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O interesse pela seleção não é mais aquele e a Copa do Mundo só ganhará destaque maior na imprensa depois das eleições

Foto: twitter.com/CBF_Futebol/Lucas Figueiredo

A força física e os jogadores no auge de sua condição deverão ser o diferencial do Catar 2023. Mas o lateral Daniel Alves, com os seus 39 anos de idade, quer porque quer disputá-la e tem um monte de gente pressionando o técnico Tite para que ele o convoque.

Parece piada, mas é sério. O futebol tem dessas coisas no Brasil. Este exemplo, para se somar a vários outros fatores que desmotivam a quem sempre gostou de futebol.

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Surpreso, o cabeleireiro Joãozinho (se chamá-lo de “barbeiro” dá problema) questionou:

__Uai, tem Copa este ano?

Diante da resposta positiva, se surpreendeu mais ainda quando ficou sabendo que falta pouco mais de um mês para a estreia da seleção brasileira:

__ Antigamente as ruas já estavam decoradas nessa época, a meninada fazia uma bagunça danada e agora nem parece que tem Copa nem seleção!

Desde meados dos anos 1990 quando a maioria dos jogadores convocados passou a ser de times europeus e asiáticos o “escrete” nacional foi perdendo a graça. Com outros esportes ocupando espaços e tantos atrativos tecnológicos para cativar o público, principalmente os mais jovens, o próprio futebol deixou de ser a “febre” que era. Sem falar nas outras questões que frustram o torcedor, como desmandos nas entidades que comandam o mundo da bola, nos clubes, arbitragens, violência, altos custos, etecetera e tal.

O Fernando Rocha aborda este e outros temas relacionados, na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga:

* “Copa à vista”

Faltam 36 dias para a abertura da Copa do Mundo no Catar e, talvez por conta da eleição, não se veja ainda qualquer mobilização ou interesse maior pelo mais tradicional torneio de futebol do planeta.

Sem entrar no mérito da escolha do país-sede feita pela Fifa, a meu juízo um grande equívoco esportivo e político, que só se justifica pela ganância da entidade por dinheiro, teremos provavelmente do ponto de vista técnico, uma das melhores competições das últimas décadas.

Muito disso em razão da mudança do evento, que deixou o meio do ano para se realizar nos meses de novembro e dezembro, devido às altas temperaturas registradas no Oriente Médio na data convencional.

A mudança forçada favorece as seleções europeias, cuja temporada termina e começa na metade do ano, possibilitando assim que seus jogadores cheguem ao Mundial no ápice da forma física e técnica.

 

Chance do hexa

Há muito tempo nossa Seleção deixou de ser “paixão nacional”, não empolga, não mobiliza mais o país, culpa não só do desprestígio da CBF, em razão dos inúmeros escândalos de corrupção envolvendo seus dirigentes, mas também pela falta de identidade do torcedor nacional com os jogadores, cuja maioria absoluta atua no exterior.

Sem alarde, o técnico Tite deve enviar esta semana a sua pré-lista de convocados para a Copa com 55 nomes, deixando para o dia 7 de novembro a lista definitiva, com os 26 jogadores que jogarão o Mundial.

Acho que as dúvidas do técnico são poucas, uma delas na lateral direita onde Danilo está garantido, e o veterano Daniel Alves também pode ser chamado, desde que não opte por utilizar Éder Militão, que embora seja zagueiro também pode jogar no setor.

Sem o contundido Arana do Galo, penso que na lateral esquerda Alexsandro tem vaga garantida, enquanto Alex Telles e Renan Lodi disputam a outra vaga.

A partir daí se sobressaem nomes de confiança do Tite, o que acho até natural, com destaque para o volante e provável capitão, Casemiro, enquanto no ataque há uma certeza: Neymar.

 

FIM DE PAPO

  • O que mais impressiona e deixa no ar um certo otimismo na mídia é a quantidade de jovens jogadores que temos para o ataque. Uma verdadeira artilharia pesada como há muito não se via: Raphinha, Anthony, Vinícius Jr., Richarlyson, Pedro, Matheus Cunha, além dos mais experientes como  Gabriel Jesus e Firmino, que vão se juntar a Neymar, o “dono” do time. Todos atuam na Europa e vão também chegar “voando” do ponto de vista físico e técnico na Copa do Mundo.
  • A Copa do Catar/2022 será a primeira disputada no Oriente Médio e contará com a participação de sete das oito seleções que já levantaram a taça, isto porque pela segunda vez consecutiva a tetracampeã Itália não conseguiu a classificação. O torneio terá início no dia 20 de novembro, 13hs,  com o jogo Catar x Equador, no Al Bayt Stadium. O rico do Oriente deu-se ao luxo de construir uma linha exclusiva de metrô interligando os oito estádios que vão sediar os jogos.
  • Esta será a última edição da competição da Fifa com o formato que vem sendo utilizado desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, que será organizado em conjunto pelos Estados Unidos, Canadá e México, a “gulosa” e notória gananciosa Fifa, com o objetivo principal de arrecadar mais uma montanha de dinheiro, aumentou o número de participantes para 48 seleções.
  • A Seleção da CBF está no Grupo G, juntamente com a Sérvia, adversária da estreia numa quinta-feira, 24/11, 16hs, além de enfrentar na primeira fase, Suiça e Camarões. Segundo levantamento do site “Transfermarkt”, na estreia contra a Sérvia, Tite e seus comandados devem se preocupar principalmente com Dusan Vlahovic, centroavante da Juventus, destaque do adversário. Na segunda partida contra a Suiça, o jogador a ser vigiado é Manuel Akanji, zagueiro do Manchester City. E, diante de Camarões, no último compromisso da fase de grupos, o destaque é André-Frank Anguissa, volante do Napoli, ótimo no passe e responsável pela organização do time africano. (Fecha o pano!).
  • * Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga

Aviso aos navegantes: o significado da palavra mecenas e o fracasso do Hertha Berlim

Primeiramente o significado da palavra, de acordo com os dicionários, neste caso, o digital : “Mecenas: “substantivo masculino de dois números

  1. indivíduo rico que protege artistas, homens de letras ou de ciências, proporcionando recursos financeiros, ou que patrocina, de modo geral, um campo do saber ou das artes.”

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Pois bem! Um dos maiores exemplos da humanidade foi Leonardo da Vinci, levado pelo Rei Francisco I, da França, para passar seus três últimos anos de vida (1516) em Amboise, que fica a duas horas de carro de Paris.

Uma das únicas condições exigidas pelo “patrocinador” Francisco I era ter meia hora de bate papo diário com o gênio.

Mecenato é isso, sem tirar nem por: um endinheirado que banca alguém ou a uma instituição pelo prazer de curtir a sua arte, talento, inteligência, espetáculo, enfim…

Sem exigir garantias ou esperar nenhum pagamento em troca. O resto é “perfumaria” e enganação.

Neste dia de Nossa Senhora Aparecida, da qual não sou devoto, (valei-me Bom Jesus do Matozinhos, de Conceição do Mato Dentro!), li a ótima coluna do Gerd Wenzel, no site da rede alemã Deutsche Welle, que recomendo demais. Nessa história toda de SAF’s e Mecenas no futebol brasileiro, muitos clubes correm risco. Vejam a situação de um dos mais tradicionais clubes da Alemanha:

* “Seduzido pelo ouro do mecenas, Hertha está à beira da ruína”

Gerd Wenzel

ColunaHalbzeit

Em pouco mais de três anos, o sonho do “Big City Club” movido a muito dinheiro se tornou um pesadelo que deixou a equipe à beira da ruína e sua torcida à beira de um ataque de nervos, escreve Gerd Wenzel.

Era para ser um inédito e revolucionário experimento do centenário clube da capital alemã. Em fins de julho deste ano, o Hertha festejava 130 anos de vida e, na semana das comemorações, “a velha senhora” fez sua estreia na temporada 2022/2023 jogando com o Eintracht Braunschweig. Era a primeira rodada da Copa da Alemanha e, para espanto da fiel torcida berlinense, o Hertha perdeu e foi eliminado do torneio.

Seria esse um mau presságio do que ainda estava por vir?

Foram muitas as expectativas geradas pelo volumoso aporte de 374 milhões de euros do investidor Lars Windhorst no decorrer dos últimos três anos. Desde setembro de 2019, o bilionário já havia investido 224 milhões de euros, aos quais foram adicionados posteriormente mais 150 milhões.

Naquela ocasião, Windhorst proclamava aos quatro ventos que o objetivo de tamanha injeção de capital novo era transformar o Hertha num “clube da primeira prateleira na Alemanha e na Europa, será um Big City Club”, prometia.

Em 8 de novembro de 2019, Jürgen Klinsmann foi chamado para fazer parte do Conselho Administrativo e apenas três semanas mais tarde assumiu também o cargo de técnico. Aos jornalistas presentes na coletiva de imprensa, Klinsmann assegurava: “Estou feliz por fazer parte deste excitante projeto de futebol. Berlim não perde por esperar porque algo grandioso vai acontecer”.

A saída de Klinsmann

Nenhum clube do mundo gastou mais na janela de transferências em janeiro de 2020 do que o Hertha Berlim – foram 80 milhões de euros gastos com a compra de jogadores exigidos por Klinsmann.

O experimento com Jürgen Klinsmann teve curtíssimo prazo de validade. Durou pouco mais de dois meses. Em 11 de fevereiro de 2020, o técnico anunciava, através de seu perfil no Facebook, que não tinha mais interesse em continuar no cargo. Assim, sem mais nem menos. Justificou sua decisão por supostamente não ter recebido da diretoria todo o poder que julgava necessário para exercer sua função a contento.

A intempestiva decisão de Klinsmann surpreendeu o mecenas: “Talvez como adolescente alguém possa se dar ao luxo de agir dessa maneira, mas na vida empresarial de adultos esse tipo de comportamento birrento é inaceitável”. Desde então, mais cinco treinadores passariam pelo clube em pouco mais de dois anos, sinalizando o descalabro administrativo que tomou conta do clube.

Por ironia do destino e a exemplo de Jürgen Klinsmann, o bilionário Lars Windhorst acaba de anunciar, também via Facebook, que não existem mais condições para manter o engajamento financeiro do seu grupo empresarial Tennor com o Hertha Berlim: “Os fundamentos de uma cooperação mútua estão destruídos”, declarou.

Ao mesmo tempo, Windhorst quer seu dinheiro de volta: “O clube pode recomprar as quotas que adquiri pelo valor de compra, ou seja, 374 milhões de euros”. Ocioso dizer que o Hertha Berlim não tem condições de desembolsar tamanho montante e é justo perguntar: quem vai comprar as ações de Windhorst, que nem de longe valem atualmente 374 milhões de euros?

Ruína financeira e esportiva

O Hertha está praticamente falido e achar um novo investidor a esta altura numa Europa convulsionada pela guerra na Ucrânia beira a uma missão impossível. Analistas econômicos avaliam que o valor de mercado do Hertha gira em torno de 150 milhões de euros e que as quotas acionárias já estariam sobrevalorizadas quando foram adquiridas por Windhorst no biênio 2019 e 2020.

O clube agora jaz em ruínas não só financeira, mas também esportivamente. Desde a chegada do mecenas, o Hertha foi ladeira abaixo. Se em 2020 ainda ficou num honroso décimo lugar na Bundesliga, em 2021 caiu para o 14º posto e em 2022 teve que disputar a repescagem com o Hamburgo para não passar uma temporada na segunda divisão.

Hertha Berlim, fundado em 15 de julho de 1892. Hertha Berlim, com seus escândalos, seus nepotismos, suas vaidades. Esse Hertha tem um significado para muitos berlinenses, seja nas derrotas, seja nas vitórias – lá estavam juntos, chorando ou sorrindo com sua “Velha Senhora”.

Em pouco mais de três anos, o sonho do “Big City Club” movido a muito dinheiro se tornou um pesadelo que deixou o clube à beira da ruína e sua torcida à beira de um ataque de nervos.

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Gerd Wenzel começou no jornalismo esportivo em 1991 na TV Cultura de São Paulo, quando pela primeira vez foi exibida a Bundesliga no Brasil. Atuou nos canais ESPN como especialista em futebol alemão de 2002 a 2020, quando passou a comentar os jogos da Bundesliga para a OneFootball de Berlim. Semanalmente, às quintas, produz o Podcast “Bundesliga no Ar”. A coluna Halbzeit é publicada às terças-feiras.

O texto reflete a opinião do autor, não necessariamente a da DW.

https://www.dw.com/pt-br/seduzido-pelo-ouro-do-mecenas-hertha-berlim-est%C3%A1-%C3%A0-beira-da-ru%C3%ADna/a-63402393


América lança bela camisa e já atinge objetivos: bonita, comentada em todo o país, vai vender muito e na campanha antirracismo

O Dia da Consciência Negra é 20 de novembro, mas o América se antecipou e anunciou ontem a sua participação na campanha contra o racismo, lançando esta camisa, que agradou a quase 100% das pessoas que se manifestaram até agora. Pela beleza, porém, pela campanha de conscientização, gerou uma polêmica danada, como mostram alguns comentários na página do TNT Sports, no twitter.

Para mim, gol do Coelho fora de campo, por todos os aspectos. De todas as críticas que li, a única que merece reflexão dos dirigentes do América e de todos os demais é que a campanha contra o racismo deveria ser mais dura na prática, como por exemplo, que clubes de torcidas reincidentes em manifestações racistas nos estádios, perdessem pontos, mandos de campo e coisas tais.

América FC  @AmericaMG Lute contra o racismo, vista essa camisa! #SomosVolt

#ConsciênciaNegraTodoDia! Uma luta que é diária e não tem data! Pensando desta maneira, lançamos, em parceria com a @SomosVolt, o uniforme em alusão à causa. Saiba mais bit.ly/3fSTeg7 #PraCimaDelesCoelho #SomosVolt

TNT Sports Brasil @TNTSportsBR LUTA ANTIRRACISTA! O América-MG lançou uma camisa com o propósito de dar voz à campanha contra a discriminação racial. Batizada de “Consciência Negra Todo Dia”, a linha é lançada intencionalmente antes da data oficial do Dia da Consciência Negra, celebrada em 20 de novembro.”

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Alguns comentários, de gente de várias partes do Brasil, entre anônimos ou não, no TNT Sports Brasil:

“Tudo MKT de todos pa times! Querem lancar camisas e ganhar mais dinheiro, Mas assinar a proposta de perda de pontos em caso de racismo na torcida ninguém quer! Brasil adora um discurso Populista”

 

Maurílio Cabral

@MaurilioCabral Em resposta a @TNTSportsBR Adoro como os times lidam com luta antiracista enquanto lucram 300 reais vendendo camisas, alem de nunca identificar e banir torcedores racistas dos estádios

 

Thiago Arrais

@thijmarrais18 Em resposta a @TNTSportsBR e @Crvg_rodriigo Deveriam ter ido la na CBF junto com Vasco e Bahia pedir a perda de pontos para clubes as quais a torcidas entoam cantos racistas ou homofobicos. Fazer camisa eh muito bonito, mas nao eh o suficiente!

 

Dêego (40/45)

@diieguela Mt louca, essa e a do Santa são absurdas de lindas @iamdegas

Uma das camisas mais lindas que vi em 2022

Dudu

@Dudu__SCCP Lutas de pessoas que sofrem preconceito virou um grande marketing para várias empresas… Que só fingem que são a favor, pra gerar mais dinheiro.

@titecon Em resposta a @TNTSportsBR Camisa linda, e a maioria dos comentários são atacando a atitude do clube. Se não faz nada, se fode, se faz leva crítica tbm!!! Aí é foda né rapaziada!!”

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Mais detalhes sobre a camisa e a campanha de conscientização no site do América:

“América apresenta uniforme em ação especial na luta contra o racismo”

Assinado pela Volt Sport, modelo faz referências a texturas afro

Na disputa pela classificação à Libertadores, o América lançou uma camisa especial em campanha contra a discriminação racial. Assinados pela Volt Sport, empresa de material esportivo nacional, os uniformes são pretos em alusão à causa. Batizada de “Consciência Negra Todo Dia”, a linha é lançada intencionalmente antes da data oficial do Dia da Consciência Negra, celebrada em 20 de novembro. O objetivo é que o tema seja lembrado diariamente, fazendo jus ao nome da campanha.

https://americafc.com.br/america-apresenta-uniforme-em-acao-especial-na-luta-contra-o-racismo?_gl=1*1hudh55*_ga*MTczNDYzMDIwMS4xNjY0MjgwMTUx*_ga_EDC8XWLVPC*MTY2NTQ4OTc4MC4zLjAuMTY2NTQ4OTc4MC4wLjAuMA


Está nas manchetes: “Máfia Azul é banida dos estádios…” Uai, já estava banida e continuou atuando?

Integrantes de torcida organizada do Cruzeiro correm em direção ao ônibus da torcida do Palmeiras — Foto: Redes Sociais/Reprodução

Está no O Tempo, de hoje: “Máfia Azul é banida dos estádios até 2024 após ‘novos eventos violentos’”

 Crimes violentos, com mortes, no mundo do futebol envolvendo pseudos-torcedores, normalmente ficam impunes e se repetem semanalmente em alguma parte do Brasil. O Ministério Público recomenda punições, a Justiça acata quase sempre, mas os fatos voltam a se repetir, especialmente envolvendo “organizadas” que utilizam os nomes dos maiores clubes do país. Raramente alguém é condenado, preso ou tem a cara mostrada ao público pela imprensa. E tudo fica por isso mesmo. Parece um jogo de faz de conta. Punir CNPJ não adianta. Enquanto pessoas físicas, ditas responsáveis por essas organizações não forem responsabilizadas, a barbárie vai continuar.

Vejam este caso, por exemplo. Essa torcida já estava “punida” com “banimento” dos estádios e entornos e terá este “banimento” renovado por causa da última confusão, semanas atrás, que ganhou grande destaque na imprensa nacional.  Ou seja: se estava “banida”, não deveria estar atuando, só que estava, na cara de todo mundo.

Como vivemos no paraíso da impunidade, pelo andar da carruagem, vai continuar do mesmo jeito, mesmo com essa nova ação do MP:

* “Máfia Azul é banida dos estádios até 2024 após ‘novos eventos violentos'”

Torcida organizada do Cruzeiro seguirá proibida de ir aos estádios nacionais e de ficar nos entornos nos dias de jogo, segundo o Ministério Público de Minas Gerais

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) aplicou mais uma suspensão à torcida organizada Máfia Azul por envolvimento em eventos violentos. A nova medida educativa passará a valer a partir de março de 2023, visto que já existe uma em vigor.

Segundo o órgão, a medida se dá diante de “novos eventos violentos”. Em 28 de setembro, uma briga generalizada entre as principais torcidas organizadas de Cruzeiro e Palmeiras – Máfia Azul e Mancha Verde – deixou feridos na BR-381. Os torcedores rivais se encontraram na BR-381, altura de Carmópolis de Minas. Doze pessoas ficaram feridas.

Diante da decisão do MPMG, a Máfia Azul seguirá banida dos estádios nacionais e dos entornos nos dias de jogo. “Além disso, foi determinado que a torcida organizada Máfia Azul permaneça proibida de, nos dias de jogos do Cruzeiro, utilizar suas sedes, sob pena no valor de R$ 50 mil”, diz trecho do comunicado.

O banimento temporário proíbe o uso, porte e exibição de qualquer vestimenta, faixa, bandeira, instrumento musical ou qualquer objeto que possa caracterizar a presença da torcida nos estádios ou no entorno deles.

Mais um banimento

Atualmente, a Máfia Azul está banida dos estádios e isso aconteceu após recorrentes episódios de violência. Uma das ações de truculência resultou na morte do torcedor Cruzeiro Rodrigo Marlon Caetano Andrade, de 25 anos, que foi baleado com um tiro no abdômen em briga com atleticanos em 6 de março.

A punição em vigor se estenderá até 15 de março de 2023, quando entrará em vigor a nova medida, que vai expirar em 2024. A Máfia Azul foi procurada, porém a reportagem não conseguiu localizar os responsáveis pela torcida organizada. O espaço segue aberto.

A reportagem também procurou a Polícia Militar (PM) questionando sobre as ações a serem realizadas para impedir a presença da torcida organizada o retornos é aguardado. A Federação Mineira de Futebol (FMF) informou que ainda não foi notificada.

https://www.otempo.com.br/cidades/mafia-azul-e-banida-dos-estadios-ate-2024-apos-novos-eventos-violentos-1.2748088


Atlético continua marcando passo e precisa repensar muita coisa para 2023

Fotos: twitter.com/Atletico

Mesmo com público de 34.718, renda de R$ 964.203,81, o Galo pisou na bola novamente, dentro de casa, e desperdiçou a oportunidade de dar passo importante para conseguir vaga direta na Libertadores.

A essa altura, importante é o futuro. Cuca fica ou vai embora? O ambiente é bom para ele? Consegue “tirar” alguma coisa a mais desse grupo? Ou é como ele disse ao largar o barco no fim do ano passado, que não conseguia?

O argentino Vojvoda já acertou com o Fortaleza que não renovará para 2023. Grande nome. Certamente tiraria mais desse grupo, caso fosse o treinador do Galo ano que vem.

Sobre o empate sem gols com o Ceará, no Mineirão, hoje, fico com as opiniões do Luiz F, comentarista aqui do blog e do Luciano Dias, da Band:

“Eu não entendo o que passa na cabeça do Cuca não, se continuar assim não vamos pra Libertadores! insiste em encher o meio campo, em casa, contra adversário que joga futebol de serie B, que não deu 1 chute no gol…. atacar com volante e meio campo pode jogar 300 minutos que só vai fazer gol na cagada.”

Luciano Dias @jornlucianodias

“Já são 12 rodadas estacionado na mesma posição. O Atlético simplesmente alugou a sétima colocação a não larga. Muito pouco pra uma equipe tão cara.”


No Rio, América impôs a única derrota aos cariocas na rodada das séries A e B

Marina Almeida/América. Flamengo, Botafogo e Vasco venceram seus jogos, só o Fluminense dançou, e em casa.

Como dizia o saudoso presidente Magnus Lívio de Carvalho, respeito e espaço na mídia se conquistam do jeito que o Coelho está fazendo neste Brasileiro e no anterior. Se impondo em Belo Horizonte e fora, como nesta vitória gigante sobre o Fluminense, do paparicado técnico Fernando Diniz, em pleno Maracanã, sem contestações.

@Brasileirao

“Marcou em cima, foi melhor e venceu! Não surpreende. O @AmericaMG faz um ótimo campeonato!”

E os palpiteiros globais se deram mal nas previsões desse jogo.


Acesso da Série B e rebaixados para a C, parecem definidos, mas vitória do Sport sobre o Cruzeiro anima a briga pela 4ª vaga

Cruzeiro, Grêmio, Bahia e Vasco. Tudo indica que estes serão os donos das quatro vagas na Série A do ano que vem, mas a vitória de 3 a 1 do Sport sobre o Cruzeiro animou o time pernambucano, que brigará com o Vasco pela última vaga.

Quatro grandes de volta à prateleira de cima e um, fora.

Pena ver o Náutico caindo para a Série C.

No início do campeonato, eu tinha o Timbu como candidato a uma das vagas do acesso.


Desperdiçou chances demais e valeu a frase do Muricy Ramalho para o América: a bola pune

Fotos: Mourão Panda/América

Antigamente a frase que exemplificava esta situação era: quem não faz leva. Aos 43, Everaldo errou um gol, de forma inacreditável. Aos 45 o São Paulo virou o jogo. Lamentável.

Um bom jogo, e o América pagou por desperdiçar tantas oportunidades. Parece que o time ficou encabulado com a camisa do São Paulo pela frente. Fez um primeiro tempo bem melhor que o tricolor paulista, mas no segundo, com as mexidas do Rogério Ceni, só deu São Paulo.

Antigamente a frase que exemplificava esta situação era: quem não faz leva. Aos 43, Everaldo errou um gol, de forma inacreditável. Aos 45 o São Paulo virou o jogo. Lamentável.

Um bom jogo, e o América pagou por desperdiçar tantas oportunidades. Parece que o time ficou encabulado com a camisa do São Paulo pela frente. Fez um primeiro tempo bem melhor que o tricolor paulista, mas no segundo, com as mexidas do Rogério Ceni, só deu São Paulo.

Foto: @SaoPauloFC

Aloisio abriu o placar aos 8, Calleri empatou aos 33 e aos 45 do segundo tempo, Alisson liquidou para o São Paulo.


Mineiramente, de olho na prateleira de cima de 2023, Pezzolano não poupa ninguém e já dispensa quem não vai ficar

Foto: @Cruzeiro

Não há dúvidas de que o grande acerto da diretoria do Ronaldo para o sucesso do Cruzeiro este ano foi  a contratação do técnico Paulo Pezzolano. Dentro e fora de campo ele conduziu o grupo com excelência, incutiu espírito vencedor nos jogadores e não admite que baixem a guarda nem em treinos. Mesmo com o objetivo atingido com muita antecedência na Série B, o time parte pra cima dos adversários com muita intensidade.

E devagar, sem nenhum alarde, já molda o elenco para o retorno à Série A. Como o acesso da imprensa aos treinos é muito restrito, pouca gente nota que vários jogadores já estão descartados, porque foram testados durante o atual campeonato e não se mostraram em condições de jogar  uma Série A.

Em texto da redação, hoje, o Superesportes faz observações interessantes: “… O zagueiro Wagner, o meio-campista Fernando Canesin e o atacante Waguininho, portanto, não estão mais nos planos. O trio não é relacionado para as partidas do Cruzeiro há algum tempo, ainda que participem das atividades normalmente na Toca da Raposa II.

Já os meio-campistas Pablo Siles e Pedro Castro, por exemplo, estão sempre relacionados para os jogos, mas atuam pouco sob o comando de Paulo Pezzolano. A dupla também tem futuro incerto no Cruzeiro…”

Foto: Gustavo Aleixo/twitter.com/papapezzolano

Sobre o futuro, é claro que o treinador já apresentou uma lista de possíveis contratações à diretoria, mas obviamente não pode torná-la pública. Trecho da coletiva do Pezzolano depois do empate com o Ituano, mostra isso nas entrelinhas: “Pelo que eu sou, acho que não vou conseguir fazer testes. Não vamos ver muito. Eu vejo os jogadores todos os dias. Não se vai ver muitos jogadores que não vinham jogando. Não se vai ver isso. Vai jogar quem estiver melhor em todos os sentidos”.

Ou seja, vai observar muito, até o último jogo, para ter certeza de quem deve ficar e quem deve ser colocado numa barca para procurar outros rumos ano que vem.

A ala “filosófica” da imprensa está exaltando um outro trecho da fala do comandante cruzeirense, quando ele alega “ética esportiva” para não poupar ninguém: “Para mim, a lealdade esportiva, a ética no futebol, é o mais importante. Muitas equipes estão jogando pelo acesso, muitas equipes estão lutando contra o rebaixamento. Eu não posso estar testando contra equipes que estão jogando muito ou contra outra equipe que está esperando o resultado desta equipe, e o Cruzeiro jogando com suplentes, com base. Isso não vou fazer”.

Na linguagem real do futebol, é o famoso “me engana que eu gosto”. Na hora do “vamos ver”, especialmente na Série A, se faz qualquer coisa. Se precisar escalar até time junior para atender aos seus próprios objetivos ou derrubar um “inimigo”, seja por rivalidade ou para evitar um adversário mais complicado na sequência de uma competição “mata-mata”. Ética no futebol é conversa para boi dormir.

Mas o Pezzolano está certíssimo em seu discurso. Como se diz nos “grotões” de Minas e do Brasil (alô Fernando Rocha, de Ipatinga), não se pega galinha gritando “xô”!


Vitória do Galo em Santos, para acabar com a urucubaca. Everson e Nacho, os nomes do jogo

O Santos foi o que o Atlético vinha sendo nos últimos jogos: desperdiçou oportunidades absurdas, principalmente no primeiro tempo, deixou o adversário equilibrar no segundo e tomou gol fatal quando tudo indicava a partida terminaria empatada.

No  primeiro tempo, defesa desarrumada, meio de campo marcando pouco e criando menos ainda. Everson fez pelo menos três defesas espetaculares. Cuca tirou Ademir e colocou Nacho, que arrumou o meio de campo e chamou o jogo para ele.

Hulk abriu o placar aos 26, Marcos Leonardo empatou, de pênalti (cometido bobamente pelo Jr. Alonso), aos 42 e Nacho, fez o gol da vitória aos 47 minutos, em pênalti mal cobrado, defendido parcialmente pelo goleiro.