Somos um povo de memória que costuma falhar muito e graças à tecnologia, ao mestre Google principalmente, essa deficiência tem sido minimizada.
Pois bem: em 2004 o Atlético corria sério risco de rebaixamento e se aliviou com uma goleada de 6 x 1 sobre o Flamengo; vejam bem: Flamengo, seu segundo maior rival no país.
Não me lembro de ninguém ter falado que houve armação e que o Flamengo tivesse vendido o resultado.
E olhem que naquele mesmo ano, a tal “mala branca” rodou o país, confirmada por um dos próprios transportadores dela.
Agradeço ao leitor Rafael Abreu de Oliveira que enviou um comentário e links de sites muito interessantes com informações que nos ajudam a refrescar a memória coletiva.
O goleiro do Flamengo era niguém menos que Júlio César, e a torcida quis pegar o time todo de porrada na saída do estádio e na volta ao Rio
Confiram e relembrem, através dos portais Terra e do Uai:
* “Atlético-MG goleia o Flamengo e respira aliviado”
14 de novembro de 2004 • 18h00 • atualizado às 18h00
O Atlético-MG conseguiu respirar na luta para fugir do rebaixamento. Neste domingo, o time goleou o Flamengo por 6 a 1, em Ipatinga. Com o resultado, a equipe chegou aos 46 pontos e saiu das quatro últimas colocações do Brasileirão.
Por outro lado, a situação do Flamengo ficou mais complicada. A equipe permanece com 45 pontos e está na 22ª colocação.
O Flamengo começou a se complicar logo no segundo minuto do jogo. Após cometer um falta em cima de Márcio Araújo, na entrada da área da equipe carioca, o zagueiro Júnior Baiano foi expulso pelo árbitro Leonardo Gaciba. Para piorar a situação, no mesmo lance, Zé Antonio cobrou a infração com categoria e abre o placar.
Aproveitando o apoio da torcida, o Atlético-MG continuou jogando melhor e tendo as principais chances de gol. Nem mesmo as boas defesas do goleiro flamenguista Júlio César conseguiram impedir que o time mineiro ampliasse o placar ainda na primeira metade da etapa inicial.
Aos 13min, Márcio Santos aproveitou uma bola cruzada da direita e, sozinho, cabeceou para marcar o segundo gol.
Para recompor a defesa, o técnico Andrade tirou o meia Jônatas para a entrada de Anderson Luiz. Por outro lado, Mário Sérgio substituiu Rodrigo Fabri por Tucho.
Nem com a desvantagem de dois gols, o Flamengo se abriu. O time carioca limitou-se a se defender e somente levou perigo nos lances de bola parada. Por outro lado, os mineiros dominaram as principais ações, mas não conseguiram fazer mais gols no primeiro tempo.
O Atlético voltou com tudo para a segunda etapa. E o resultado apareceu logo aos 3min. Após uma boa jogada de Alex Mineiro, Renato marcou.
O Flamengo esboçou uma reação e conseguiu descontar quatro minutos depois, com Jean, que chutou rasteiro da entrada da área de Danrlei.
A reação carioca, porém, foi interrompida aos 13min. Wagner, que havia entrado no lugar de Márcio Santos, completou de cabeça um cruzamento de Alex Mineiro.
Precisando do resultado, Andrade tirou Dimba e Zinho para colocar Dill e Júnior em campo. Mas foi o Atlético quem marcou mais dois, ambos com Alex Mineiro.
Aos 25min, ele invadiu a área sozinho e marcou o quinto. Dez minutos depois, o atacante até driblou Júlio César antes de fechar o placar.
* http://esportes.terra.com.br/futebol/noticias/0,,OI422151-EI17409,00-AtleticoMG+goleia+o+Flamengo+e+respira+aliviado.html
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* Tibúrcio diz que operou mala preta do Galo em 2004
Irritado com o desfecho da negociação entre Quirino e Real Sociedad, que não vai mais ocorrer devido à decisão do presidente do Atlético, Ricardo Guimarães, de não liberá-lo, o empresário Roberto Tibúrcio, procurador do atleta, resolveu contar um segredo que mantinha desde o ano passado, quando o clube quase foi rebaixado.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, Tibúrcio revelou ter sido o ‘operador’ da mala preta atleticana no Campeonato Brasileiro e ter feito pagamentos a jogadores de Coritiba, Corinthians, Ponte Preta e Cruzeiro, o maior rival do Galo, para motivá-los ainda mais contra seus adversários, concorrentes diretos do clube alvinegro na briga para evitar o descenso.
Na penúltima rodada, o Atlético teria enviado o dinheiro por meio de Roberto Tibúrcio a atletas do Corinthians e Cruzeiro. “Demos o dinheiro ao pessoal do Corinthians para eles ganharem do Botafogo no Rio de Janeiro e eles ganharam: 2 a 1. Para os jogadores do Cruzeiro, o dinheiro era para ganhar do Vitória em Belo Horizonte e o Cruzeiro goleou por 4 a 0”, contou Tibúrcio, já em entrevista ao Uai.
Já na última rodada, a mala preta e branca foi destinada a Coritiba e Ponte Preta. “O Coritiba recebeu para ao menos empatar com o Criciúma em Criciúma e o jogo ficou 3 a 3. Para a Ponte, era para ganhar do Vitória em Salvador e a Ponte ganhou de 2 a 1”, acrescentou o empresário, lembrando que Criciúma e Vitória acabaram rebaixados, e o Atlético, que bateu o São Caetano por 3 a 0, prosseguiu na elite.
Tibúrcio negou, no entanto, que tenha feito qualquer tipo de pagamento a clubes ou jogadores para perderem nas rodadas decisivas do Nacional. “Pelos meus filhos, não fiz isso e nem faria. O que posso dizer é que pagar para vencer é uma prática mais que comum no futebol brasileiro. E todo mundo sabe disso”, anunciou Roberto.
O empresário sabe que as revelações vão prejudicá-lo no Atlético, uma vez que Quirino e Renato, jogadores do clube, são seus clientes. No entanto, não se arrepende de nada. “Já tinha avisado uma pessoa do Atlético que faria isso. Já estava engasgado com essas coisas. Mas não me arrependo. Estou com a consciência tranqüila. Falei no impulso, num momento de cabeça quente, mas está falado. Essa é a verdade”.
Roberto Tibúrcio revelou até mesmo o valor dos cheques pagos a cada um dos jogadores do Cruzeiro que venceram o Vitória. “Era de R$ 4 mil para cada. O cheque era nominal e do Banco Rural. A minha sorte é que posso provar, tenho tudo isso comprovado”.
Procurado pela reportagem do Uai, o vice-presidente do Atlético, Sérgio Coelho, que tinha atuação direta no futebol em 2004, disse não saber de nada. “Desconheço isso. Não tomei conhecimento disso. Só tenho isso a dizer, nada mais”, disse o dirigente.
O presidente Ricardo Guimarães e o vice jurídico, José Murilo Procópio, foram procurados, mas não atenderam os telefones. (UAI)
* http://www.superesportes.com.br/app/1,9/2005/08/31/noticia_atletico_mg,13864/
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