Blog do Chico Maia

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Bons ventos do Sul de Minas

Neste fim de semana sem futebol tive a satisfação de conhecer uma cidade e uma nova realidade da imagem do futebol mineiro. São Gonçalo do Sapucaí honrou o amigo José Emilio Afonso Silva, da prateleira de cima da assessoria do governador Antônio Anastasia; e tive a honra de ir até lá, a convite do presidente da Câmara Municipal e autor da proposta da cidadania, Antony Barouche.

Solenidade emocionante num sábado marcante, pois São Gonçalo é uma cidade muito especial. De cara impressiona pela excelente sinalização, uma deficiência mineira, principalmente de Belo Horizonte, que precisa corrigir essa falha com urgência, já que a Copa das Confederações bate às portas.

Homenageado no mesmo evento, o Deputado Carlos Mosconi, agora estadual, porém antes, federal, Constituinte, idealizador do Sistema Único de Saúde, e feliz demais com a aprovação semana passada, da Emenda 29, que vai quase dobrar a verba do SUS, com grande chance de resolver o problema da saúde pública do Brasil. Liderança das mais importantes do Sul de Minas, filho de Andradas; carreira política em Poços de Caldas, sempre soube se equilibrar na rivalidade futebolística entre Rio Branco e Caldense.

Também recebendo todas as devidas honras como o deputado majoritário da cidade, Dilzon Mello, que construiu o Estádio Municipal da vizinha Varginha, que leva seu nome e abriga desde o ano passado o Boa Esporte, ex-Ituiutaba.

Assim como quase toda cidade brasileira, São Gonçalo do Sapucaí respira futebol. O principal ponto de encontro das discussões é o Bar do Gordo, onde “gregos e goianos” se encontram para debates e gozações intermináveis. O que mais me deixou satisfeito foi o fato da conversa girar predominante entre atleticanos e cruzeirenses, ao contrário de anos atrás, quando o Sul de Minas era mais paulista que mineiro.

Quando eu era repórter das rádios Capital e Inconfidência, cheguei a ficar um mês na região, para transmitir jogos de Atlético, Cruzeiro e América contra Caldense, Rio Branco, Pouso Alegre e Alfenense. Havia mais torcedores de clubes de São Paulo. No Bar do Gordo, se destacava o cruzeirense Socó com a camisa do Cruzeiro, discutindo com os atleticanos Evandrinho, André Puliti e o próprio dono do bar. Nenhum usando a camisa do Galo, em protesto pelos 6 x 1 de domingo.

Terra da professora Ilka Junho Anastasia (mãe do governador), São Gonçalo do Sapucaí está a 250 Km de SP e a quase 350 de Belo Horizonte, porém, a discussão maior é sobre o futebol mineiro e isso merece ser comemorado. Principalmente porque os nossos clubes não têm suplantado paulistas e cariocas nos últimos anos. O último título nacional foi do Cruzeiro em 2003.

São Gonçalo nunca teve um time profissional, mas costuma produzir bons jogadores. Atualmente o destaque é Ernani, meia-atacante do Atlético Paranaense, servindo a seleção brasileira sub-20. Lamentavelmente foi visto por um olheiro que o levou direto para Curitiba, sem passar por nenhum dos nossos maiores clubes. Também foi homenageado sábado, com Honra ao Mérito.

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Leitura de fim de semana: uma cerva e um papo com Sócrates, Nelinho e cia.

Agradeço ao colaborador do blog, Evandro, que enviou este ótimo texto do Cassio Zirpoli, jornalista do Diário de Pernambuco, relatando um evento onde Sócrates e outros grandes nomes do futebol brasileiro abriam o coração e contavam histórias da melhor qualidade.

Entre os ex-craques, Nelinho, o maior chutador que vi, um dos melhores laterais do mundo e uma figura humana sensacional.

Vale a pena ler:

SOCRATES1

* “Cerveja, futebol, medicina e política

Sócrates nunca negou que gosta de uma boa cerveja gelada. Aos 54 anos, ele admite que gostaria de parar de fumar, mas ainda não conseguiu largar o vício. Carismático, o ex-craque do Corinthians e da Seleção Brasileira roubou a cena ontem à noite, durante o evento Toque de Classe, que aconteceu nos Aflitos, e que também contou com a participação dos ex-craques Paulo Cezar Caju, Nelinho e Raul Plassmann. Zé do Carmo e Lúcio Surubim foram os convidados especiais.

Bastava um dos amigos começar a falar na palestra para “Magrão”, como o doutor também era conhecido nos gramados, começar a provocar, com muito bom humor.

Paulo Cezar Caju, organizador do evento, abriu a palestra, após um vídeo com grandes momentos de sua carreira, no futebol carioca.

“Essa idéia surgiu quando eu estava no Rio de Janeiro, lançando a minha biografia”, dizia PC, até que…

“Mas você está gordo, hein?!”, gritou Sócrates, que ainda não havia sequer sentado à mesa de debate. O ex-meia aproveitava os últimos instantes para pedir mais uma cerveja no balcão.

Paulo Cezar tentou conter o riso e seguiu falando. Passou a apresentar os demais integrantes do Toque de Classe.

Tranquilão, Sócrates finalmente subiu no palco armado no bar Spirit Hall.

Olhou para a platéia (mesas lotadas), e comentou de leve:

“Mas só tem homem aqui… Não tem jeito. As mulheres gostam mesmo é do Raí”, numa clara referência ao irmão mais novo, ídolo do São Paulo nos anos 90.

Quando Zé do Carmo brincou com a fama de boêmio de Paulo Cezar Caju (“Ele era o negão das louras”), Sócrates completou: “Eu adoro uma loura também. Gelada”.

Entre um chope e outro, Sócrates relembrou alguns ‘causos’ que marcaram a sua carreira. Em um deles, contou sobre a excursão do Timão ao México, na década de 1980, com a companhia de Paulo Cezar Caju, já veterano na época.

“Numa folga lá, fomos para um bar e começamos a beber cerveja. Paulo chegou falando francês e pediu champanhe. Olhei desconfiado, mas a diversão do grupo seguiu. Depois, ele pediu mais uma taça. Minutos depois, Paulo foi para o banheiro. E nunca mais voltou. Estava sem dinheiro. Os outros jogadores tiveram que pagar a conta dele. E ali nascia a ‘Democracia Corintiana’”, disse Sócrates, contextualizando o episódio com o movimento que entrou para a história do clube paulista, no qual todas as ações eram decididas no voto, entre todos os funcionários.

Apesar das brincadeiras, também houve espaço para seriedade, como no momento em que falou sobre o jogador brasileiro.

“O jogador brasileiro é uma criança, e é fácil de ser manipulado. Um jogador só deveria se profissionalizar se tivesse pelo menos o ensino fundamental. Mas não… O cara nasce na favela e quer sair do buraco jogando bola, como o ídolo dele, que nunca estudou também. Ele precisa estudar, porque se não der certo no futebol, já teria um caminho para conseguir outra formação”.

Depois, criticou o modelo de gestão da maioria dos clubes brasileiros (após ser questionado sobre a situação do Santa Cruz).

“Não existe um modelo padrão para comandar um clube. O que existe é uma boa gestão. Não tem mais espaço para aquele dirigente cego pelo time, que faz tudo pelo seu clube do coração, mas que não é preparado para a função. O dirigente precisa ser profissional e responsável. A legislação precisa passar a punir de vez os responsáveis pelas grandes crises nos times”.

Finalizou comentando sobre o gol mais bonito. A resposta foi curiosa…

“Não lembro de um gol mais bonito. O que eu tinha mais prazer mesmo era dar o passe para o gol. E aí, todos foram bonitos”.

SOCRATES

http://blogs.diariodepernambuco.com.br/esportes/?p=1276

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Verdade verdadeira do Duke

Hoje, no Super NotíciaDUKE

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Falcão defende a proibição de futebol de campo para crianças até 11 anos

Será que a teoria dele é correta?

Resumo das palestras do Footecon enviado pela Textual Comunicação:

* FALCÃO DEFENDE NO FOOTECON QUE SE PROÍBA CRIANÇAS DE ATÉ 11 ANOS DE JOGAR FUTEBOL DE CAMPO

Melhor do mundo no futsal acredita que isso contribuirá para o desenvolvimento dos fundamentos dos jovens atletas e melhorará, posteriormente, seu desempenho nos gramados

Ney Franco revela que Seleção adotou o mesmo esquema de jogo em todas as suas categorias e quer levar filosofia às divisões de base dos clubes

Parreira comemora sucesso da oitava edição do Footecon e diz que será desafio superá-la no ano que vem

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Considerado o melhor jogador do mundo de futsal, o ala Falcão defendeu na tarde do segundo dia do Footecon, nesta quarta-feira, 7 de dezembro, no Hotel Copacabana Palace, que crianças de até 11 anos devem ser proibidas de entrar num campo de futebol. Ele participou do debate que marcou a estreia do futsal na programação do Footecon, onde o ex-jogador Manoel Tobias falou sobre as muitas semelhanças que vê entre a modalidade e o estilo de jogo do Barcelona no futebol de campo.

“No futsal, um garoto de 11 anos toca 20, 30 vezes na bola num tempo de jogo. Quantas ele toca no futebol de campo no mesmo período? Por isso acho que deva se proibir as crianças até 11 anos entrarem num campo de futebol”, defendeu Falcão. “Um jogador de futsal, quando passar para o campo, caso vire um zagueiro e receber uma bola em condições de finalizar para o gol, saberá o que fazer. Esse mesmo jogador, se precisar ser escalado como volante, terá qualidade no passe. Ou se o garoto for um atacante e receber alguma função tática defensiva, estará acostumado com isso se for oriundo do futsal. Mas é preciso um acompanhamento e maior integração. Por que o auxiliar técnico da equipe sub-15 de um time de futebol de campo não pode ser o tre inador do futsal da mesma faixa etária? Ano passado dei uma palestra no Manchester City e soube que no novo Centro de Treinamento há duas quadras de futsal”, prosseguiu Falcão.

“No futsal, a coordenação motora é desenvolvida muito rápida e as crianças aprendem a tomar decisões o tempo todo. Hoje, todos se assombram com o Barcelona. E é por causa da essência de futsal do time: toques rápidos, alto índice de passes certos, deslocamentos constantes, uso dos dois pés pela maioria dos jogadores e até jogadas de pivô. Joguei por quatro anos na Espanha e uma vez vi o Messi treinando nas categorias de base do Barcelona e me surpreendi, pois tinham várias quadras de futsal. Todos os grandes clubes não podem perder tempo: precisam incluir o futsal no contexto do futebol de campo”, defendeu Manoel Tobias.

Coordenador das divisões de base da Seleção Brasileira, Ney Franco revelou em sua palestra um acordo que fez com todos os técnicos das categorias Sub-15 e Sub-17. Devido a um pedido de Mano Menezes, todas as divisões da Seleção usam uma linha de quatro jogadores na defesa – no meio, são livres para criar. A ideia é que esse estilo de jogo seja reproduzido também pela base dos clubes brasileiros a partir do ano que vem. O projeto deverá ser tratado em dois seminários da CBF com coordenadores e treinadores das divisões de base no ano que vem.

O ex-árbitro colombiano Oscar Ruiz participou do fórum falando sobre como os treinadores podem ajudar ou prejudicar a arbitragem. O instrutor de arbitragem da Fifa deu vários exemplos sobre as personalidades dos treinadores sul-americanos e europeus, indicando que a grande diferença entre eles é o temperamento e a educação durante os 90 minutos. Ruiz salientou que a Fifa precisa estar sempre atenta, a ponto de ter que rever as regras, como foi feito quando o Brasil criou a já proibida paradinha nas cobranças de pênalti.

Fechando os debates do Footecon, o publicitário Washington Olivetto relembrou o início do marketing no futebol brasileiro quando o apelido de Leônidas da Silva, o “Diamante Negro”, virou marca de chocolate. Com a exibição de diversos filmes publicitários premiados, Olivetto analisou o futebol como um assunto adequado a qualquer tipo de produto por atingir todas as classes sociais e, assim, permitir o uso de várias linguagens.

Pouco antes, Carlos Alberto Parreira, idealizador do Footecon, falou sobre “Os Principais Treinadores Europeus: Filosofia, Concepções e Sistemas de Jogo”, onde destacou os principais sistemas táticos da história do futebol. “As grandes mudanças táticas, na maioria das vezes, aconteceram na Europa. Nós, brasileiros, o que temos de melhor é o poder de improvisação”, comentou Parreira, que apontou vários grandes treinadores da história, mas elegeu como ícone Alex Ferguson, treinador do Manchester United desde 1986.

Satisfeito com o sucesso da oitava edição do Footecon, evento que idealizou em 2004, Parreira afirmou que o saldo foi altamente positivo. “As palestras tiveram um nível altíssimo, com conteúdo muito rico e uma plateia bastante interessada. O futsal, que estreou nessa edição, ficou com a sala cheia e já está confirmado para o ano que vem. O nosso desafio é descobrir o que faremos para superar essa edição”, afirmou Parreira. No ano que vem, o Footecon começará a fazer seminários nas cidades-sede da Copa do Mundo. A primeira parada será em Curitiba, em 5 de março de 2012.

O Footecon é realizado pela FSV (Football Sports Venture), empresa parceira do técnico tetracampeão Carlos Alberto Parreira, pela Fagga | GL exhibitions, que conta com quase meio século de experiência na promoção e organização de eventos, e pela Traffic Sports, maior empresa de marketing esportivo da América Latina.

* Mais informações:
Assessoria de Imprensa do VIII Footecon
Textual Serviços de Comunicação – http://www.textual.com.br

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Leitura de feriado: os bastidores da saída de Fátima Bernardes do Jornal Nacional

Fátima Bernardes é uma simpatia de pessoa.

Presente nas coberturas das últimas cinco Copas do Mundo, se misturava com todos os companheiros do dia a dia dos treinos e jogos, na maior simplicidade.

A saida dela do Jornal Nacional surpreendeu ao país e muitas versões contrárias ao comunicado oficial da Globo têm saido na midia.

Como essa, por exemplo, que o jornalista Luiz Nassif transcreveu em seu blog http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/bastidores-da-troca-no-%E2%80%9Cjn%E2%80%9D-por-rodrigo-vianna

fatimaFoto: http://blogs.estadao.com.br/cristina-padiglione

* Bastidores da troca no “JN”, por Rodrigo Vianna

Autor: Adriano S. Ribeiro

A Globo confirma a saída de Fátima Bernardes do “JN”. No lugar dela deve entrar Patrícia Poeta – atual apresentadora do “Fantástico”.

Fiz hoje pela manhã – no twitter e no facebook – algumas observações sobre a troca; observações que agora procurarei consolidar nesse post. Vejo que há leitores absolutamente céticos: “ah, essa troca não quer dizer nada”. Até um colunista de TV do UOL, aparentemente mal infomado, disse o mesmo. Discordo.

Primeiro ponto: a Patrícia Poeta é mulher de Amauri Soares. Nem todo mundo sabe, mas Amauri foi diretor da Globo/São Paulo nos anos 90. Em parceria com Evandro Carlos de Andrade (então diretor geral de jornalismo), comandou a tentativa de renovação do jornalismo global. Acompanhei isso de perto, trabalhei sob comando de Amauri. A Globo precisava se livrar do estigma (merecido) de manipulação – que vinha da ditadura, da tentativa de derrubar Brizola em 82, da cobertura lamentável das Diretas-Já em 84 (comício em São Paulo foi noticiado no “JN” como “festa pelo aniversário da cidade”), da manipulação do debate Collor-Lula em 89.

Amauri fez um trabalho muito bom. Havia liberdade pra trabalhar. Sou testemunha disso. Com a morte de Evandro, um rapaz que viera do jornal “O Globo”, chamado Ali Kamel, ganhou poder na TV. Em pouco tempo, derrubou Amauri da praça São Paulo.

Patrícia Poeta no “JN” significa que Kamel está (um pouco) mais fraco. E que Amauri recupera espaço. Se Amauri voltar a mandar pra valer na Globo, Kamel talvez consiga um bom emprego no escritório da Globo na Sibéria, ou pode escrever sobre racismo, instalado em Veneza ao lado do amigo (dele) Diogo Mainardi.

Conheço detalhes de uma conversa entre Amauri e Kamel, ocorrida em 2002, e que revelo agora em primeira mão. Amauri ligou a Kamel (chefe no Rio), pra reclamar que matérias de denúncias contra o governo, produzidas em São Paulo, não entravam no “JN”. Kamel respondeu: “a Globo está fragilizada economicamente, Amauri; não é hora de comprar briga com ninguém”. Amauri respondeu: “mas eu tenho um cartaz, com uma frase do Evandro aqui na minha sala, que diz – Não temos amigos pra proteger, nem inimigos para perseguir”. Sabem qual foi a resposta de Kamel? “Amaury, o Evandro está morto”.

Era a senha. Algumas semanas depois, Amauri foi derrubado.

Kamel foi o ideólogo da “retomada consevadora” na Globo durante os anos Lula. Amauri foi “exilado” num cargo em Nova Yorque. Patrícia Poeta partiu com ele. Os dois aproveitaram a fase de “baixa” pra fazer “do limão uma limonada”. Sobre isso, o Marco Aurélio escreveu, no “Doladodelá”.

Alguns anos depois, Amauri voltou ao Brasil para coordenar projetos especiais; Patrícia Poeta foi encaixada no “Fantástico”. Só que Amauri e Kamel não se falavam. Tenho informação segura de que, ainda hoje, quando se cruzam nos corredores do Jardim Botânico, os dois se ignoram. Quando são obrigados a sentar na mesma mesa, em almoços da direção, não dirigem a palavra um ao outro. Amauri sabe como Kamel tramou para derrubá-lo.

Pois bem. Já há alguns meses, logo depois da eleição de 2010, recebemos a informação de que Ali Kamel estava perdendo poder. Claro, manteria o cargo e o status de diretor, até porque prestou serviços à família Marinho – que pode ser acusada de muita coisa, mas não de ingratidão.

Otavio Florisbal, diretor geral da Globo, deu uma entrevista ao UOL no primeiro semestre de 2011 dizendo que a Globo não falava direito para a classe C (o Brasil do lulismo). Por isso, trocou apresentadores tidos como “elitistas” (Renato Machado saiu pra dar lugar ao ótimo Chico Pinheiro – aliás, também amigo de Amauri). A  Globo do Kamel não serve mais.

Lembremos que, desde o começo do governo Lula, a Globo de Kamel implicava com o “Bolsa-Família”. Kamel é um ideólogo conservador. Por isso, nós o chamávamos de “Ratzinger” na Globo. É contra quotas nas universidades, acha que racismo não existe no Brasil. Botou a Globo na oposição raivosa, promoveu a manipulação de 2006 na reeleição de Lula (por não concordar com isso, eu e mais três ou quatro colegas fomos expurgados da Globo em 2006/2007). E promoveu a inesquecível cobertura da “bolinha de papel” em 2010 – botando o perito Molina no “JN”. Nas reuniões internas do “comitê” global, ao lado de Merval Pereira, tentava convencer os irmãos Marinho dos “perigos” do lulismo.

Lula sabe o que Kamel aprontou. Tanto que no debate do segundo turno, em 2006, nem cumprimentou Kamel quando o viu no estúdio da Globo. Isso me contou uma amiga que estava lá.

Os irmãos Marinho parecem ter percebido que Kamel os enganou. O lulismo, em vez de perigo, mudou o Brasil pra melhor. Mais que isso: a Globo agora precisa de Dilma para enfrentar as teles, que chegam com muito dinheiro e apetite para disputar o mercado de comunicação. Kamel já não serve para os novos tempos. Assim como os “pitbulls” Diogo Mainardi e Mario Sabino não servem para a “Veja”.

Dilma buscou os donos da mídia, passada a eleição, e propôs a “normalização” de relações. O governo seguiu apanhando, na área “ética” – é verdade. O que não atrapalha a imagem de Dilma. Há quem veja na tal “faxina” um jogo combinado entre a presidenta e os donos da mídia. Será? Dilma tiraria as “denúncias” de letra (o custo ficaria para Lula e os aliados). Do outro lado, os “pitbulls” perderiam terreno na mídia. É a tal “normalização”. Considero um erro estratégico de Dilma. Mas quem sou eu pra achar alguma coisa. O fato é que a estratégia hoje é essa!

Patricia Poeta no “JN” parece indicar que a “normalização” passa por Ali Kamel longe do dia-a-dia na Globo (ele ainda tenta manobrar aqui e ali, mas já sem a mesma desenvoltura). Isso pode ser bom para o Brasil.

Não é coincidência que a Globo tenha permitido, há poucos dias, aquela entrevista do Boni admitindo manipulação do debate de 89. A entrevista (feita pelo excelente jornalista Geneton de Moraes Neto) foi ao ar na “Globo News”. Alguém acha que iria ao ar sem conhecimento da família Marinho? Isso não acontece na Globo!

Durante os anos de poder total de Kamel, a Globo tentou “reescrever” o passado – em vez de reconhecer os erros. Kamel chegou a escrever artigo hilário, tantando negar que a Globo tenha manipulado a cobertura das Diretas. Virou piada. Até o repórter que fez a “reportagem” em 84 contou pros colegas na redação (eu estava lá, e ouvi) – “o Ali é louco de tentar negar isso; todo mundo viu no ar”.

Ali Kamel nega o racismo, nega a manipulação, nega a realidade. Freud explica.

Agora, Boni reconhece que a Globo manipulou em 89. Isso faz parte do movimento de “normalização”. O enfraquecimento de Kamel também faz.

Tudo isso está nos bastidores da troca de apresentadores do “JN”. Mas claro que há mais. Há a estratégia televisiva, pura e simples. Fátima Bernardes deve comandar um programa matutino na Globo. As manhãs são hoje o principal calcanhar de aquiles da emissora carioca. A Record ganha ou empata todos os dias. Com o “Fala Brasil”, e com o “Hoje em Dia”. Ana Maria Braga não dá mais conta da briga – apesar de ainda trazer muita grana e patrocinadores.

Fátima deve ter um novo programa nas manhãs. Ana Maria será mantida. Até porque na Globo as mudanças são sempre lentas – como no Comitê Central do PC da China. A Globo é um transatlântico que se manobra lentamente.

Se a Fátima emplacar, pode virar uma nova Ana Maria. O programa dela deve contar com outras estrelas globais (Pedro Bial, quem sabe?).

A mudança de apresentadores tem esse duplo sentido: enfraquecimento de Kamel (que continuará a ter seu camarote no transatlântico global, mas talvez já não frequente tanto a cabine de comando); e estratégia pra recuperar audiência nas manhãs.

A conferir.

http://www.rodrigovianna.com.br/radar-da-midia/bastidores-da-troca-no-jn.html#more-10754

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Lançamento do livro do Duke com as melhores do futebol em 2011

ConviteLivroDukeNesta quinta-feira, dia 8, 19 horas, na Choperia Al Capone, na Av. Getúlio Vargas, 820 – Savassi.

Tive a honra de escrever o prefácio que é o seguinte:

“Cuidado, Duke vicia!”

Entendo que charge boa é aquela para a qual você olha e já entende logo, mas tem uma peculiaridade na inteligência em dar determinada sacada. No caso das humorísticas, aquelas em que a risada vem imediatamente após o olhar.

Os melhores chargistas são os que conseguem dar o recado certo simplesmente com o desenho, com um mínimo de palavras. São artistas, e não são muitos. Neste contexto, considero o Duke a maior revelação brasileira dos últimos anos e, para a minha honra, somos companheiros nas páginas dos jornais O Tempo e Super Notícia.

Confesso que me tornei um “viciado” e todos os dias, uma das primeiras coisas que faço é consumir as geniais charges dele. Se não tenho os jornais por perto, recorro à internet para saciar meu vício.

No O Tempo, o enfoque é mais político, e suas charges são publicadas em jornais do país todo, muitas vezes à sua revelia.

Dia desses um amigo, Delegado da Polícia Civil em Macapá-AP, trouxe-me um jornal de lá com uma charge do Duke. Nem ele sabia, pois nunca lhe foi pedida autorização. E muitas publicações país afora fazem o mesmo, sem que ele ganhe nenhum cachê. O criador perdeu o controle das suas crias, e ele, vítima como tantos artistas do desrespeito ao direito autoral, só ri, de mais essa esculhambação nacional.

No futebol, incrível como ele consegue tanta inspiração para dizer coisas que todos nós gostaríamos de falar, sobre o jogador, o dirigente ou uma das mazelas do mundo da bola.

Duke consegue ser um crítico duro, porém muitíssimo bem humorado, e o mais difícil: imparcial. Deve doer demais o coração dele quando tem de gozar o próprio time, que, aliás, dá motivo quase o ano inteiro. Este seu novo livro é para ficar na cabeceira da cama, pois cura qualquer sintoma de depressão, já que as melhores do ano estão aqui!

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E este é Duke, entre os jornalistas Henrique André e Barbara Venâncio da BHNews TV, depois de participar do programa Rede Social FC

DUKE

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Dois de Minas e até o goleiro Vitor do Grêmio, na seleção dos piores

Do site Super FC:

* “BOLA DE LATA”

Lista dos piores jogadores do Brasileirão tem Serginho, do Atlético, e Gabriel, do América

Além do “Bola de Prata”, prêmio concedido aos melhores jogadores do Campeonato Brasileiro, a revista Placar em conjunto com a emissora ESPN divulgou a lista dos piores atletas de cada posição do Nacional desta temporada. O “título” nada honrado, tem na posição de goleiro Vitor, constantemente convocado para a seleção brasileira por Mano Menezes. Também fazem parte da lista, o volante Serginho, do Atlético, e o zagueiro Gabriel, do América.

Considerando os mesmos critérios da premiação oficial, a ‘Bola de Lata’ também exige o mínimo de 16 partidas. Desta forma, o pior jogador do Brasileirão foi Eltinho, lateral-esquerdo do Coxa, que ficou com nota média 4,88.

Veja a lista completa da seleção ‘Bola de Lata’ do Brasileirão 2011:

Goleiro
Victor (Grêmio) 5,61

Lateral-direito
Pará (Santos) 5,11

Zagueiros
Gabriel (América) 4,93
Rafael Marques (Grêmio) 5,14

Lateral-esquerdo
Eltinho (Coritiba) 4,88

Volantes
Batista (Avaí) 5,03
Serginho (Atlético) 5,04

Meias
Lúcio (Grêmio) 4,91
Marcelo Oliveira (Atlético-PR) 5

Atacantes
Marcão (Atlético-GO) 5,06
Jones Carioca (Bahia) 5,11

* http://www.otempo.com.br/esportes/ultimas/?IdNoticia=51215,ESP&utm_medium=twitter&utm_source=twitterfeed

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Neneca, Marcos Rocha e Montillo: os destaques dos mineiros nas estatísticas do Brasileiro

Para quem gosta das estatísticas essa época do ano é um prato e tanto.

Do portal Ig:

* “Time ideal das estatísticas tem Neymar, unanimidades e surpresas”

Veja no infográfico os números de cada atleta. Corinthians não aparece na seleção baseada nas melhores médias em cada fundamento

Imagine um time que tenha no ataque dois santistas: o artilheiro Borges e o principal jogador do país na atualidade, Neymar. Mas, na defesa, conte com o goleiro Neneca e o lateral direito Marcos Rocha, ambos do rebaixado América-MG, penúltimo colocado na classificação final do Brasileirão 2011. Além deles, nomes como do cruzeirense Montillo e de D’Alessandro e Guiñazu, do Internacional, jogadores consagrados mas cujos times não chegaram perto de brigar pelo título.

Pois estes foram alguns dos eleitos da “Seleção dos números”, preparada pelo iG tendo como base as estatísticas fornecidas pelo Footstats. O método utilizado foi a simples análise fria dos números, com dois ou três fundamentos sendo considerados para cada posição. Isso explica, por exemplo, a presença de Neneca no gol. Afinal, apesar de ter sido um dos goleiros mais vazados do campeonato, ele também foi o que mais fez defesas. Uma consequência clara da exigência a que foi submetido por contar com uma das piores defesas da competição.

Outra curiosidade é a ausência de corintianos e vascaínos. Os elencos dos dois times que chegaram à última rodada disputando o título se destacaram mais pela regularidade do grupo e não contaram com um craque excepcional em uma posição específica. Por isso, nenhum dos dois foi representado no time ideal segundo as estatísticas. Por esses critérios, os melhores dos dois times foram Fágner, terceiro melhor lateral direito, Chicão, quarto melhor zagueiro, e Ralf, terceiro melhor volante.

Confira abaixo a escalação da seleção dos “craques de fundamentos” do Brasileirão 2011.

brasileirao6

* http://esporte.ig.com.br/futebol/time-ideal-das-estatisticas-tem-neymar-unanimidades-e-surpresas/n1597396482162.html

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Mala branca correu solta em 2004 e ninguém falou em armação nos 6 x 1 do Galo sobre o Fla

Somos um povo de memória que costuma falhar muito e graças à tecnologia, ao mestre Google principalmente, essa deficiência tem sido minimizada.

Pois bem: em 2004 o Atlético corria sério risco de rebaixamento e se aliviou com uma goleada de 6 x 1 sobre o Flamengo; vejam bem: Flamengo, seu segundo maior rival no país.

Não me lembro de ninguém ter falado que houve armação e que o Flamengo tivesse vendido o resultado.

E olhem que naquele mesmo ano, a tal “mala branca” rodou o país, confirmada por um dos próprios transportadores dela.

Agradeço ao leitor Rafael Abreu de Oliveira que enviou um comentário e links de sites muito interessantes com informações que nos ajudam a refrescar a memória coletiva.

FLA

O goleiro do Flamengo era niguém menos que Júlio César, e a torcida quis pegar o time todo de porrada na saída do estádio e na volta ao Rio

Confiram e relembrem, através dos portais Terra e do Uai:

* “Atlético-MG goleia o Flamengo e respira aliviado”

14 de novembro de 2004 18h00 atualizado às 18h00

O Atlético-MG conseguiu respirar na luta para fugir do rebaixamento. Neste domingo, o time goleou o Flamengo por 6 a 1, em Ipatinga. Com o resultado, a equipe chegou aos 46 pontos e saiu das quatro últimas colocações do Brasileirão.

Por outro lado, a situação do Flamengo ficou mais complicada. A equipe permanece com 45 pontos e está na 22ª colocação.

O Flamengo começou a se complicar logo no segundo minuto do jogo. Após cometer um falta em cima de Márcio Araújo, na entrada da área da equipe carioca, o zagueiro Júnior Baiano foi expulso pelo árbitro Leonardo Gaciba. Para piorar a situação, no mesmo lance, Zé Antonio cobrou a infração com categoria e abre o placar.

Aproveitando o apoio da torcida, o Atlético-MG continuou jogando melhor e tendo as principais chances de gol. Nem mesmo as boas defesas do goleiro flamenguista Júlio César conseguiram impedir que o time mineiro ampliasse o placar ainda na primeira metade da etapa inicial.

Aos 13min, Márcio Santos aproveitou uma bola cruzada da direita e, sozinho, cabeceou para marcar o segundo gol.

Para recompor a defesa, o técnico Andrade tirou o meia Jônatas para a entrada de Anderson Luiz. Por outro lado, Mário Sérgio substituiu Rodrigo Fabri por Tucho.

Nem com a desvantagem de dois gols, o Flamengo se abriu. O time carioca limitou-se a se defender e somente levou perigo nos lances de bola parada. Por outro lado, os mineiros dominaram as principais ações, mas não conseguiram fazer mais gols no primeiro tempo.

O Atlético voltou com tudo para a segunda etapa. E o resultado apareceu logo aos 3min. Após uma boa jogada de Alex Mineiro, Renato marcou.

O Flamengo esboçou uma reação e conseguiu descontar quatro minutos depois, com Jean, que chutou rasteiro da entrada da área de Danrlei.

A reação carioca, porém, foi interrompida aos 13min. Wagner, que havia entrado no lugar de Márcio Santos, completou de cabeça um cruzamento de Alex Mineiro.

Precisando do resultado, Andrade tirou Dimba e Zinho para colocar Dill e Júnior em campo. Mas foi o Atlético quem marcou mais dois, ambos com Alex Mineiro.

Aos 25min, ele invadiu a área sozinho e marcou o quinto. Dez minutos depois, o atacante até driblou Júlio César antes de fechar o placar.

* http://esportes.terra.com.br/futebol/noticias/0,,OI422151-EI17409,00-AtleticoMG+goleia+o+Flamengo+e+respira+aliviado.html

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* Tibúrcio diz que operou mala preta do Galo em 2004

TIBURCIO

Irritado com o desfecho da negociação entre Quirino e Real Sociedad, que não vai mais ocorrer devido à decisão do presidente do Atlético, Ricardo  Guimarães, de não liberá-lo, o empresário Roberto Tibúrcio, procurador do atleta, resolveu contar um segredo que mantinha desde o ano passado, quando o clube quase foi rebaixado.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, Tibúrcio revelou ter sido o ‘operador’ da mala preta atleticana no Campeonato Brasileiro e ter feito pagamentos a jogadores de Coritiba, Corinthians, Ponte Preta e Cruzeiro, o maior rival do Galo, para motivá-los ainda mais contra seus adversários, concorrentes diretos do clube alvinegro na briga para evitar o descenso.

Na penúltima rodada, o Atlético teria enviado o dinheiro por meio de Roberto Tibúrcio a atletas do Corinthians e Cruzeiro. “Demos o dinheiro ao pessoal do Corinthians para eles ganharem do Botafogo no Rio de Janeiro e eles ganharam: 2 a 1. Para os jogadores do Cruzeiro, o dinheiro era para ganhar do Vitória em Belo Horizonte e o Cruzeiro goleou por 4 a 0”, contou Tibúrcio, já em entrevista ao Uai.

Já na última rodada, a mala preta e branca foi destinada a Coritiba e Ponte Preta. “O Coritiba recebeu para ao menos empatar com o Criciúma em Criciúma e o jogo ficou 3 a 3. Para a Ponte, era para ganhar do Vitória em Salvador e a Ponte ganhou de 2 a 1”, acrescentou o empresário, lembrando que Criciúma e Vitória acabaram rebaixados, e o Atlético, que bateu o São Caetano por 3 a 0, prosseguiu na elite.

Tibúrcio negou, no entanto, que tenha feito qualquer tipo de pagamento a clubes ou jogadores para perderem nas rodadas decisivas do Nacional. “Pelos meus filhos, não fiz isso e nem faria. O que posso dizer é que pagar para vencer é uma prática mais que comum no futebol brasileiro. E todo mundo sabe disso”, anunciou Roberto.

O empresário sabe que as revelações vão prejudicá-lo no Atlético, uma vez que Quirino e Renato, jogadores do clube, são seus clientes. No entanto, não se arrepende de nada. “Já tinha avisado uma pessoa do Atlético que faria isso. Já estava engasgado com essas coisas. Mas não me arrependo. Estou com a consciência tranqüila. Falei no impulso, num momento de cabeça quente, mas está falado. Essa é a verdade”.

Roberto Tibúrcio revelou até mesmo o valor dos cheques pagos a cada um dos jogadores do Cruzeiro que venceram o Vitória. “Era de R$ 4 mil para cada. O cheque era nominal e do Banco Rural. A minha sorte é que posso provar, tenho tudo isso comprovado”.

Procurado pela reportagem do Uai, o vice-presidente do Atlético, Sérgio Coelho, que tinha atuação direta no futebol em 2004, disse não saber de nada. “Desconheço isso. Não tomei conhecimento disso. Só tenho isso a dizer, nada mais”, disse o dirigente.

O presidente Ricardo Guimarães e o vice jurídico, José Murilo Procópio, foram procurados, mas não atenderam os telefones. (UAI)

* http://www.superesportes.com.br/app/1,9/2005/08/31/noticia_atletico_mg,13864/

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Aos 95 anos de idade “a casa” do João Havelange caiu

E graças à manobra justamente de um afilhado seu: Joseph Blatter, seu sucessor na FIFA.

Para livrar o próprio pescoço, Blatter jogou o padrinho às cobras.

joao-havelange

Quem leu o livro “Os Senhores dos Anéis”, de 1992, que fala da criação da “Família Olímpica”, COI, FIFA e demais grandes entidades mundiais do esporte, entende melhor o que está acontecendo.

Havelange é o único ainda vivo dessa turma que criou o “Clube”. Os outros eram o dono da Adidas, o alemão Horst Dassler; o espanhol Juan Antônio Samaranch e o italiano Primo Nebiolo. Blatter era um “filhote” na época, carregador de valises do Havelange.

O caderno de esportes da Folha de S. Paulo. de ontem, pegou o gancho do título do livro para mostrar  a atual situação do ex-todo poderoso do futebol mundial:

* “Vão-se os anéis”

Investigado por ter recebido suposta propina de US$ 1 mi, o presidente de honra da Fifa, João Havelange, pode perder mandato vitalício na entidade

RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
SÉRGIO RANGEL
DO RIO

Depois de renunciar ao cargo no COI (Comitê Olímpico Internacional), o presidente de honra da Fifa, João Havelange, tem ameaçada sua permanência na entidade que comandou por 24 anos por conta de envolvimento em caso de corrupção.

Nos últimos dias, Havelange renunciou ao cargo de membro do COI para evitar sofrer sanções da entidade olímpica. Ele é investigado por supostamente ter recebido US$ 1 milhão em propina da ISL, empresa de marketing parceira da Fifa nos anos 90.

Na quinta-feira, o Comitê de Ética do COI passará ao seu Comitê-Executivo um relatório sobre o caso. A expectativa era que o cartola brasileiro fosse punido com suspensão ou expulsão.

Ontem, o comitê confirmou a renúncia de Havelange por carta ao cargo que ocupava desde 1963. Assim, ele não pode mais ser punido.

Sem conseguir se defender no mundo olímpico, o cartola deve sofrer efeito cascata na Fifa. Na entidade que controla o futebol mundial, o dirigente de 95 anos pode perder o mandato vitalício.

O cargo poderia ficar com o atual presidente Joseph Blatter, que deixa o cargo em 2015. Michel Platini é candidato para sucedê-lo.

O cartola máximo da Fifa promete revelar dados sobre o caso ISL no dia 17 deste mês. Mas ainda há a possibilidade de Havelange e Ricardo Teixeira, presidente da CBF e seu ex-genro, tentarem barrar a divulgação por meio de medidas jurídicas, já que foi pedido sigilo do processo.

Blatter previu que podem ocorrer expulsões por conta da revelação de documentos.

A atitude é uma demonstração do rompimento com a dupla de brasileiros, iniciada por disputas eleitorais. A inimizade chegou a tal ponto que a Fifa confirmou a renúncia de Havelange do COI antes do próprio comitê.

Questionado pela Folha, o comitê disse pouco antes que não se pronunciaria sobre a investigação até quinta. Ainda chamava o episódio de “potencial renúncia”. Com a divulgação da Fifa, o COI confirmou a carta de exoneração.

Ontem, o ex-presidente da Fifa foi trabalhar no seu escritório no Rio, mas se recusou a comentar sua decisão.

Sua secretária, que identificou-se como Irene, disse que a decisão de Havelange “já tinha sido tomada”. “Agora, isso é um assunto superado”, disse a secretária.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, não quis comentar o episódio, mas disse que o “Brasil não deve temer nenhum tipo de investigação”.

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