Ouvi o Milton Naves falando no Rádio Esportes, da Itatiaia, que o Luiz Ceará, repórter da Band, tinha chamado o presidente do Cruzeiro, Dr. Gilvan, de “banana”.
Não duvidei porque tratava-se do Milton Naves, e fui lá no blog do Ceará conferir.
Lamentável a frase dele, que desrespeita uma pessoa séria e que está defendendo os interesses do clube que preside.
Aí fui ao blog do Cosme Rimoli, também, paulista, porém, jornalista bem informado e que respeita as pessoas, até quando critica de forma mais dura.
Confira como os dois tratam este assunto Montillo:
* Luiz Ceará:
“… Montillo pode ser do timão? Deve. Porque? Porque tem 27 anos e pode levar uma bala de um milhão e oitocentos mil euros de luvas, mais um salário de 500 mil reais por mês. E o Cruzeiro que levaria mais oito milhões e quinhentos mil euros, vinte milhões de reais, está fazendo doce.
O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares é um banana.”
* http://luizceara.blogosfera.uol.com.br/2012/01/10/messi-montillo-e-o-banana-do-gilvan/
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Cosme Rimoli:
* “A opinião de Gilvan de Pinho Tavares muda a cada amanhecer.
Depende da reação das pessoas que o cercam no Cruzeiro.
É o preço da inexperiência.
Ele sabe que o Corinthians não seguiu o caminho ético em relação a Montillo.
A relação íntima entre Andres Sanchez e Zezé Perrella abriu essa brecha.
Quando o time mineiro despencava no Brasileiro, Andres viu a chance de buscar o meia.
Sabia que o Cruzeiro fora da Libertadores seria excelente para ver facilitada a saída do argentino.
O assédio corintiano ao meia não foi permitido pela equipe mineira.
Foi amarrado junto ao empresário do camisa 10, Sergio Irigoitia.
Até os garçons da lanchonete do Corinthians sabem que Montillo recebe R$ 150 mil no Cruzeiro.
A primeira proposta para o empresário foi um aumento para R$ 250 mil.
E mais um milhão de euros como luvas.
Andres nunca levou a sério a multa rescisória de 15 milhões de euros.
Tinha certeza que contrataria o jogador por 8 milhões de euros.
No máximo, nove.
Irigoitia já estava empolgado em outubro com a possibilidade da saída do seu jogador.
Até porque acredita que errou ao firmar o contrato de Montillo até 2015.
Percebeu que poderia ganhar muito mais dinheiro e projeção em São Paulo.
Ele tem a convicção que a mídia do Corinthians levará o seu jogador à Seleção Argentina.
Se Zezé continuasse na Toca da Raposa, tudo já estaria fechado.
Acontece que Gilvan assumiu.
Agradeceu aos céus a sobrevivência do Cruzeiro na Série A.
Por inexperiência não quis antecipar a renovação de contrato de Fabrício, assim que eleito.
E o viu ir para o São Paulo.
A reação dos seus companheiros de diretoria foi de decepção.
Tudo ficou ainda pior ao confirmar Vagner Mancini como treinador.
Gilvan pensou em economizar e na conquista da Copa do Brasil que ele conseguiu com o pequeno Paulista de Jundiaí.
Outra reação negativa de grande parte da torcida e conselheiros.
A falta de ambição do novo presidente cruzeirense tem se tornado a sua marca registrada.
Foi quando estourou o caso Montillo.
Gilvan quis mostrar força.
Com vasta experiência no departamento jurídico do clube, quando era sombra de Zezé, pensou como um burocrata.
Se no contrato a multa é de 15 milhões de euros, o Cruzeiro só libera o jogador por 15 milhões de euros.
Estufou o peito deu entrevista, esperava ser aplaudido pelos seus companheiros de diretoria.
Mas não foi assim.
Vários conselheiros o procuraram dizendo que jogador descontente sabota o elenco.
Ainda mais com treinador liberal demais como Vagner Mancini.
Enquanto isso, a direção corintiana resolveu bater pesado.
Ofereceu R$ 500 mil mensais a Montillo.
E mais dois milhões de euros ao jogador.
Seu empresário ficou enlouquecido.
Falou com o meia, soltou comunicado, implorou à direção cruzeirense a liberação.
Gilvan ficou desconsertado com a proposta do time paulista.
Aí começou a mudar seu discurso de hora em hora.
Primeiro disse que não vai liberá-lo de jeito nenhum e que cumpra o seu contrato.
Depois avisou que seguiria o caminho do Santos em relação a Neymar e buscaria patrocinadores para pagar o salário do atleta.
Quando acordou e viu que o Cruzeiro vai disputar o lamentável Campeonato Mineiro e a Copa do Brasil, percebeu que não haveria patrocinadores.
Agora voltou a dizer que não vai dar um tostão de aumento ao seu jogador.
O Corinthians não agiu com ética ao fechar contrato com Montillo antes de falar com o Cruzeiro.
Nenhuma.
Infelizmente, essa é a prática normal no futebol brasileiro.
Gilvan tem todo o direito de manter o jogador que tem contrato até 2015.
O documento está registrado na CBF não há o que o meia fazer.
Tudo isso na teoria.
O inexperiente presidente do Cruzeiro já está descobrindo que a teoria na prática é bem diferente.
Principalmente quando o atleta sabe que se vê obrigado a virar as costas para a melhor proposta de sua vida.
Montillo terá de provar em todos os jogos daqui para a frente que está satisfeito no Cruzeiro.
Qualquer partida que for mal, abrirá espaço a ilações.
Além disso, os membros da diretoria ajudam Gilvan a enlouquecer.
Eles souberam que o Corinthians pode chegar a 10 milhões de euros.
O empresário de Montillo lembra a jornalistas que Conca foi vendido por 7 milhões de euros para a China.
Insiste que a proposta corintiana ao time mineiro é irreal.
Dirigentes que assessoram Gilvan já defendem a venda por este valor.
Zezé Perrella também disse que seria melhor para o Cruzeiro vender e aproveitar o dinheiro.
Gilvan não sabe que rumo tomar.
A direção corintiana jura que não chegará aos 15 milhões de euros.
O empresário não se responsabiliza pela decepção de Montillo.
A torcida cruzeirense não quer a saída do jogador.
Mas avisa que vai cobrá-lo em todas as partidas.
Gilvan deve ter muita saudade de quando era apenas a sombra de Zezé Perrella…”
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