Recebi do jornalista Wagner Augusto Álvares de Freitas, grande villanovense, reflexões sobre o momento político do Villa, que em cinco anos teve o afastamento e renúncia de quatro presidentes:
* “Prezado Chico,
com 106 anos de história, completados no dia 28 de junho, o Villa Nova Atlético Clube passa por um dos seus mais instáveis momentos administrativos. Nos últimos cinco anos, a agremiação assistiu à renúncia ou ao afastamento de quatro presidentes.
O primeiro a jogar a toalha foi o ex-zagueiro Luiz Carlos Ferreira, o Luizinho, titular absoluto da Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1982, sob o comando de Telê Santana. Eleito com votação esmagadora, Luizinho ficou apenas cinco meses no cargo, renunciando em maio de 2009.
Aproveitando-se do vácuo político instalado no clube, um aventureiro chamado Adão Gomes Filho elegeu-se presidente. Pouco menos de um ano depois, Adão foi afastado do cargo pelo Conselho Deliberativo leonino. Ocorreu então o primeiro caso de impeachment na centenária trajetória do Villa Nova.
Após esse tumultuado biênio 2009/2010, Jairo Gomes voltou à Presidência do Leão do Bonfim. Registrou-se nessa época um hiato de tranquilidade e boa administração no Castor Cifuentes.
Reeleito para mais dois anos de mandato, Jairo Gomes, lamentavelmente, teve que se afastar do cargo em decorrência de orientação médica. Em outubro de 2013 sucedeu-lhe no cargo Anísio Clemente Filho, o Anisinho.
Este renunciou ao cargo nesta semana, menos de 10 meses depois de tomar posse. Assume o cargo agora o primeiro vice-presidente, Aécio Prates de Araújo. Homem de bem, empresário vitorioso, diretor-presidente da Superblocos, Aécio tem credenciais para assumir o leme e levar a nau villa-novense a um porto seguro.
A continuidade administrativa, e não o continuísmo, é fator essencial para o sucesso de qualquer empreendimento. O mandato de Aécio Prates terminará daqui a dois meses. No dia 30 de outubro os conselheiros do Villa Nova voltarão às urnas para escolher a Diretoria Executiva que comandará o clube até 2016. O momento, pois, é de reflexão e juízo para que o Leão tenha paz para voltar a rugir alto no cenário do nosso futebol.”
* Jornalista Wagner Augusto Álvares de Freitas
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