Considero perigoso quando jogadores e dirigentes expõem determinadas metas publicamente.
A pressão fica muito maior que deveria, a expectativa dobra, e em caso de meta não cumprida em curto prazo, bate o desespero e aumenta o problema.
Foi assim quando o Cuca disse que era “obrigação” ganhar pelo menos sete pontos em nove que seriam disputados na sequência contra o Ceará, América e Santos, todos na Arena do Jacaré.
Empatou com América e Ceará, porém ganhou do Santos, mas mesmo assim o desespero estava instalado e parecia que já tinha sido rebaixado.
O Cruzeiro está fazendo a mesma coisa em relação ao jogo com o Atlético-PR. Ora, ora, esse tipo de preocupação deve ficar restrito aos jogadores, comissão técnica e diretoria. Fixar como meta e envolver a torcida e imprensa só atrai mais pressão.
Controlar a reação de torcedores é muito mais difícil que agir internamente.
Caso não vença, o torcedor vai reagir como se a Série B fosse fato consumado, quando a realidade é outra.
Há também o risco de até jogadores incorporarem este sentimento.
Claro que precisa vencer, mas caso não ocorra a vitória, a calma precisa ser mantida, pois ainda haverá tempo de recuperação, e com cabeça fria, é menos difícil.
De repente o América tornou-se xodó até de alguns duros algozes que tem na imprensa nacional. Tenho lido e ouvido companheiros que antes tratavam o Coelho com desdém e ironia, enaltecendo o clube, sem entender o porque do time estar nessa situação crítica.
Mas o futebol é isso mesmo. Só quem vence é valorizado, ainda mais quando o crítico não conhece a realidade do criticado. Não há complacência, dó, nem perdão!
Que o São Paulo seja o próximo a sentir a força deste Coelho implacável.
Atlético e Corinthians farão o jogo mais visado dessa 36ª rodada. O Galo precisa do resultado para ficar livre da degola e pode mexer na briga pelo título, já que o clube paulista é líder com apenas dois pontos a mais que o Vasco, que pega o Avaí, em São Januário, sábado.
O Pacaembu será um caldeirão!
Bom momento para ver como estão os nervos da turma do Cuca.
Tive o prazer de mediar palestra do Carlos Alberto Parreira ontem, no Teatro Municipal de Nova Lima, quando a Prefeitura de lá e o Senac-MG entregaram à comunidade o Plano Estratégico com Foco na Copa 2014 – Nova Lima em campo”.
Evento da melhor qualidade, quando pude rever tanta gente querida de Nova Lima e do esporte mineiro, além da honra de dialogar com o Parreira.
Antes, durante e depois do evento, o ex-técnico da seleção brasileira contou histórias espetaculares, algumas engraçadas, outras dramáticas, do futebol e da vida.
Uma aula!
Deixarei para apresentar um relatório minucioso aos amigos do blog nos próximos dias, já que é muita coisa.
Agora, apenas três, rápidas:
– Perguntado sobre a sua passagem pelo Atlético, cercada de grande expectativa, porém frustrada, ele respondeu que o momento foi inoportuno, porque a falta de estrutura do Galo na época era tanta, que faltava tudo: local para treinar, pagamento de jogadores e funcionários e por aí vai.
– Se foi verdade que até a mãe dele, a D. Geni, pediu que ele escalasse o Ronaldo (na época Fenômeno), em pelo menos um jogo na Copa de 1994, ele disse que foi oportunismo da imprensa: um repórter ligou para a mãe dele, perguntando se ela admirava o futebol “daquele menino”. Ela na santa inocência encheu a bola do Ronaldo, disse que gostava muito e que seria ótimo vê-lo jogando na seleção. No dia seguinte virou manchete: “Até a mãe do Parreira quer Ronaldo como titular”.
– Sobre a presença dele com o Fluminense em Nova Lima, em 1999, na disputa da Série C do Brasileiro, e a briga generalizada no Alçapão:
“Foi um dos maiores aprendizados que eu e a minha comissão técnica, que era toda composta por ex-integrantes da seleção brasileira, tivemos em nossa vida. Porque era o nosso primeiro jogo no Campeonato e vimos o que é uma Série C, onde não vale jogo bonito, e só importa a vitória, custe o que custar. A partir dali, mudamos nosso planejamento e passamos a jogar conforme os mandamentos da terceira divisão, e terminanos campeões”.
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