se tivesse que apostar hoje, diria que a dupla caminhará junta e unida na tabela do Brasileirão de 2012: na degola, na mediocridade ou (aí, surpreendentemente) na “prateleira de cima”. São times igualmente fracos, limitados, mal gerenciados e de péssimo preparo físico.

Se o Tupi tivesse 15% a mais de ousadia, estaria decidindo o título no domingo com o América (que não é brilhante, mas consciente das suas limitações), pois este, pelo menos, preserva os cofres da instituição trazendo – ou mantendo – jogadores razoáveis para competiçoes mediocres como Série B e Mineiro.

Paulo Capitão”