Deu na Folha de S. Paulo de ontem: aquela que já foi a “nossa” Cia. Vale do Rio Doce, está pagando os 2 milhões de dólares de cota da seleção brasileira e mais outras despesas do amistoso de hoje contra Omã, em Mascate.
Uma das mineradoras mais poderosas do mundo leva o minério de Minas Gerais para o exterior, paga uma mixaria de royaltes para os municípios onde atua e não ajuda em nada o esporte mineiro. O Valério, de Itabira, fundado por ela e que leva seu nome até hoje (Valeriodoce Esporte Clube), está à mingua.
Atlético, Cruzeiro e outras entidades de outras modalidades esportivas já bateram em sua porta e nunca tiveram retorno positivo.
Leia o que saiu no jornal paulista de ontem:
“Vale ajuda a pagar jogo contra Omã”
DO ENVIADO A MASCATE
Boa parte da conta de mais um amistoso da seleção no Oriente Médio sairá indiretamente do próprio Brasil. O amistoso contra Omã tem a Vale como maior patrocinadora.
Segundo a federação de futebol local, a gigante da mineração brasileira tem papel vital para cobrir os custos do jogo, que não foram revelados pelas partes. Mas só a cota da seleção ronda os US$ 2 milhões (quase R$ 3,5 mi).
A Vale já investiu mais de US$ 1 bilhão em Omã, que tenta diminuir sua dependência da exportação de gás e petróleo. Para isso, aposta em investimentos estrangeiros.
Com atuação modesta no patrocínio ao futebol no Brasil, a Vale quer aproveitar a passagem da seleção para ganhar projeção no Oriente Médio.
“Estamos orgulhosos da nossa parceria com Omã para fazer esse evento”, disse à imprensa local Sérgio Leite, diretor da Vale.
Sem investimentos diretos na CBF, a Vale já conseguiu ontem associar sua marca à seleção. O ônibus que transportou a seleção até o treino tinha enormes logotipos da mineradora.
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