A partir de amanhã, 31/07, multa de R$ 1.500,00 para quem não for da “Família Olímpica” e transitar em faixas como essa sem credencial especial

Já que tudo muda e evolui com o tempo, para melhor ou para pior, a forma de operar dos bandidos também parece ter mudado no Rio neste tempo olímpico. Diferentemente de outros grandes eventos sediados pela cidade, assaltantes estão agindo é na zona sul mesmo e pontos turísticos, tamanha a “fartura” de visitantes, entre brasileiros e estrangeiros.  Talvez imaginando que daqui a três ou quatro dias a segurança pública será intensificada, eles querem fazer logo um “caixa”, para o período de seca que deverá começara, até o fim da Olimpíada, quando o policiamento voltará a ser aquele normal, que não dá conta de proteger a ninguém. Chineses foram assaltados, quinta-feira, por volta das 11 horas em plena Copacabana. Dançaram em 10 mil dólares, mais telefones celulares, câmeras fotográficas e outros objetos. Quarta, por volta das 17 horas, uma blitz marginal parou o trânsito e fez um arrastão. Os bandidos mandaram todos os passageiros saírem dos carros e se deitarem, enquanto uma limpa era feita no interior dos veículos e nos bolsos e bolsas de homens e mulheres. Foi no aterro do Flamengo, por onde passei minutos depois para chegar ao hotel onde estou, em Santa Tereza. Nos dias e semanas anteriores, equipes de TV da Alemanha e Austrália tiveram seus equipamentos roubados, em plena luz do dia, durante filmagens em regiões nobres da cidade. Três atletas espanhóis, da equipe de vela, foram assaltados no tradicional e turístico bairro de Santa Tereza.

Ontem cedo, enquanto fazia a minha caminhada, ouvi no rádio que um caminhão de carga foi tomado de assalto na Linha Amarela, pouco antes do acesso à Via Dutra, sentido São Paulo, mesmo protegido por escolta armada. Numa operação ousada os bandidos usaram um próprio carro da escolta para fechar a via para que fugissem mais tranquilos. Isso, alguns quilômetros depois de um dos muitos blindados do exército que protegem a Linha Amarela, Linha Vermelha e as demais por onde passam as comitivas de atletas e dirigentes olímpicos.

Interessante é que nas passarelas que cruzam essas vias, enormes painéis eletrônicos dizem em vários idiomas: “Bem vindo ao Rio de Janeiro”.