Blog do Chico Maia

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Cruzeiro e Atlético-PR farão jogo da volta na Arena do Jacaré

O Cruzeiro acordou a partir dos 30 minutos do primeiro tempo e melhorou muito em relação ao início da partida, quando tomou gol aos 8 minutos e poderia ter tomado outros.

No segundo tempo o jogo foi muito equilibrado e os dois times perderam oportunidades que poderiam ter levado a partida para um placar dilatado.

Caso repita a mesma atuação no jogo da volta na próxima semana, deverá passar sem problemas pelo Atlético Paranaense.

Roger foi o grande nome do time ontem.

Errou um passe que quase originou o segundo gol do Atlético-PR, porém, correu dobrado depois disso e passou a articular as jogadas de ataque.

A visão do técnico Mancini, e mais detalhes, no site do Cruzeiro, em texto do Diogo Finelli:

MANCINI

* “O técnico Vágner Mancini, apesar da derrota de 1 a 0 para o Atlético-PR, na noite da última quarta-feira, na Vila Capanema, em Curitiba-PR, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, destacou a melhora do Cruzeiro após os 25 minutos iniciais de jogo. O treinador cruzeirense lamentou, mais uma vez, o fato de a Raposa iniciado desatenta e sofrido o gol logo aos oito minutos. Porém, a boa atuação a partir da metade do primeiro tempo, e as chances criadas na segunda etapa, quando teve maior domínio da partida, mereceram elogios de Mancini, que, por isso, considerou a derrota injusta.

“Não tenha dúvida, foi totalmente injusta por tudo aquilo que todo mundo viu no estádio e pela TV também. Agora, a gente não pode ficar lamentando, porque tivemos as oportunidades para chegar ao empate e até mesmo virar. A equipe, até os 25 minutos iniciais, esteve muito longe, desatenta, sonolenta. Depois foi se encaixando e, com a entrada do Souza, no segundo tempo, a equipe teve outro porte, foi mais à frente, prendeu mais a bola no campo de ataque, foi dona do jogo. Infelizmente não chegou ao empate, mas mostrou que tem total chance de reverter no segundo jogo”.

Questionado se o fato de não ter feito um gol fora de casa, e sobre o risco de levar um gol no jogo de volta, na quarta-feira da semana que vem (dia 9), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas-MG, Vágner Mancini disse que o Cruzeiro sabe bem o funcionamento da Copa do Brasil, e que acredita que a Raposa possa ter uma boa atuação e vencer o Atlético-PR, adversário que considera difícil de ser superado. A confiança de Mancini está relacionada, principalmente, ao bom segundo tempo que o Cruzeiro fez em Curitiba-PR.

“Se a gente levar um gol lá, vamos ter que fazer três. Agora, é uma competição em que você tem que saber bem o passo que dá. Não dá para você esquecer que esse detalhe acaba sendo muito importante. Eu acho que nós temos todas as condições de fazer um bom jogo em casa, diante de uma equipe difícil de ser batida, já que o Atlético-PR é uma equipe aguerrida, bem montada, com atletas fortes em campo. Mas temos que ressaltar que nosso segundo tempo foi muito bom e, diante deste quadro, estamos muito confiantes”.

Por fim, o treinador voltou a destacar a mudança do Cruzeiro já na segunda metade do primeiro tempo, quando, para ele, os jogadores conseguiram superar o tropeço no Campeonato Mineiro e se concentrar no jogo contra o Atlético-PR.

“Acho que essa mudança dentro do jogo foi decisiva. Eu acho que no final do primeiro tempo a equipe já estava diferente. Deu impressão de que assimilou o golpe. De domingo até aqui, tentamos de todas as formas, na base de conversas, fazer com que aquilo que vimos no domingo, a decepção e a desilusão, que ela saísse dos atletas. Acho que demorou 25 minutos de jogo para que o suor a levasse embora. Espero que agora a gente já esteja modificados, em termos mentais, para que o trabalho daqui até o jogo de volta seja mais forte, para que a gente conseguir a vaga”.”

* http://www.cruzeiro.com.br/index.php?section=conteudo&id=695


Toledo, ex-América e Atlético será sepultado às 15 horas

Ao Toledo, da TV Alterosa e a todos os seus familiares, os nossos sentimentos pela morte do pai dele, ontem.

Vicente, também conhecido como Toledo, jogou no América e no Atlético, nos anos 1950/1960.

Mais informações sobre ele e sobre o sepultamento, no site do América:

TOLEDOToledo, entre o goleiro Jardel e Casuza, foi campeão mineiro em 1957

O ex-lateral Vicente de Paulo Seixas Pereira, o Toledo, pai do comentarista do programa da TV Alterosa, o Alterosa Esporte, Otávio di Toledo, faleceu na noite de quarta-feira (02-05), aos 79 anos. Vicente Toledo foi campeão mineiro de 1957 pelo América. No fim de carreira jogou também pelo Atlético, em 1963, e foi novamente campeão mineiro.

Toledão, como era carinhosamente tratado pelos familiares e amigos, vestiu também a camisa do Esporte Clube Renascença, em 1965, onde encerrou a carreira. Natural de Baependi, no Sul de Minas Gerais, jogou no Coelho entre no período de 56 a 62. Deixa os filhos Vânia, Sebastião, Otávio e Vanessa. Além de cinco netos, Otávio, Marília, Heloísa, Arthur e Heitor.

O velório será realizado na Santa Casa (Av. Bernardo Monteiro, 367 – Floresta – Tel. (31) 3213-4001), a partir das 8h e o enterro, no Cemitério da Saudade, às 15h. Acesse o link (http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/america-mg/2012/05/02/noticia_america_mg,216042/video-toledo-conta-historia-do-america-e-faz-homenagem-ao-seu-pai-ex-jogador.shtml) e veja a última entrevista de Toledo, entrevistado pelo próprio filho Toledinho, quando relembra a conquista de 1957. 

* http://www.americamineiro.com.br/clube/noticias/108/morre-ex-lateral-toledo.html#nivel


Aviso aos navegantes: mudanças temporárias no tráfego em Confins

Atenção a quem costuma trafegar na região do aeroporto de Confins, porque haverá mudanças temporárias no tráfego por lá.

Nota enviada pela assessoria de imprensa da INFRAERO/MG:

– “Devido aos trabalhos em andamento na obra de reforma e modernização do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, a Infraero informa que, a partir do dia 3 de maio, será realizada uma alteração de fluxo nas vias próximas.

A rodovia LMG 800 (Linha Verde) terá fluxo em mão dupla por toda extensão do aeroporto. A via de acesso ao terminal de passageiros – localizada logo após o estacionamento A – será interditada. Para quem trafega no sentido Confins, será necessário seguir pela rodovia até o fim do estacionamento E para fazer o acesso ao aeroporto,virando à esquerda. Quem trafega no sentido Belo Horizonte, deverávirar à direita antes do estacionamento E para chegar ao aeroporto.

Feito esse acesso, somente será possível retornar à rodovia passando pela via central do Terminal de Passageiros, pois o acesso existente antes do terminal será interditado. Essas medidas estarão em vigor pelo período aproximado de 60 dias. Serão instalados nova sinalização, redutores de velocidade e passarelapara pedestres, para garantir a segurança e bom fluxo. A fiscalização de trânsito no local será intensificada.

Solicitamos aos passageiros e usuários atentarem para as mudanças no trânsito e anteciparem sua chegada ao aeroporto.

A Infraero agradece a compreensão e colaboração.”

Fonte: Assessoria de Imprensa – Infraero

BRUNO GUILHERME GUEDES LOPES

Encarregado de Atividades de Imprensa

Aeroporto Internacional Tancredo Neves

INFRAERO


O instituto que infla a audiência e as vendas solta mais uma das suas

Não tenho o menor interesse por rankings e não gasto tempo com nenhum deles, nem o da Fifa.

Só servem para render bate-bocas entre incautos,gerando audiência e venda de exemplares.

Tem um tal IFFHS, da Alemanha, que constantemente solta alguma coisa lá,que repercute adoidado aqui, já que os grandes veículos de comunicação se aproveitam para faturar, através da paixão dos torcedores país afora.

O Igor Assunção, da 98 FM, destacou através do twitter dele, @igortep , essa mais recente do IFFHS, que vale o registro, para mostrar o quanto é besteira perder tempo com isso: o Cruzeiro, que até outro dia, era classificado por eles entre os maiores do mundo, agora nem aparece, enquanto até o Coritiba ficou bem na fita.

Saiu no Globoesporte.com:

* “Segundo IFHHS, Barça segue na ponta, e Vasco é o melhor brasileiro”

Santos, Flu, Timão, Inter e Fla também aparecem entre os cem primeiros no ranking divulgado pela federação internacional de estatística

O Barcelona é o melhor clube do mundo, segundo a Federação Internacional de História e Estatística do Futebol, que em sua relação de abril trouxe como novidade o Vasco da Gama na décima colocação. A IFFHS destaca que a equipe espanhola, ainda treinada por, Josep Guardiola, detém o recorde absoluto do ranking mundial após liderá-lo em 44 ocasiões desde 1991, quando a relação começou a ser feita.

Já o Vasco, recém-eliminado do Campeonato Carioca, pulou três posições na lista e entrou no grupo dos dez primeiros, passando inclusive o Santos, que caiu de sexto para 12º.

No que diz respeito ao cômputo mensal, a liderança de abril correspondente ao Chelsea (7º), que alcançou a final da Liga dos Campeões ao eliminar justamente o Barcelona.

Completam as cinco primeiras posições, respectivamente, Real Madrid (ESP), Universidad de Chile (CHI), Bayern de Munique (ALE) e Atlético de Madrid (ESP). Entre os brasileiros, além de Vasco e Santos, outras quatro equipes ocupam postos entre os cem melhores: Fluminense (40º), Corinthians (44º), Internacional (45º) e Flamengo (65º).

Confira os dez primeiros colocados e os melhores brasileiros:

Colocação Times Pontuação
Barcelona (ESP) 367,0
Real Madrid (ESP) 306,0
Univers. de Chile (CHI) 304,5
Bayern (ALE) 287,0
Atlético de Madri (ESP) 278,0
Vélez Sarsfield (ARG) 264,0
Chelsea (ING) 245,0
Athletic Bilbao (ESP) 244,0
Sporting (POR) 235,5
10º Vasco (BRA) 235,0
12º Santos (BRA) 217,0
40º Fluminense (BRA) 174,0
44º Corinthians (BRA) 166,0
45º Internacional (BRA) 165,0
65º Flamengo (BRA) 149,0
130º Botafogo (BRA) 108,0
135º Coritiba (BRA) 104,0
190º São Paulo (BRA) 90,0
212º Palmeiras (BRA) 86,0
221º Ceará (BRA) 84,0
235º Figueirense (BRA) 82,0
297º Grêmio (BRA) 72,0
318º Atlético-GO (BRA) 70,0
328º Atlético-MG (BRA) 68,0
369º Atlético-PR (BRA) 64,0
397º Bahia (BRA) 62,0

* http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2012/05/segundo-iffhs-barca-segue-na-ponta-e-vasco-e-o-melhor-brasileiro.html


Cobertura dos 100 anos do América

Ótima cobertura das primeiras festas do Centenário do América no http://mundodocoelhao.com/


O afastamento calculado do povão dos estádios de futebol

Artigo do Dr. Lincoln Pinheiro Costa no portal Ibahia, que vale ser lido e pensado, pois estão afastando o povão do futebol, através de uma conjunção de forças e interesses, muito bem interpretados neste texto.

* “Futebol, esporte da civilização industrial?”

Por Lincoln Pinheiro Costa

CHARLES

Quando o futebol se popularizou naquele reino, a Inglaterra já era um país industrializado

Amigo leitor, esta coluna não é uma tese acadêmica e não está baseada em pesquisa empírica. Trata-se, tão-somente, de uma reflexão originada do hábito de pensar.

O futebol, tal como o conhecemos, começou a ser praticado na Inglaterra em meados do século XIX e se  profissionalizou naquele país em 1885.

Não por acaso a Inglaterra foi o país onde se iniciou a Revolução Industrial no século XVIII.

Quando o futebol se popularizou naquele reino, a Inglaterra já era um país industrializado e urbano.

Charles Miller introduziu o futebol em nosso país no final do século XIX, mas foi apenas a partir da década de 50 do século XX, com a realização da Copa do Mundo no Brasil, que o futebol tornou-se um esporte das massas.

A década de 50 do século XX marca também o início do ciclo industrial brasileiro, quando a atividade fabril começou a superar a atividade agrícola, provocando o êxodo rural.

A população chegada do campo para trabalhar nas fábricas encontrou no futebol, já campeão mundial em 1958, sua diversão preferida.

Para acolher esse público, grandes estádios foram construídos.

Não era incomum a realização de partidas em estádios com mais de cem mil pagantes nas décadas de 60, 70 e 80 do século XX.

Ocorre que o ciclo industrial entrou em declínio, sendo superado pelo setor de serviços.

A partir da última década do século passado essa mudança de ciclo começou a se refletir no futebol.

Os grandes estádios, construídos para abrigar o operariado em busca de diversão, foram se encolhendo para dar conforto ao consumidor de serviços: cadeiras foram colocadas na arquibancada, a geral foi tendo sua ocupação restringida até ser definitivamente fechada.

A legislação também foi alterada para se adaptar a esse novo ciclo econômico: os jogadores, antes “escravos dos clubes”, ganharam liberdade para se vincularem aos empresários.

Isso fez surgir um fenômeno curioso: os jogadores passaram a ganhar “fãs-clubes” que os acompanhavam a todos os times para onde fossem, enfraquecendo o vínculo afetivo do jogador com a torcida de seu clube.

Nos dias de hoje este novo ciclo está se consolidando no futebol: dirigentes dizem com todas as letras que querem consumidores nas arenas, como são chamados os estádios atualmente.

O povão – operário, geraldino – não é mais bem-vindo com seu radinho de pilha, objeto cuja entrada nas arenas é proibida pela polícia. É preciso ter dinheiro para gastar nos bares – cerveja só se for sem álcool – e nas lojas instaladas nesses centros comerciais.

O templo do futebol foi apropriado pelos vendilhões!

Ao contrário da era industrial, na era dos serviços o interesse pelo futebol está menor.

Observem as crianças de hoje e comparem-nas com as crianças de trinta anos atrás: poucas jogam e gostam de futebol.

Os “games”, a diversificada programação televisa e as precoces boates infantis atraem mais as crianças que o futebol.

Com este crescente desinteresse, daqui a vinte anos o futebol será um esporte exclusivo da elite endinheirada, como era no tempo em que Charles Miller trouxe a primeira bola de couro para o Brasil.

Sobreviverá o futebol sem o povo? Reflita sobre isso!

Lincoln Pinheiro Costa é Juiz Federal em Belo Horizonte e ex-Procurador da Fazenda Nacional em  Salvador. É graduado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP) e MBA em Direito da Economia e da Empresa pela FGV. É membro do Instituto San Tiago Dantas de Direito e Economia. twitter.com/lincolnpinheiro

LINCOLN

* http://www.ibahia.com/detalhe/noticia/futebol-esporte-da-civilizacao-industrial-por-lincoln-pinheiro-costa/


Oportunidades para começar um novo tempo

O América está em vantagem nos preparativos para a decisão contra o Atlético, já que não tem compromisso no meio de semana. O técnico Givanildo pode trabalhar à vontade no CT Lana Drumond, e o departamento médico mais tempo para recuperar jogadores com algum problema.

O Atlético tem a pauleira contra o Goiás pela Copa do Brasil, dentro e fora de campo. Se passar vai para as nuvens e terá a força total da torcida, motivada e confiante. Em caso contrário, a pressão aumenta com cobranças intensas para cima de jogadores, comissão técnica e diretoria. É na base do “calça de veludo ou bumbum de fora”.

Técnica e fisicamente vejo os times equilibrados, com uma ligeira superioridade física do Coelho, de elenco mais jovem e menos contusões. 

Essa volta ao Independência é uma oportunidade e tanto para o Atlético iniciar uma nova era, tendo como ponto de partida a Copa do Brasil.

A busca impressionante pelos ingressos mostrou que há uma expectativa positiva da torcida em torno disso. Chance de quebrar o tabu com o Goiás e avançar na competição, o que criaria um clima mais otimista em torno do novo estádio do Horto, que pode se tornar um caldeirão alvinegro. Se houver competência, os jogadores podem iniciar uma nova história, para eles e para o clube. Mas a recíproca é verdadeira: um fracasso aumentaria a desconfiança da torcida em relação a todos. 

O Cruzeiro está diante de desafio parecido. Precisa superar o Atlético Paranaense na Copa do Brasil para levantar o astral interno e principalmente externo, já que a eliminação do Campeonato Mineiro reforçou a opinião dos mais realistas, de que o time é fraco para o Brasileiro; e acordou os mais apaixonados, que finalmente viram a fragilidade em várias posições, que podem comprometer a campanha na competição mais importante, que começa este mês. 

Muita gente está estranhando os preços dos ingressos cobrados no Independência, mas trata-se apenas do começo da volta à realidade. Com a ida dos jogos para a Arena do Jacaré e outros estádios fora de Belo Horizonte, o torcedor se acostumou a pagar barato, já que essa era a forma dos clubes incentivarem o público a comparecer. O ingresso em Minas vinha sendo um dos mais acessíveis do Brasil, mixaria, em relação a Rio e São Paulo. Agora os clubes vão começar a recuperar os preços, visando não só investir mais na montagem dos times, como também arcar com o custo da obra, já que o Estado foi apenas o financiador desse luxo e modernidade do Independência. A conta começa a ser cobrada já!. 

O questionamento é grande em torno dos possíveis motivos que levaram os melhores jogadores do Cruzeiro a cair de produção. Fábio em dois cruzamentos que originaram gols do América nos dois jogos da semifinal. Neste de domingo, então, a situação foi mais grave, já que a bola estava mais para ele que para o Alessandro ou Vitorino, que acabou marcando contra.

Vitorino não tem sido o mesmo zagueiro firme e decisivo dos seus primeiros meses de Cruzeiro, e Montillo não foi nem a sombra do grande articulador e finalizador que é, talvez devido a sucessivas contusões. 

Até hoje não foi preso o marginal que agrediu a mãe do volante Dudu, do América, depois do jogo contra o Cruzeiro, domingo, na Arena do Jacaré. Como disse o Lélio Gustavo, ontem, na Itatiaia: “Um vagabundo, que não deve ter mãe!”. Ou como twittou o empresário Roberto Tibúrcio: “Depois de preso deveriam deixá-lo só cinco minutos a sós com o Dudu”.

A polícia precisar encontrar esse sujeito.


Homenagem ao América e ao futebol

Hoje é o dia do Centenário do América e fiquei muito honrado com esta correspondência que recebi do senhor Adauto Miserani de Barros Moreira, que é filho de um dos mais importantes presidentes que o Coelho teve em sua rica história: Amador de Barros Moreira, que coincidentemente também estaria completando 100 anos, só que amanhã, dia 1º de maio.

A carta do Adauto traz histórias ótimas das vidas de ambos e me fez lembrar uma frase do saudoso Kafunga sobre os dirigentes de futebol: “Quem tem, põe; que não tem, tira!”.

E muitos desses, que põe, saem injustiçados e não têm, na sequência, o reconhecimento que mereciam.

Amador de Barros Moreira é um caso desses que puseram,  que dedicou uma vida a um grande clube, e como disse o próprio filho Adauto, deixou no América o que seria hoje a herança financeira dele e da família.

Era um empreendedor, grande liderança empresarial e política, cuja origem era Campo Belo, onde fundou empresas, foi prefeito e fundou dois famosos times da cidade e do Sul de Minas, o Sparta e o Comercial.

Através dessa carta do Adauto, faço a minha homenagem ao América, a todos os americanos e a quem gosta de futebol, pois se o futebol mineiro é importante no contexto brasileiro e mundial, este clube contribuiu de forma decisiva, com a sua grandeza e os grandes craques que fizeram fama, ganhando títulos por clubes e Copas do Mundo com a seleção brasileira.

“100 anos – Amador de Barros Moreira e o América Futebol Clube”

Por                                                                                                                Adauto Miserani de Barros Moreira (*)

Foi ao entardecer de um domingo, em 29/03/70. Ele acabara de sepultar sua esposa, minha mãe Adel, no cemitério de Betim, falecida prematuramente aos 54 anos, acometida pelo mal de Parkinson. Sobre a urna,  a bandeira  alvi-verde do América Futebol Clube foi a derradeira lembrança.

Meu pai, Amador de Barros Moreira, foi presidente do AFC no período 1968/69/70. Desportista desde a juventude, em Campo Belo/MG, onde nasceu em 01/05/1912 e veio a falecer naquela cidade em 22/12/1991. O América, por sua vez, foi fundado em 30/04/1912. Por coincidência e a despeito da diferença de apenas um dia, não se  poderia reverenciar o centenário de Amador sem vincular aquela data ao centenário do América, uma de suas maiores paixões.

Na sua estimada Campo Belo, da qual foi  Prefeito por quatro vezes, participou ativamente da fundação do Comercial e do Sparta Futebol Clube. Ele próprio, além de dirigente, foi um jogador de grandes qualidades técnicas. Dizem os que o viram jogar que ele era uma réplica do Romário, com lampejos do Ademir, o “Queixada” do Vasco da Gama e da Seleção Brasileira. Exageros à parte, o fato é que ele foi realmente um ótimo jogador de futebol, até os idos de 1948/49.

No exercício da Presidência do América, foi apoiado  por companheiros como Ruy da Costa Val,  Celso de Melo Azevedo (Patrono do Clube), Jaime Rigueira, Milton Machado Mourão ,Presidente do Conselho Deliberativo, Hamilton Caldas Moura, Agoncillo Baeta, Wilson Gosling, dentre outros. Procurou implementar no clube uma estrutura administrativa com métodos de gestão mais eficientes, a exemplo de sua empresa industrial, à época associada ao Grupo Toshiba, do Japão. A propósito, vale ressaltar que , com tal associação (Toshiba-Iman), por tratativas de Amador e sua família iniciou-se com 10-20  anos de antecedência a tão decantada globalização comercial de Minas com o mundo asiático.

Entretanto, volumosas dívidas acumuladas e oriundas de gestões anteriores — situação agravada pela venda de 5 ou 6 atletas do clube pertencentes à Seleção Mineira campeã do Brasil, em 1963 —  tais circunstâncias impediram e retardaram a recuperação do prestígio do América, em todas as áreas. Vale salientar, para conhecimento dos americanos da nova geração. Integrantes daquela Seleção foram vendidos pela administração antecedente: Edgard (goleiro, para o Palmeiras), Hilton Chaves (América RJ), Décio Teixeira (Atlético), Amaurí, Marco Antonio e Arí (Comercial, de Ribeirão Preto), Zuca (clube argentino) e —  desastre maior  —, uma verdadeira HECATOMBE que foi a cessão ao Cruzeiro do então juvenil TOSTÃO.

Os resultados financeiros do sucateamento do time não foram bastante sequer para a cobertura de parcela ínfima da elevada dívida do América ! . Os dirigentes daquela época não tiveram a percepção de que se avizinhava uma nova era para o futebol de Minas: a “era do Mineirão” (1965). O clube passou a sofrer, portanto, as conseqüências  de administrações primárias, sem qualquer planejamento e caminhando na base do “salve-se quem puder”!

Foi então que apareceu o “salvador da Pátria”… Amador que, à época, desfrutava de privilegiada situação econômica e financeira, passou a financiar o clube, investindo grandes somas de recursos próprios.Assim, ao assumir a Presidência,  procurou, de imediato, formar um time de futebol que pudesse refazer o prestígio do América. Contratou jogadores que se destacaram no campeonato mineiro do ano anterior:: do Formiga, então vice-campeão (Hale, Gilson e Cristovão), do Valeriodoce (Zé Borges, Batista e Café), do Uberlândia (Ferreira, artilheiro do campeonato) e Nacional de Uberaba (Vanderlei), usando aporte financeiro próprio e parte da venda de Dirceu Alves, ao Corinthians. Desse trabalho, que poucos reconhecem e valorizam, surgiria a formação da equipe que se tornaria, de forma invicta, CAMPEÃ MINEIRA DE 1971.                                                         

Na visão avançada de Amador, não bastava um time de futebol; fazia-se necessário estruturar um CLUBE, um complexo esportivo, a exemplo do Minas Tenis Clube, PIC e Jaraguá.. Com a interferência do Governador do Estado à época, Dr. Israel Pinheiro, Amador obteve a liberação da cláusula de inalienabilidade que onerava o imóvel da Alameda Álvaro Celso, onde pretendia implantar o complexo esportivo. Iniciou as obras e lançou cotas no mercado que, infelizmente, não tiveram a aceitação que se esperava.

O clube não tinha dinheiro para nada. Crédito cortado na praça. Todos os insumos eram adquiridos á vista. Amador continuava a financiar todas as despesas, enquanto falsos americanos com algum prestígio social, especialmente certos “doutores”,  posavam de benfeitores do Clube. A despeito de todos os recursos financeiros alocados por Amador terem sido sistematicamente contabilizados, dentro da melhor técnica e com total transparência, Amador veio a sofrer forte resistência, injusta e despropositada, do Conselho do Clube, quando passou a exigir o reembolso do seu crédito. A contra-gosto de Amador, a única alternativa foi a cobrança judicial.

Sem queixas ou lamúrias, Amador de Barros Moreira colocou no clube, à época, recursos financeiros próprios de muitos milhões de cruzeiros. Ele só veio a receber parte do seu crédito  5-6 anos após o desembolso, sacrificando financeiramente a si próprio e sua família. A despeito disso, continuava a acompanhar o América, após a sua gestão e por toda a vida, impregnado pela velha paixão pelo clube.

Amador não foi o único e certamente não será o último. Sabemos de inúmeros e abnegados americanos que agiram movidos pela paixão clubística, porém ninguém com tanta liberalidade e desprendimento quanto Amador o fez. Lembro-me de meu pai se referir, naquele sentido, a americanos históricos e bem intencionados, como Celso Melo Azevedo (Patrono do Clube), Ruy da Costa Val, Dr. Gama e seu filho Fábio, Hamilton Caldas Moura, Adjuctor Pereira Alvim, Juscelino Gonzaga (o Bijú), Wilson Gosling, os Papini e tantos outros.  O América agradece àqueles que engrandecem o seu Pavilhão!

Este artigo não visa a  lamentar perdas. Pelo contrário, trata-se de uma singela homenagem à memória de meu pai para que tanto americanos, como campobelenses da atual geração possam conhecê-lo melhor. Na sua terra, Campo Belo, Amador implementou uma gestão pública incomparável, alem de se destacar , em épocas distintas, como desportista, comerciante, industrial e grande empreendedor, por esforço próprio, sem apadrinhamento de ninguém. No América Futebol Clube exerceu seu mandato com grande esforço pessoal (doença de sua esposa), com uma administração transparente e correta sob todos os aspectos e que teve o mérito, pouco reconhecido, de preparar a equipe de futebol PARA A CONQUISTA INVICTA DO CAMPEONATO MINEIRO DE 1971.

É uma honra, portanto, para a família de Amador rememorar sua jornada —  embora com fragmentos das lembranças e episódios de sua trajetória de vida —, assim como vinculá-lo ao CENTENÁRIO DO CLUBE ao qual devotou tanto esforço e dedicação.

Que o América Futebol Clube possa comemorar outros centenários ao longo de sua vida esportiva. Amador, por seu turno, será sempre, para seus filhos e amigos, um acalentado exemplo de luta, tenacidade e trabalho árduo, notadamente uma lembrança de PAZ e ESPERANÇA, a exemplo das cores da camisa de seu querido clube.

                                                                                                                                                                                                                                                                                (*) ambm.bhz@veloxmail.com.br


Méritos do América e realidade azul aparecendo

O Cruzeiro comemorou ano passado, na última rodada o não rebaixamento no Brasileiro, mas como goleou o Atlético, continuou iludido com a qualidade do time, embalado por uma boa vontade extrema de grande parte dos colegas da imprensa. No Mineiro, que não é referência de medição do nível dos nossos maiores clubes em relação aos concorrentes nacionais, o Cruzeiro perdeu na estreia para o Guarani, mas obteve uma sequência de vitórias até o empate contra o Atlético, comemorado como vitória.

Veio o primeiro jogo da semifinal contra o América e nova e efusiva comemoração, agora de uma derrota por 3 x 2. A justificativa mais dada foi a ausência do Montillo, machucado. Hoje, nem ele deu jeito. Sem inspiração e bem marcado, participou de outra incontestável derrota, e agora, para marcar o fim do time em sua trajetória no Campeonato.

Se de toda derrota tira-se algum proveito, que o Cruzeiro abra os olhos a tempo, porque o Brasileiro vem aí e os defeitos do time foram maquiados até agora, pelo nível do Mineiro e pelo oba-oba de parte de alguns companheiros da imprensa.

O América foi melhor nos dois jogos da semifinal e é candidato fortíssimo ao título.

alessandro_renatocobucci_aeFoto: Renato Cobucci

Também falou-se muito que o Cruzeiro estava “sobrando” em termos de condição física e por isso vinha obtendo viradas espetaculares, vencendo jogos aparentemente perdidos. Essa verdade prevaleceu contra os clubes do interior e no jogo contra o América na fase de classificação. Hoje, o time não conseguiu repetir o ritmo do primeiro tempo e ainda tomou o segundo gol em mais um contra ataque do Coelho, que fez dessa estratégia a sua principal arma.

Cruzeiro e América fizeram um excelente primeiro, e um jogo mais cauteloso no segundo, quando o desgaste físico se fez sentir e as precauções defensivas tomaram conta de ambos, já que um gol adversário poderia por tudo a perder. Mas os lances de perigo continuaram acontecendo, com cobrança de falta do Roger na trave, e um desperdício incrível do Rodriguinho, que criou jogada pela esquerda e quando estava perto da marca do pênalti, chutou para fora. 

O América fez uma partida inesquecível, com poucos erros e uma determinação rara no futebol atual. Obediência absoluta às determinações do técnico Givanildo e alguns valores individuais se destacando pela raça, aliada à qualidade técnica, como a dupla de zaga, Gabriel e Everton Luiz; Rodriguinho, Moisés, Bruno Meneghel, Fábio Júnior e Alessandro.

O árbitro Luiz Flávio de Oliveira cometeu erros graves, como apitar o pênalti que foi chutado para fora pelo Wellington Paulista e ao não expulsar o zagueiro Everton Luiz, que já tinha cartão amarelo, cometeu falta no início do segundo tempo que merecia outro amarelo e por consequência a expulsão.

Mas, pelo fato de não pertencer aos quadros da FMF não sofreu as costumeiras e pesadas contestações dos dois lados.

Certamente teremos dois excelentes jogos nessa final de Campeonato, completamente imprevisível. O Atlético sentiu as muitas mudanças no time nos últimos jogos, em função das contusões e suspensões, mas o técnico Cuca terá quase todo o elenco à disposição nas partidas contra o América.

Na fase de classificação o Galo venceu este clássico de virada e o Coelho até hoje reclama da arbitragem. 

Ótimo que teremos a decisão do Campeonato no novo Independência, e é claro que, com a presença das duas torcidas, como deveria ser em qualquer jogo. Não é possível que vá surgir algum cabeça cozida querendo determinar o contrário.


Jogo ruim, pazes com o Réver e feliz retorno ao Araxá

Outro jogo muito ruim e futebol sofrível do Atlético que passou aperto contra o Tupi na Arena do Jacaré.

Foi 1 x 0, gol do André, com 7.301 pagantes. Apesar das vaias gerais, pelo menos um jogador saiu particularmente satisfeito de campo: Réver, que fez das tripas coração para evitar um empate ou a derrota, e pela primeira vez, depois da goleada para o Cruzeiro, foi aplaudido pela torcida.

*Acredite se quiser, mas o Tupi não tinha médico neste jogo, e a Federação Mineira de Futebol finge que não tem nada a ver com isso.

* Muitos elogios ao goleiro Rodrigo, que realmente é bom. Porém, com 1,82 m de altura, não terá oportunidade em nenhum time da prateleira de cima, pois com essa estatura qualquer goleiro é considerado “baixinho” no futebol da atualidade.

* Todos os colegas da imprensa trataram este jogo como a “despedida” do Galo da Arena do Jacaré.

Deveriam ter mais cautela e dizer que é um “até breve” ou “até qualquer dia”, pois o retorno a BH ainda terá muitos capítulos na novela da conclusão definitiva do Independência e o seu pleno uso.

* Pela Segunda Divisão o Araxá venceu a terceira consecutiva, hoje o Mamoré, e está praticamente classificado para a primeira de 2013. Parabéns ao “Ganso” e feliz retorno.