Blog do Chico Maia

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VAR no Brasil: sempre desconfiei que debaixo desse angu tem carne!

Foto: Agência Senado

Faço minhas as palavras do imortal João Guimarães Rosa: “Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa”.

As senhoras e os senhores já devem ter visto trecho do depoimento do presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, o ex-árbitro Wilson Seneme, que está circulando mundo afora, sobre “critérios” de utilização do VAR no futebol brasileiro.

Se não viram, aqui está. Se viram, vale a pena ver de novo e chegar a conclusões, ou a “interpretações”, à moda da arbitragem:

https://x.com/i/status/1798881951908258016

Como dizia Tom Jobim, “o Brasil não é para principiantes”!


Kaio Jorge é uma aposta muito válida do Cruzeiro

Foto: @Frosinone1928

O Cruzeiro está precisando demais de um centroavante de qualidade.

Kaio Jorge começou no futsal do Náutico, depois foi para o Sport Recife, onde teve um começo de carreira brilhante, nas categorias de base, chamando a atenção do Santos, que o profissionalizou. Ótimo começo também, sendo negociado, aos 19 anos com a Juventus, da Itália. No time B da Juve, teve uma contusão gravíssima no joelho, que atrapalhou a sua trajetória por mais de um ano.   

Para que tenham uma ideia da gravidade da lesão, o portal calciopedia.com.br, especializado no futebol italiano, fez uma longa entrevista com ele ano passado, com a seguinte manchete: “Após ‘dilacerar joelho’ na Juventus, Kaio Jorge tenta volta por cima no Frosinone”.

Emprestado ao Frosinone, time da cidade do mesmo nome, que fica a 75 Km de Roma, recomeçou a carreira. Neste recomeço, não conseguiu evitar o rebaixamento para a Série B italiana este ano. Derrotado na última rodada pela Udinese, caiu com o Sassuolo e Salernitana para a Série B de 2025. Em 22 partidas, marcou três gols e deu uma assistência.

O contrato dele com a Juventus vai até 2026 e no Cruzeiro ele terá a oportunidade de voltar a balançar as redes, como balançou no Santos.

No Brasil, em um clube muitíssimo bem estruturado como o Cruzeiro, tem tudo para dar a volta por cima.

E entrevista dele ao Calciopedia pode ser lida aqui: https://calciopedia.com.br/2023/12/entrevista-kaio-jorge.html

Na Wikipédia, informações bem detalhadas para se conhecer melhor o jogador, do começo em Recife até os dias de hoje:

Kaio Jorge Pinto Ramos, mais conhecido como Kaio Jorge (Olinda, 24 de janeiro de 2002), é um futebolista brasileiro que atua como centroavante. Atualmente, defende o Cruzeiro.

Começou a se destacar na base do Santos, o que lhe rendeu uma convocação para Copa do Mundo Sub-17 de 2019, onde o Brasil foi campeão em cima do México e Kaio ganhou a chuteira de bronze, com 5 gols.[1]

CarreiraInícioNáutico

Nascido em Olinda, Kaio começou sua carreira no futsal do Náutico, com apenas 6 anos. Kaio ganhou inúmeros títulos em todas as categorias juvenis no futsal do clube, além de ter marcado mais de 100 gols e ter sido capitão do time.[2]

Sport

https://pt.wikipedia.org/wiki/Kaio_Jorge


Libertadores paga 33 milhões de dólares ao campeão. San Lorenzo no caminho do Atlético

Imagem: @Libertadores

“Jogo é jogado, lambari é pescado!” O Galo enfrentará o San Lorenzo nas oitavas, com a vantagem de decidir em casa. Isso tem peso, apesar de que a ideia de um Atlético “imbatível” em casa, na casa própria ainda não ter se concretizado.


O campeão embolsa diretamente R$ 166,2 milhões, dos patrocínios e direitos de TV comercializados pela CONMEBOL, além dos faturamentos paralelos, que o marketing de cada clube trabalha.

Imagem: @Libertadores


Faltando ainda definições, o sorteio de ontem deu:
San Lorenzo x Atlético-MG
Nacional-URU x São Paulo
Flamengo x Bolívar
Colo-Colo x Junior Barranquilla
Talleres x River Plate
Peñarol x 1º Grupo C
Botafogo x Palmeiras
• 2º Grupo C x Fluminense

Em mata-mata tudo pode acontecer e não é incomum grandes favoritos dançarem. Atenção e concentração totais!
de 20 de junho a 14 de julho

Imagem: @Libertadores


Galo 1 x 1 Bahia: não adianta ter mais posse de bola, dominar a partida e não fazer gols

Foto: Pedro Souza/Atlético

O Atlético fez lembrar o Borússia contra o Real Madri pela final da Champions.
Perder pontos em casa é uma tragédia para quem tem altas pretensões em um campeonato no sistema de pontos corridos, mas muita gente, da imprensa, jogadores, dirigentes e treinadores, segue naquele papo de que “dá pra recuperar no jogo seguinte”. Não dá! Esses pontos não. Farão falta demais na sequência. Já era!


Hulk abriu o placar numa belíssima cobrança de falta. Antes, deu uma bronca o no Paulinho, porque estava livre, na cara do gol do Bahia e o companheiro preferiu tentar marcar e errou. Depois, situação semelhante com o Vargas.

Foto: x.com/ecbahia


Aos 16 minutos, quando fez 1 a 0, era de se imaginar que as coisas ficassem menos difíceis, pois o Bahia teria de se abrir e poderia tomar mais. Mas, não. Aos 24, o time da “Boa Terra” reagiu, num gol também belíssimo do Ademir.


Dureza é ter de ouvir e aguentar o jargão lançado por alguém da Globo e repetido por papagaios país afora: “o Galo foi vítima da lei do ex”. Creindeuspai; santa bobagem! Atlético.


Chances claras desperdiçadas de marcar gols e ficar entre os quatro primeiros. Dois pontos perdidos e a frustração para 37.994 torcedores que foram à Arena, proporcionando renda de R$ 2.162.482,05.


Não vi motivos para tanta reclamação contra a arbitragem dos cariocas Bruno Arleu de Araújo (FIFA), Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa (FIFA) e Thiago Rosa de Oliveira. Nem do VAR Rodrigo D’Alonso Ferreira, de Santa Catarina ou do quarto árbitro, Wagner do Nascimento Magalhães, também do Rio.


Que jogo, que arbitragem, que gols e que festa na final da Champions

No estádio mais emblemático do planeta:  Wembley, com dois timaços se enfrentando, grande partida, com direito a uma chuvas de chances claras desperdiças, principalmente pelo Borússia, no primeiro tempo, quando poderia ter marcado pelo menos três gols.

Aí entrou para a estatística da máxima, quase sempre infalível: quem não faz, leva!

Como não tinha atacantes decisivos como o Vinícius Jr., por exemplo, tomou de 2 a 0 e terminou vice. Uma pena, porque tem uma torcida fantástica, que seria premiada pelo apoio e shows permanentes que dá em todo jogo.

Destaque especial também para os dois goleiros: do Dortmund, Kobel, e Courtois, do Real.

E quando a arbitragem cumpre bem o papel dela, nem é notada, né? Foi o caso do trio eslovaco, Slavko Vinčić, Tomaž Klančnik e Andraž Kovačič.

Infelizmente os grandes espetáculos se tornaram alvo de “espertos” e bandidos. Três pilantras invadiram o gramado, paralisando a partida logo no início. Estavam de olho na promessa de um marginal russo, poderoso nas redes sociais, Andrey Burim, 25 anos, conhecido como “Mellstroy”, que teria prometido em torno de R$ 2 milhões ao primeiro que conseguisse entrar no gramado nessa final, vestindo a camisa com a marca dele.

O castigo para invasor de campo precisa ser o mais rigoroso possível, sob pena de aumentar a cada partida importante, em todo o mundo.

E essas imagens do twitter da UEFA mostram o tanto que o técnico Ancelotti se relaciona bem com o grupo dele:


Será que “toda arrogância foi castigada?” Chegando o dia de perguntar isso ao Flávio Carvalho

Anoite aí na sua agenda. Todas as segundas-feiras, às 12h30, compromisso marcado com o “Prateleira de Cima”, o mais novo podcast sobre futebol. O programa estreia na próxima segunda, 3 de junho, e vai contar com um convidado muito especial: o Flávio Carvalho. Ele e o saudosíssimo Flávio Anselmo, que me levaram para o Minas Esporte, da Band, e nesta nova era da Comunicação, do mundo digital, quero prestar a eles a minha homenagem e gratidão, pela importantíssima força profissional, que foi fundamental para que eu concretizasse o sonho que eu tinha desde criança, de me tornar um repórter e comentarista esportivo.

Claro que não perderei a chance de reviver os grandes embates que tinha com o Flávio, no Minas Esporte. Naqueles tempos difíceis para o Atlético, que sofria com más gestões, times da pior qualidade, e via o Cruzeiro dominar a cena do nosso futebol.

A única saída que eu tinha era dizer que o futebol é “cíclico” e que “já já”, as coisas voltariam ao seu lugar.

Foi quando peguei emprestado com o grande Nelson Rodrigues, o título de uma das obras mais famosas dele: “Toda nudez será castigada”, e fiz uma paráfrase, dizendo pro Flávio que “toda arrogância será castigada”.

Aquele ciclo que “já já” passaria, demorou um pouco mais que todo atleticano esperava, mas finalmente chegou o dia 8 de dezembro de 2019. O Minas Esporte saiu do ar em outubro de 2011, mas o Cruzeiro acabou sendo rebaixado.

Pois, no primeiro programa “Prateleira de Cima” vamos lembrar essas e tantas histórias que marcaram a imprensa esportiva, o futebol e gerações de mineiros de todos os cantos deste estado gigante.

Junto com o Régis Souto, jornalista que eu ouvi a primeira vez na Rádio Globo Minas AM, depois CBN, depois Sportv, e que posteriormente tive o prazer de me tornar amigo. Fundador do Jornal do Buritis, um dos melhores jornais de bairro de Belo Horizonte.

Em 2008 ele deu um tempo para o jornalismo no rádio e na TV, convidado que foi para ser o responsável pela Comunicação do então candidato Márcio Lacerda, que se tornaria prefeito eleito e reeleito de Belo Horizonte.

Desde os tempos da Rádio Globo AM, considero o Régis Souto um dos melhores comentaristas do país. Fala a linguagem fácil que todo mundo entende. Autor de frases sensacionais. Que prazer será dividir uma bancada com ele!

Confira, toda segunda-feira, 12h30, no YouTube, a partir da próxima, 3 de junho.

O Flávio em cena no Minas Esporte, program de esportes, da Band, mais longevo da TV de Minas, que saiu do ar em outubro de 2011.


Atlético melhor que o esperado: goleada com jogadores poupados e oportunidades para novos

Gabriel Milito resgatou mais um que andava esquecido (Pedrinho), poupou jogadores (Paulinho, Saravia, Lemos, Alan Franco, Igor Gomes e Vargas), deu oportunidades para jovens da casa (Cadu e Alisson) e o time ainda goleou. O adversário era fraco, mas constantemente times fracos atrapalham a vida de grandes favoritos. O goleiro Fariñez fez falta no Cadu fora da área e foi expulso aos sete minutos. Substituído por um de 20 anos, Benitez, que fechou o gol. Não fossem suas defesas, a goleada teria sido bem maior.


Hulk voltou a marcar, quase no fim da partida, numa jogada pessoal, arrancada bem ao estilo dele.
Scarpa jogou demais; deu dois passes milimétricos para os dois primeiros gols.


Com 15 pontos, primeiro lugar do grupo, com o Peñarol classificado em segundo, com 12.
Agora, atenções novamente no Brasileiro, e no Bahia, adversário de domingo, 16 horas, na Arena.

Foto: twitter.com/Libertadores


Hoje tem Galo, com ótima chance de espantar a má impressão do último jogo

Foto: x.com/Atletico

Noite para dar uma goleada, terminar em primeiro no grupo, secar concorrentes para ficar em primeiro lugar geral e diminuir a ansiedade de quem ficou assustado com duas derrotas consecutivas, Penãrol, lá e principalmente o Sport em Recife.


Para aumentar a apreensão, o Sport, que vinha de duas derrotas, tomou de 4 a 1 do Fortaleza, sábado, na mesma Arena Pernambuco, onde enquadrou e ganhou do Galo.
Tomara que o Milito não resolva poupar ninguém. O Caracas é adversário fraco, já sem chances de seguir na disputa.


Depois, torcer contra o argentino Talleres, que enfrenta o São Paulo no Morumbi, quarta-feira.
Também secar o Palmeiras, que recebe outro argentino, o San Lorenzo. A “secação” termina com o River Plate, que recebe no Monumental de Nuñez, o Deportivo Táchira, também da Venezuela.
Ficar em primeiro geral não está nada fácil.


O provável time: Everson, Saravia, Bruno Fuchs, Lemos (Romulo) e Arana; Battaglia, Alan Franco, Zaracho e Scarpa, Paulinho e Hulk.


Arbitragem de Guillermo Guerrero (Equador), Dennys Guerrero (Equador) e Danny Avila (Equador).
VAR com Bejamin Saravia (Chile); quarto árbitro Robert Cabrera, também do Equador.


Interessante é que a arbitragem que tanto inferniza a tanta gente mundo afora, tem um time enorme num jogo desses: Márcia Castillo (AVAR), Ricardo Marques (Assessor) e Jorge Mercado (Gerente de Qualidade) completam o quadro.
É o custo futebol; direto, indireto e misterioso!

Paulinho, destaque hoje nas redes da Conmebol: x.com/Libertadores/status/1794020530359873540/photo/1


Raridade entre brasileiros, o uruguaio Lugano desceu a lenha no jogo do faz de conta no futebol

Coisa rara entre jogadores brasileiros, o uruguaio Lugano desceu a lenha na hipocrisia reinante no futebol (Imagem ESPN/reprodução)

No país da hipocrisia, Lugano rasga o verbo: “Não tem coisa mais hipócrita no futebol do que o fair play”

Ex-capitão da seleção uruguaia, com passagem marcante pelo São Paulo, o ex-zagueiro falou uma verdade que chocou até a colegas de bancada, também ex-jogadores, num programa da ESPN, ontem. Ao contrário da maioria dos jogadores e de grande parte da imprensa brasileira, ele desceu a lenha neste jogo do faz de conta que prevalece no futebol.


Está na página do @liberta___depre: “Lugano, comentarista da ESPN, no programa ‘Resenha da Rodada” sobre o gol de Renato Marques, do América-MG contra o Santos. “Não tem coisa mais hipócrita no futebol do que o fair play. Porque? 95% dos lances de suposta contusão o jogador tá simulando. Você faz aquela cera pra ganhar tempo. Aí o juiz normalmente para o jogo, ele finge que tá acreditando que jogador está machucado. O time adversário finge que tá fazendo fair play. E até o jornalista na televisão finge que tá fazendo bem ao mundo falando do fair play. Na verdade é tudo hipocrisia.”

Uma porrada e tanto nos falsos moralistas, do politicamente corretos de fachada que se assanharam contra o Renato, do América, depois do gol correto que ele marcou no Santos.
Teve imbecil que chegou a defender que o América marcasse um gol contra para o time paulista empatar a partida.


A torcida @Avacoelhada monitorou opiniões Brasil afora e constatou que o jogador teve mais apoio do que se imaginava:
“No mundo real da arquibancada branca, verde e preta, e até torcedores de outros clubes, a grande maioria foi favorável ao Renato ter feito o gol. Quase totalidade da torcida americana também rejeitou a possibilidade, fora da realidade, de o América deixar o Santos fazer um gol”.


Neste país da dissimulação, impunidade e hipocrisia, querem crucificar um jogador do América! PQP pra todos!

Foto: Mourão Panda/ twitter.com/AmericaFC1912

Este goleiro do Santos é useiro e vezeiro em artimanhas. Aliás, muito bom goleiro, diga-se! Poderia ter chutado a bola pra fora, mas quis sair jogando. Renato, do América, cumpriu com o dever dele. Oportunista, pôs pra dentro, nas regras do jogo, gol fundamental, importantíssimo para o futuro dele e do América na sequência do Brasileiro Série B.


Jogadores do Santos, partiram pra cima, reclamaram, falaram que faltou isso, aquilo, jogo limpo e o escambau. Estão certos também, no direito de espernear.


Mas daí a acusar o Renato de qualquer coisa, é covardia, safadeza. E o Juninho, capitão do time, embarca nesse absurdo e pede desculpas ao Santos, ao futebol, à “humanidade”. O que é isso Juninho? Mesmo se o Renato tivesse feito alguma coisa errada, seria um assunto para ser discutido internamente. E justamente o “capitão” do time ajuda a um bando tentar jogar o jogador do Coelho aos leões.
Deveria renunciar a faixa de capitão com o devido pedido de desculpas aos colegas, à humanidade e especialmente ao Renato!

Renato Marques agiu corretamente, marcou gol legítimo na vitória sobre o Santos e agora enfrenta a hipocrisia verde e amarela Foto: Mourão Panda/ twitter.com/AmericaFC1912


Felizmente ainda há gente lúcida na imprensa nacional, como o
Sérgio Xavier Filho, do Sportv, que escreveu: @sxavierfilho “No país dos técnicos que intimidam o tempo todo juízes, dos atacantes que simulam socos no rosto, dos goleiros que param o jogo quando time está vencendo, o garoto do América vai pra fogueira? Teve 1 segundo pra decidir e errou. O resto todo faria diferente então? Francamente…”

Retwitei e também comentei
@chicomaiablog: No país reino da dissimulação e impunidade malas do “politicamente correto” querem crucificar um jogador do América! PQP pra todos!

E para a minha satisfação, abro a caixa de comentários do blog e leio a opinião bem parecida com a minha, do Marcio Amorim, tradicional americano, que conheço de longa data e que andava sumido daqui:
* “Bom dia, meu caro!
Estou de volta, Incomodado com o PAÍS DA HIPOCRISIA. O
ótimo jogo a que assistimos ontem no Independência será certamente manchado pela hipocrisia. Serão
hipócritas os torcedores e a imprensa que certamente levarão a discussão sobre derrota do Peixe para o país da hipocrisia.
Alguns reverão o lance mil vezes e repetirão mil vezes que o América venceu com um gol irregular. Eu não preciso de hipocrisia e nem de rever o lance claríssimo, ocorrido perto de onde eu o vi. o bom goleiro do Santos havia já sido vítima de recuo mal feito de seus colegas e passou aperto com o assédio do Renato. No país da hipocrisia, bem que poderíamos dizer que, ao perceber-se apertado, optou pelo “Migué” e que levou a encenação até o médico chegar e dizer para ele que sairia de maca, encerrando o teatro mal representado.
Não serei chamado de hipócrita e vou considerar que ele se contundira sozinho no lance. Após levantar o braço acusando a contusão, o árbitro, acostumado à hipocrisia, manda tocar o lance porque não houvera a falta. Neste momento, entra em cena o herói e não o moleque como querem lhe impor. O Renato faz o gol. tudo muito rápido como deveria ser. De longe, nem árbitro nem médico nem a torcida do Santos nem a torcida do América e muito menos o Renato poderiam avaliar em segundos o que houvera.
O que fazer? Fazer o gol e esperar as decisões posteriores. Havia ali um VAR, muitas vezes eficiente, inútil ou mesmo tendencioso. O VAR, que nem foi acionado mostraria a verdade: NÃO HOUVERA NADA NO LANCE E O JUIZ AUTORIZOU A SEQUÊNCIA: Gol imaculado!
Como bem disse um amigo meu desde Brasília: O Leonardo agrediu violentamente um jogador adversário na Copa do Mundo e nem por isto o Brasil perdeu o título. Ninguém fez gol contra para compensar o erro; um espectador invade a pista nas Olinpíadas e tira o corredor brasileiro da disputa e o fair play não para a corrida; um lutador, com frequência, nocauteia o adversário e não há fair play que o impeça de debruçar-se sobre ele e desferir-lhe mais uns golpes animalescos. A hipocrisia ainda obriga que eles se abracem após o resultado.
Hoje será declarado o DIA NACIONAL DA HIPOCRISIA NO FUTEBOL BRASILEIRO. Aguardem. Ainda podemos esperar que alguém recorra ao tribunal de hipócritas, pedindo a anulação da partida, quiçá pedindo os pontos.”


Marcio Amorim falou e disse”