Compadre jornalista Rodrigo Zubreu já dizia: “Pasto seco, moita verdinha, boi não sai de perto de jeito nenhum”.
É o que os experts em eleições de entidades, principalmente esportivas, estão avaliando sobre a postura dos interventores nomeados pela Justiça para comandar o processo sucessório da Federação Mineira de Futebol.
Eles são quatro: dois administrativos e dois eleitorais; os dois primeiros ganham R$ 12 mil mensais, cada; os outros, R$ 9 mil.
A Justiça determinou que o edital de convocação do pleito fosse publicado até o dia 28 de março, com prazo de cinco dias, a partir daí, para a inscrição de chapas concorrentes, e a eleição até o dia 28 de abril.
Só que, alegando que muitas Ligas do interior estão sem “Certificado de Existência”, esses interventores querem que a Justiça estenda estes prazos e adie por mais não se sabe quanto tempo a eleição.
Sabe como é, né!? Tem eleição na CBF daqui umas semanas, depois Copa do Mundo, ano eleitoral nacional, cortejadas daqui, mordomias dali, salamaleques e coisas tais.
E vai que, de repente, nenhum dos três candidatos já colocados agrade à maioria do colégio eleitoral de plantão e resolva querer votar no interventor de mais prestígio na cúpula para que ele se torne o novo dono do futebol mineiro?
Que os clubes e ligas fiquem atentos porque a situação pode ficar pior do que estava na FMF. Em momentos assim é que oportunistas se aproveitam e se apossam de entidades desse tipo. Como fizeram, por exemplo, Ricardo Teixeira, apoiado por Havelange, na CBF; e Julio Grondona, na AFA, apoiado pela ditadura militar argentina.
Depois, foram quase 25 anos para que Teixeira caísse, e Grondona já passa dos 30, sem esboçar risco de queda.
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