Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

E o caos aéreo não se concretizou!

Diz Millor Fernandes que “jornalismo é oposição; o resto é armazém de secos e molhados”.

E realmente jornalista que vive de jornalismo tem este perfil: reclama de tudo, xinga tudo, vê problema em tudo.

Mas não pode fugir da verdade e de vez em quando tem que fazer um elogio, mesmo a quem raramente merece; quando merece.

Estou em Foz do Iguaçu-PR, onde cheguei no horário do almoço e a temperatura está na casa dos quase 40 graus; sol de murchar folha de zinco.

Daqui vou, amanhã, para Cascavel, a mais ou menos 140 Km, para o casamento do meu sobrinho André com a paranaense Magna.

Pelas notícias do fim do ano passado, pensei que fosse pegar rabo de foguete nos aeroportos neste início de 2012. Eram só previsões catastróficas, de greve de aeroviários, de aeronautas e coisas tais.

Pois a viagem foi tranqüila, dentro do horário, com aqueles atrasos normais de conexões que não chegam a incomodar.

O Aeroporto de Confins, mesmo com obras pra todo lado, sem problemas; o Galeão, no Rio, tranqüilo, apesar de gente demais viajando para tudo quanto é lado.

Nem parecia que estava no Brasil!

Viajei de Webjet, cia. que facilitou o check-in, com máquinas ágeis que evitam filas. Voos agradáveis, com aquela ressalva: os assentos cada vez mais próximos uns dos outros e cadeiras que não recostam. Lata de sardinha pura.

Quem é gordo ou tem mais de 1,80 de altura está ferrado.

E não é dizer que a Webjet faz isso com seus aviões porque sua passagem custa mais barato: ela cobra preços mais justos que os da TAM e Gol, que vendem os bilhetes domésticos mais caros da aviação mundial e o governo permite.

Se a D. Dilma abrisse o mercado totalmente, inclusive para as cias. internacionais operarem no país, teríamos preços honestos.

O governo criou a tal de Anac, mas trata-se de mais uma agência vagabunda que só serve para empregar políticos aliados derrotados nas eleições e seus apaniguados.

Eta ferro!

Tomara que a Webjet pelo menos continue com preços razoáveis, apesar de ter sido adquirida pela Gol.

Ela cobra tudo no vôo, de água a cafezinho, porém, preços normais, inclusive muito mais baratos que na Arena do Jacaré, por exemplo, e certamente que no Independência, daqui umas semanas.

A Azul começou com preços baixinhos, mas foi só abocanhar uma fatia dos usuários que eram das concorrentes e já jogou lá pra cima também.

Vamos falando.

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Corinthians quer dinheiro da torcida para contratar

O Atlético fez isso quando o Paulo Curi era presidente, na operação que ficou conhecida como “Fica Ronaldo”, um bom zagueiro.

Rendeu um dinheirão, mas o johador acabou indo para Portugal.

Agora o Corinthians pode repetir a fórmula:

Está na Folha de S. Paulo:

* Clube aceita ter Cristian via operação com torcida

Ideia de agente é fazer vaquinha pela internet

A volta do volante Cristian, 28, ao Corinthians pode ser bancada em parte por recursos dos torcedores do time. Uma empresa recém-criada espera arrecadar dinheiro por meio de “crowdfunding” -literalmente “financiamento da multidão”. Na prática, uma vaquinha. O jogador está no Fenerbahce, da Turquia, desde 2009 e seu contrato termina em 2013. Para liberá-lo, o clube turco exige € 6 milhões (R$ 14,5 milhões). A Folha revelou ontem que há uma negociação em curso entre Corinthians e Fenerbahce para repatriar Cristian. O clube paulista está disposto a pagar a maior parte desse valor, porém autorizou a empresa MOP (sigla para My Own Player, “meu próprio jogador”) a captar recursos entre torcedores. O site da empresa está no nome do agente André Barros. Além dos direitos do atleta, o valor arrecadado terá que bancar a comissão do negócio e outras despesas, como divulgação. Ontem, vídeo do volante com mensagem à torcida corintiana apareceu na internet. Nele, Cristian diz: “Estou pedindo sua ajuda. […] Está na sua mão decidir se volto ou não”. Carlos Leite, agente do jogador, disse que “só o Corinthians poderia falar sobre o assunto”. O clube informou apenas que autorizou a captação. Tite aprovou o reforço. Contatada, a empresa não deu detalhes da operação.

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E o Galo hein!? Só volta das férias semana que vem!

Perguntar não ofende: 

O que fizeram os jogadores do Atlético para merecer cinco dias a mais

de férias?

Enquanto todos os clubes retornaram ontem, hoje e até antes, os atleticanos

só voltarão segunda-feira.

Nada justifica essa atitude, que certamente

foi compartilhada entre a comissão técnica e diretoria.

Até o Santos voltou aos treinos hoje, obviamente, sem os jogadores

que foram ao Japão para a final do Mundial Interclubes.

——————————————- 

Chafith Felipe, sobre quem falei no blog ontem e na coluna do Super, hoje, escreveu-me: 

“Prezado Amigo Chico, 

Obrigado pela força e divulgação do futebol de base de Minas Gerais.

Felizmente temos excelentes profissionais na base e nos principais clubes mineiros. O que falta é a aproximação do departamento da base com o departamento de futebol profissional dos clubes, o que leva a perdemos muitos atletas de qualidade. Parabéns pela sua coluna, e que 2012 seja repleto de grandes realizações..que o sucesso seja constante para você e toda sua familia.

Um grande abraço,

Chafith Felipe”

————————————————— 

E eu respondi: 

Caro Chafith,

dói ver tantos curiosos mandando em nosso futebol e gente

da sua competência e correção à margem do processo.

Grande abraço e feliz 2012

Chico Maia


Fernando Rocha não escreve mais para o Jornal do Vale do Aço

Depois de 13 anos Fernando Rocha, grande profissional da imprensa mineira, deixou o Jornal do Vale do Aço, onde tinha uma coluna de enorme prestígio em toda a região.

Tomara que não prive aos leitores por muito tempo e volte logo ao próprio JVA ou a algum outro jornal.

Em sua despedida, sábado, escreveu o seguinte: 

“EM TEMPO:

Quero agradecer a vocês leitores, aos nossos apoiadores, que permitiram este 13º ano de convívio diário aqui no JORNAL VALE DO AÇO…

·         Esta é a minha última coluna do ano e também a última no JVA. O mestre Armando Nogueira nos deixou um ensinamento: “Sua coluna é sua poupança; sua aposentadoria. Vida de chefe, por melhor que você seja, tem sempre prazo de validade, a de colunista, não”. Decidí dar um tempo, cuidar da saúde, descansar um pouco, mas sem jogar a toalha. Um dia, quem sabe, voltaremos. Um boa virada de ano para todos e muito juízo rapaziada, pois a vida é uma só. E não tem replay.”


Mais belezas de Sete Lagoas

Sete Lagoas não tem só belezas da natureza e esta mensagem de fim de ano do jornal Sete Dias e da coluna Contemporâneo, do Breno Guiscem, na última edição de 2011, mostra bem isso.montagem jornal

O nosso agradecimento a todas elas!


Mudanças importantes e positivas na programação esportiva da Rádio Itatiaia

Sob coordenação da Úrsula Nogueira, que está mostrando a competência das mulheres também em um setor tradicionalmente dominado pelos homens: o comando de uma equipe de esportes, ainda mais de uma Itatiaia, a maior e o mais longo domínio de audiência de uma rádio no Brasil.

Depois de efetivar os jovens Fabrício Calazans e Cadu Doné, que pouco a pouco vão ganhando espaço na emissora, ela deslocou o Bruno Azevedo, depois de sete anos cobrindo o América, para a condição de repórter volante (que substitui os setoristas dos clubes em suas folgas e participa de todas as principais transmissões) e substituirá os titulares na apresentação dos principais programas da casa.

Emerson Romano passa a ser o setorista do América, além da presença nas principais transmissões da emissora.

Os dois profissionais ficaram muito satisfeitos com as mudanças, e o público está se manifestando no próprio site da Itatiaia, onde as mudanças foram informadas.

Vale um registro importante: Bruno Azevedo valorizou a cobertura do América e mostrou o quanto um profissional se valoriza também ao ser correto e dedicado.

O Coelho atravessou os piores momentos da sua história durante este período, mas deu a volta por cima e voltou à primeira divisão do futebol brasileiro, além de aumentar o seu patrimônio físico, como o estádio Independência.

A notícia completa das mudanças na Itatiaia foram publicadas no site da emissora.

Confira:

* “No mês dos 60 anos de fundação, a Itatiaia apresenta mudanças na equipe de esportes”

Emerson Romano substitui Bruno Azevedo na cobertura diária do América.

Fonte: Rádio Itatiaia

No mês em que completa 60 anos de fundação, a Rádio Itatiaia não para de crescer e se renovar. Dando continuidade a um processo constante e, na maioria das vezes, silencioso, a reformulação agora chega ao Departamento de Esportes. 

ITATIAIA
Entendendo que mudanças são necessárias e após muitas reuniões, comunicamos que, a partir do dia 11 de janeiro, o repórter Emerson Romano assume a cobertura do América Futebol Clube. 

Emerson Romano chegou há 10 anos à Itatiaia e, desde então passou por várias funções. Apresentou o programa “Tiro de Meta” por quatro anos, cobriu dois Jogos Pan-Americanos, duas Olimpíadas e folgas dos setoristas de Atlético, Cruzeiro e América também. Além disso, ele esteve presente no sorteio para o jogos da Copa do Mundo da África do Sul, em 2009, na Cidade do Cabo. 

Identificado com o esporte especializado, Romano chega ao América para nos ajudar a dar continuidade à cobertura do repórter Bruno Azevedo, que lá permaneceu por quase sete anos.

Bruno viveu de tudo no América. Do fundo do poço à reconstrução recente e ao resgate de sua história quase centenária. Tudo registrado ao longo dos anos no microfone da Itatiaia. “Acredita América”, foi seu bordão.

Com mais de treze anos de casa, Bruno Azevedo começou na Itatiaia em 1998, quando a empresa se preparava para entrar na era da informática. Os primeiros noticiários saíam na máquina de escrever. Foi folguista de Cruzeiro e Atlético, esteve em 2005 na Copa das Confederações da Alemanha, em 2011 na Copa América da Argentina, entre outros eventos.

Agora, Bruno Azevedo vai nos ajudar a dar uma nova identidade aos programas esportivos. Um novo perfil na ausência de seus titulares. Além disso, ele será presença fixa nas transmissões dos jogos de Atlético, Cruzeiro e América. Também vai produzir matérias especiais.

Para os repórteres Bruno Azevedo e Emerson Romano, mais uma jornada se inicia, a Itatiaia deseja boa sorte aos atletas do primeiro time do rádio. Na certeza de mais um gol em nosso placar, bola pra frente.

Você gostou? 29% 71%

* http://www.itatiaia.com.br/site/noticias/noticia/6274


Devagar com o andor!

* Continua a “Barcelonomania” que invadiu o Brasil depois da goleada de Messi e Cia. sobre o Santos, no Japão. Parece que foi a primeira vez que os brasileiros viram o time catalão jogar.

O Fluminense comemora que tenha conseguido um estágio para o seu vice-presidente, Sandro Lima, que ficará lá uns dias acompanhando a administração do presidente Sandro Rossel. E alardeia o fato de que só conseguiu isso porque o Deco, seu atual jogador, e futuro dirigente, jogou quatro anos pelo Barça e ficou amigo do presidente.

Certamente a cartolagem do clube carioca não sabe que o senhor Rossel é uma figura super acessível, sem frescuras e vaidade exacerbada, que caracterizam a maioria dos dirigentes brasileiros. E que durante a Copa América, na Argentina em 2010, era igual a arroz de festa, fácil nos treinos e jogos da seleção brasileira.

Em Belo Horizonte há um grande amigo dele, o uruguaio Francisco Tomaz, dono do restaurante Parrilla do Mercado, presença constante no camarote do Camp Nou, sempre a convite do comandante do Barça.

O Cruzeiro fala em mandar um diretor para também fazer um estágio nas categorias de base do Barcelona. Todo novo conhecimento é positivo, mas ninguém aqui pode esquecer que o próprio Cruzeiro tem um trabalho de base exemplar, iniciado nos anos 1960, modernizado nos anos 1980 pelo Chafit Felipe, criador da Taça BH de juniores. O problema é o destino que se dá aos jogadores formados na base: não têm as devidas chances no time principal ou são vendidos precoce e misteriosamente ao exterior, como o Maxwell, campeão mundial sobre o Santos, pelo próprio Barcelona. Era do Cruzeiro, vendido ao Ajax da Holanda, ainda juvenil.

Dívidas

Para manter times de ponta no mundo, como o Barcelona é preciso ter também muito dinheiro e semana passada as agências internacionais informaram alguns números da vida financeira do Barça que fazem lembrar os clubes brasileiros: déficit de 9 milhões de euros em 2011; dívidas acumuladas de 369 milhões de euros; acabou com o time de beisebol, que tinha 80 anos; reduziu os gastos de outros 12 esportes. Foi obrigado a, finalmente, quebrar uma tradição desde a fundação do clube e vender patrocínio em sua camisa de jogos. Depois de 112 anos de história, o clube, desde o ano passado, ostenta a propaganda da Fundação Qatar em sua camisa, recebendo 171 milhões de euros.

Para ajudar nas despesas, vai cobrar 5 euros para os não sócios que quiserem assistir ao  treino de amanhã, dia 5, no Miniestadi, ao lado do Camp Nou.

Notícias de lá 

Graças à internet temos leitores em todas as partes do mundo. Recebi e-mail do mineiro Mendel Katri, que mora em Israel e pedi a ele que enviasse informações sobre a visão que os israelenses têm de nós e do Brasil. Ele escreveu: “O Brasil é adorado aqui em Israel, futebol, músicas, praias, Foz do Iguaçu, samba… Várias vezes já me ‘dei bem’ por falar ‘sou brasileiro’. Aqui as pessoas também gostam de futebol…” Jogadores ‘mineiros’ que estiveram por aqui são Fabio Junior, Gabriel (zagueiro do América), Marcos Paulo (volante ex-América e Cruzeiro), Rômulo, ex-Cruzeiro, e se não me engano o Renato volante do Galo revelado em 2004 e vendido a Traffic em 2005. Inclusive a maior venda do futebol israelense foi um atacante brasileiro para o Red Bul da Áustria se não me engano por 4 milhões de €.

O problema é que a Liga daqui não é boa; não tem o investimento de bilionários como na Rússia, mundo Árabe, China ou Japão, que mesmo não sendo países de tradição no futebol tem uma Liga razoável, e com jogadores conhecidos; o que faz que todos tenham um time europeu: Barcelona, Real e Milan são os mais escolhidos.

Todos falam ‘em 2014 vou pro Brasil’, mas aqui a grande maioria só conhece RJ e SP, e do mesmo jeito que em BH me perguntam: não é perigoso Israel?; aqui falam ‘não é perigoso o Brasil?’; eles sabem das favelas e do tráfico de drogas; ‘Cidade de Deus’ e Tropa de Elite. E do mesmo jeito que falo em BH, que aqui é tranquilo, que em TODAS as cidades se anda de noite sem problemas; que eu pego carona em ruas ou estradas, que as pessoas dão carona sem problemas. Falo aqui que as cidades não são as favelas, que não são todas as favelas que o tráfico comanda…

* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no Super Notícia, nas bancas!


Democrata Jacaré abre inscrições para testes. Nascidos em 1992/93 e 94

O diretor do Democrata de Sete Lagoas, Renato Paiva, feliz da vida, enviou e-mail dizendo que a notícia da “peneirada” que o Jacaré fará na semana que vem saiu no Super Notícia, e que o Luiz Fernando, gerente do clube, que recebe as inscrições está empolgado porque “o telefone não para de tocar”

É isso aí!

O Jacaré começa a ressuscitar.

E se em termos nacionais, quando não sai na Globo, pouca gente fica sabendo, em Minas, quem desempenha este papel são a Rádio Itatiaia e o Super.

Eis a notícia, e se você tem um futuro craque em casa, ou conhece quem tenha, faça a inscrição dele.

O diretor de futebol do Democrata é o ex-zagueiro João Carlos, formado pelo próprio clube, que fez sucesso posteriormente no Cruzeiro, Corinthians, seleção brasileira e no Japão. 

JOAOFoto: Jornal SETE DIAS

* “Democrata de Sete Lagoas fará peneirada de atletas”

O Democrata de Sete Lagoas está com inscrições abertas para a peneirada de atletas nascidos em 1992, 1993 e 1994. A seleção começa às 9h da próxima segunda-feira e continua até o dia 13 deste mês. Anteriormente marcada para o campo do Eldorado, a seleção de jogadores será feita no campo do Parque Náutico da Lagoa da Boa Vista.

As inscrições serão feitas por e-mail (contato@democratajacaré.com.br) ou pelo telefone (31) 3774-8943. O atleta deverá informar nome completo, data de nascimento, telefone para contato e posição. No dia da peneira, os inscritos deverão levar chuteira, camisa, calção e meião, pois será fornecido apenas o colete.

Comandado pelo diretor de futebol do clube, João Carlos, ex-jogador de Cruzeiro, Corinthians e seleção brasileira, e pelo treinador da categoria júnior, João Paulo, o Jacaré espera descobrir novos talentos e fortalecer seu elenco na disputa do Campeonato Mineiro da categoria, que se inicia em fevereiro.

* http://www.otempo.com.br/supernoticia/noticias/?IdNoticia=66406,SUP&busca=Democrata&pagina=1

E por falar em Super, tem essa do Duke, hoje:

DUKE

Boa demais da conta!


Só agora tomei conhecimento da morte do Carlos Valadares

Como ele dizia: “Ora, Ora, Ora…”

Só agora há pouco tomei conhecimento da morte do Carlos Valadares, um dos nomes importantes da história do rádio e TV de Minas e do Brasil.

Vi o Rogério Correa prestando homenagem a ele no Redação Sportv, e agora li uma emocionante crônica do Flávio Anselmo, falando dele e contando ótimas histórias.

Valadares me chamava de “mala” e eu sempre retrucava que a “mala” era ele.

Sempre bem humorado, mas de posições firmes, foi um grande amigo de todos os seus amigos, que são incontáveis.

CARLOSVALADARES

Gozador de primeira, aprontou um trote pra cima do Vilibaldo Alves, que lhe valeu uns meses de geladeira por parte do também saudoso locutor, que demorou perdoá-lo da sacanagem.

O trote seria para mim, recém chegando à imprensa de Belo Horizonte, com 18 anos.

Eu estava com o Vilibaldo em Salvador-BA, Hotel Ondina Palace, para a transmissão de um Bahia x Atlético, na Fonte Nova, pela Rádio Capital.

Sábado à tarde, tocou o telefone no apartamento, o Vili atendeu. Do outro lado um baiano com sotaque do interior nordestino queria falar com o repórter para que ele fizesse um boletim com as notícias do Atlético, para a Rádio Feirense, de Feira de Santana.

Vilibaldo perguntou se “tinha cachê”, e diante da resposta positiva, disse que ele mesmo poderia gravar o boletim, já que o repórter estava fora do apartamento. E eu lá, assistindo a conversa.

O “baiano” com sotaque acentuado concordou e pediu então que ele mencionasse o nome do patrocinador: “Macarrão Garfo de Ouro”.

O cachê seria pago em dinheiro, no dia seguinte, antes do jogo, na cabine do estádio.

Vilibaldo iniciou o boletim: “Em nome do Macarrão Garfo de Ouro…”

e lá se foram 10 minutos de falatório sobre o Galo.

Enquanto ele falava, chegou o Carlos Valadares, que era na época da Rede Globo, e estava num apartamento ao lado do nosso.

Disse a ele o que estava acontecendo; ele esboçou um sorriso maroto e disse:

__ Se não tivesse cachê você é que teria dançado!

Não entendi o que ele quis dizer.

Terminado o boletim, o Vilibaldo tentou falar com o “baiano” ao telefone e “tum… tum… tum…”, ninguém na linha.

Ficou apreensivo, quando se deu conta que nem tinha anotado o número da “rádio” para a qual ele estava falando, e que poderia estar levando um calote, ou pior: um trote.

No dia seguinte, na Fonte Nova, o Vilibaldo quase teve um infarto quando os colegas de várias rádios baianas disseram que nunca ouviram falar em nenhuma “Rádio Feirense” e muito menos em qualquer “Macarrão Garfo de Ouro”.

Numa cabine ao lado, diante do nervosismo do Vilibaldo, Valadares foi solidário a ele e ainda fez discurso contra essa “molecagem” que “ainda fazem conosco”.

Mas ele não resistiu e contou a alguns colegas que tinha sido o autor do trote e a história chegou, meses depois ao Vilibaldo, que passou a nem cumprimenta-lo, durante uns meses.

Porém, alguém lembrou ao Vilibaldo que ele mesmo era um dos maiores passadores de trote do rádio brasileiro; não perdoava ninguém.

Aí ele entrou no clima e voltaram a ser amigos como antes.

Que o Valadares descanse em paz.

Veja o texto do Flávio Anselmo:

* “POPÓ FOI EMBORA PRIMEIRO.

SACANAGEM”

Flávio Anselmo 

NOS MEADOS DOS ANOS 90, recebi convite pra deixar a Band MG onde estava desde 82 e levar o Minas Esportes pra Manchete.

O Carlos Valadares havia recebido convite da mesma emissora como narrador nacional. Conversamos aqui e decidimos montar uma sociedade.

Chamei a turma da Band, mas ninguém topou, apesar de a maioria ter ido pra lá pelas minhas mãos. Paciência.

Começamos nova turma, com Odilon Amaral, Flavinho, Afonso Alberto, Alberto Decat, e Orlando Augusto. Valadares apresentava e eu comentava. A rapaziada fazia noticiário ao vivo.
Ficamos poucos meses na Manchete que estava em crise financeira. Que não nos atingia, mas atingia a parte técnica com constantes greves. Foi tempo suficiente entretanto pra gente agitar a mesmice da época. Promovemos o Verão Vivo na orla da lagoa em Lagoa Santa, de onde transmitíamos eventos quase ao vivo.

Como era isso.

Uma equipe de motoqueiros à nossa disposição, levava e trazia as fitas. Botamos umas 15 mil pessoas por dia na beira da lagoa.
Os problemas se avolumaram e decidimos mudar: aceitamos a proposta da Record que iniciava suas atividades em Minas. Uma enorme aventura. Não tinha público, e imagem ruim na Capital.

Aos poucos, como fiz na Band, viajando pelo interior, por recomendação dos diretores da época, coloquei a imagem da Record em várias repetidoras municipais.

Brigamos na Justiça com os bispos e ganhamos. Queriam nos tirar do ar pra botar um pastor. Não respeitaram o contrato vigente. Através de liminar ficamos no ar mais seis meses e aí fizemos acordo com eles. Durou uns cinco anos e então cresceram os olhos e eu decidi pular fora. Valadares, diante disso, saiu também.

Nossa amizade cresceu mais ainda. Tempos depois ficamos um anos no ar no canal comunitário 13.

Aí desistimos de vez dessas empreitadas. Tentamos entrar na Internet.

Valadares montou um site com rádio, tevê e jornal.

Mas em Lagoa Santa e mudou-se pra la. Eu tinha minha casa em Lagoa, no Condomínio Condados – ainda tenho – mas nenhuma disposição de mudar.

Passei a colaborar para o jornal do Valadares e até cheguei a fazer alguns jogos com  ele pela sua rádio FM.
Entre nós, nos chamávamos de Popó e Palmerindo. Personagens do Chico City.  Gozações do tipo: ” você se esqueceu da coluna, ô Palmerindo” – que era eu. E eu respondia, gozando tb: “esqueci nada Popó, já mandei. Vc é que não sabe mexer com internet. Chame o Franklin, que é cobra no assunto.”
Quem chega ao  Ipatingão, na entrada principal, encontra a placa alusiva a primeira transmissão ao vivo daquele estádio. Fizemos nós, pela Record, a decisão de uma Taça Belo Horizonte que acompanhamos do princípio ao fim.

Sempre com um jogo ao vivo.

Criamos na Record também a Copa Futebol Dente de Leite, transmitida do Independência por quatro anos, revelando jovens talentos.

Vários estão por aí nos profissionais.
Otrodia, liguei pra sua esposa Maria José atrás de informações, porque o celular dele não atendia. Ela me revelou que a situação estava gravíssima.

Há 60 ele estava internado no Hospital Madre Tereza. Dias antes eu havia falado com ele. Em razão dos problemas que tive há dois anos, com infecção hospitalar, tenho evitado – e ainda tenho trauma – de visitar hospitais. Além do que peguei uma gripe que me acompanhou por vários dias e sabia que minha visita causaria problema.

Entreguei pra Deus e fiz como Valadares sempre fazia: rezei pra São Judas Tadeu por sua recuperação.
Como faço todos os anos nesse período entrei de férias totais. 

Quem me deu a notícia foi o Orlando Augusto, lá de Natal-RN. “Perdemos o nosso Bocão, Flávio”.

Não levei aquele choque da surpresa, porque esperava por essa infausta notícia. Maria José me preparara antes.

No Jogada de Classe mandamos um abraço pra ele, sabendo que não o receberia porque já estava entubado.
Os mais novos, não aqueles da geração de Odilon Amaral e Flávio Junior, e outros que minha memória falha não me permite lembrar quais, sabem o que representa uma perda como essa.

Seus amigos estão desolados e são vários, dentre eles eu me incluo.
Mais um que sobe fora do combinado, conforme a vontade D’Ele. O time é enorme.
Que Deus olhe pelo nosso Bocão, apelido que  lhe deu Osvaldo Faria, na Itatiaia, e pelo meu particular amigo Popó.

Nas minhas lembranças, Luiz Carlos Valadares, eu não deixarei nunca de reclamar dessa sua caduquice de partir primeiro, mais novo do que eu. Apenas com 63 anos.

E quantos projetos, certamente, se a saúde nos permitisse, haveríamos de fazer juntos? Vá pelas mãos de São Judas, amigo

Flavio Anselmo
Blog: flavioanselmodepeitoaberto.blogspot.com
twitter: @fganselmo


Nem tudo é mar de rosas no Barcelona: déficit de 9 milhões de euros em 2011

Vai até cobrar para torcida assistir treino.

Das agências internacionais:

* Barcelona registra déficit de 9 milhões de euros em 2011

O Barcelona já havia assinado o primeiro contrato de patrocínio da camisa em seus 112 anos de história. A Fundação Qatar paga 171 milhões de euros para ter o seu nome estampado na camisa dos jogadores.

Madrid – Apesar da conquista dos títulos espanhol, europeu e mundial em 2011, nem tudo é festa para o Barcelona. Com dívidas de 369 milhões de euros e tendo terminado o ano com déficit de 9 milhões de euros, a equipe decidiu cobrar ingressos para o treino do dia 5 de janeiro, no Miniestadi, ao lado do Camp Nou.

Mas os associados vão poder entrar sem pagar, além de levar três convidados. Para equilibrar as finanças do clube, o presidente Sandro Rosell vai cobrar cinco euros para quem quiser assistir ao treino de Messi, Xavi e Iniesta.

O Barcelona já havia assinado o primeiro contrato de patrocínio da camisa em seus 112 anos de história. A Fundação Qatar paga 171 milhões de euros para ter o seu nome estampado na camisa dos jogadores.

Além disso, Rosell acabou com a equipe de beisebol, após 80 anos de atividade, e reduziu os gastos de outros 12 esportes.

A imprensa de Madri, sempre irônica em relação ao rival, lembrou que o Real Madrid, com dívidas praticamente do mesmo tamanho, não cobrou ingresso para o treino livre de agosto passado, no início da temporada, que levou 57 mi torcedores ao Estádio Santiago Bernabéu.

De acordo com o Barcelona, esta não é a primeira vez que se cobra pelo acesso aos treinamentos. A cobrança foi feita durante a administração do ex-presidente Joan Laporta e que o valor é necessário para cobrir os custos da segurança.

* http://wwww.d24am.com/esportes/futebol/barcelona-registra-deficit-de-9-milhes-de-euros-em-2011/45904